Em contexto formativo...
Sessão 1
1ª ATIVIDADE: Apresentação
Instalação Viva "Quem sou? Quem somos?"
Partindo de materiais deixados à disposição cada docente foi convidado a representar a parte do corpo que melhor o definia. A representação poderia ser gráfica ou escultórica. Ao artefato criado teve de juntar um gesto/movimento que ajudasse a explicar o porquê da escolha. A atividade terminou numa instalação viva.
Duração: 60 minutos
Objetivo: Facilitar a exposição e a comunicação através de dinâmicas biográficas e de autoanálise.
Apresentações gráficas e escultóricas
Instalação Viva "Quem sou? Quem somos?"
2ª ATIVIDADE:
Que Aprendizagens Essenciais podemos desenvolver nas atividades da Expressão Dramática/Teatro?
Partindo dos conhecimentos, capacidades e atitudes a desenvolver pelos alunos, expressos no documento orientador das aprendizagens essenciais, os professores, organizados em grupos de trabalho, apresentaram num mapa mental, uma atividade anteriormente desenvolvida em contexto de sala de aula. Para concluir, discutiram-se as ideias apresentadas refletindo-se sobre o que é proposto no documento orientador e de que forma é possível incluir os três domínios organizadores (apropriação e reflexão; interpretação e comunicação; experimentação e criação) no processo de aprendizagem.
Duração: 90 minutos
Objetivo: Refletir sobre as práticas no domínio da Expressão Dramática/Teatro, no 1º ciclo, tendo como referência os documentos orientadores.
Sessão 2
1ª ATIVIDADE: Aquecimento
Visualmente conectados
De pé, em roda, ao som da música "La valse de d'Amélie" de Yann Tiersen, os professores trocavam de lugar, com alguém da roda, depois de criarem contacto visual com o escolhido. O escolhido, ao chegar ao lugar do primeiro, fazia o mesmo (criava contacto visual com outro) e nesse momento trocavam de lugar também, e assim sucessivamente. O exercício foi executado ao ritmo da música, com a rapidez necessária para que se criasse um movimento contínuo na roda.
Duração: 5 minutos
Objetivos: Aquecer o corpo. Comunicar através do olhar, estimular a concentração e a atenção ao outro.
2ª ATIVIDADE:
Mas que língua esta...
Substituindo as palavras por sons (que não deviam ser repetidos e monótonos) como se tratasse de uma língua estrangeira inventada no momento, os professores, a pares, simularam um diálogo. Um iniciava a conversa e quando parava o outro respondia-lhe. Os pares dialogavam em simultâneo e à indicação da formadora trocavam de par e iniciavam um novo diálogo, com outro colega.
No nível de dificuldade seguinte os pares foram desafiados a vender um determinado produto a uma plateia. À expressão verbal treinada anteriormente tiveram de juntar a expressão corporal de modo a traduzir os argumentos de venda em ações físicas que deviam convencer os compradores. Enquanto um vendia o outro traduzia, em palavras, tudo o que pensava estar a ser dito pelo vendedor. Foram vendidos 3 produtos: uma sineta, uma tela em branco (apenas assinada), e um sapato vermelho.
Duração: 15 minutos
Objetivos: Explorar a diversidade de sons que conseguimos produzir oralmente. Recorrer à expressividade do corpo para comunicar.
3ª ATIVIDADE:
A Fábrica das Histórias
A atividade teve início com a construção de registos escultóricos partindo de materiais deixados à disposição de cada grupo de professores. Cada um dos 4 grupos representou os diferentes elementos que podem constituir uma narrativa: espaços cénicos; personagens; ações; e objetos fantásticos. Cada professor construiu um artefacto para o elemento narrativo do seu grupo.
Oito dos artefactos criados (2 de cada elemento narrativo) foram colocados no meio da roda onde já se encontravam os professores. Metade do grupo ficou de pé e os restantes sentados. Os que permanecerem de pé tiveram de criar uma história coletiva. Os narradores foram escolhidos através do contacto visual. O primeiro iniciou a história tendo como indutor um dos artefactos (que foi buscar ao centro da roda) e, com o olhar, passou a palavra a outra pessoa do grupo que continuou a narração escolhendo para isso outro indutor, e assim sucessivamente.
Construíram uma narrativa, única e coletiva, segundo as seguintes condições: os narradores não podiam terminar a história antes de esgotarem todos os indutores que estavam no centro da roda; não podiam negar nem contradizer as propostas anteriores; e deviam recuperar, sempre que possível, os detalhes que iam sendo acrescentados, potenciando-os. Depois de contruída a primeira história foi a vez do segundo grupo fazer o mesmo, partindo dos indutores que ainda não tinham sido usados.
Num segundo momento, os mesmos grupos, teatralizaram as suas histórias, sem recurso à comunicação verbal. Os sons, acompanhados por ações e pela expressividade dos corpos, substituíram as palavras.
Duração: 30 minutos para a contrução dos indutores, 15 minutos para a narração das duas histórias, e 30 minutos para ensaios e apresentação das duas dramatizações.
Objetivos: Articular diferentes linguagens artísticas. Desenvolver a concentração, a criatividade, o imaginário individual e coletivo. Reconhecer as possibilidades da linguagem não verbal.
Criação dos indutores
Indutores de ações
Indutores de espaços
Indutores de objetos fantásticos
Indutores de personagens
Narração e dramatização das histórias.
Sessão 3
1ª ATIVIDADE: Aquecimento
Ritmicamente conectados
Os professores movimentavam-se pela sala, ao ritmo de música “Shape of you” (de Ed Sheeran), até ouvirem a palavra “stop”. Nesse instante paravam em modo de congelamento e apenas retomavam o movimento quando ouviam a palavra “segue”.
Ao fim de algumas paragens o “stop” passou a ser determinado por qualquer professor que sentisse o impulso de o fazer bastando que parasse e "congelasse". Nesse momento todos os outros seguiam o exemplo e paravam também. O mesmo acontecia com o “segue”.
No nível de dificuldade seguinte, ao som de “Old Town Road” (de Lil Nas X), o número 1 iniciava o movimento de andar/dançar/mover-se de costas e o número 2 definia o movimento de andar/dançar/mover-se para a frente. O “stop” e o “segue” continuaram a ser determinados pelos professores.
Depois de algumas repetições introduziu-se o número 3 que indicava o movimento de andar/dançar/mover-se lentamente, e todos os números passaram a ser ditos aleatoriamente.
Por fim, o número 4 indicava que os professores tinham de se juntar em grupos de quatro elementos, o mais rapidamente possível. Caso alguém ficasse de fora deveria juntar-se a um dos grupos, mas sem que se excedessem os cinco elementos. Os elementos de cada grupo trabalhariam depois em conjunto, durante a sessão.
Duração: 10 minutos
Objetivos: Exercitar e aquecer o corpo. Desenvolver a concentração e a atenção ao outro.
2ª ATIVIDADE:
O que fiz quando...
Criou-se uma roda com todos de pé e a formadora começou por perguntar: “Já vos contei o que fiz quando vi o meu gato agarrado aos cortinados da sala, acabadinhos de comprar?”. Nesse momento mostrou o que tinha feito recorrendo apenas a gestos e sons.
Dentro de um saco estavam várias perguntas em pedaços de papel dobrados. Depois de representar a sua resposta levou o saco até um professor para que esse escolhesse uma pergunta, a lesse em voz alta e seguisse como o exemplo dado. O colega que estava do lado direito, daquele que tinha tirado o papel do saco, tinha de traduzir, em simultâneo, por palavras, o que achava que estava a ser representado.
Duração: 15 minutos
Objetivos: Reconhecer as possibilidades da linguagem não verbal. Responder rapidamente e de improviso a situações cénicas sugeridas.
3ª ATIVIDADE:
E se...
Formaram-se dois grupos de 7/8 elementos cada que começaram por memorizar a lengalenga “Eu fui a Viana”.
“Eu fui a Viana a cavalo numa cana. Eu fui ao Porto a cavalo num burro morto. Eu fui a Braga a cavalo numa cabra. Eu fui ao Douro a cavalo num touro”.
O primeiro grupo ficou de pé, alinhado. O segundo grupo sentou-se de frente para o primeiro cumprindo o papel de plateia. Os elementos do 1º grupo verbalizaram a lengalenga em uníssono, uma primeira vez. Das vezes seguintes tiveram de seguir as indicações da plateia.
As indicações poderiam estar relacionadas com a idade, o peso, o temperamento, a atitude, a situação...
Os elementos da plateia perguntaram, à vez, aos que estavam de pé:
Como verbalizariam a lengalenga se...
... fossem crianças?
... fossem um coro de cânticos alentejanos?
... fossem gagos?
... fossem uma banda de heavy metal?
... estivessem constipados e a espirrar?
... estivessem a carpir?
... estivessem extasiados?
... estivessem bêbados?
... estivessem a apresentar o telejornal?
No fim de todos os elementos do 2º grupo terem dado indicações inverteram-se os papeis.
Duração: 20 minutos
Objetivos: Tomar consciência de como a idade, o peso, o temperamento, a atitude, a situação, etc., podem caracterizar um personagem.
4ª ATIVIDADE:
O que mudou?
Aproveitaram-se os grupos da atividade anterior e os elementos do 1º grupo começaram por escolher dois adereços (trazidos de casa), que já estavam à disposição de todos, e alinharam-se. O 2º grupo, também alinhado, estava de costas para o 1º. Assim que os elementos do 1º grupo ficaram prontos foram observados pelos do 2º grupo, durante alguns segundos, e depois voltaram-se de costas. Nesse momento os elementos do 1º grupo mudaram de posições e trocaram de adereços entre si.
Os elementos do 2º grupo tiveram de descobrir o que tinha mudado.
Depois de descobertas todas as mudanças inverteram-se os papeis.
Duração: 15 minutos
Objetivos: Desenvolver o poder de observação e a concentração. Experimentar figurinos e adereços na caracterização de personagens.
5ª ATIVIDADE:
O Baú Mágico
Formaram-se quatro grupos que começaram por contruir adereços para o baú mágico. Dentro do baú já se encontravam os figurinos e acessórios da atividade anterior.
A cada grupo foi proposto um desafio. Um grupo teria de criar adereços que se usassem na cabeça; outro, adereços que se usassem nas mãos; outro ainda, adereços que se usassem à cintura; e o último, adereços que se pudessem usar tanto nas pernas como nos braços.
No jogo “O Baú Mágico” os quatro grupos improvisaram à vez. Os elementos do 1º grupo escolheram, do baú, os adereços que quiseram. Os restantes grupos, que fizeram o papel de plateia, depois de os observarem deram as indicações de onde, quem, e o que deveria acontecer na cena.
De improviso os grupos representaram o que era sugerido pela plateia. Foi permitido que combinassem ações, antes da apresentação, durante dois ou três minutos.
Duração: 40 minutos para a contrução dos adereços e 30 minutos para a apresentação das quatro dramatizações.
Objetivos: Articular diferentes linguagens artísticas. Criar adereços para caracterizar personagens.
Reconhecer a importância de trabalhar a improvisação como resposta rápida a situações cénicas propostas. Reconhecer o poder dos adereços na caracterização de personagens e na definição de ações.
Avaliação/reflexão
No final de cada improviso perguntou-se:
Plateia, os adereços ajudaram ou atrapalharam?
Os personagens relacionaram-se coerentemente entre si?
Reconheceram características específicas de cada personagem?
Jogadores, concordam com a plateia?
Construção dos adereços
Adereços para usar na cabeça
Adereços para usar nas mãos
Adereços para usar à cintura
Adereços para usar nos braços ou nas pernas
Baú Mágico
Apresentações finais
Sessão 4
1ª ATIVIDADE:
Age rápido!
De pé, em roda, o exercício começou com um movimento de simulação de utilização de um objeto (folhear um livro) e todos imitaram o movimento. Depois, o primeiro apontou para outro jogador que mimetizou a utilização de um novo objeto, e o grupo imitou-o também. Foram permitidos sons que ajudassem a caracterizar os movimentos.
Ao fim de 4 imitações os professores passaram a personalizar o movimento, em vez de o copiarem, e depois de 4 personalizações o desafio foi dar outro uso ao objeto apresentado. O exercício terminou depois de todos terem apresentado um movimento.
Duração: 15 minutos
Objetivos: Recriar, rapidamente, movimentos que simulem a utilização de objetos.
Imaginar diversas utilidades para um mesmo objeto.
Tomar consciência do corpo enquanto agente comunicativo.
2ª ATIVIDADE:
Em Cardume
Este jogo desenrolou-se a partir da transformação de dois grupos de jogadores em cardumes. À semelhança do movimento de um cardume, cada grupo, definiu um percurso a cumprir e percorreu-o orientado por um líder. Todos experimentaram a posição de liderança e de obediência. Os professores assumiram qualquer movimento, som ou posição que ajudasse a completar um todo. O todo apresentado pelos cardumes podia ser um grande objeto, um organismo ou um mecanismo: uma fábrica com máquinas em produção, um relógio, uma composição abstrata...
O líder posicionava-se à frente do cardume e iniciava o trajeto determinando também o movimento dos corpos e os sons. Os restantes imitavam o líder e, progressivamente, assumiam outras funções que ajudavam a representar o todo. O líder era substituído em qualquer momento bastando para isso que outro jogador ocupasse um espaço à frente do que estava a liderar, iniciando novo trajeto e novo conjunto de movimentos e sons.
Duração: 15 minutos
Objetivos: Experimentar a produção colaborativa, a proximidade física e a coordenação.
Experimentar a posição de liderança.
Avaliação/reflexão
No final da apresentação de cada cardume perguntou-se à plateia:
As vozes e os corpos harmonizaram-se e criaram um todo?
O que acham que foi representado?
Jogadores, concordam?
3ª ATIVIDADE:
Partindo da Planta
Em grupos de 4 ou 5 elementos, os professores foram desafiados a imaginar um espaço físico onde decorreria a improvisação de uma pequena cena, que podia ser uma situação do dia-a-dia.
Primeiro desenharam, numa cartolina, uma planta baixa com todos os elementos físicos que se encontravam nesse espaço imaginado.
Tendo a planta como referência, exposta para que todos vissem, os professores usaram a passarela (espaço definido entre uma plateia do lado direito e outra plateia do lado esquerdo) e estabeleceram contacto com todos os elementos desenhados na planta, durante as improvisações. Os elementos desenhados não podiam ser mencionados pelos nomes, já que o objetivo era colocar o objeto no espaço mostrando-o, sem o apresentar verbalmente.
Duração: 15 minutos para o desenho das plantas e 20 minutos para as apresentações dos improvisos.
Objetivos: Recriar situações do dia-a-dia num espaço imaginado. Planificar um espaço cénico. Tirar partido do corpo para exibir objetos, não físicos, na caracterização de espaços cénicos.
Avaliação/reflexão
No final de cada apresentação perguntou-se:
Plateia, os jogadores estabeleceram contacto físico com todos os elementos da planta?
Perceberam que elementos estavam a ser usados?
O enredo da cena apresentada foi percetível?
O que podia ser melhorado?
Jogadores, concordam?
Representações das plantas baixas
Improvisações
4ª ATIVIDADE:
Teatro de objetos
Nesta atividade os 4 grupos tiveram de contruir um espaço cénico e uma narrativa, tendo como ponto de partida um objeto. Os objetos eram: uma mala de viagem; um livro (de maiores dimensões, que o habitual); uma esfregona (de algodão); e um tabuleiro (de transportar comida).
Para representar a narrativa cada grupo escolheu figuras de Lego, de Playmobil ou pequenos brinquedos, que foram manipulados pelos professores de modo a contar a história imaginada.
Duração: 30 minutos para a costrução da narrativa e do cenário, 10 minutos para ensaios e 20 minutos para as apresentações dos teatros de objetos.
Objetivos: Articular diferentes linguagens artísticas.
Criar narrativas e espaços cénicos tendo como ponto de partida diferentes objetos.
Experimentar a manipulação de objetos na apresentação de uma narrativa.
Avaliação/reflexão:
No final de cada apresentação a plateia fez um elogio e uma crítica ao trabalho dos colegas.
Sessão 5
1ª ATIVIDADE: Aquecimento silencioso
Sente o teu corpo
Deitados no chão da sala, de barriga para cima, os professores seguiram as seguintes indicações, de olhos fechados e ao ritmo de uma música relaxante:
1º Coloca as mãos na barriga. Em 4 tempos, inspira e enche a barriga de ar, sente as mãos a subirem; suspende durante 3 tempos; solta o ar na totalidade em 4 tempos, sente a barriga descer. (O exercício repetiu-se, mas os tempos aumentarem até 8.)
2º Retoma a respiração natural.
Começa por sentir os pés nas meias, agora as meias nos pés. Sente as calças nas pernas, as pernas nas calças. Sente a roupa interior no corpo, sente o corpo na roupa interior. Sente a camisola no peito, o peito na camisola. Sente o anel no dedo, o dedo no anel. Sente o cabelo na cabeça, a cabeça no cabelo. Sente a língua na boca. Sente as orelhas. Sente o nariz. Sente os olhos. Ao teu tempo abre-os.
Duração: 10 minutos.
Objetivos: Estimular a concentração e a tomada de consciência do corpo e do que o envolve.
Viver o momento presente, tomar consciência do “aqui e agora”.
Avaliação/reflexão
Para ajudar a refletir sobre o exercício perguntou-se:
Houve diferença entre sentir a roupa no corpo ou o corpo na roupa?
2ª ATIVIDADE:
Partes de um todo
O grupo foi dividido em dois. Com o objetivo de comunicar uma ideia utilizando apenas um, ou dois pés, os formandos do 1º grupo foram desafiados a imaginar um personagem e que ações o poderiam caracterizar, pensando em que movimentos poderiam demonstrar a idade, o peso, o temperamento, a atitude... Sem recurso à comunicação verbal apresentaram-no à plateia, escondendo o resto do corpo atrás da uma cortina branca.
A plateia (2º grupo) tentou adivinhar que personagens eram.
Depois inverteram-se os papeis, mas desta vez o 2º grupo trabalhou a pares. Cada par teve de pensar nos personagens e nas ações que os poderiam relacionar, para depois fazerem as apresentações à plateia. A plateia teve de adivinhar quem eram os personagens e o que faziam.
No momento seguinte, em grupos de 4 ou 5 elementos, repetiram o desafio anterior, mas usando apenas as mãos (uma ou as duas).
As mãos estavam isoladas, os corpos ficaram escondidos atrás da cortina e atrás de um banco tapado com um pano preto. A plateia foi adivinhando quem seriam os personagens dos grupos e que ações representavam.
Duração: 20 minutos.
Objetivos: Experimentar possibilidades comunicativa/expressivas de diferentes partes do corpo e perceber limitações.
Avaliação/reflexão
Para ajudar a refletir sobre o exercício perguntou-se:
As mãos e os pés foram capazes de comunicar sentimentos, a idade, relacionamentos, etc.?
3ª ATIVIDADE:
Tantas possibilidades
Este exercício teve como foco a experimentação de objetos que podem ser usados enquanto instrumentos expressivos em teatro de animação.
Foram deixados à disposição dos professores diferentes materiais. Depois de escolherem os objetos, os professores, transformaram-nos numa personagem e criaram uma pequena ação no decorrer de uma viagem entre as extremidades de um banco.
Duração: 30 minutos.
Objetivos: Experimentar a manipulação de objetos e criar, com eles, personagens e pequenas ações.
4ª ATIVIDADE:
Construção de um dispositivo cénico
Em grupos de 4 ou 5 elementos, os professores foram desafiados a construir um dispositivo cénico em cartão, para apresentações de marionetes ou fantoches. Inspiraram-se no exemplo trazido pelos formadores e criaram outros, com as variações que entenderem, um para cada uma das cinco escolas do agrupamento.
Duração: 90 minutos.
Objetivos: Articular diferentes linguagens artísticas. Criar objetos e espaços cénicos tendo como ponto de partida diferentes materiais.
Os dispositivos cénicos não chegaram a ser concluídos nesta sessão, mas os professores terminaram os trabalhos nas suas escolas.
Sessão 6
Ida ao teatro
A interpretação e comunicação é um dos domínios a desenvolver na área de Expressão Dramática/Teatro. Para passarmos pelo momento da fruição (modo a partir do qual se pode desenvolver o domínio referido) o grupo formativo foi assistir à peça "Ilusionistas", da companhia Teatro dos Aloés, no Recerios da Amadora.
"O texto, cheio de música e magia, apresenta três personagens encantadoras, deslocadas e com um mal-estar existencial que as torna ao mesmo tempo cómicas e tristes. Os 3 irmãos cresceram num mundo de magia e partilham uma incapacidade de aceitar a realidade tal como ela é. Desajustados e idealistas, tentam cumprir as suas ilusões a todo o custo e construir o seu mundo próprio. Os jogos e confidências que trocam são também tingidos de humor absurdo e surrealista e, em geral, as suas interações são governadas pela forma incoerente e aparentemente lógica do sonho. As personagens sonham ser quem são, como num pesadelo prolongado, mas desejam ser outra pessoa e projetam-se numa versão melhor de si próprias – uma ilusão." in: https://www.teatrodosaloes.pt
Analisar espetáculos/performances recorrendo a vocabulário adequado e específico, articulando o conhecimento de aspetos contextuais com uma interpretação pessoal, é uma das aprendizagens essenciais definidas no currículo do 1º ciclo. É por isso fundamental estimular hábitos de apreciação e fruição dos diferentes contextos culturais. Uma ida ao teatro pode ser um momento de aprendizagem significativa, se estruturada e mediada pelo professor.
Quem melhor nos aconselha é Ingrid Koudela, aqui ficam as suas sugestões para transformar uma ida ao teatro numa experiência única de prazer e construção de conhecimento.
Ida ao Teatro (por Ingrid Koudela)
Sessão 7
1ª ATIVIDADE: Aquecimento
"Catxum"
O jogo começou com todos de pé, em roda. A formadora (de mãos juntas, dedos entrelaçados, à exceção dos indicadores que definiam a direção) apontou para um jogador e nesse momento disse “catxum”. O atingido devolvia o “catxum” ou apontava para outra pessoa, tal como o exemplo dado. Se o escolhido não reagisse a tempo saía do jogo.
No segundo nível de exigência acrescentou-se outro comando, o “plim”. O “plim” era verbalizado e representado pelo toque, simultâneo, das duas mãos cabeça. Sempre que o jogador escolhido optasse por este comando, em resposta a um “catxum”, invocava aquele que se encontrava à sua direita para responder com “catxum” ou com “plim”.
As rondas do jogo eram sempre iniciadas com o comando “catxum”. O jogo terminou quando restaram apenas dois jogadores na roda.
Duração: 10 minutos.
Objetivos: Estimular a concentração e convocar o corpo para a reação rápida a determinado comando.
2ª ATIVIDADE:
"Na minha sombra"
Os professores foram desafiados, ao som das músicas “ENVY” de Violette Wautier e “Vampire” de Olivia Rodrigo, a percorrer o trajeto entre as extremidades da cortina suspensa na sala e a fonte de luz.
Dividiram-se em grupos e criaram narrativas visuais tirando partido da expressividade do corpo, e experimentando diferentes efeitos cénicos de luz e de sombra, com os objetos de uso quotidiano e outros construídos com os alunos.
Duração: 30 minutos.
Objetivos: Tirar partido da sombra e experimentar possibilidades comunicativas do corpo e de diferentes objetos.
Avaliação/reflexão
Para ajudar a refletir sobre o exercício perguntou-se:
Como podemos criar o aumento e diminuição da imagem na sombra? E o que acontece com a
nitidez?
Podemos dar cor à sombra?
Que outros instrumentos podemos usar para animar uma ação?
Que outros conteúdos programáticos podem ser explicados e trabalhados a partir do teatro de sombras?
3ª ATIVIDADE:
"Construção e apresentação de teatros de sombras"
Em grupos de trabalho os professores planearam, ensaiaram e apresentaram três teatros de sombras, usando diferentes materiais e técnicas.
Um dos grupos usou a sombra das mãos e de elementos plásticos, criados para o efeito, para apresentar uma narrativa na qual os animais foram os protagonistas.
Outro grupo construiu marionetes de varas e reproduziu perfis de rosto para interpretar uma história de amor.
O terceiro grupo usou elementos físicos da sala (mesa e cadeiras) e a expressividade do corpo para apresentar uma saída de amigas.
No final de cada apresentação, fizeram-se elogios e críticas aos trabalhos apresentados.
Duração: 40 minutos para a construção das narrativas e dos elementos cénicos, 20 minutos para
ensaios e 20 minutos para as apresentações dos teatros de sombra.
Objetivos: Articular diferentes linguagens artísticas.
Criar narrativas, objetos plásticos expressivos e espaços cénicos. Experimentar a manipulação de objetos, tirar partido da expressividade do corpo e criar teatros de sombras.
Construção de elementos cénicos e ensaios