O que fazer quando temos alunos com necessidades de comunicação e de interação (incluindo aqui alunos com autismo e síndrome de Asperger) na sala de aula?
O que fazer quando temos alunos com dificuldades cognitivas e de aprendizagem?
Existem evidências sobre a necessidade de um ensino mais individualizado e explícito, abrangente e integrado de diferentes aspetos da leitura - fonológico, sintático e semântico - e que a leitura deve estar ligada a ortografia e escrita. O "ensino comum" é pouco adequado para permitir colmatar as dificuldades destes alunos e muitos precisam de repetitivas e cumulativas oportunidades de aprendizagem para atingirem o sucesso.
A chave para o ensino apropriado parece estar numa avaliação cuidadosa e contínua, ligada ao ensino explícito, evitando assim a entrega prescritiva e inflexível do programa.
Estratégias eficazes de ensino podem incluir o uso de procedimentos facilitadores, como esquemas e resumos, embora para qualidade e independência na aprendizagem seja crucial estender essas ajudas técnicas com diálogos elaborados de "ordem superior" entre professores e alunos.
As características organizacionais e físicas da sala de aula podem ser um fator perturbador e desconfortável para muitos alunos, e existem evidências de que certos grupos de os alunos podem precisar de atenção especial nas situações de aprendizagem.
A aprendizagem cooperativa em grupo é conhecida por produzir resultados académicos e sociais positivos.
O que fazer quando temos alunos com problemas de nível ambiental, emocional e social?
Estão definidas três perspectivas principais sustentam:
•modelos comportamentais, que usam princípios de reforço e punição para reduzir comportamentos inadequados e aumentam comportamentos adaptativos;
• modelos cognitivo-comportamentais, que têm em consideração a capacidade dos alunos para entenderem e refletirem sobre o seu comportamento (em particular focando o diálogo);
• modelos sistémicos (incorporando eco-sistémicos) que levam em consideração o contexto em que o comportamento inadequado ocorre e tenta mudar o comportamento modificando o contexto (por exemplo, organizar o ambiente da sala de aula para minimizar as distrações).
A estratégia de pares em desenvolvimento constitui um recurso valioso, como parte de uma gestão cooperativa do comportamento dos alunos mais problemáticos (tutoria intraturma)
Podem ser aplicadas abordagens cognitivo-comportamentais que incentivem os alunos mais indisciplinados a regularem o seu comportamento, através do fomento de estratégias como o auto-controlo e o reforço positivo, metodologias muitas vezes eficazes na produção da mudança de comportamentos desadequados.
As abordagens comportamentais de reforço positivo (onde o comportamento apropriado é recompensado imediatamente), estratégias de redução de comportamento (como repreensões e castigos) e custo de resposta (uma forma de punição em que algo importante é retirado) parece ser eficaz no fomento da disciplina.
Combinações de abordagens (por exemplo, cognitivo-comportamental com terapia familiar) são mais eficazes na facilitação social positiva, resultados emocionais e comportamentais do que abordagens únicas. Os pais precisam de ser ativamente envolvidos como parceiros na educação dos seus filhos.
O que fazer quando temos alunos com problemas sensoriais e/ou físicos?
As principais perspetivas teóricas predominantes para os aspetos sensoriais e para a vertente da deficiência física são:
• construtivista social - esta é a principal perspetiva teórica, colocando o foco nas estratégias que visam melhorar a qualidade da interação entre docente e aluno, geralmente através de métodos de aprendizagem ativos ou participativos (trabalho em pequenos grupos, de pares...);
• comportamental - envolve o foco nas formas de reforçar competências específicas (foco no saber-fazer);
• sistémico (também ecossistémico) - trata-se de criar sistemas e organizar a turma e o ambiente escolar para criar uma atmosfera mais propícia ao aluno (por exemplo, salas em forma de U, salas de aula acessíveis, cultura para a inclusão).
O que fazer quando temos alunos dotados e talentosos?
Conceder tarefas extra e, se possível, à escolha dos alunos é a melhor estratégia para ir ao encontra dos elevados níveis de motivação destes alunos para uma ou mais disciplinas.
O que fazer quando temos alunos com problemas comportamentais?
- estabelecer regras e limites;
- ser assertivo no cumprimento das regras:
- forte ligação à família.