Aulas novas do Terceiro Trimestre
Aula 44 - Geopolítica: Questão Israel e Palestina
Raízes do Conflito: O conflito entre Israel e Palestina é complexo e de longa data, com origens no século XIX. O movimento sionista, que defendia a criação de um Estado judaico, ganhou força na Europa como resposta ao antissemitismo, especialmente após o Holocausto na Segunda Guerra Mundial. O local escolhido para esse Estado foi a Palestina, que na época era predominantemente habitada por árabes, o que gerou a tensão inicial.
Partilha da ONU e a Guerra de 1948: Após o fim do controle britânico sobre a Palestina e o aumento das tensões, a ONU propôs em 1947 um plano para dividir o território em dois estados independentes: um árabe e um judeu, com Jerusalém sob um regime especial. Embora os judeus tenham aceitado a proposta, os palestinos a rejeitaram. Com a retirada britânica, foi proclamado o Estado de Israel, o que levou a uma guerra imediata contra países árabes vizinhos. Israel venceu o conflito e expandiu seu território, resultando no êxodo de cerca de 750 mil palestinos, um evento conhecido como "Nakba" ou "catástrofe".
A Guerra dos Seis Dias (1967): Em 1967, Israel entrou em um novo confronto com Egito, Síria e Jordânia. Em apenas seis dias, Israel conquistou vastos territórios, incluindo a Faixa de Gaza, a Península do Sinai, as Colinas de Golã e, crucialmente, Jerusalém Oriental. Essa guerra mudou permanentemente o mapa do Oriente Médio e aprofundou as questões territoriais.
O Papel de Jerusalém: Jerusalém é um ponto central do conflito, sendo sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos. Israel considera a cidade sua capital "eterna e indivisível", enquanto os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como a capital de um futuro Estado palestino. A disputa por Jerusalém influencia a geopolítica regional e global, com países como os EUA reconhecendo a capital israelense e outros, como a maioria da comunidade internacional, defendendo uma solução negociada.
O conflito tem raízes no século XIX, com o movimento sionista buscando um Estado para os judeus na Palestina, uma região já habitada por árabes.
A Declaração de Balfour de 1917, feita pelo governo britânico, prometeu um "lar nacional" para os judeus na Palestina, vista como uma traição pelos árabes.
Após a Segunda Guerra Mundial, a ONU propôs a partilha do território, aceita por Israel e rejeitada pelos palestinos, levando à guerra de 1948.
A vitória de Israel resultou em sua expansão territorial e na fuga de centenas de milhares de palestinos, no evento conhecido como "Nakba".
A Guerra dos Seis Dias em 1967 permitiu a Israel conquistar Jerusalém Oriental, Faixa de Gaza e Cisjordânia, aprofundando o conflito territorial.
Jerusalém é o centro da disputa, sendo sagrada para as três grandes religiões monoteístas e reivindicada por ambos os lados como sua capital.
Explique o papel do movimento sionista e do antissemitismo europeu no início do conflito entre Israel e Palestina. Como a criação de um "lar nacional" para os judeus na Palestina, uma região já habitada, gerou as tensões iniciais?
Descreva as principais consequências da Guerra Árabe-Israelense de 1948. Por que o êxodo de palestinos ocorrido neste período é chamado de "Nakba" e quais foram as repercussões a longo prazo para a população palestina?
Analise a importância geopolítica da cidade de Jerusalém no conflito. Discuta as diferentes visões de israelenses e palestinos sobre a cidade e como essa disputa afeta as relações internacionais.
Sionismo e Antissemitismo: O sionismo foi um movimento nacionalista judaico que surgiu no século XIX como resposta ao crescente antissemitismo na Europa. A ideia de criar um Estado para o povo judeu ganhou força, especialmente após o Holocausto, que foi a expressão máxima do antissemitismo. O problema surgiu quando a Palestina foi escolhida como o local para esse Estado, pois, embora existisse uma pequena comunidade judaica, a região era majoritariamente habitada por árabes. Isso criou um atrito fundamental, pois a aspiração nacionalista judaica colidia com a população e os direitos de autodeterminação dos árabes que já viviam no território.
Consequências de 1948: A guerra de 1948 resultou na vitória de Israel e na expansão de seu território. A principal consequência foi o êxodo de aproximadamente 750 mil palestinos que foram deslocados ou forçados a fugir de suas casas, em um evento que ficou conhecido como "Nakba", que significa "catástrofe" em árabe. As repercussões a longo prazo incluem a criação de uma vasta população de refugiados palestinos, que até hoje vivem em campos de refugiados e reivindicam o direito de retorno, mantendo o conflito em um estado de tensão permanente.
Papel de Jerusalém: Jerusalém é central no conflito por seu profundo significado religioso e político. Para os judeus, a cidade é sagrada, e Israel a considera sua capital "eterna e indivisível". Para os palestinos, Jerusalém Oriental é a capital de seu futuro Estado, com locais sagrados do Islã. Essa disputa territorial e religiosa influencia a geopolítica global, pois a maioria da comunidade internacional, incluindo a ONU e a União Europeia, não reconhece a anexação israelense de Jerusalém Oriental. A questão da cidade é um obstáculo para qualquer solução de paz abrangente e é frequentemente usada por grupos extremistas para justificar suas ações, além de ser um fator de atrito nas relações diplomáticas entre Israel e outros países.
Explição sobre os conflitos em Israel e Palestina
Expllicação em animação sobre os conflitos de Israel e região