Gastronomia de Évora

Solar de monfalim

Quando se diz que a gastronomia alentejana gira à volta do pão, do azeite e das ervas aromáticas, até parece simples.


Mas o saber que a faz é ancestral. As receitas foram passadas de geração em geração e, com elas, os segredos da “mão” que eleva à máxima potência a exuberância dos sabores.

Experimentar estes prazeres pode ser uma vivência tão perfeita que justifica, por si só, várias viagens pela Região. Uma não chega. Se quer provar a plenitude tem que fazer como os alentejanos: comer e beber com as estações. A Cozinha Tradicional tem por base a carne de porco e de borrego, azeite, o pão e as ervas aromáticas dos campos e das ribeiras que tornam rica e imaginativa a cozinha popular, e dão vida à açorda, ao ensopada de borrego, à sopa de cação e aos pratos de caça.Ao lado desta, a tradição conventual, e a sua doçaria à base de ovos, amêndoas e gila - pão de rala, encharcadas, barrigas de freira. 

Migas á alentejana

As migas à alentejana constituem um dos mais conhecidos pratos da gastronomia do Alentejo. Tal como as açordas e outros pratos desta região portuguesa, o ingrediente de base é o pão em especial pão tradicional Alentejano,[1] um tipo de mão de massa densa com um toque agridoce. Este é combinado com carne de porco e muitas vezes chouriço e banha de porco, produtos com grandes tradições na região. Além do pão e da carne porco, leva alho, massa de pimentão e sal.[2]

A receita em si tende a ser uma variação de fritar carne de porco, chouriço, toucinho ou banha, alho e massa de pimentão, depois das carnes estarem bem fritas, retiram-se essas e junta-se pão alentejano com um pouco de água quente e esmaga-se bem o pão até criar uma papa e vai-se fritando até essa massa engrossar e dourar criando uma migas, 


Sobremesa

Pao de rala

Pão de rala[1] é uma sobremesa que faz parte da doçaria tradicional portuguesa, em especial na região do Alentejo. Pensa-se que seria confecionada pelos frades e freiras dos conventos que existiam por todo o Alentejo, antes da sua expulsão decretada em 1834 por Joaquim António de Aguiar. Daí esta doçaria ser chamada de doçaria conventual. Este pão de rala leva na sua massa muitos ovos (gemas), açúcar, raspa de limão, amêndoas piladas, gila ou chila[2][3][4] e, por vezes, até chocolate.[1]O nome e a aparência do doce derivam de uma história, segundo a qual o rei D. Sebastião visitou o convento de Santa Helena do Calvário, em Évora. Sendo um convento pobre só lhe puderam oferecer "pão ralo", azeitonas e água.[5]