Mercantilismo
Tempo: Século XV/XVI/XVII
Espaço: Europa
Conceito:
a. Capitalismo Comercial;
b. Política-econômica do Estado Absolutista;
c. Acumulação primitiva de capital;
Interesses (para poucos):
Estado Absolutista: Fortalecer o Rei, financiando o exército (maior poder) e burocracia (criação dos juizados reais);
Administradores Régios: Nobres de confiança - prestígio pessoal e enriquecimento;
Burguesia (parte): Interesse nas disputas pelos monopólios comerciais;
Colonos: Busca de terras e riqueza;
Não é uma política econômica que tem como objetivo o bem estar do Indivíduo;
Características:
Metalismo - entesouramento;
Balança Comercial Favorável;
Intervencionismo:
Protecionismo;
Barreiras Alfandegárias;
Monopólio;
Incentivo as Manufaturas Nacionais;
Sistema Colonial;
Estímulo a expansão Colonial;
Cia de Comércio;
Tipos:
Comercial - Enfase no Comércio especial entre Portugal - África - Ásia - América;
Bulionismo: ênfase no extrativismo metalista – Espanha (séc. XVI) e Portugal (séc. XVII/XVIII);
Colbertismo: artigos de luxo para exportação – França;
Misto: Exportação de artigos baratos e protecionismo – Inglaterra (somado a pirataria);
Países:
Portugal:
Mercantilismo Comercial e Bulionista
Iniciaram a Corrida Mercantilista;
Burguesia sem um genuíno espírito capitalista - fusão com o Estado - Patrimonialismo;
Burguesia próxima ao Estado - Revolução de Avis;
Viam o dinheiro como forma de obter bens e benefícios;
Vastos impérios comerciais - Gera Superávit - pacto colonial;
Problemas:
Enfraquecimento da produção colonial - dificuldade de manter o superávit;
Falta de investimento em manufaturas - passa a comprar da Inglaterra;
Espanha:
Capitalismo Bulionista;
Exploração da terras Americanas;
América dividida em 4 vice-reinos e 4 capitanias-gerais;
Inglaterra:
Mercantilismo Comercial;
Nacionalismo Econômico;
Atividade corsária, pilhagem de galeões espanhóis;
Assinatura de vantajoso tratado com Portugal - Tratado de Methuen;
Atos de Navegação 1651.
França:
Colbertismo ou "Industrial";
Protecionismo Alfandegário;
Incentivo as Manufaturas: tecidos de Luxo, Tapeçaria, Porcelana, Jóias, Armas, Papéis, etc.
Países Baixos (Holanda):
3 pilares:
Companhia das Índias Orientais - Controle sobre a atividade Comercial;
Banco de Amsterdã - Fortalecimento de crédito;
Desenvolvimento da frota mercante - maior potência naval do Séc. XVII
05) Objetivos:
a. Fortalecer o poder real;
b. Enriquecimento da burguesia (próxima ao rei);
c. Enriquecimento da Nobreza (próxima ao rei)
Princípios do Mercantilismo (por Phillip Wilhelm von Hornick - 1684)
I. Que cada pedaço de terra de um país deva ser utilizado para agricultura, mineração ou indústria;
II. Que toda matéria prima encontrada em um país seja usada na manufatura doméstica, porque bens acabados têm valor maior do que matérias primas;
III. Que uma grande população trabalhadora seja encorajada;
IV. Que toda exportação de ouro e prata seja proibida e todo dinheiro doméstico seja mantido em circulação;
V. Que toda importação de bens estrangeiros seja desencorajada tanto quanto possível;
VI. Onde houver certas importações indispensáveis, que sejam obtidas em primeira mão, em troca de outros bens domésticos em vez de em troca de ouro e prata;
VII. Que tanto quanto possível as importações sejam restringidas a matérias primas que possam ser finalizadas domesticamente;
VIII. Que as oportunidades de vender o excedente de manufaturas de um país sejam constantemente procuradas;
IX. Que nenhuma importação seja permitida se tais bens forem produzidos internamente de forma suficiente e adequada.
Phillip Wilhelm von Hornick
Documento Histórico:
“Porque uma das coisas principalmente requeridas para a prosperidade e felicidade de um reino, é ter em si uma contínua e grande quantidade de moeda, e abundância de ouro e prata, que são em essência todas as riquezas temporais desta vida, ou todas vêm resultar nelas... E o que destrói esta abundância e causa pobreza é a sua saída, quando é permitida.”
(Tomás de Mercado, séc. XVI. Apud Vilar, Pierre. Desenvolvimento econômico e análise histórica. Lisboa, Editorial Presença, 1982).