Turismo Braga

Santuário do Sameiro

A história deste santuário iniciou-se em 14 de junho de 1863. O fundador deste santuário foi o vigário de Braga, Padre Martinho António Pereira da Silva, natural de Semelhe, que em 1869 fez colocar, no cume da montanha, uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Este santuário constitui um dos centros de maior devoção mariana em Portugal, logo depois do Santuário de Nossa Senhora de Fátima, na Cova da Iria, e do Santuário da Mãe Soberana, em Loulé.

Neste templo, concluído no século XX, destaca-se no seu interior o altar-mor em granito branco polido, bem como o sacrário de prata. Em frente, ergue-se um imponente e vasto escadório, no topo do qual se levantam dois altos pilares, encimados com a imagem da Virgem Maria e do Sagrado Coração de Jesus.


Mosteiro de Tibães

O mosteiro foi fundado no século XI.

A partir do século XII foi mandado reedificar por Paio Guterres da Silva, e ocupado pela congregação Beneditina.

No século XVI, tornou-se a casa-mãe da Ordem para Portugal e Brasil.

Os edifícios principais atualmente existentes foram erguidos nos séculos XVII e XVIII. Um dos arquitectos que neles trabalhou foi André Soares.

Com a extinção das ordens religiosas masculinas ocorrida em 1834, foi vendido em hasta pública, com excepção da igreja, sacristia e claustro do cemitério.

Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1944.

Manteve-se nas mãos de privados até 1986, quando foi adquirido pelo Estado Português. Desde então iniciou-se o processo de recuperação do espólio.

Pelas suas características singulares, o mosteiro foi o palco escolhido para a XXIII Cimeira Ibérica que se realizou nos dias 18 e 19 de Janeiro de 2008.

Após um investimento de 15 milhões de euros, desde novembro de 2009 uma comunidade da família missionária internacional "Donum Dei", do grupo das Trabalhadoras da Imaculada, pertencente à Ordem Carmelita, está instalada numa ala do mosteiro.

Em 11 de fevereiro de 2010, abriu ao público uma hospedaria com 9 quartos, e o restaurante "Eau Vive de Tibães", com capacidade de 50 pessoas.

Em 21 de janeiro de 2015, a Assembleia da República recomendou ao Governo que classifique o Mosteiro de Tibães como monumento nacional.


Bracara Augusta

Embora a primeira expedição militar ao noroeste da Península Ibérica tenha decorrido, a seguir a morte de Viriato, nos anos 138 - 136 antes de Cristo, comandada pelo cônsul romano Décimo Júnio Bruto Galaico, que ganha, segundo ele, uma grande batalha contra os Brácaros. É só no tempo de Augusto, com as guerras cantábricas, que a conquista é definitiva, e que começa a real romanização do território. Uma das primeiras etapas, é a fundação de grandes cidades, e a construção de vias entre elas, para a completa integração das populações no mundo romano. É com essa finalidade, que durante a estadia de Augusto em território peninsular, entre os anos 15 e 13 antes de Cristo foi fundada, a cidade de Bracara Augusta, para promover e difundir a cultura romana nos numerosos povoados das proximidades. Alguns autores defendem a existência dum castro, ou dum ‘’oppidum’’ (lugar fortificado extenso, citado por Plínio, o Velho, como oppidum dos Bracari), em antes da fundação da cidade de Braga. Na defesa dessa tesa, a descoberta em 2002 dum balneário por baixo da estação do caminho de ferro, datado da idade do ferro. Só que até hoje, é a única descoberta dum edifício pré-romano na cidade de Braga. Por isso se esse ‘’oppidum ‘’, existir, ainda não foi descoberto, o que dá asas a outras teorias em que o espaço ocupado pela cidade, era em antes da fundação, um espaço importante para os indígenas mas não construido, o sitio poderá então ter sido ocupado por:

Um acampamento militar romano, como no caso de Astorga e Lugo.

Um local de encontro dos diversos castros da região, onde se reuniam os chefes, os anciãs para tomar decisões importantes ou sanar as divergências

Um local sagrado (com um eventual templo, árvore, penedo) para prolongar a ideia anterior de local de encontro, mas desta de natureza religiosa. Sendo os principais argumentos a existência, dum lado da cidade, da Fonte do ídolo, (lugar erigido por, Celicus Franto, um colono “romanizado” de Ascobriga, a deuses pagãs no primeiro século d.C.) mas que já podia ter sido um local sagrado em antes, e do outro, do balneário, outro presumível local de culto.

Um mercado, local de encontro mas também de troca.

Enfim, podia ser isso tudo ao mesmo tempo, ou seja, esse espaço central com muitos castros a volta, podia ser ao mesmo tempo um local de encontro, uma feira, um sitio em parte sagrado e mesmo, talvez ocupado com construções precárias. Todavia, é muito provável que o balneário não seja o único monumento pré-romano na zona, e que haja ainda muito por descobrir.