Os supermercados sempre foram peças essenciais no cotidiano das pessoas, mas, nos últimos anos, os fluxos de trabalho dentro dessas operações passaram por transformações profundas. A demanda por eficiência, agilidade, transparência e experiência aprimorada levou o setor a adotar novos modelos, tecnologias e práticas de gestão. Segundo Sidney De Queiroz, especialista em varejo e inovação, entender essa evolução é fundamental para que os supermercados atendam melhor às expectativas dos consumidores modernos, que buscam conveniência, rapidez e serviços cada vez mais personalizados.
A primeira grande mudança diz respeito à automação. Antigamente, as tarefas internas dependiam quase exclusivamente de trabalho manual, desde o controle de estoque até o processo no caixa. Hoje, diversas atividades já são automatizadas, como reposição inteligente, leitura de código de barras por sensores, gestão automatizada de temperatura e até limpeza robótica em algumas redes. Para Sidney De Queiroz, a automação não substitui equipes humanas, mas permite que elas desempenhem funções mais estratégicas, reduzindo erros e otimizando o tempo de operação.
Outro ponto-chave na evolução dos fluxos de trabalho dos supermercados é o uso de dados. Com o avanço da tecnologia, tornou-se possível capturar informações sobre comportamento de compra, demanda por produtos, sazonalidade e fluxo de clientes ao longo do dia. Softwares de análise apontam quais itens precisam ser repostos com maior frequência, quais promoções são mais eficazes e como o layout pode ser ajustado para melhorar a experiência do consumidor. Sidney De Queiroz destaca que essa inteligência de dados permite decisões mais rápidas e assertivas, garantindo maior eficiência operacional e redução de desperdícios.
Além disso, a integração entre lojas físicas e canais digitais transformou a rotina interna dos supermercados. Com a popularização do e-commerce e dos aplicativos de entrega, os estabelecimentos precisaram criar fluxos específicos para separar, embalar e entregar pedidos online. Isso levou ao surgimento dos “dark stores” e “picking centers”, áreas dedicadas apenas ao atendimento de compras digitais. Para Sidney De Queiroz, essa evolução é uma resposta natural ao novo comportamento do consumidor, que busca comodidade e rapidez, inclusive quando se trata de compras básicas.
O treinamento das equipes também passou por mudanças importantes. Antes, os funcionários aprendiam principalmente por meio da experiência prática, observando colegas e repetindo procedimentos. Hoje, supermercados modernos investem em plataformas de capacitação digital, realidade aumentada, trilhas de aprendizado e treinamentos focados em tecnologia. Isso garante que os colaboradores dominem novas ferramentas de automação, saibam operar sistemas de gestão e ofereçam um atendimento mais qualificado. Segundo Sidney De Queiroz, equipes bem treinadas são essenciais para manter o ritmo de transformação e evitar gargalos operacionais.
A sustentabilidade, por sua vez, tornou-se parte indispensável dos fluxos de trabalho. Redução de desperdício, logística reversa, reaproveitamento de energia, iluminação inteligente, sistemas de refrigeração mais eficientes e descarte adequado de resíduos passaram a fazer parte do dia a dia das operações. Essa mudança reflete não apenas uma preocupação ambiental, mas também a busca por redução de custos e alinhamento com consumidores que valorizam práticas responsáveis. Sidney De Queiroz ressalta que supermercados sustentáveis são mais competitivos e reforçam sua imagem no mercado.
Por fim, a digitalização do relacionamento com o cliente também impacta diretamente os fluxos internos. Programas de fidelidade, aplicativos de compra, atendimento via chat e totens de autoatendimento exigem uma reorganização dos processos para garantir que tudo funcione de forma integrada. Cada interação do consumidor gera dados que retornam para a operação, ajudando a criar um ciclo contínuo de melhoria.
A evolução dos fluxos de trabalho nos supermercados é um reflexo de um varejo que se torna cada vez mais moderno, dinâmico e orientado por tecnologia. Como conclui Sidney De Queiroz, o segredo do sucesso está em combinar inovação, eficiência e foco no cliente — criando operações inteligentes e prontas para os desafios do futuro.