Sexagem Alternativa

A distinção do sexo das aves exóticas, na sua grande maioria, é relativamente fácil. Após atingirem a idade adulta a plumagem difere de machos para fêmeas sobretudo na intensidade da cor que nos machos é maior.

Nas aves em que não é possível uma distinção à "vista desarmada", muitos criadores recorrem a testes de ADN - teste que acabam por ser muito dispendiosos para quem faça criação como "hobby".

Como tal há cerca de 4 anos (em 2007) decidi fazer uma pesquisa sobre sexagem de aves e descobri uma técnica que me deixou bastante curioso. Assim sendo, decidi experimenta-la para verificar se resultava. Comecei por aves que tinha a certeza do sexo e até ali deu tudo certo. Em seguida passei para os Bengalins que não sabia o sexo: fiz o teste, anotei os resultados e, consoante estes, juntei as aves, em casais, em gaiolas de criação esperando até verificar se acasalavam. O que é espantoso é que realmente resultava!

Desde então tenho utilizado esta técnica em especial nos Bengalins, Bicos-de-Lacre, Rolas-Diamante e Caturras.

E até à data não houve erros a registar!

Passo então a explicar como se executa o teste e o material que é necessário:

Em primeiro lugar é necessária uma agulha de costura com uma linha.

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Em seguida apanhamos a ave a que pretendemos determinar o sexo, deitando-a de costas na palma da mão e agarrando as patas da ave com o polegar e o mindinho.

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E a cabeça da ave entre os dedos indicador e médio.

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Depois segurado a ponta do linha junta-se a ponta da agulha ao peito da ave e afasta-se em seguida cerca de 0.5cm do peito da ave.

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A seguir observamos o movimento que a agulha executa sobre a ave:

Macho

Fêmea

Caso a ave seja macho, o que se verifica é que a agulha se movimenta verticalmente em relação ao peito da ave.

Caso a ave seja fêmea, o que se verifica é que a agulha se movimenta circularmente em relação ao peito da ave.

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Como é óbvio este teste tem uma percentagem de falibilidade um pouco elevada por isso é importante frisar que o teste mais seguro é sempre o de ADN. Posto isto é compreensível que seja conveniente repetir a experiência pelo menos 3 vezes até se ter a certeza do movimento que a agulha efectua sobre o peito da ave.

Ao inicio é um pouco difícil, como tal, para uma pessoa com pouca experiência em segurar as aves é aconselhável pedir o auxílio de outra pessoa. Ao fim de 3 ou 4 aves tornar-se-a mais fácil e com a experiência o mais provável é deixar de necessitar de ajuda de outrem.

Nota: este teste dá ainda para ser executado com um fio com um pequeno íman na ponta sendo todo o procedimento igual.