Plutarco: Como se Tornar um Líder (Notas do Livro)

Plutarco: Como se Tornar um Líder

Um guia clássico sobre liderança eficaz

Organização Jeffrey Beneker. 

Tradução Bruno Gripp

Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2020.


Prefácio

Jeffrey estudou os métodos das biografias, a composição e a finalidade, assim como os fundamentos éticos das Vidas e de outro importante conjunto de textos plutarquianos, intitulados Morália

Plutarco pode ser um aliado na recuperação do território, da cidade, do governo concreto, longe de uma certa abstração federativa que despreza o lugar onde vive. 

Introdução

"Não estou construindo essas coisas para mim, mas para minha cidade natal". "A cidade antes de mim", na verdade, é um lema que se poderia ouvir de Plutarco com muita frequência. 

Um pressuposto subjacente dos ensaios de Plutarco é que todos que desejassem se tornar líderes públicos tinham que primeiro obter a confiança de seus eleitores, isto é, de seus concidadãos. 

Notas sobre a edição

Para um líder inculto

Como ser um bom líder

Para Plutarco, a melhor maneira de aprender sobre a vida política era servir como aprendiz a um homem de experiência que estivesse interessado em guiar novatos e aumentar a confiança deles. Entre os tópicos que ele discute, há integridade pessoal, a importância de amizades, como melhor persuadir seus cidadãos, como não provocar seus superiores, os perigos inerentes a rivalidades e invejas.

Acha que a vida política deve estar colocada como uma base segura e forte, tendo princípio, julgamento e razão, e não ser instável por causa de uma reputação vazia, ou por rivalidade com alguém, ou pela impossibilidade de ter outras atividades. Enfrentar as dificuldades do cargo com perseverança e entusiasmo. 

Depois de decidir se dedicar de maneira firme e inflexível à política, o político precisa compreender o caráter dos cidadãos. Como exemplo, o povo ateniense é facilmente motivado para a raiva, mas também facilmente modificado para a piedade. Já o povo cartaginês é amargo, triste, obediente aos governantes, duro com os súditos... O político precisa ajustar-se a essa maneira de ser do povo ao qual governa. 

Cita que Temístocles, quando pensava em dar início à vida pública, afastou-se das bebidas e dos festejos, fazendo vigílias, ficando sóbrio e cuidadoso. Também Péricles modificou-se, em questões de corporais e de regime, para andar calmamente, conversar mansamente, sempre mostrar um olhar sério.

Em se tratando do poder do discurso, ao considerar a retórica não como a criadora, mas como cooperadora do convencimento, corrige o dito de Menandro: “É o caráter do falante que convence, não o discurso em si.” Na verdade, é tanto o caráter quanto o discurso.

O homem político necessita ter em si a mente que dirige e a palavra que incita. Quando Címon era grande, junto com Efialtes e Tucídides, este, perguntado por Arquidamo, o rei dos espartanos, sobre quem lutava melhor, se ele ou Péricles, disse: “Ninguém saberia, pois, quando eu o derrubo na luta, ele faz um discurso afirmando não ter caído, vence convence os espectadores.” 

Observação: em nota, o tradutor diz que a tradução literal deste texto é “conselhos políticos”, mas, tendo em vista o contexto mais amplo do livro, decidiu seguir a tradução inglesa.


Deve um homem de idade participar da política?

Pessoas e termos importantes

Notas 

Sobre o autor