Os supermercados desempenham um papel fundamental na vida moderna, sendo o local onde grande parte das pessoas faz suas compras do dia a dia. No entanto, a trajetória que levou ao modelo de supermercado moderno é marcada por muitas transformações, que envolvem desde o tipo de produtos oferecidos até a experiência de compra em si. Sidney de Queiroz Pedrosa, ao analisar o desenvolvimento dos supermercados ao longo do tempo, destaca que as mudanças nesse setor não são apenas reflexos das transformações econômicas e sociais, mas também das inovações tecnológicas que surgiram para atender às novas demandas do consumidor.O início da revolução no modelo de compras começa em 1916, nos Estados Unidos, com a inauguração do Piggly Wiggly por Clarence Saunders, considerado o primeiro supermercado self-service da história.
Sidney de Queiroz Pedrosa acredita que esse modelo de autoatendimento não apenas agilizou a experiência de compra, mas também proporcionou ao consumidor um nível de autonomia que não existia antes. Antes dessa inovação, as compras eram feitas em mercados e mercearias, onde os consumidores pediam ao atendente os itens que queriam comprar. O autoatendimento permitiu que os consumidores escolhessem os produtos por conta própria, facilitando o processo e aumentando a eficiência. Esse modelo se espalhou rapidamente para outras partes do mundo, especialmente após o sucesso nos Estados Unidos.À medida que os supermercados se espalhavam, Sidney de Queiroz Pedrosa observa que houve uma transformação no próprio conceito de mercado. As grandes redes começaram a crescer, como o Walmart, que abriu sua primeira loja em 1962 e rapidamente se tornou um ícone do varejo global. Esse tipo de supermercado não apenas oferecia alimentos, mas também produtos não alimentícios, como utensílios domésticos, roupas e eletrônicos, criando um ambiente de compras completo.
A conveniência, a diversidade de produtos e os preços baixos se tornaram características chave dos supermercados modernos, e as grandes redes começaram a dominar os mercados ao redor do mundo.Nos anos seguintes, a diversificação dos produtos foi um dos grandes marcos da evolução do setor. Supermercados começaram a vender produtos de marcas próprias, o que permitiu que oferecessem preços ainda mais competitivos. Sidney de Queiroz Pedrosa enfatiza que essa diversificação não era apenas em termos de categorias de produtos, mas também na adaptação às necessidades regionais e culturais. Redes internacionais de supermercados, como Carrefour, Tesco e Costco, começaram a se expandir para novos mercados, oferecendo uma variedade de produtos que atendia desde os hábitos alimentares locais até as preferências globais.Com a chegada da era digital, o setor supermercadista passou a adotar tecnologias para otimizar o atendimento e melhorar a experiência do cliente.
A introdução de sistemas de códigos de barras, por exemplo, tornou o processo de checkout mais rápido e eficiente, enquanto o uso de tecnologias de gestão de estoque permitiu que os supermercados mantivessem um controle mais rigoroso sobre os produtos disponíveis nas prateleiras. Sidney de Queiroz Pedrosa destaca que, à medida que os consumidores se tornavam mais exigentes, as inovações no setor supermercadista não se limitavam apenas à introdução de novos produtos, mas também à melhoria da logística e da experiência de compra.Além disso, o surgimento do comércio eletrônico e das compras online trouxe um novo desafio para os supermercados. A capacidade de comprar alimentos e produtos em supermercados de qualquer lugar, através de plataformas digitais como Amazon Fresh e Instacart, gerou uma nova onda de inovação no setor. Durante a pandemia de COVID-19, essa mudança se acelerou, com muitas pessoas optando por comprar alimentos online para evitar aglomerações. Sidney de Queiroz Pedrosa acredita que a tendência das compras online é uma das maiores inovações do setor supermercadista nas últimas décadas, e que isso continuará a moldar o futuro das compras de alimentos e produtos domésticos.A sustentabilidade também passou a ser uma questão importante para os supermercados.
O movimento crescente em direção a práticas mais ecológicas tem levado muitas redes de supermercados a buscar soluções mais sustentáveis, como a redução de embalagens plásticas, o incentivo à utilização de produtos orgânicos e a promoção de práticas de consumo consciente. Sidney de Queiroz Pedrosa observa que essa mudança é uma resposta direta à crescente preocupação dos consumidores com o meio ambiente e com o impacto de suas escolhas de compra. Os supermercados estão, portanto, cada vez mais alinhados com as questões de responsabilidade ambiental.