Reforma e Modernização

 das Ciências Agrárias 

Modernização Tecnológica e Digital das Ciências Agrárias 

Ciências agrárias e áreas afins, na área de educação e formação «Agricultura, silvicultura, pescas e ciências veterinárias», designadamente Agronomia, Ambiente e Recursos Naturais, Tecnologia Alimentar, Zootecnia e Ciência Animal.

O setor agropecuário precisa atrair uma nova geração de agricultores com as competências adequadas a uma produção eficiente, sustentável, que proteja o ambiente e contribua para a luta contra as alterações climáticas. A atual política agrícola comum coloca forte ênfase na partilha de conhecimentos e inovação. Em várias resoluções, o Parlamento Europeu sublinhou a importância da educação e formação dos agricultores, em particular como forma de promover sua capacidade de trabalhar num setor em constante evolução e com crescentes relações com outros setores. 

No que se refere à Dimensão Verde, uma das áreas prioritárias para esta submedida consiste na reforma do ensino na área das ciências agrárias e áreas afins, tendo em vista a sua 5 modernização e a sua adaptação aos desafios tecnológicos, ambientais e climáticos que marcam estes setores. Assim, é valorizada associação entre as escolas agrárias e escolas de engenharia/tecnologia que visem implementar processos de inovação e formação nas áreas da produção agrária moderna e uma abordagem de gestão inteligente nesse processo. A agricultura moderna, nos domínios da produção e/ou da conservação, carece da articulação com a dimensão tecnológica, de modo a aumentar a automação, a conectividade e otimizar todas as etapas do processo de produção. 

A reforma da formação nas ciências agrárias e áreas afins deve garantir a formação adequada aos agricultores, assim como a difusão de inovações e a adoção de soluções que promovam a gestão da água, alterações climáticas, agricultura de conservação, sistemas alimentares sustentáveis, economia circular, resíduo zero, desenvolvimento de novos produtos e a cocriação. 

Um dos objetivos fundamentais será o reforço da dimensão de sustentabilidade ambiental na formação destas áreas, seja ao nível da formação inicial, seja na requalificação ou reconversão de profissionais através de formação contínua, garantindo a adaptação das qualificações dos atores agrícolas para as novas dimensões da agricultura hipocarbónica e para o desenvolvimento de novas técnicas e processos nas explorações agrícolas, visando a retenção do teor de carbono nos solos, a captura de carbono através do coberto vegetal e da redução de emissões de gases com efeito de estufa, contribuindo ao mesmo tempo para proteger a biodiversidade e sustentabilidade do planeta. 

A medida procura também atrair mais jovens para realizarem formação conferente e não conferente de grau na área das ciências agrárias e áreas afins, tendo em vista o fortalecimento e rejuvenescimento do corpo de profissionais neste setor, qualificando-os para o desenvolvimento de novos negócios e novas formas de produção agrícola, florestal e animal, ajustados a padrões definidos pelas exigências da transição verde. Nesse contexto, devem ser desenvolvidas iniciativas que aproximem os estudantes do ensino secundário das escolas agrárias do ensino superior que permitam oferecer um plano completo de atividades para mostrar os conhecimentos básicos, as tarefas práticas e os métodos de trabalho dos cursos lecionados na área agrícola, ampliando a sua disseminação junto de potenciais candidatos. 

Por fim, a medida pretende apoiar ações de reskilling e upskilling dos profissionais das empresas com atividade agrícola, dotando os colaboradores de novos conhecimentos para satisfazer as necessidades das atividades, combaterem a exclusão digital e tecnológica nesta área e tornar as empresas mais competitivas. As ações de upskilling formarão o trabalhador com novas competências para otimizar seu desempenho e as ações de reskilling requalificarão os profissionais para novas tarefas e funções dentro da área agrícola. 

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