No Antigo Testamento (AT), a afirmação do monoteísmo é essencial. A natureza misteriosa e transcendente de Deus, que não é nenhum objeto do mundo nem pode ser representado como tal. Deus aparece descrito muitas vezes com caraterísticas antropomórficas: atribuem-se formas e sentimentos da pessoa humana.
A presença de Deus na Bíblia é descrita como uma presença pessoal, com quem Israel pode conversar, em quem pode confiar e a quem deve obedecer. Ele não é um Deus distante, que nada tem que ver com o destino de Israel, mas um Deus presente e atuante. Na história de Israel encontra-se claramente a ideia de uma evolução na experiência de Deus.
O nome não existe apenas para designar e distinguir as coisas e as pessoas, mas é, essencialmente, um elemento definidor da identidade. Dar um nome significava dominar ou atribuir determinadas caraterísticas ou funções a alguém. Assim sendo, o nome de Deus havia de designar a sua identidade. Deus é o grande mistério.
Por respeito para com Deus, os israelitas não pronunciavam o nome de Deus que tinha sido revelado a Moisés no Monte Sinai («YHWH», «Aquele que é» ou «Aquele que está presente»). Em vez dele, pronunciavam outros nomes que aparecem igualmente na Bíblia: El (Deus), Elohim (Deus), Adonai (Meu Senhor), El-Shaddai (Omnipotente), etc…