Historia de Braga

No distrito, destacam-se dois concelhos - Braga e Guimarães - pela sua riqueza histórica.


O primeiro nome de Braga foi Bracara. Os Romanos chamaram-lhe Bracara Augusta, depois de a conquistarem aos Celtas, cerca de 250 anos a. C., tendo-a mantido em seu poder durante mais de seis séculos. Em 216, passou a capital da província romana de Galécia, e foi depois capital do reino suevo, nos séculos V e VI.


Entre os muitos monumentos da cidade destaca-se a Sé, de três naves, que é um dos maiores templos portugueses. Nela jazem o conde D. Henrique e a rainha D. Teresa, sua esposa, sob cujas ordens terminaram as obras de reedificação da catedral. A capela-mor, obra do arcebispo D. Diogo de Sousa, foi feita pelos biscainhos, muitos dos quais se radicaram na cidade, dando origem à Rua dos Biscainhos, ainda hoje existente. Na Sé, jaz também o infante D. Afonso, filho primogénito de D. João I, num túmulo de bronze.


Outras igrejas de destaque são a de Santa Cruz, a de S. Marcos (anexa ao hospital com o mesmo nome), a do Pópulo (fundada por Frei Agostinho de Jesus), a do Carmo e a ermida de Nossa Senhora de Guadalupe. De salientar, ainda, as igrejas de Santiago da Cividade, da Misericórdia, dos Congregados, de S. Vítor, de S. Vicente, de Nossa Senhora da Penha, de S. Sebastião e de Santa Maria Madalena (na Falperra), as capelas do Salvador e os altares de Tibães.


Sobre a encosta do Monte de Santa Cruz - hoje conhecido pelo nome de Monte do Bom Jesus - está construído o magnífico Santuário do Bom Jesus do Monte, em granito escuro, como a maioria das construções da região minhota. Com o seu cortejo de capelas, constituiu o primeiro santuário de Portugal e foi obra de D. Martinho da Costa.


O Santuário de Nossa Senhora do Sameiro, sumptuoso monumento à Virgem, foi construído por iniciativa do Padre Martinho Pereira da Silva, tendo a primeira pedra sido lançada a 14 de junho de 1863 e o templo sido inaugurado a 29 de agosto de 1880. A imagem de Nossa Senhora é obra de Emídio Carlos Amatucci.


Em Guimarães, encontram-se inúmeros monumentos, grande parte deles conhecidos pela sua relação com a fundação da nacionalidade. De salientar, o Castelo de Guimarães, com a sua torre de menagem; a Capela de S. Miguel do Castelo, românica, do século XII; o Monumento ao Fundador; o Paço dos Duques de Bragança; a Capela da Santa Cruz; a Igreja e os oratórios dos Santos Passos de Nossa Senhora da Consolação; a Igreja da Colegiada de Guimarães/Igreja de Nossa Senhora de Oliveira; a Igreja do Carmo; a Igreja de São Francisco; o Cruzeiro de São Francisco; o edifício dos antigos Paços do Concelho, do século XIV; o Convento de Santa Clara, do século XVII, e as casas de Egas Moniz e Martins Sarmento.


Edifícios de interesse são também aqueles onde se encontram instaladas a Câmara Municipal, o Governo Civil e a Biblioteca Pública, bem como o Palácio dos Biscainhos, onde funciona um museu, o Palacete do Raio, entre outros.