Historia de Faro

A cidade de Faro foi tomada aos mouros, em 1249, por D. Afonso III, tendo recebido foral em 1266. Em 1540, foi elevada à categoria de cidade.

Dos monumentos do concelho de Faro salientam-se os seguintes:

- o Arco da Vila, que foi mandado construir por D. Francisco Gomes, bispo do Algarve, no local de uma das mais antigas portas da cidade;

- o Arco do Repouso, mandado construir na época almóada (séculos XII e XIII), que era a porta de acesso às muralhas medievais;

- o convento de Nossa Senhora da Assunção, que foi pertença das freiras capuchas de Santa Clara;

- as seguintes construções religiosas: a Sé (séculos XIII/XIV), as igrejas de S. Pedro, de Santo António dos Capuchos, do Carmo, da Misericórdia e de S. Francisco, de S. Martinho de Estói, a Ermida de Nossa Senhora do Ó e a capela de Santo António do Alto;

- os palácios Bívar (última década do século XVIII), Belmarço (séculos XIX/XX) e Fialho (início do século XX);

- as ruínas romanas de Milreu, compostas por uma casa senhorial, instalações agrícolas, um balneário e um templo.

Tradições, lendas e curiosidades

O feriado municipal da sede de distrito é a 7 de setembro.

S. Gonçalo de Lagos é o padroeiro dos pescadores algarvios.

No concelho de Faro, salientam-se várias festividades, entre elas: a procissão do Enterro (Sexta-Feira Santa), a feira de Nossa Senhora do Carmo (julho) e a feira de Santa Iria (outubro).

O Carnaval de Loulé faz parte das tradições do distrito e é já famoso em todo o país.

Agosto é o mês privilegiado para a organização de festas, como, por exemplo, a festa da Senhora da Orada (Albufeira), a festa da Senhora da Glória (Lagos), as Festas de verão (Loulé), as Festa e Feira de Santa Catarina (Portimão) e a Feira de agosto (Silves).

A presença árabe encontra-se não só na toponímia, mas também na tradição. Contam-se lendas de mouras encantadas em rios, fontes e cisternas que todos os anos aparecem pela noite de S. João à espera de um rapaz corajoso, de preferência cristão, que as desencante. Uma das lendas do distrito conta uma saga relacionada com as amendoeiras em flor. Um rei mouro veio viver para o castelo de Silves, trazendo consigo uma linda princesa, que ficou gravemente doente por causa das saudades da sua terra, das neves brancas do Atlas. Preocupado, o rei teve a brilhante ideia de mandar plantar, no pátio do castelo e em todos os vales e montes em redor, milhares de amendoeiras. No inverno, a princesa curou-se para sempre, saciando o seu desejo de neve na paisagem das amendoeiras em flor.

O Castelo de Silves serve ainda de palco a outra crença popular. Dizem que, em noites de S. João, uma mulher de cabelos negros, com uma túnica imaculada, aparece de barco, cantando, na grande cisterna do pátio do castelo.

Da tradição musical e folclórica do Algarve, é de salientar o famoso corridinho.

O cão d'água, uma raça canina portuguesa, é característico da costa algarvia, sendo um excelente nadador e mergulhador, além de um permanente companheiro dos pescadores.

Faz parte da tradição deste distrito a casa de campo algarvia, caiada de branco, por vezes ornada por barras azuis junto ao chão e à volta das janelas. Possui telhado de telha, com algerozes à volta, para aproveitar a água da chuva que se guarda em cisternas subterrâneas. Em cima do telhado, a chaminé rendilhada é a imagem de marca do Algarve.

O artesanato centra-se no fabrico de cestos, louças, trabalhos em palma, esparto, palhinha, verga, cana e vime, tecelagem, rendas e bordados, trabalhos em pedra, olaria, cerâmica, trabalhos em couro, cobre, cortiça, madeira e fabrico de utensílios para a pesca.