VIDA E OBRA DO AUTOR

QUEM FOI JOSÉ SARAMAGO?

José de Sousa Saramago nasceu no dia 16 de novembro de 1922 em Azinhaga do concelho de Golegã (Santarém). Este escritor recebeu o Prémio Nobel da literatura graças às suas obras fantásticas.

Saramago cresceu numa família humilde, com poucas condições financeiras e, embora não tivesse livros na sua casa, sempre teve vontade e curiosidade pela literatura. Estudou em escola técnica, onde concluiu o curso de serralheiro mecânico. Trabalhou como serralheiro, desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, tradutor, editor e jornalista. A escola e, mais tarde, a biblioteca Municipal foram os locais em que Saramago saboreava as letras, aprendia e estudava os assuntos atuais da época, o que fazia dele um homem de conhecimento e sabedoria.

Em 1947, publicou o seu primeiro romance “A Terra do Pecado” e aos 53 anos (1976), decidiu largar tudo e viver de literatura. Desde então, escreveu de forma mais regular e publicou mais obras. Com a obra “Levantado do Chão”, o romancista tornou-se best-seller internacional e ganhou reconhecimento. “Memorial do Convento” (1982) é considerado a sua obra mais icónica, pelo qual recebeu o Pen Clube Português. Em seguida, com o “Ano da Morte de Ricardo Reis”, obra feita em homenagem a Fernando Pessoa, foi distinguido com o Prémio da Crítica, o Prémio Dom Diniz, o prémio do jornal The Indepedent e o prémio do Pen Clube Português.

Em 1995, é atribuído a Saramago a maior recompensa de literatura de Portugal, o Prémio Camões e, três anos depois, ganhou o Prémio Nobel da Literatura, sendo o primeiro e único português a recebê-lo até à data.

Em 2007, criou a Fundação José Saramago para a defesa e difusão da Declaração Universal dos Direitos Humanos e dos Problemas Ambientais. Foi inaugurada em 2012 na Casa dos Bicos em Lisboa.

José Saramago faleceu em Espanha a 18 de junho de 2010, antes da inauguração da sua fundação, no entanto, a sua esposa Pilar del Río deu continuidade ao seu projeto e tornou o desejo do escritor realidade.

Vídeo da entrega do Prémio Nobel da Literatura a José Saramago em 1998.

Breve resumo de Memorial do Convento

O Convento de Mafra foi edificado por parte de D. João V e este esperava que, em troca, Deus lhe desse a oportunidade de ter um herdeiro, dado que, apesar de ser já ser casado com D. Maria há dois anos, estes ainda não tinham filhos.

Saramago reconhece que a construção deste convento proporcionou enormes sacrifícios, incluindo mortes de pessoas pertencentes ao povo e, desse modo, critica a opressão por parte da nobreza e do clero ao grupo coletivo: o povo.

Posteriormente, é evidenciada uma história de amor entre Blimunda e Baltazar, que se caracterizam por ser pessoas com dificuldades económicas, que mais se sobressaem por serem humildes. Blimunda é uma mulher dotada de uma capacidade muito incomum, o de ver o interior das pessoas. Os dois conhecem o padre Bartolomeu de Gusmão, um homem perseguido pela Inquisição, e ajudam-no no seu desejo de voar, com a construção de uma máquina voadora, a Passarola.

Após três anos da partida do padre para a Holanda, Baltasar decide recomeçar a construção da máquina e, um dia, conseguiu voar e nunca mais aparecer. Blimunda esteve à procura de Baltasar durantes nove longos anos, até um dia, num auto-de-fé encontrou-o, dado que ele fora condenado à fogueira. E, momentos antes de ele morrer, Blimunda olhou-o e conseguiu, finalmente, ver o interior de Baltasar e, assim, recolher a sua vontade.


Vídeo sobre vida e obra do autor de Help2learn