Grupo de Pesquisa CNPQ "Coletivo Boas Práticas"

O Coletivo Boas Práticas (CNPQ) é um espaço institucional que conta com três linhas de pesquisa: “Compostagens e constelações de imagens: investigações e práticas no encontro entre os saberes”, coordenado pela doutoranda e professora substituta da Universidade Estadual de Rio Grande do Norte, Raquel Assunção; “Humanidades Digitais e Tecnologias Cognitivas: tecendo redes na produção de conhecimento”, coordenado pelo professor Breno Carvalho, da Universidade Federal de Rio Grande do Norte, e “Recânone: articulando e traduzindo mundos pela justiça epistêmica”, coordenado pela professora Ana Gretel Echazú Böschemeier, da Universidade Federal de Rio Grande do Norte. No coletivo contamos com estudantes, lideranças e professores/as de vários países: Brasil (nossa “base”, com a participação mais expressiva), Argentina, México, Espanha e Finlândia. O coletivo se origina a partir dos trabalhos realizados no projeto CNPQ "Boas Práticas" (2020-2022), se expandindo para outros temas, articulações e tarefas.

O espelho do grupo encontra-se alocado no site do DGP/CNPQ.

Projeto de Pesquisa CNPQ 

"Boas Práticas de Enfrentamento à COVID-19"

O projeto de pesquisa-intervenção participativa Boas Práticas de Enfrentamento à COVID-19 no Rio Grande do Norte, a Paraíba e o Ceará realizou suas atividades entre Agosto de 2020 e Julho de 2022. Ele foi o único projeto de concentração com foco na área de antropologia contemplado pela chamada do Ministério de Ciência e Tecnologia, Conselho  Nacional de Pesquisas, Fundo Nacional de Desenvolvimento, Ministério da Saúde e Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos (Edital  MCTIC/CNPq/FNDCT/MS/SCTIE/Decit 07/2020). 


A partir do reconhecimento do caráter inter-epistêmico dos saberes, temos fomentado um espaço de trocas digitais para o enfrentamento à COVID-19 mas, sobretudo, em prol do fortalecimento de cidadanias locais em perspectiva intercultural, interseccional e descolonizadora. Pautando uma estratégia de etnografia multimodal e acessível, selecionamos uma série de veículos e plataformas de acesso aberto e realizamos a tradução de material científico relevante vindo de fontes verificadas, tendo como ponto de partida e de chegada o reconhecimento de saberes e experiências prévios que pautam as ações dos movimentos e comunidades. 

Através do apoio do CNPq a lideranças por meio das bolsas ADC2A e ADC2B (Portaria 500, 07/05/2021), fomentamos um espaço de divulgação de traduções de materiais vinculados à pandemia, experiências de enfrentamento em outras partes do mundo e a construção de mapas colaborativos, panfletos, rezas, cantos, performances, poemas, cordéis, zines, newsletters, figurinhas de WhatsApp e galerias de arte colaborativa, promovendo encontros locais para discussão desses conteúdos dentro dos territórios, junto à gestão estadual em saúde e internacionais, no enfrentamento à COVID-19 como parte das lutas pelo bem viver

Distribuição das equipes

A fim de organização prática das equipes, dividimos o trabalho de cada equipe em  Grupos de Trabalho (GTs) responsáveis por produzir e cuidar das áreas mais sensíveis do projeto, assim distribuídas - Equipe Técnico-Científica: Grupo de Trabalho Áfricas, Grupo de Trabalho América Latina e Grupo de Trabalho Europa e América do Norte; Equipe de Articulação: Grupo de Trabalho Mar, Grupo de Trabalho Urbano, Grupo de Trabalho Indígena e Grupo de Trabalho Cigano; Equipe de Tradução-Comunicação: Grupo de Trabalho Acessibilidade, Grupo de Trabalho Tradução, Grupo de Trabalho Mídias; Grupo de Trabalho Relatórios e, por fim, Equipe de Oficinistas.

Comunidades e Movimentos

Serra das Matas e Quiterianópolis | GT Indígena

Os territórios indígenas da Serra das Matas e Quiterianópolis se encontram localizados no interior de Ceará, Brasil. Em Serra das Matas, há um arquipélago de 36 aldeias em processo de demarcação. Desde ali atua o Movimento Potigatapuia, que nasceu em 2002 e é a junção dos 4 povos que vivem no território: Potyguara, Tabajara, Gavião e Tubiba Tapuia.

Amarelão | GT Indígena

A comunidade Amarelão está localizada no território indígena Mendonça, no município de João Câmara, Rio Grande do Norte/ Brasil. O povo Mendonça é da etnia potyguara e suas terras estão em processo de demarcação.  Na comunidade moram mais de 300 famílias e também há famílias Mendonça do Amarelão na capital do estado.

MNPR/RN | GT Urbano

O Movimento Nacional de População de Rua do Rio Grande do Norte - MNPR/RN é formado por militantes que vivem ou viveram em situação de rua, atuando em espaços de monitoramento e controle social e na prospecção de políticas públicas, objetivando centralizar e debater as demandas da população em situação de rua como: saúde, habitação, trabalho, assistência social, etc.

Comunidade Cigana Calon | GT Cigano

A comunidade Cigana da etnia Calon se encontra localizada no município de Sousa, sertão da Paraíba, Brasil. Na comunidade são preservadas a cultura, música e o idioma calon. São mais de 300 famílias que lutam por acesso à políticas públicas, direito ao território e moradia, além de romper com os estigmas presentes no cotidiano.

Pescadores de Ponta Negra | GT Mar

Os pescadores de Ponta Negra vinculam-se ao Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil (MPP) e é formado por homens e mulheres que vivem do mar, contribuindo historicamente para a preservação ambiental e cultural dos nossos territórios. No Rio Grande do Norte, o movimento é liderado por Armando Santos (Beto), morador da Vila de Ponta Negra, na região litorânea da capital do estado.

Maricultoras de Pitangui | GT Mar

As maricultoras de Pitangui integram a AMBAP – Associação de Maricultura e Beneficiamento de Algas de Pitangui no município de Extremoz,  no Rio Grande do Norte. A Associação é formada por um grupo de mulheres das comunidades tradicionais do litoral que fazem a exploração das algas de forma sustentável, fortalecendo a economia solidária,  a  autonomia das mulheres e beneficiando a preservação dos ecossistemas.

ACREVI | GT Urbano

A Associação Comunitária  Reciclando Para a Vida (ACREVI) é uma associação de catadoras de materiais recicláveis  que trabalham com a coleta seletiva na cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil. As associadas têm um papel fundamental na redução dos impactos ambientais, assim como na geração de renda e inclusão social a partir dos trabalhos realizados. 

Confira abaixo a Carta Aberta escrita pela ACREVI para o Projeto Boas Práticas.

CARTA DA ACREVI AO PROJETO BOAS PRÁTICAS.docx.pdf

Relatório 2020 do Boas Práticas

CNPq_Processo_403104_2020-3_Coord-Ana_Gretel_Echazu_NOV2021.pdf