Ação promovida pelo TRE-TO

Diálogo intercultural, segurança do processo eleitoral e representatividade política. Estes são os três eixos temáticos do projeto Inclusão Sociopolítica dos Povos Indígenas para o biênio 2021-2023. A intenção é ampliar cada vez mais o diálogo com os povos originários do Tocantins, objetivando uma maior participação das comunidades indígenas no processo eleitoral. 

O projeto permanente da Justiça Eleitoral do Tocantins é desenvolvido desde 2017 e está alinhado aos eixos estratégicos estabelecidos pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO), desembargador Helvécio de Brito Maia Neto. Diálogo, transparência e eficiência são os pilares da Gestão 2021-2023.

O Tocantins tem aproximadamente 5,1 mil eleitores indígenas que votam em seções eleitorais instaladas em aldeias. Por meio do projeto, a intenção é chegar a toda esta população com ações específicas voltadas a atender as demandas do público alvo. 

Conforme destaca o coordenador do projeto, juiz eleitoral Wellington Magalhães, da 13ª Zona Eleitoral de Cristalândia, a iniciativa é composta por três eixos temáticos: diálogo intercultural, segurança do processo eleitoral e representatividade política dos povos indígenas. “Temos que promover o diálogo intercultural para que, através das diferenças culturais, possamos melhor estabelecer essa conexão da Justiça Eleitoral com os povos indígenas; temos que estar focados na construção de um diálogo permanente com as comunidades. Precisamos também trabalhar o eixo da segurança do processo eleitoral, que precisa se desenvolver com segurança para todos os envolvidos e que garanta ainda a higidez do trabalho realizado. Deverá existir uma interação entre o TRE e as instituições de segurança, de modo a promovermos o diálogo intercultural previsto no eixo 1. Já o terceiro eixo está focado na representatividade política dos povos indígenas, visando um maior engajamento desta população. É preciso levar a informação necessária às comunidades para que os indígenas possam ter uma atuação ativa ou passiva, votando ou sendo votado”, destaca o magistrado.  

Com foco nas eleições de 2022, o projeto deverá realizar visitas às comunidades indígenas e promover uma oficina com lideranças indígenas de todo o estado na sede do TRE-TO, conforme seja possível devido à pandemia. Também será mantida a produção de cartilhas de orientação, traduzidas nas línguas maternas, para distribuição nas aldeias indígenas de todo o estado.

“Especialmente no momento em que vivemos, diante dos desafios que temos pela frente, retomar esse projeto para 2022 é a nossa principal bandeira. Esse projeto é muito importante para a manutenção da nossa cultura original; o povo brasileiro tem uma origem indígena e não podemos abrir mão das nossas origens. A partir do momento que você abre mão das suas origens você perde a sua identidade”, conclui o coordenador do projeto.

Paula Bittencourt (ASCOM TRE-TO)