ARTIGOS

ETNOMATEMÁTICA: UM PROGRAMA

Ubiratan D'Ambrosio

Resumo

"Gosto de me referir à Etnomatemática como um programa. Efetivamente, não é uma disciplina nova, pois nasce de um inconformismo com a fragmentação do conhecimento em Artes, Religião, Filosofia, Ciências. E cada um desses setores em várias áreas. Por exemplo, Ciências em Exatas, Sociais, Humanas e não sei o que mais. E cada uma dessas em disciplinas. Por exemplo, Ciências em Matemática, Física, Química e outras. E cada uma dessas disciplinas em especialidades. Por exemplo, Matemática em Aritmética, Álgebra, Análise, Geometria e tantas outras. E cada especialidade em sub-especialidades. E assim por diante.". Trecho retirado do início do artigo.

Disponível para download gratuito em: Etnomatemática: um programa

AS RELAÇÕES COMERCIAIS NA FORMAÇÃO INDÍGENA: UM OLHAR ETNOMATEMÁTICO SOBRE OS SABERES DISTINTOS

Matheus Moreira da Silva

matt.moreira.pet@gmail.com

José Pedro Machado Ribeiro

zepedroufg@gmail.com

Resumo

Este trabalho visa discutir algumas reflexões temáticas sobre as relações comerciais no processo formativo indígena à luz da Etnomatemática no curso de Educação Intercultural da Universidade Federal de Goiás (UFG). O propósito central da pesquisa é identificar as contribuições do tema contextual Cultura e Comércio, do curso de Educação Intercultural da UFG, para os professores indígenas em formação, relacionando os conhecimentos tradicionais de cada povo, referente as relações comerciais, e os da sociedade envolvente. O uso da Etnomatemática num viés de formação inicial do professorado, propicia ao indígena perceber as diferenças culturais em seu contexto. Em particular, o conhecimento indígena, recebeu diversas influências das mais diversas civilizações no que tange a perda do patrimônio cultural imaterial através da prática da biopirataria. Nos diversos encontros das culturas, houveram processos de trocas de conhecimentos, discussões sobre relações comerciais no qual, vagarosamente, foi consolidando-se às aspirações de cada povo. Para tanto, a Etnomatemática possibilita uma maior interação e liberdade frente a determinados “padrões” de comportamentos que ocorrem frente a cultura ocidental, proporciona ao professor indígena conhecer a realidade do outro, ou seja, uma troca devivência/conhecimentos.

Disponível para download gratuito em: http://www.sbem-go.com.br/anais/index.php/EnGEM/article/download/81/79 

ANTROPOLOGIA E ETNOMATEMÁTICA: UM DIÁLOGO POSSÍVEL PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA

Helisângela Ramos da Costa

Resumo

O ensino-aprendizagem de Matemática caracterizado pela utilização de problemas com significado estritamente matemático, sem a preocupação com a contextualização, com os aspectos culturais, tem se refletido no desempenho dos estudantes não apenas na disciplina de Matemática, mas em diversas áreas do conhecimento em que é utilizada. Por isso, este artigo trata de uma pesquisa bibliográfica desenvolvida com o objetivo de investigar como o conhecimento matemático pode ser explorado a partir de temas com enfoque cultural através da integração entre a antropologia e a etnomatemática. Dessa forma, são destacados três temas que propiciam essa integração: uma comunidade agrícola e a construção de uma horta, a civilização inca e seu sistema de numeração e suas características arquitetônicas e a cultura indígena com seu grafismo e trançado. A partir desse estudo, verifica-se que a antropologia pode nos ensinar o valor de cada cultura e como pode ser utilizada no processo pedagógico, em especial, da Matemática, a fim de estabelecer um diálogo de troca entre seus agentes.

Disponível para download gratuito em: https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/88/62 

ETNOMATEMÁTICA: METODOLOGIA, FERRAMENTA OU, SIMPLESMENTE, ETNORREVOLUÇÃO?

Fernando José Monteiro da Costa

fjmcosta3@gmail.com

Resumo

A aprendizagem não se constitui num movimento linear, simples e que abrace os alunos do mesmo modo. Antes pelo contrário, o processamento é complexo, por vezes, pouco significativo e, quase sempre, desencorajante em algumas disciplinas, como é o caso da matemática. A etnomatemática aparece como uma espécie de porto de abrigo, em relação a uma multidão de alunos que, provavelmente, não tendo dificuldades cognitivas, encontram na matemática uma aridez de pensamento e de práticas escolares. A ancoragem dos novos conhecimentos é uma matéria importante para o processo de ensino e aprendizagem, sendo indispensável que uma norma inclusiva seja o chapéu para todo o universo da aquisição de conhecimentos e de saberes explícitos.

Disponível para download gratuito em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/zetetike/article/view/8646571

A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA NO CONTEXTO DA ETNOMATEMÁTICA INDÍGENA XAVANTE: UM JOGO DE PROBABILIDADE CONDICIONAL

Bruno José Ferreira da Costa

bruno_jofeco@yahoo.com.br

Thaís Tenório

tenoriocalc@gmail.com

André Tenório

tenorioifrj@gmail.com

Resumo

Desde 2008, por lei (Lei 11.645/08), a cultura indígena deve ser inserida no currículo da Educação Básica brasileira. Entretanto, propostas de inclusão fundamentadas na etnomatemática são escassas. O presente trabalho traz uma proposta de recurso didático tecnológico no contexto da etnomatemática xavante: um jogo sobre probabilidade condicional chamado “Adivinhe o número xavante”. O jogo foi desenvolvido na plataforma Scratch, concebida pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) para promover a aprendizagem de programação por crianças maiores de oito anos. O jogo pode ser usado por docentes da Educação Básica para os alunos conhecerem mais sobre a cultura indígena brasileira e a Matemática xavante de forma lúdica, ao mesmo tempo em que estimula o raciocínio lógico-quantitativo e introduz de modo informal conceitos de probabilidade condicional.

Disponível para download gratuito em: https://www.scielo.br/pdf/bolema/v28n50/1980-4415-bolema-28-50-1095.pdf

O PROGRAMA ETNOMATEMÁTICA: UMA SÍNTESE

Ubiratan D’Ambrosio

ubi@usp.br

Resumo

O Programa Etnomatemática é um programa de pesquisa em história e filosofia da Matemática, com implicações pedagógicas, que se situa num quadro muito amplo. Seu objetivo maior é dar sentido a modos de saber e de fazer das várias culturas e reconhecer como e por que grupos de indivíduos, organizados como famílias, comunidades, profissões, tribos, nações e povos, executam suas práticas de natureza Matemática, tais como contar, medir, comparar, classificar. A dificuldade maior na pesquisa é a dificuldade que os pesquisadores sentem de se liberarem da postura disciplinar e, conseqüentemente, procuram explicar e entender o saber e o fazer de outras culturas segundo categorias próprias à Matemática Acadêmica. Inicialmente, negamos a visão simplista que uma melhor educação matemática pode, por si, melhorar a qualidade da vida e a dignidade humana. Não é suficiente. A matemática serve finalidades duais. É, de fato, um importante instrumento para melhorar a qualidade de vida e a dignidade nas relações humanas. Mas, ao mesmo tempo é o suporte dos instrumentos intelectuais e materiais que são próprios de uma cultura. Queremos manter o primeiro aspecto dessa dualidade, isto é, a matemática a serviço da qualidade de vida e da dignidade humanas, que são conseqüência dos valores de uma cultura. Mas ao mesmo tempo reconhece-se a necessidade de uma matemática que serve a objetivos ligados ao cotidiano. O grande desafio é como ensinar práticas e idéias da cultura dominante sem destruir os valores da cultura original. O Programa Etnomatemática procura responder a esse desafio.

Disponível para download gratuito em: http://www.periodicos.ulbra.br/index.php/acta/article/view/74

ETNOMATEMÁTICA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: NO MEIO DO CAMINHO (DA SALA DE AULA) HÁ IMPASSES

Maria do Carmo Santos Domite

mcdomite@gmail.com

Resumo

A intenção nesta palestra é a de um olhar para trás no sentido de fazer uma retrospectiva sobre problemas e soluções do caminho do meio entre Formação de Professores e Etnomatemática, assim como de colocar alguns problemas para refletirmos sobre esta possível interação. Ao fazer tal reflexão, percebi que precisamos estar atentos a três proprostas de mudanças para o desenvolvimento de caminhos para a formação dos professores dentro de uma perspectiva etnomatemática. A primeira está no fato de que há inúmeras situações-problema e soluções do contexto não escolar - que a matemática que aprendemos no contexto escolar não nos deixa perceber. A segunda, diretamente aliada à primeira, quando percebemos tais situações-problema a construção de uma ponte entre este tal conjunto de idéias (matemáticas) e aquele sistematizado pela escola é colocada em risco devido às inter-relações entre o pensamento e a emoção. A terceira está na necessidade de refletir com os professores e professoras de matemática sobre outra noção de pré-requisito, como aquilo que o “outro” sabe, seja qual for a lógica/racionalidade e termos dessa construção.

Disponível para download gratuito em: https://xiii.ciaem-redumate.org/index.php/xiii_ciaem/xiii_ciaem/paper/viewFile/2848/1173

PRÁTICA DE ENSINO: REFLEXÕES ENTRE ETNOMATEMÁTICA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Anne Alilma Silva Souza Ferrete

alilma.ferrete50@gmail.com

Rodrigo Bozi Ferrete

Maria Inêz Oliveira Araujo

Resumo

O presente estudo tem como objetivo investigar a viabilidade da aplicabilidade da Etnomatemática na perspectiva da Educação Ambiental Crítica, no ensino de Matemática, do Curso Técnico Integrado em Edificações do campus de Aracaju do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de Sergipe (IFS). Para isso, desenvolvemos uma pesquisa qualitativa, para construir a perspectiva da realidade dos alunos do referido Curso e, a partir dela, elaboramos atividades de ensino com o intuito de produzir dados e informações sobre a viabilidade ou não em trabalhar a Etnomatemática na perspectiva da Educação Ambiental Crítica. Os resultados mostram que ao trabalharmos atividades de ensino de Etnomatemática, na perspectiva da Educação Ambiental, conseguimos trabalhar o conteúdo matemático de forma problematizadora, a partir da dialogicidade com os alunos, desenvolvendo um pensamento crítico sobre sua realidade e possibilitando uma melhor compreensão da importância do conhecimento matemático.

Disponível para download gratuito em: https://www.scientiaplena.org.br/sp/article/view/3424/1590

ETNOMATEMÁTICA: UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA UMA EDUCAÇÃO MULTICULTURAL

Joseane de Almeida Topázio

Resumo

Neste artigo, partindo de uma discussão sobre a educação multicultural na contemporaneidade e as suas implicações no currículo das escolas brasileiras, busco situar a Etnomatemática como uma proposta pedagógica alinhada com os princípios da pedagogia freiriana.

Disponível para download gratuito em: http://revistas.unijorge.edu.br/percursos/pdf/2013_JoseaneTopazio.pdf

CURRÍCULO, ETNOMATEMÁTICA E EDUCAÇÃO POPULAR: UM ESTUDO EM UM ASSENTAMENTO DO MOVIMENTO SEM TERRA

Gelsa Knijnik

gelsak@unisinos.br

Resumo

O presente ensaio descreve e analisa a terceira etapa de uma pesquisa realizada em um assentamento do Movimento Sem-Terra do Rio Grande do Sul, tendo como foco principal as conexões entre a Educação Popular e a vertente da Educação Matemática denominada Etnomatemática. Especificamente, ensaio focaliza as repercussões de um projeto pedagógico centrado em uma das atividades produtivas da comunidade (cultivo de alface), examinadas através das inter-relações estabelecidas pelos diferentes atores sociais envolvidos no processo: professora de Matemática e alunos da 7ª série da escola do assentamento, famílias assentadas e o agrônomo que realiza o acompanhamento técnico. Os procedimentos e método utilizados na parte empírica da investigação envolveram observação direta e participante, diário de campo, realização de entrevistas e coleta de depoimentos. As inspirações teóricas do trabalho baseam-se na literatura relativa à Educação Popular e à Etnomatemática.

Disponível para download gratuito: http://www.curriculosemfronteiras.org/vol3iss1articles/gelsa.pdf

SABERES SOBRE MENSTRUAÇÃO EM DISCUSSÃO

Silvia Regina Silva Ribeiro

srsr@microlink.com.br

Resumo

A Matemática, os calendários menstruais e as práticas sociais relativas à menstruação não são universais. As instituições escolares têm desconsiderado muitos dos aspectos relativos à menstruação e aos calendários menstruais nos cursos de formação de professores, nos projetos de orientação sexual e nas práticas docentes das diversas disciplinas escolares, inclusive da Matemática. O presente artigo objetiva discutir os saberes instituintes sob a menstruação tomando por base a Etnomatemática, a Antropologia Médica, a Antropologia da Menstruação, a História das Mulheres, a História de Gênero e a Educação Matemática.

Disponível para download gratuito em: https://docplayer.com.br/4189528-Saberes-sobre-menstruacao-em-discussao-1.html

UMA BASE TEÓRICA PARA FUNDAMENTAR A EXISTÊNCIA DE INFLUÊNCIAS ETNOMATEMÁTICAS EM SALAS DE AULA

Milton Rosa

milrosa@hotmail.com

Daniel Clark Orey

oreydc@gmail.com

Resumo

As influências etnomatemáticas em sala de aula estão relacionadas com os processos de associação dos conteúdos da Matemático com as abordagens pedagógicas que são utilizadas no ensino e aprendizagem dessa disciplina na área de educação, pois a aquisição do conhecimento matemático é influenciada de acordo com as considerações culturais dos indivíduos que participam da comunidade escolar. O principal objetivo dessa pesquisa teórica é discutir as influências culturais existentes no ensino e aprendizagem em matemática em salas de aula por meio do debate sobre a dualidade entre o conhecimento matemático adquirido dentro e fora do ambiente escolar. Essa discussão pode desencadear uma ação reflexiva sobre as ações pedagógicas, na perspectiva etnomatemática, que é necessária para o trabalho educacional com as comunidades escolares. Assim, esse artigo teórico visa aprofundar os conhecimentos e a discussões relacionadas com as influências etnomatemáticas em sala de aula, utilizando, dessa maneira, como metodologia, uma pesquisa bibliográfica que visa compreender e discutir a revisão de literatura relacionada com a etnomatemática e as suas implicações pedagógicas em salas de aula. Os resultados obtidos nessa pesquisa indicam que existe a necessidade de uma congruência cultural entre os saberes adquiridos na comunidade e na escola.

Disponível para download gratuito em: http://www.curriculosemfronteiras.org/vol13iss3articles/rosa-orey.pdf

QUESTÕES DE MEDIDAS AGRÁRIAS NA TRIBO "TERRA INDÍGENA IVAÍ"

Sonia da Silva Schenekemberg

Eliandro Rodrigues Cirilo

Resumo

O presente artigo tem como objetivo auxiliar os educandos no processo de conversão de medidas agrárias em medidas consideradas comerciais, como parte da pesquisa do Programa de Desenvolvimento Educacional, da Secretaria do Estado do Paraná, PDE/2014. Este projeto pretende fazer uma intervenção, no âmbito da Educação Matemática junto à aldeia Terra Indígena Ivaí, onde vivem índios de etnia KAINGANG, os quais buscam o sustento da prática de artesanato e do cultivo de lavouras, há duas formas de exploração agrícola: a que é realizada em micro cultivos local, dentro da reserva; e a realizada pela prestação de serviços a fazendeiros locais, fora da reserva. Nesses dois casos, para receberem o pagamento de seus serviços, os grupos de indígenas, de certo lote de terra precisam efetuar a medição da terra trabalhada, o que fazem utilizando medidas agrárias como corda, braças e litro. Tornou-se explícita a necessidade de desenvolver um trabalho em prol da aldeia Terra Indígena Ivaí, donde surgiu este projeto: Questões de Medidas Agrárias na Tribo "Terra Indígena Ivaí”. Como resultados foram observados uma melhora significativa na compreensão das medidas agrárias utilizadas pela comunidade indígena da Tribo Terra Indígena Ivaí, assim como evidenciou a real necessidade de um trabalho que aborde a etnomatemática.

Disponível para download gratuito em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013_uel_mat_artigo_sonia_da_silva_schenekemberg.pdf

A RELAÇÃO ENTRE O CONHECIMENTO MATEMÁTICO ESCOLAR E O POPULAR: A ETNOMATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Íris Maria Barbosa da Silva

Virgínia Loureiro Xavier

Ross Alves do Nascimento

Resumo

Este trabalho trata-se de um relato de experiência sobre uma etapa do Projeto intitulado “Etnomatemática na Educação de Jovens e Adultos”, o projeto está sendo desenvolvido no âmbito da disciplina de Estágio Supervisionado III, no curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal Rural de Pernambuco, cujo objetivo é vivenciar experiências didático-pedagógicas em espaços de educação formal e não-formal na mencionada modalidade de ensino. A etapa do projeto desenvolvida foi realizada no módulo II da EJA em uma escola municipal de Recife-PE. O objetivo foi trabalhar alguns conteúdos do bloco Grandezas e Medidas (Proposta Curricular, 2001) dentro da abordagem da etnomatemática. Participaram da atividade 8 educandos, de ambos os sexos, com idades entre 32 e 64 anos. Os resultados parciais apontam para um maior envolvimento dos educandos, bem como uma maior assimilação dos conteúdos em virtude, principalmente, de sua relevância social e da sua relação concreta com o cotidiano.

Disponível para download gratuito em: http://editorarealize.com.br/editora/anais/fiped/2014/Modalidade_2datahora_25_05_2014_23_58_09_idinscrito_810_b4a246b7632b749a914bb45177e8e83f.pdf

A CULTURA AFRO-BRASILEIRA SOB O ENFOQUE DA ETNOMATEMÁTICA: UM MAPEAMENTO TEÓRICO SOBRE OS ESTUDOS BRASILEIROS

Jackson Luís Santos de Vargas

santosdevargas@gmail.com

Isabel Cristina Machado de Lara

isabel.lara@pucrs.br

Resumo

Esse artigo apresenta um estudo acerca do estado da arte de produções realizadas sob o enfoque da Etnomatemática na cultura afro-brasileira. Objetiva verificar o modo como a cultura afro-brasileira vem sendo abordada em estudos desenvolvidos na perspectiva da Etnomatemática e sob um enfoque interdisciplinar na Educação. Para tanto, realiza um mapeamento teórico com base na busca de artigos no acervo digital da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES e do site Google Acadêmico. Utilizando-se de determinadas palavras chave, são selecionados 10 artigos com essa temática e, por meio de sua leitura detalhada, são apontadas convergências e divergências. Evidencia que a maioria dos estudos permanece ao nível de discussões quanto ao não cumprimento da Lei que obriga o ensino das culturas Afro-indígenas, trazendo algumas sugestões para a inclusão das culturas afro-brasileiras e indígenas nas escolas. Aponta que, embora os artigos afirmem a adoção de uma abordagem Etnomatemática, a maioria deles apenas utilizam-na como aporte teórico, sem perceber a Etnomatemática como um método de estudo ou pesquisa.

Disponível para download gratuito em: http://periodicos.pucminas.br/index.php/abakos/article/view/P.2316-9451.2015v3n2p70

O SABER MATEMÁTICO NA VIDA COTIDIANA: UM ENFOQUE ETNOMATEMÁTICO

Eliane Maria Hoffmann Velho

lihoffmann@hotmail.com

Isabel Cristina Machado De Lara

isabellara@pucrs.br

Resumo

Este artigo apresenta uma pesquisa cujos alicerces foram construídos na perspectiva da Etnomatemática, considerada como uma proposta pedagógica que reconhece os diferentes modos de se produzir Matemática em distintos grupos culturais. Através da análise dos saberes matemáticos produzidos e/ou praticados por um grupo de cinco pessoas com baixa escolarização em suas atividades profissionais, cozinheira, zeladora, costureira, marceneiro e construtor, a pesquisa realizada traz à tona a importância dos saberes matemáticos desenvolvidos em cada um desses contextos e sua articulação com os conhecimentos matemáticos aprendidos no âmbito acadêmico, confirmando a idéia de que não há apenas uma forma de matematizar. A abordagem etnomatemática, a partir de seu enfoque holístico e transdisciplinar, procura evidenciar caminhos para concretização de um ensino da Matemática mais eficaz.

Disponível para download gratuito em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/alexandria/article/view/37558/28850

OS SABERES MATEMÁTICOS DE JOVENS E ADULTOS EM CONTEXTO DE PRIVAÇÃO DE LIBERDADE

Claudia Meira

claumeira@yahoo.com.br

Maria Cecília Fantinato

mcfantinato@gmail.com

Resumo

O sistema prisional brasileiro pode ser entendido metaforicamente como uma grande panela de pressão. É eminente o risco de explosão. Neste contexto existe uma constante tensão nas relações entre seus principais sujeitos: presos e agentes executores da pena. A escola existente neste espaço assume, entre suas múltiplas funções, o papel de mediadora de tensões e de espaço de liberdade. Neste trabalho apresentaremos um recorte da pesquisa de Mestrado em andamento, que tem como objetivo principal investigar e compreender os saberes construídos/adquiridos por jovens e adultos em contexto de privação e restrição de liberdade, em busca de uma viabilidade de diálogo entre esses saberes com as aulas de matemática em uma perspectiva transdisciplinar. A pesquisa de campo foi realizada em uma Escola Estadual localizada no interior de uma Unidade Prisional masculina do Estado do Rio de Janeiro, motivada pela prática docente da autora nesta escola. Neste sentido, adotamos na pesquisa a abordagem etnográfica que tem nos permitido imergir no contexto dos alunos presos. Neste trabalho serão apresentados além de uma breve introdução, os seguintes aspectos da pesquisa: delimitação do tema e objetivos (geral e específico), metodologia, referencial teórico, relevância e alguns apontamentos para possíveis resultados, ressaltando que a mesma encontra-se em fase de análise de dados e redação da dissertação.

Disponível para download gratuito em: https://www.redalyc.org/pdf/2740/274041586008.pdf

UNI, DUNI, TÊ, UM CURRÍCULO COLORÊ, ESCOLHIDO POR VOCÊ: UM ENSAIO SOBRE EXPERIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA, INSPIRADAS NO PROGRAMA ETNOMATEMÁTICA

Olenêva Sanches Sousa

oleneva.sanches@gmail.com

Resumo

Esse ensaio é um exercício de reflexão acerca do tema desse dossiê – Por uma produção de Ciência Negra: experiências nos Currículos de Química, Física, Matemática e Biologia – buscando destacar algumas experiências pedagógicas da Educação Básica e alguns aspectos que se envolveram no pôr em pauta a relação entre epistemologia do conhecimento e questões sociorraciais, impulsionadas pelo saber-fazer a Transdisciplinaridade, sob orientação teórica do Programa Etnomatemática, de D'Ambrosio. Longe de evidenciar certezas e conclusões, propomos, apenas, buscar concepções motivadoras e otimistas e parceiros, que arrisquem e ousem inovações, sem perder de vista o sociocultural e a perspectiva de Educação Integral.

Disponível para download gratuito em: https://abpnrevista.org.br/index.php/site/article/view/409/363 

ENSAIO SOBRE COMO O SAMBA AJUDA A PESQUISAR COM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

Jéssica Lins de Souza

jessicalins.souza@gmail.com

Resumo

Este ensaio apresenta uma narrativa sobre a contribuição do samba para a área da educação matemática, mostrando os fundamentos de uma pesquisa que vem sendo desenvolvida com educação matemática e/em/com escolas de samba. Pelo caminho da pesquisa, guiado pela voz do sambista negro Geraldo Filme, passam histórias do samba contadas pelos estudiosos Sérgio Cabral (2016), André Diniz (2006), Lira Neto (2017), Muniz Sodré (1998), Cristiana Tramonte (1996) e Fabiolla Vieira (2016). O texto apresenta uma síntese histórica da formação das escolas de samba no Rio de Janeiro – as primeiras do Brasil – e também na cidade de Florianópolis – onde se situa o campo da pesquisa que ora se apresenta – afirmando o caráter educativo desse tipo de organização comunitária. Em uma conversa com Paulo Freire e Ubiratan D’Ambrósio (1997), e Beatriz D’Ambrósio e Celi Lopes (2015), encontramos trabalhadoras/es e artistas do mundo do samba para falar sobre educação, (etno)matemática e insubordinação criativa. Nesse encontro, se tece uma pesquisa que versa sobre relações comunitárias e educativas construídas em escolas de samba, questionando quais matemáticas se fazem presentes nessas relações e por que não são (re)conhecidas.

Disponível para download gratuito em: http://sbem.iuri0094.hospedagemdesites.ws/revista/index.php/ripem/article/view/2223 

IMPROVING STUDENT'S UNDERSTANDING OF MATHEMATICS THROUGH ETHNOMATHEMATICS

D Herawaty

S Sarwoedi

D O Marinka

P Febriani

I N Wirne

dherawaty@unib.ac.id

Abstract (Resumo)

The purpose of this study was to determine the influence of ethnomathematics and cognitive style on the ability of understanding mathematics. This research is quasi-experiment with the sample of Class X Student of SMA N 4 Rejang Lebong. The instrument of this research is a test of mathematical understanding ability. The result of this research is the linear influence of students' cognitive style as covariate toward the ability of understanding mathematics; The students' understanding of math ability taught by a contextual learning is higher than that of students conventionally taught after controlling the student's cognitive style. The ability of mathematical understanding of students who are learning oriented ethnomathematics higher than students who learn is not ethnomathematical oriented after controlling the cognitive style of students.

Disponível para download gratuito em: https://iopscience.iop.org/article/10.1088/1742-6596/1318/1/012080/pdf 

UM OLHAR PARA A MATEMÁTICA PRESENTE NO AMBIENTE DA ELETROTÉCNICA: CONTRIBUIÇÕES PARA A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Edcarlos Da Silva Costa

costa.edcarlos@gmail.com

Resumo

Este trabalho trata-se de uma pesquisa embrionária que tem como proposta apontar alguns caminhos, ainda em construção, ao identificar a matemática inerente aos mecanismos da eletrotécnica e buscar, por meio da Etnomatemática, uma prática pedagógica mais dinâmica e significativa, que proporciona condições para que o educando construa relações e possa solucionar problemas do cotidiano vivenciado pelos profissionais da área elétrica. Em alguns conteúdos esta relação já pôde ser identificada, e a metodologia aplicada visou estabelecer uma relação entre fenômenos naturais observados e vividos pelo grupo de estudantes e os conteúdos teóricos e práticos do curso de eletrotécnica. Foi possível observar que após a correlação dos conceitos científicos com a vida social e cultural dos estudantes, houve uma melhor compreensão do conteúdo trabalhado, que denota a percepção do conhecimento como uma produção do pensamento pela qual se apreendem e se representam as relações que constituem e estruturam a realidade.

Disponível para download gratuito em: UM OLHAR PARA A MATEMÁTICA PRESENTE NO AMBIENTE DA ELETROTÉCNICA: CONTRIBUIÇÕES PARA A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL | Costa | Revista Brasileira da Educação Profissional e Tecnológica (ifrn.edu.br) 

SEMENTES QUE BROTAM NO IFBA: RESIGNIFICANDO SABERES MATEMÁTICOS ATRAVÉS DOS JOGOS MANCALA

Edcarlos Da Silva Costa

costa.edcarlos@gmail.com

Resumo

O uso de jogos em sala de aula tem sido uma tendência metodológica do ensino de matemática. Nesta prática, estudantes podem desenvolver cognição matemática na sala de aula de forma divertida e atrativa. O que facilita a compreensão de conteúdos que exigem uma maior capacidade de abstração e complexidade. Este trabalho trata-se de um relato de experiência de um projeto desenvolvido no IFBA Campus Feira de Santana onde se buscou através de uma abordagem lúdica com o uso do Jogo Mancala, proporcionar condições para que os educandos construíssem relações entre assuntos estudados na matemática acadêmica e a matemática que flui das práticas cotidianas vivenciados pelos mesmos. Possibilitando discussões de questões concernentes à aplicação da Lei 10.639/03 nas Ciências Exatas. Optou-se por uma prática de valorização das relações Interdisciplinares entre os conteúdos das distintas áreas do conhecimento. Além da discussão de trabalhos pautados na perspectiva da Etnomatemática e da Afroetnomatemática. Foi possível observar, com a aplicação do trabalho ao longo de seis meses que, os métodos tradicionais que vem sendo utilizados ao longo dos anos para ensino das ciências exatas já são declarados como grandes formadores de barreiras sociais. E constatamos também que após a correlação dos conceitos científicos com a vida social e cultural destes estudantes, estes aprenderam melhor o conteúdo trabalhado, compreendendo o conhecimento como uma produção do pensamento pela qual se apreendem e se representam as relações que constituem e estruturam a realidade.

Palavras–chave: Afroetnomatemática, Educação, Interdisciplinaridade

Disponível para download gratuito em: http://connepi.ifal.edu.br/2016/files/anais/9_Multidisciplinar.pdf

ETNOMATEMÁTICA: TRÊS PROPOSTAS PEDAGÓGICAS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA

Francisco de Assis Bandeira

fabandeira56@gmail.com

Resumo

A difusão da Etnomatemática no âmbito da educação básica ainda é escassa, apesar de suas propostas para a ação pedagógica. É com essas preocupações que apresento três pesquisas direcionadas para o ensino de matemática da educação básica à luz das concepções dambrosianas de Etnomatemática. A primeira teve como objetivo investigar conhecimentos matemáticos dos oleiros do Povoado Currais Novos, Rio Grande do Norte, para subsidiar na elaboração de uma proposta pedagógica para dialogar com os conhecimentos matemáticos formais da escola daquele povoado. Na segunda pesquisa, faço um recorte ao apresentar um relato de uma experiência educacional empreendida com alunos 6º ano do ensino fundamental provenientes de uma comunidade de trabalhadores de indústrias de cerâmica vermelha do município de Russas, no estado do Ceará. A terceira pesquisa propõe uma reflexão curricular em educação matemática ao associar a Matemática formal aos conhecimentos matemáticos de uma comunidade de horticultores da cidade do Natal, Rio Grande do Norte. Um dos resultados dessa terceira pesquisa mostrou aos alunos que a matemática não existe somente em sala de aula, a dos livros, mas também em qualquer lugar e que ela é diferente porque as culturas também são diferentes, como falou um dos alunos que entendia as duas matemáticas: a da escola e a da horta, mas esta era melhor porque já trabalhava com ela. A segunda pesquisa evidenciou que, ao colocar os alunos como os principais responsáveis pelo processo de coleta e análise dos dados provenientes de seu próprio contexto sociocultural, contribuiu para a criação de um espaço de discussão em sala de aula, colocando os discentes como sujeitos críticos de sua própria realidade. A proposta da primeira pesquisa, de caráter qualitativa em uma abordagem etnográfica, informa que ao trabalhar pedagogicamente os conhecimentos matemáticos daquele povoado em sintonia com a Matemática acadêmica, o aluno compreenderá o significado desses conhecimentos, além de valorizá-los.

Disponível para download gratuito em: Etnomatemática: três propostas pedagógicas para a educação básica | ETD - Educação Temática Digital (unicamp.br) 

PEDAGOGIA ETNOMATEMÁTICA: DO “PAR DE CINCO” ÀS CONCEPÇÕES DO SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL

Francisco de Assis Bandeira

fabandeira56@gmail.com

Bernadete Barbosa Morey

bernadetemorey@gmail.com

Resumo

O objetivo do presente artigo é mostrar possibilidades de se ensinar matemática no nível fundamental levando o aluno a compreender os princípios do sistema de numeração decimal, essenciais a compreensão dos procedimentos utilizados nas operações fundamentais, utilizando, para isto, o conhecimento tradicional de sua comunidade. As observações e reflexões aqui veiculadas tiveram por base os alunos do 5° ano do ensino fundamental da escola de uma comunidade de horticultores e as concepções d’ambrosianas de Etnomatemática, principalmente, a educacional, que procura compreender a realidade sócio-cultural e chegar à ação pedagógica de maneira natural mediante um enfoque cognitivo com forte fundamentação cultural.

Disponível para download gratuito em: Pedagogia Etnomatemática: do “par de cinco” às concepções do sistema de numeração decimal | Bolema - Boletim de Educação Matemática (unesp.br) 

ETNOMATEMÁTICA NO GARIMPO: CONTRIBUIÇÕES PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA NA PERSPECTIVA DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Freudson Dantas de Lima

freudsondantas@yahoo.com.br

Francisco de Assis Bandeira

fabandeira56@gmail.com

Resumo

O presente artigo tem por objetivo apresentar as contribuições pedagógicas de uma pesquisa de Mestrado que foi desenvolvida em dois garimpos localizados na zona rural do município de Parelhas, no Estado do Rio Grande do Norte - RN, para o ensino e aprendizagem de Matemática na Educação Básica. Foram investigados, à luz da Etnomatemática, um grupo de garimpeiros que desenvolvem as atividades de extração e comercialização de minerais, visando identificar nos saberes e fazeres desses trabalhadores, os conhecimentos etnomatemáticos adquiridos dentro desse universo sociocultural. A partir das análises dos dados coletados, foi elaborado um Produto Educacional (Caderno de Atividades) que fora aplicado em uma turma da terceira série do Ensino Médio da Escola Estadual Monsenhor Amâncio Ramalho, localizada na cidade de Parelhas/RN, sob a ótica da metodologia de ensino e aprendizagem por meio da Resolução de Problemas. Como resultado da intervenção, os alunos passaram a ter uma participação ativa e efetiva na construção dos conceitos matemáticos durante o processo de resolução das situações-problema inerentes ao contexto sociocultural do garimpo, compreendendo e valorizando as diferentes formas de entender e lidar com as matemáticas que se manifestam em ambientes extraescolares.

Disponível para download gratuito em: Etnomatemática no Garimpo: contribuições para o ensino de Matemática na perspectiva da Resolução de Problemas | REMATEC 

O ENTRELAÇAMENTO DA ETNOMATEMÁTICA DOS TECELÕES DE JAGUARUANA - CE COM AS UNIDADES TEMÁTICAS DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR DE MATEMÁTICA

Edney Araujo Lima

edneyaraujo@yahoo.com.br

Francisco de Assis Bandeira

fabandeira56@gmail.com

Resumo

O objetivo desta pesquisa foi identificar os conhecimentos etnomatemáticos utilizados pelos tecelões do município de Jaguaruana – CE, relacionando-os com as Unidades Temáticas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) de Matemática do Ensino Fundamental. Esta é uma pesquisa de ordem qualitativa, com abordagem etnográfica, centrada na concepção de Etnomatemática de D’Ambrosio (2011) e na Resolução de Problemas de Allevato e Onuchic (2009). Partindo do relato de três tecelões, conheceu-se as etapas de fabricação e procedimentos de comercialização das redes de dormir e diversas situações-problema que podem ser edificadas e inseridas no contexto educacional conforme algumas habilidades das cinco Unidades Temáticas da BNCC. Destarte, é perceptível a riqueza de saberes matemáticos advindos desse labor que podem ser entrelaçados com a Matemática escolar e a relevância da escola respeitar os elementos do contexto cultural dos alunos, pois tal reconhecimento proporciona a edificação de uma relação de confiabilidade e a valorização dos conhecimentos prévios.

Disponível para download gratuito em: O entrelaçamento da Etnomatemática dos tecelões de Jaguaruana - CE com as unidades temáticas da Base Nacional Comum Curricular de Matemática | Educação Matemática em Revista (hospedagemdesites.ws) 

A TERAPIA FILOSÓFICA DE WITTGENSTEIN E A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

Denise Silva Vilela

denisevilela@ufscar.br

Resumo

Este texto discute a possibilidade de alguns conceitos de Wittgenstein esclarecerem filosoficamente a Etnomatemática, conforme sugerido por Barton em The philosophical background to D'AMBROSIO conception of  ethnomathematics. Apresento os conceitos de jogos de linguagem, semelhanças de família, e a concepção de matemática como norma de Wittgenstein e os coloco em diálogo com pesquisas da Etnomatemática. Considero tanto as discussões teóricas sobre este programa de pesquisa da Educação Matemática, como também pesquisas que realizam descrições antropológicas de como a matemática é propagada e usada em práticas específicas. Uma filosofia que esclareça a Etnomatemática deve ser capaz de contemplar e explicar matemáticas culturalmente diferentes, diz Barton. Avalio, por fim, que a grade analítica de Wittgenstein  é pertinente para este propósito mas insuficiente para, sozinha, dar conta do caráter político da Etnomatemática.

Disponível para download gratuito em: Vista do A terapia filosófica de Wittgenstein e a educação matemática (ufu.br)  

CONCEITOS DE WITTGENSTEIN E A ETNOMATEMÁTICA

Denise Vilela

denisevilela@ufscar.br

Resumo

Este texto discute a possibilidade de alguns conceitos de Wittgenstein esclarecerem filosoficamente a Etnomatemática, conforme sugerido por Barton em The philosophical background to D'AMBROSIO conception of  ethnomathematics. Apresento os conceitos de jogos de linguagem, semelhanças de família, e a concepção de matemática como norma de Wittgenstein e os coloco em diálogo com pesquisas da Etnomatemática. Considero tanto as discussões teóricas sobre este programa de pesquisa da Educação Matemática, como também pesquisas que realizam descrições antropológicas de como a matemática é propagada e usada em práticas específicas. Uma filosofia que esclareça a Etnomatemática deve ser capaz de contemplar e explicar matemáticas culturalmente diferentes, diz Barton. Avalio, por fim, que a grade analítica de Wittgenstein  é pertinente para este propósito mas insuficiente para, sozinha, dar conta do caráter político da Etnomatemática.

Disponível para download gratuito em: Visualização de Conceitos da FILOSOFIA de Wittgenstein e Programa Etnomatemático (apm.pt) 

ETNOMATEMÁTICA: CULTURA E COGNIÇÃO MATEMÁTICA

Lucélida de Fátima Maia da Costa

ldfmaiadc@gmail.com

Isabel Cristina Rodrigues de Lucena

ilucena@gmail.com

Resumo

A aprendizagem é um processo complexo, individual e coletivo, influenciado pelo contexto onde se efetiva. Nessa direção, discorremos sobre ações cognitivas mobilizadas em situações de aprendizagens aceitavelmente entendidas como manifestações etnomatemáticas para apresentar a etnomatemática como um processo educativo, cultural e de cognição matemática. Para tanto, revisitamos pesquisas realizadas em contextos culturais distintos, desenvolvidas no período de 2009 a 2018. Os resultados obtidos evidenciam que a aprendizagem de construção e confecção de objetos decorre de um movimento não linear e integrador entre diversos processos cognitivos como a percepção, a atenção, a memória e linguagem, todos, dispostos a responder a estímulos subjacentes a campos e domínios sociais, religiosos, afetivos, enfim, resolver problemas no contexto no qual os indivíduos estão inseridos.

Disponível para download gratuito em: Etnomatemática: cultura e cognição matemática | REMATEC 

ETNOMATEMÁTICA NO CONTEXTO QUILOMBOLA: UM PANORAMA DAS PESQUISAS BRASILEIRAS NO PERÍODO DE 2000 À 2016

Maria do Socorro Lucinio da Cruz Silva

Suely Dulce de Castilho

gutchu76@yahoo.com.br

Resumo

Este artigo apresenta o resultado de uma revisão sistemática que buscou conhecer o fluxo e as tendências dos estudos em Etnomatemática no contexto quilombola, no período de 2000 a 2016. Visou também compreender as contribuições dessa abordagem para a formação de professores atuantes na Educação Escolar Quilombola. Metodologicamente, utilizou-se a revisão sistemática de dissertações e teses brasileiras disponíveis no Banco de Teses e Dissertações da CAPES, na Plataforma Sucupira, no Google Acadêmico, e no portal da SCIELO Brasil – Scientific Electronic Library Online. A investigação encontrou 13 pesquisas acadêmicas, sendo oito delas abordando a Etnomatemática em comunidades quilombolas no viés das práticas sociais, e outras cinco pesquisas se referindo à sua utilização dentro das salas de aulas de escolas quilombolas. Os autores e pesquisadores estudados afirmam que a abordagem da Etnomatemática dentro das salas de aulas de escolas quilombolas é necessária por ser instrumento de valorização e respeito aos conhecimentos extraescolares dos alunos.

Disponível para download gratuito em: Etnomatemática no contexto quilombola: um panorama das pesquisas brasileiras no período de 2000 a 2016 | Educação Matemática em Revista (hospedagemdesites.ws) 

TAPETE DE TEAR E ETNOMATEMÁTICA NOS PROCESSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA ESCOLA ESTADUAL QUILOMBOLA DE MATA CAVALO - MT

Maria do Socorro Lucinio da Cruz Silva

Suely Dulce de Castilho

gutchu76@yahoo.com.br

Resumo

O presente texto apresenta resultados parciais de uma pesquisa, nível de Doutoramento, vinculado à linha de pesquisa Movimentos Sociais, Política e Educação Popular, do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Neste trabalho tecemos algumas considerações acerca do questionamento: os pressupostos da Etnomatemática estão presentes na atividade da confecção de tapete de tear realizada pelos alunos da Escola Estadual Quilombola Professora Tereza Conceição Arruda? 

Disponível para download gratuito em: TESSITURAS HISTÓRICAS: Entrelaçando Fios da Educação das Regiões Centro-Oeste e Norte Brasileiras (unir.br)  

A ETNOMATEMÁTICA COMO ALTERNATIVA ÀS METODOLOGIAS DE DOCENTES QUE ENSINAM MATEMÁTICA EM ESCOLAS DO CAMPO

Maria Jacqueline da Silva

jacksivamatematica@gmail.com

Marcelo Henrique Gonçalves de Miranda (autores)

mm.marcelohenrique@yahoo.com.br

Sonia Barbosa Camargo Igliori (Editora)

Resumo

Este artigo apresenta os resultados do recorte de uma pesquisa mais ampla desenvolvida junto ao curso de Matemática-Licenciatura vinculado ao Núcleo de Formação Docente, Campus do Agreste, da Universidade Federal de Pernambuco. O estudo teve como campo empírico o cenário de observações de aulas de matemática (metodologias e apresentação dos conteúdos matemáticos) de seis docentes distribuídos em quatro escolas multisseriadas do campo, no município de São Caetano-PE. A pesquisa teve como objetivo: a) compreender quais as metodologias de ensino de matemática de seis docentes, de quatro escolas multisseriadas do campo, do Agreste da cidade de São Caetano-PE; e b) investigar se tais metodologias de ensino se aproximavam da perspectiva da Etnomatemática. E como recurso teórico-metodológico, partimos do campo de construção de conhecimento sobre a Educação do Campo, Educação Matemática e da Etnomatemática. O percurso metodológico seguiu o viés qualitativo, sob a análise de conteúdo em que foram aplicadas as técnicas de coleta de dados da observação não participante e questionário com os sujeitos da pesquisa. Embora tenhamos constatado metodologias de ensino de matemática no campo que se aproximaram da perspectiva da Etnomatemática, ainda o cenário de aulas de matemática em classes multisseriadas é marcado por metodologias de ensino que não englobam as especificidades do campo nem a valorização dos saberes dos indivíduos dessas localidades. Nessa perspectiva, a pesquisa aponta a importância de metodologias de ensino vinculadas a tendência de ensino da Etnomatemática, ao qual contribui para uma metodologia que influência a prática docente nesta modalidade de ensino, visando em um ensino de matemática articulando os conhecimentos científicos e os conhecimentos (cotidiano) campesino, bem como tornar prazerosos o trabalho dos referidos docentes.

Disponível para download gratuito em: A ETNOMATEMÁTICA COMO ALTERNATIVA ÀS METODOLOGIAS DE DOCENTES QUE ENSINAM MATEMÁTICA EM ESCOLAS DO CAMPO | Silva | Ensino da Matemática em Debate (pucsp.br) 

UM OLHAR ETNOMÁTEMATICO SOBRE A EDUCAÇÃO ESCOLAR KRIKATI

Sérgio Roberto Ferreira Nunes

sergiorobertofnunes@gmail.com

Ana Priscila Sampaio Rebouças

re.anapriscila@gmail.com

Márcia Cristina Gomes

marciacrisgomes@hotmail.com 

Resumo

O presente trabalho é um recorte da pesquisa em andamento vinculada ao Programa de PósGraduação Mestrado Profissional em Educação da Universidade Estadual do Maranhão – PPGE/UEMA desenvolvida no âmbito da disciplina Educação em espaços/tempos formais, não-formais e informais, que tem por objetivo analisar a relação ensino aprendizagem de matemática nos anos iniciais na escola indígena evidenciando os processos de formação inicial dos professores indígenas. A pesquisa é qualitativa desenvolvida na perspectiva da Etnomatemática. Os sujeitos são os acadêmicos do curso de Licenciatura Intercultural para a Educação Básica Indígena da Universidade Estadual do Maranhão que atuam como professores da escola do povo Krikati, localizada na aldeia São José do município de Montes Altos-MA. As análises evidenciam a necessidade de compreensão do conhecimento matemático como forma de garantia dos direitos comunitários, bem como valorização e difusão dos saberes e fazeres originários para manutenção e preservação da cultura indígena.

Disponível para download gratuito em: anais-X-Semana-de-Pedagogia.pdf (uema.br) 

A ETNOMATEMÁTICA COMO AÇÃO PEDAGÓGICA PARA A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO MATEMÁTICO NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL NO POVOADO CENTRO DOS RAMOS EM BARRA DO CORDA-MA

Ana Priscila Sampaio Rebouças

re.anapriscila@gmail.com

Resumo

Trata-se de uma pesquisa que vem sendo desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Educação da Universidade Estadual do Maranhão - PPGE/UEMA, que busca responder o seguinte questionamento: Como a Etnomatemática pode contribuir com a construção do conhecimento matemático? O estudo tem por objetivo analisar a perspectiva curricular etnomatemática como possibilidade pedagógica de construção do conhecimento matemático nos anos finais do Ensino Fundamental no Povoado Centro dos Ramos em Barra do Corda/MA. A pesquisa se configura como um estudo de caso como estratégia para pesquisa-ação com abordagem qualitativa. Como instrumentos de abordagem técnica serão utilizados documentos, entrevistas semiestruturadas, observação do tipo participante e atividades curriculares. Os dados coletados serão analisados por triangulação e permitirão avaliar as contribuições do Programa Etnomatemática como proposta pedagógica que respeita a cultura plural. Ao final, buscando o compromisso social e ético será sugerida a  elaboração de uma proposta na perspectiva da etnomatemática de forma autônoma e autêntica com os participantes da pesquisa e com a comunidade na qual a escola está inserida. Uma pesquisa científica que discuta a natureza, a filosofia e as possibilidades pedagógicas do Programa Etnomatemática para o ensino de Matemática na educação básica é de fundamental importância para a construção das aprendizagens desta ciência, pautando-se no desenvolvimento crítico dos educandos e valorização do ambiente sociocultural em que estão inseridos.

Disponível para download gratuito em: http://www.sbem.com.br/eventos/index.php/EBRAPEM/EBRAPEM2019/paper/viewFile/148/620 

QUIBANOS E ARUPEMBAS: A GEOMETRIA NA PERSPECTIVA DOS ARTESÃOS

Antonio Francisco Ramos

francisco.ramos@ifpi.edu.br

Luciano De Santana Rodrigues

lucianoluciano.santana1998@gmail.com

Lucas Gabriel Lima Viana

lucas54ga@gmail.com

Resumo

Este trabalho é resultado da pesquisa “Quibano: aspectos matemáticos na arte de trançar de ancestralidade indígena no Médio Parnaíba Piauiense”, com apoio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC). Temos como objetivo primordial desvelar os saberes e fazeres etnomatemáticos dos artesãos na produção de quibanos e arupembas e sua relação com os conhecimentos de geometria plana ensinados nas escolas. Para tanto, lançamos mãos da etnomatemática e técnicas da pesquisa qualitativa como caminho metodológico na compreender da história e cultura de indígenas e de seus descendentes no Médio Parnaíba Piauiense, no Estado do Piauí, Nordeste do Brasil. Na pesquisa de campo mapeou-se os artesãos e coletamos os dados necessários para compreensão de seus saberes e fazeres na produção de sua arte utilitária. Contatou-se que os artesãos mobilizam intuitivamente conceitos de Retas paralelas e perpendiculares; Circunferências e círculos; Ângulos; Posições relativas de uma circunferência e uma reta.

Disponível para download gratuito em: RAMOS (etnomatematica.org) 

A MATEMÁTICA IMPLÍCITA NO TRANÇADO DO QUIBANO DO MÉDIO PARNAÍBA PIAUIENSE

Luciano de Santana Rodrigues

lucianoluciano.santana1998@gmail.com

Lucas Gabriel Lima Viana

lucas54ga@gmail.com

Antonio Francisco Ramos

francisco.ramos@ifpi.edu.br

Resumo

O presente trabalho visou primordialmente a abordagem da matemática implícita envolvida na produção de Quibanos presentes na cultura de ancestralidade indígena encontrados na microrregião do Médio Parnaíba Piauiense. De forma específica, pretende-se mapear os diferentes tipos de Quibanos produzidos nas cidades de Angical do Piauí, Santo Antônio dos Milagres e São Pedro. Ademais, busca-se evidenciar o pensamento ancestral indígena presente na produção e uso desses utensílios; identificar os conceitos matemáticos presentes neles e sua relação com os conteúdos escolares. Nesse sentido, a metodologia adotada é de cunho qualitativa operacionalizada por meio da pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo. Tais técnicas de pesquisa possibilitaram verificar uma realidade para além da quantificação. Nosso objeto pesquisado contém características de influências indígenas que contribuíram para a formação de saberes e práticas, que envolvem conhecimentos matemáticos no campo da cultura popular e se faz presente em alguns objetos na arte utilitária de alguns municípios da região do Médio Parnaíba Piauiense. A pesquisa possibilitou perceber que alguns dos artefatos estudados apresentam semelhanças com os artefatos dos índios Bora da Amazônia Peruana.

Disponível para download gratuito em: A MATEMÁTICA IMPLÍCITA NO TRANÇADO DO QUIBANO DO MÉDIO PARNAÍBA PIAUIENSE | Plataforma Espaço Digital (editorarealize.com.br) 

O ESTUDO DE PRESSÃO E ALAVANCAS DE ANCESTRALIDADE INDIGENA PARTIR DA PERCEPÇÃO DOS ARTESÃOS DE SANTO ANTÔNIO DOS MILAGRES-PI

Raimundinha Nunes Gomes Vilanova

suzannanunes4@gmail.com

Antônio Francisco Ramos

francisco.ramos@ifpi.edu.br

Antônio Carlos Ferreira de Abreu

a.carlos@ifpi.edu.br

Resumo

O objetivo desse artigo é compreender as práticas e saberes de ancestralidade indígena relativa aos processos físicos e matemáticos presentes no Tipiti como um tipo de alavanca. Esta pesquisa teve como abordagem qualitativa do tipo pesquisa de campo. A imersão no campo ocorreu por meio de visita aos dois artesãos de Santo Antônio dos Milagres-PI. Após o mapeamento dos conhecimentos, buscou-se aproximação com o conhecimento do cotidiano dos artesãos por meio da aplicação correlacional dos conhecimentos de Física, para analisar o Tipiti por meio da proposição de problemas para classificação de alavanca, cálculo de força e pressão. Enfim, o estudo do Tipiti contribui para um processo de ensino aprendizagem que dialoga com uma abordagem interdisciplinar e multiculturalista que desperta para a possibilidade da criação de estratégias e recursos didáticos voltados para a reflexão de conhecimentos construídos fora e dentro da escola e que mantêm relação com saberes e práticas de ancestralidade indígenas.

Disponível para download gratuito em: RAMOS (etnomatematica.org) 

A FÍSICA DO TIPITI: ESTUDO DA PRESSÃO EM ALAVANCAS INDÍGENAS.

Raimundinha Nunes Gomes Vilanova

suzannanunes4@gmail.com

Antônio Francisco Ramos

francisco.ramos@ifpi.edu.br

Antônio Carlos Ferreira de Abreu

a.carlos@ifpi.edu.br

Resumo

O objetivo deste artigo é conhecer as práticas e saberes de ancestralidade indígena relacionados aos processos físicos proporcionados pelo Tipiti como instrumento de alavanca no processamento de mandioca. Para realização da coleta de dados foi realizada uma observação dos efeitos da pressão do Tipiti a partir da relação entre força aplicada e compressão de volume. Uma força externa é aplicada no tipiti que por sua vez se distribui igualmente na superfície externa, gerando uma força tangencial. A força altera o comprimento e o diâmetro do corpo, e, como consequência há uma mudança no volume e na pressão interna. É importante ressaltar que o objeto de análise (Tipiti) foi produzido por um artesão do município de Santo Antônio dos Milagres (PI). Assim, para esta pesquisa utilizou-se como objeto de análise apenas o artefato, pois um estudo mais aprofundado será realizado por meio de uma pesquisa de campo em momento posterior. Conclui-se que o estudo do tipiti em relação a área poderá contribuir mais do que em relação ao comprimento que de certa forma se relaciona com a diminuição do volume. Enfim, o estudo do Tipiti possibilita a construção de conhecimentos teórico-práticos, no contexto de uma pedagogia crítica, referenciada na Etnofísica, que articula conceitos científicos, pertencentes a uma sociedade que tem em sua matriz cultural as contribuições dos povos indígenas.

Disponível para download gratuito em: A FÍSICA DO TIPITI: ESTUDO DA PRESSÃO EM ALAVANCAS INDÍGENAS. | Plataforma Espaço Digital (editorarealize.com.br) 

O JOGO AFRICANO MANCALA E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM AFRICANIDADES MATEMÁTICAS 

Rinaldo Pevidor Pereira

rinaldopevidor@gmail.com

Resumo

Este artigo aborda à formação de professores relativa à implantação da Lei 10.639 no ensino de matemática. Trata-se de um trabalho resultante de pesquisa de mestrado utilizando o jogo Mancala como recurso metodológico de ensino e aprendizagem matemática, associado ao ensino de história e cultura africana e afro-brasileira. Os jogos de Mancala são inúmeros e neste artigo, nossas discussões estão em torno do Awalé, uma de suas variações. Identificamos nos movimentos dos jogos de Mancala práticas ligadas à ancestralidade africana, conceitos matemáticos e ideias filosóficas de base africana. O jogo Awalé configura-se numa proposta de ensino, propícia para a formação de professores de matemática que resgata e valoriza a cultura africana, contribui para o desenvolvimento do aluno no processo ensino aprendizagem e ainda promove motivação no aluno para as aulas de matemática. 

Disponível para download gratuito em: http://34reuniao.anped.org.br/images/trabalhos/GT21/GT21-183%20int.pdf 

O JOGO AFRICANO MANCALA E SUAS POTENCIALIDADES PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)

Rinaldo Pevidor Pereira

rinaldopevidor@gmail.com

Tatiana Silva Machado de Oliveira

Alexsandra dos Santos Oliveira

Resumo

O texto discorre sobre a utilização do jogo africano Mancala em sua variação Awalé para a formação continuada de professores na Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede municipal de Cariacica, ES, visando sua implementação na prática docente cujo objetivo é trabalhar a reeducação para as relações étnico-raciais numa perspectiva de currículo integrado. Por meio do jogo Awalé, com suas histórias, lendas e sua relação com a árvore Baobá, é possível, dependendo da orientação do professor, conforme enfatiza Pereira (2011) em sua dissertação, construir conhecimentos de forma integrada no campo da educação matemática, história, língua portuguesa, geografia, ciências, arte e inglês, bem como construir conhecimentos no campo do ensino de história e cultura afro-brasileira. A EJA como modalidade de ensino possui princípios e especificidades próprias inerentes ao público alvo. Sendo assim, consideramos a extrema necessidade de fomentar, enquanto política pública, formação continuada dos profissionais que atuam na EJA, visando além de outras coisas, garantir a efetivação de um currículo integrado que considere a realidade dos educandos. Por meio da formação continuada podemos abordar diversas temáticas, entre elas a diversidade cultural na EJA, tendo em vista que, os conflitos étnicorraciais e o preconceito na escola, conforme enfatiza Munanga (2005), são fatores que contribuem para o alto índice de repetência e evasão escolar dos educandos negros comparativamente com os educandos brancos. A incapacidade dos professores em lidar com as especificidades da EJA somados a falta de estruturas das escolas, ausência de formação continuada bem como a baixa autoestima dos educandos que ingressam nos programas, são fatores que contribuem para elevar o índice de evasão e repetência escolar. Entretanto, pautado na concepção freireana de educação popular, onde os conhecimentos escolares são construídos a partir da vivência dos educandos, ou seja, dos conhecimentos prévios que eles já possuem, é possível promover um processo de ensino e aprendizagem na EJA que atenda as especificidades dessa modalidade de ensino. Nessa perspectiva, podemos promover aulas mais interativas que contribuem para tornar os educandos protagonistas na construção de seus próprios conhecimentos. Nesse sentido, corrobora o jogo africano Mancala, uma atividade lúdica, com base lógica, cuja prática está permeada de valores culturais e conceitos matemáticos que são sistematizados pela escola. As potencialidades culturais e matemáticas presentes no jogo africano Mancala em sua variação Awalé podem ser tomadas como ponto de partida para a construção dos conhecimentos escolares na EJA numa perspectiva de educação popular. 

Disponível para download gratuito em: O JOGO AFRICANO MANCALA E SUAS POTENCIALIDADES PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) | Anais do Congresso Africanidades e Brasilidades (ufes.br) 

ESTUDANTES E SEUS JOGOS DE LINGUAGEM EM AULAS DE MATEMÁTICA: UMA ANÁLISE DAS EXPERIÊNCIAS DE SI

Gabriela Dutra Rodrigues Conrado

gabipof@gmail.com

Márcia Souza da Fonseca

mszfonseca@gmail.com

Resumo

Esse artigo é um recorte de uma pesquisa de mestrado sobre currículo escolar e cotidiano, realizada com vinte e um estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental em uma escola pública da periferia do município de Pelotas-RS. A pesquisa, de cunho qualitativo, apresenta pressupostos etnográficos e teve como objetivo construir uma experiência educativa para o currículo da Matemática escolar, priorizando a cultura dos/as estudantes. Utilizamos a expressão experiência educativa no sentido adotado por Jorge Larrosa, referindo-se aquilo que possibilita reflexão do sujeito sobre ele mesmo ou sobre o conhecimento. Para a produção dessa experiência nos inspiramos em teorizações etnomatemáticas, por entender que os fundamentos dessa perspectiva estão pautados no reconhecimento da diversidade de pensar e fazer matemática. Buscamos também no pensamento de Michel de Certeau e na fase de maturidade de Ludwig Wittgenstein, especificamente na concepção de jogos de linguagem, ferramentas para discutir a parte empírica da pesquisa. As identidades formadas no currículo escolar sinalizam experiências de autoexpressão, adequação aos jogos de linguagem dominantes e de assimetria de saber. 

Disponível para download gratuito em: Estudantes e seus jogos de linguagem em aulas de matemática: uma análise das experiências de si | Educação Matemática em Revista (hospedagemdesites.ws)  

A MATEMÁTICA PELO PRISMA DA ETNOMATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS ADULTOS E IDOSOS

Gilvania Rocha Almeida

gilvaniarochaalmeida@hotmail.com

Antonio José da Silva

antoniojsilva1980@gmail.com

Resumo

A aprendizagem de conteúdos escolares de matemática é algo que demanda toda atenção de docentes, gestores e família. São inúmeros os casos de insucesso na aprendizagem e na tentativa de explicar esse descompasso entre o ensino da matemática e sua aprendizagem, surgem diversas explicações. Para os jovens, adultos e idosos afastados da sala de aula a tempos ou ainda aqueles que dividem o árduo trabalho com uma sala de aula com a expectativa de conhecer, esse problema é potencialmente perigoso. Objetivamos conhecer por meio da Etnomatemática as visões da matemática a partir de conteúdos escolares discutidos em sala de aula na educação de jovens adultos e idosos. Por meio de uma pesquisa de natureza qualitativa foi possível observar relatos diários de uso da matemática nas mais diversas atividades, e além disso os alunos foram oportunizados a despertar da importância dessa disciplina em suas vidas.

Palavras–Chaves: ensino de matemática, etnomatemática, educação de jovens adultos e idosos.

Disponível para download gratuito em: v. 4 n. 4 (2020): EDIÇÃO ESPECIAL: Formação de Educadores em Matemática I | Multidebates (faculdadeitop.edu.br)  

DISCUSSING A PHILOSOPHICAL BACKGROUND FOR THE ETHNOMATHEMATICAL PROGRAM

Denise Silva Vilela

denisevilela@ufscar.br

Abstract (Resumo)

This article examines the extent to which Wittgenstein's analytical framework may be relevant to philosophical reflection on ethnomathematics. The discussion develops Bill Barton's suggestion that a philosophical basis for the ethnomathematical program should include and explain culturally different mathematics systems, and the coexistence of different conceptions of mathematics and rationality. Wittgenstein's concept of mathematics as normative statements rather than descriptions is introduced to dialogue with ethnomathematics research and its anthropological descriptions of how mathematics is used and propagated in specific practices. It is argued that although the formulations in Wittgenstein's analytical framework alone are insufficient to account for the political character of ethnomathematics, they do provide a starting point for ethnomathematics as a non-metaphysical version of mathematics.

Disponível para download gratuito em: https://drive.google.com/file/d/19aY3a2l_DnCyElVu-mgz4dpi8QhkW7Ae/view?usp=sharing  

A LINGUAGEM COMO EIXO DA PESQUISA EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: CONTRIBUIÇÕES DA FILOSOFIA E DOS ESTUDOS DO DISCURSO

Denise Silva Vilela

denisevilela@ufscar.br

Jackeline Rodrigues Mendes

jackeline.mendes@usf.edu.br 

Resumo

Em função do amplo emprego da linguagem nas pesquisas na área da Educação Matemática, como  metodologia  de  ensino  e  como  metodologia  de  pesquisa,  este  estudo  focaliza  primordialmente  este  último,  abordando  teoricamente  a  questão  da  linguagem  considerada  eixo  de  investigação  de  pesquisas nesse campo. O objetivo é aprofundar esta discussão por meio de dois caminhos. O primeiro pretende  apresentar  uma  compreensão  da  difusão  do  uso  da  linguagem  como  centro  de  metodologias  de pesquisas – uma repercussão de um movimento filosófico conhecido como “virada linguística”–, em que  a  linguagem  passa  a  ocupar  um  papel  central  na  investigação  filosófica.  Esta  discussão  filosófica  está centrada na filosofia de Wittgenstein, frequentemente considerado marco dessa virada. O segundo caminho  busca  esclarecer  características  centrais  de  diferentes  vertentes  de  concepção  discursiva,  tornadas aportes teóricos de pesquisas, tais como aquelas associadas a autores consagrados, a exemplo de Bakhtin e Foucault. Constituem-se, assim, bases de um referencial teórico que faria da linguagem seu eixo  de  investigação.  Neste  referencial  a  meta  não  seria  resolver  problemas  e  apontar  soluções,  mas  problematizar valores e ideologias implícitos nas práticas linguísticas constituídas objeto de pesquisa. Palavras-chave: Virada linguística, giro discursivo, educação matemática, linguagem. 

Disponível para download gratuito em: A linguagem como eixo da pesquisa em educação matemática: contribuições da filosofia e dos estudos do discurso | Zetetike (unicamp.br) 

ETNOMAQUETES COMO IMAGENS DE MUNDO DE ESTUDANTES DA PERIFERIA URBANA

Gabriela Dutra Rodrigues Conrado

gabrielapof@hotmail.com

Márcia Souza da Fonseca

mszfonseca@gmail.com

Resumo

Neste artigo buscou-se investigar como as transições entre jogos de linguagem possibilitam entender as formas de vidas de estudantes da periferia urbana. Para tanto se utilizou a perspectiva filosófica de Ludwig Wittgenstein com o objetivo analisar as imagens de mundo de estudantes do oitavo ano do Ensino Fundamental por meio da produção de etnomaquetes. Etnomaquetes é o nome dado ao conjunto de atividades pedagógicas de construção de plantas baixas e maquetes a fim de auxiliar no ensino de Matemática visibilizando saberes presentes no cotidiano dos sujeitos escolares. A investigação foi submetida a uma abordagem qualitativa com inspirações etnográficas nas quais fotos, desenhos, maquetes, diálogos e anotações foram utilizados para análise da parte empírica da pesquisa. Pode-se perceber que as produções dos estudantes estão impregnadas pelas suas imagens de mundo e as transições entre jogos de linguagem colaboraram para melhor compreender semelhanças e diferenças entre conhecimentos escolares e não escolares. Além disso, foi possível perceber redimensionamento das relações de poder entre professora e estudantes nas táticas utilizadas pelos alunos e alunas para facilitar a execução das atividades.

Disponível para download gratuito em: ETNOMAQUETES COMO IMAGENS DE MUNDO DE ESTUDANTES DA PERIFERIA URBANA | Conrado | Revista Educação, Cultura e Sociedade (unemat.br) 

A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DE DIFERENTES SUJEITOS MATEMÁTICOS

Isabel Cristina Machado de Lara

isabel.lara@pucrs.br

Resumo

Este artigo procura descrever os diferentes discursos que constituíram historicamente modos de ver a Matemática e o seu ensino, cujos efeitos foram a produção de diferentes modos de subjetivação dos indivíduos. Ou seja, tal subjetivação matemática varia na medida em que o modo de ensinar a Matemática é produzido por diferentes práticas discursivas. A partir de uma perspectiva foucaultiana, coloca sob suspeita a pretensão de discursos que buscam uma homogeneização nas formas de pensar dos indivíduos, comuns num modelo de sociedade disciplinar, trazendo à tona os discursos emergentes na sociedade do controle, sociedade do conhecimento, que, ao contrário da disciplinar, busca salientar as diferenças, tornando possível, através de um enfoque holístico e transdisciplinar, presente na Etnomatemática, a constituição de um sujeito multidisciplinar.

Disponível para download gratuito em: A Constituição Histórica de Diferentes Sujeitos Matemáticos / The Historical Constitution of Different Mathematical Subjects | Lara | Acta Scientiae (ulbra.br) 

FORMAS DE VIDA E JOGOS DE LINGUAGEM: A ETNOMATEMÁTICA COMO MÉTODO DE PESQUISA E DE ENSINO

Isabel Cristina Machado de Lara

isabel.lara@pucrs.br

Resumo

Este artigo objetiva apontar diferentes possibilidades acerca da operacionalização da Etnomatemática como método de pesquisa e ensino na Educação Básica, por meio do reconhecimento de jogos de linguagem que constituem diferentes saberes matemáticos. Delineia a trajetória teórica do Grupo De Estudos e Pesquisas XXX da XXX[1] desde sua constituição, revisita principais autores que tratam da Etnomatemática e traz à tona condições criadas pelos estudos de Wittgenstein para pensar em diferentes formas de matematizar a partir de distintos usos que se faz da Matemática. Levando em conta os estudos kantianos acerca da aquisição do conhecimento, é possível fazer uma analogia entre a faculdade de intuir, a faculdade do entendimento e a faculdade de julgar com os passos sugeridos por Ferreira em relação à Etnomatemática como recurso pedagógico. Diante disso, propõem uma concepção de Etnomatemática a partir dessas perspectivas e delineia as etapas que possibilitam sua operacionalização como método de pesquisa e de ensino em sala de aula.

[1] Em todas as marcações XXX, o nome será inserido após aprovação.

Disponível para download gratuito em: Formas de vida e jogos de linguagem: a Etnomatemática como método de pesquisa e de ensino | Com a Palavra, o Professor (geem.mat.br) 

NARRATIVAS DE COLONOS ALEMÃES DE SANTA MARIA DO HERVAL: DISCIPLINAMENTO E RELAÇÕES DE PODER EXERCIDAS PELA ESCOLA

Ketlin Kroetz

ketlin.kroetz@acad.pucrs.br

Isabel Cristina Machado Lara

isabel.lara@pucrs.br

Resumo

O presente artigo apresenta resultados parciais advindos de uma pesquisa de Mestrado em Educação em Ciências e Matemática da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS, ainda em andamento, desenvolvida na cidade de Santa Maria do Herval, município pertencente ao Rio Grande do Sul, Brasil. Objetiva analisar as relações de poder e o disciplinamento do corpo exercidas pela escola em imigrantes, em particular, alemães, por meio das narrativas de colonos residentes na cidade. Por meio de entrevistas, dois colonos alemães escolhidos por sua baixa escolarização produziram as narrativas analisadas. Metodologicamente, a pesquisa apresenta abordagem qualitativa e como método de análise de dados utiliza aportes teóricos de Michel Foucault, realizando uma análise do discurso. Mostra que o poder utilizado pela escola para produzir modos de pensar, agir e docilizar os sujeitos encontrava-se também na conduta dos alemães, que lutavam pelas suas ideologias e demoravam para adquirir os costumes brasileiros. Além disso, traz à tona que o ensino rígido recebido foi ressignificado, o que evidencia a presença de saberes que vão muito além da sala de aula. Os saberes dos sujeitos alemães são legitimados e utilizados como conjunto de verdades criadas a partir de um consenso existente entre o grupo cultural.

Disponível para download gratuito em: Narrativas de colonos alemães de Santa Maria do Herval: disciplinamento e relações de poder exercidas pela escola | Kroetz | Acta Scientiae (ulbra.br) 

O SABER MATEMÁTICO NA VIDA COTIDIANA: UM ENFOQUE ETNOMATEMÁTICO

Eliane Maria Hoffmann Velho

Isabel Cristina Machado de Lara

isabel.lara@pucrs.br

Resumo

Este artigo apresenta uma pesquisa cujos alicerces foram construídos na perspectiva da Etnomatemática, considerada como uma proposta pedagógica que reconhece os diferentes modos de se produzir Matemática em distintos grupos culturais. Através da análise dos saberes matemáticos produzidos e/ou praticados por um grupo de cinco pessoas com baixa escolarização em suas atividades profissionais, cozinheira, zeladora, costureira, marceneiro e construtor, a pesquisa realizada traz à tona a importância dos saberes matemáticos desenvolvidos em cada um desses contextos e sua articulação com os conhecimentos matemáticos aprendidos no âmbito acadêmico, confirmando a ideia de que não há apenas uma forma de matematizar. A abordagem etnomatemática, a partir de seu enfoque holístico e transdisciplinar, procura evidenciar caminhos para concretização de um ensino da Matemática mais eficaz.

Disponível para download gratuito em: O saber matemático na vida cotidiana: um enfoque etnomatemático | Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia (ufsc.br) 

O ALGORITMO DA MULTIPLICAÇÃO: POSSIBILIDADES DE DIFERENTES FORMAS DE MATEMATIZAR

Juliana Batista Pereira dos Santos

juhbpereira@gmail.com

Isabel Cristina Machado de Lara

isabel.lara@pucrs.br

Resumo

Este artigo tem como objetivo investigar quais os efeitos imediatos da articulação entre a História da Matemática e a Etnomatemática na realização de uma proposta de ensino, voltada a estudantes do 5° ano do Ensino Fundamental. A proposta foi realizada com dezoito estudantes de uma escola pública da cidade de Porto Alegre, RS, e abordou o ensino da multiplicação. Os dados foram obtidos a partir de um questionário, com nove questões de respostas abertas, aplicado aos estudantes após realização da proposta. Para analisar os resultados obtidos utilizou-se como método a análise genealógica discursiva, adotando-se como ferramentas analíticas os escritos de Michel Foucault, em especial sobre os conceitos de poder e saber, e de Ludwig Wittgenstein, sobre jogos de linguagem e semelhanças de família. Evidencia-se que, por meio da proposta de ensino, os estudantes: sentiram-se motivados a aprender outras formas para a realização do produto; conheceram outros modos de matematizar; reforçaram sua aprendizagem sobre o algoritmo da multiplicação em seus jogos de linguagem escolares. Além disso, mostra-se que as atividades realizadas ao longo da proposta de ensino possibilitaram aos estudantes: conhecer outras formas de matematizar, através de jogos de linguagens com suas regras específicas; rever aspectos relativos ao algoritmo da multiplicação ensinado nas escolas; além de refletir acerca das vantagens que outros jogos de linguagem têm sobre o jogo de linguagem da Matemática Escolar e vice-versa.

Disponível para download gratuito em: O algoritmo da multiplicação: possibilidades de diferentes formas de matematizar | Santos | ACTIO: Docência em Ciências (utfpr.edu.br) 

ETNOMATEMÁTICA: UMA ANÁLISE TEÓRICA SOBRE AS PRÁTICAS REALIZADAS EM SALA DE AULA

Juliana Batista Pereira dos Santos

juhbpereira@gmail.com

Resumo

Este trabalho apresenta os primeiros estudos teóricos realizados durante minha pesquisa de doutorado, junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Apresenta os resultados obtidos em dois mapeamentos teóricos, com o objetivo de, a partir deles, discutir os modos pelos quais a Etnomatemática está sendo pensada no contexto das salas de aula da Educação Básica. O primeiro mapeamento analisou como os conceitos Etnomatemática e História da Matemática estão articulados e sendo utilizados na educação básica, e o segundo objetivou compreender as relações entre as diferentes formas definir o conceito Etnomatemática e as atividades didáticas realizadas em sala de aula. Como critério de seleção das produções analisadas nos mapeamentos esteve a necessidade de relacionar a Etnomatemática e a Educação Básica. Como resultado observou-se que as produções inventariadas em ambos mapeamentos utilizam predominantemente a Etnomatemática como uma justificativa para incluir, no contexto da sala de aula, assuntos externos aos tradicionalmente apontados no currículo de Matemática. Destes temas externos, evidencia-se que o mais recorrente refere-se aos saberes ou conhecimentos prévios dos próprios estudantes. Seria essa a finalidade pedagógica da Etnomatemática? Dar voz aos conhecimentos e saberes prévios de estudantes? Além disso os resultados evidenciam que as pesquisas – em sua maioria - não abordam e problematizam os processos de geração, organização e difusão do conhecimento, conforme gostaria D’Ambrosio (1998). Por fim, os resultados evidenciam que poucas produções são embasadas em Ferreira, quem propõe diretamente uma abordagem pedagógica para a Etnomatemática. 

Disponível para download gratuito em: gd16_juliana_santos.pdf (ufpel.edu.br) 

ETNOMATEMÁTICA E AS PRÁTICAS EM SALA DE AULA: UM ESTUDO A PARTIR DE DISSERTAÇÕES E TESES

Juliana Batista Pereira dos Santos

juhbpereira@gmail.com

Isabel Cristina Machado de Lara

isabel.lara@pucrs.br

Gisella de Souza Ferreira

gisellam@terra.com.br

Valderez Marina do Rosário Lima

valderez.lima@pucrs.br

Resumo

Este artigo aborda as práticas de sala de aula que utilizam-se da Etnomatemática. Objetiva compreender as relações entre as diferentes definições atribuídas ao conceito Etnomatemática e as atividades didáticas realizadas em sala de aula, a partir de pesquisas acadêmicas brasileiras. Como corpus do estudo foram utilizadas dissertações e teses que articulam a Etnomatemática à sala de aula. Para a seleção do material utilizou-se a Biblioteca Digital Brasileira de Dissertações e Teses e os termos “Etnomatemática” e “sala de aula”, a partir da qual foram selecionadas doze produções. A análise evidencia que a definição mais utilizada do termo Etnomatemática é a proposta por Ubiratan D’Ambrosio. Em relação às motivações para a escolha do tema das atividades didáticas identifica duas vertentes: as atividades preparadas de acordo com assuntos de interesse dos estudantes; as definidas a priori pelo professor pesquisador. As principais características das atividades didáticas que envolvem o conceito Etnomatemática são: assunto escolhido a priori pelo professor, em geral relacionado ao cotidiano dos estudantes; atividades desenvolvidas por meio de oficinas, o professor prepara o roteiro de atividade e o estudante executa; abordagem estanque de conteúdos, sendo mais recorrente o estudo da geometria.

Disponível para download gratuito em: http://www.conferencias.ulbra.br/index.php/ciem/vii/paper/viewFile/6724/3084 

A PERSPECTIVA WITTGENSTEINIANA E A ETNOMATEMÁTICA: UMA ANÁLISE DOS JOGOS DE LINGUAGEM E AS REGRAS QUE REGEM OS SEUS USOS EM DETERMINADAS ATIVIDADES LABORAIS.

Luis Tiago Osterberg

tiagoosterberg@gmail.com

Isabel Cristina Machado de Lara

isabel.lara@pucrs.br

Resumo

Este trabalho, adotando uma perspectiva wittgensteiniana, objetiva analisar os jogos de linguagem que envolvam conceitos matemáticos presentes em determinadas atividades laborais, bem como as regras de uso de tais conceitos comparando-as com as regras existentes na Matemática Escolar. Os estudos analisados utilizaram a Etnomatemática como um método de pesquisa para compreender a geração, a organização e a difusão dos saberes matemáticos contidos em determinadas profissões, em particular, marceneiros, pescadores, agricultores e artesãos. Ao considerar os jogos de linguagem presentes nas práticas matemáticas existentes nessas profissões, é possível mostrar que, em alguns jogos, se fazem presentes regras que possuem fortes semelhanças de família em relação aos jogos que compõe a Matemática Escolar quando essas necessitam de uma matemática escrita, porém as expressões orais de jogos de linguagem assumem sentidos diferentes para termos presentes em ambas as gramáticas. Além disso, apresenta exemplos da utilização de saberes matemáticos sem o formalismo e o rigor presentes nos jogos de linguagem da Matemática Escolar. Trata-se de uma forma de fazer matemática gerada por outra gramática que se utiliza de outras regras, distinta daquela que constitui a Matemática Escolar, mas que é eficaz naquela forma de uso.

Disponível para download gratuito em: The Wittgensteinian Perspective and Ethnomathematics: An Analysis of Language Games and the Rules Governing their Uses in Certain Work Activities | Osterberg | Acta Scientiae (ulbra.br) 

JOGOS DE LINGUAGEM E ENSINO DE MATEMÁTICA: UMA ANÁLISE DE SUA UTILIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Luciane Santorum Fredrich

luciane.fredrich@acad.pucrs.br

Isabel Cristina Machado De Lara

isabel.lara@pucrs.br

Resumo

Este artigo faz parte de uma pesquisa desenvolvida em um curso de Mestrado em Educação em Ciências e Matemática. Tem como objetivo analisar a utilização de jogos de linguagem utilizados no ensino da Matemática na Educação Infantil. Para tanto, apoia-se teoricamente em conceitos essenciais dos estudos de Wittgenstein (2014), Condé (1998), Gottschalk (2004; 2007), Bello (2017), Bannel (2013), D’Ambrosio (2001), Lara (2001), entre outros. Metodologicamente, realiza uma Análise Textual Discursiva de questionários aplicados a 15 professoras que lecionam em uma escola municipal de Educação Infantil da Região Metropolitana de Porto Alegre, RS, e observações feitas em algumas de suas aulas. Ao retratar a abordagem Matemática, as linguagens Matemáticas acessíveis às crianças e a linguagem utilizada durante as aulas, verifica que a linguagem que vem sendo utilizada pelos professores que ensinam Matemática na Educação Infantil é a linguagem utilizada no cotidiano escolar, muitas vezes em momentos específicos da rotina, como por exemplo, nas rodas de conversa. Mostra que a formação dos professores que ensinam Matemática na Educação Infantil não aborda os conceitos matemáticos com profundidade. Além disso, conclui que o brincar, as brincadeiras e os jogos, nessa fase do desenvolvimento infantil, são as estratégias mais utilizadas pelas docentes para o ensino da Matemática. Ressalta a importância de que o professor deve estar atento ao utilizar jogos de linguagem que julgue serem adequados para a Educação Infantil, pois, em alguns casos, pode estar se apropriando de termos incorretos ou constituindo uma ideia infantilizada que poderá ser considerada frágil nos anos seguintes.

Disponível para download gratuito em: Jogos de linguagem e ensino de matemática: uma análise de sua utilização na Educação Infantil | Revista Exitus (ufopa.edu.br) 

INTERVENÇÕES ETNOMATEMÁTICAS: O PRAZER DE MONTAR ORIGAMIS ENTRE OS ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI

Solange Carvalho de Souza

solcsouza07@gmail.com

Isabel Cristina Machado de Lara

isabel.lara@pucrs.br

Resumo

Intervenções Etnomatemáticas: o prazer de montar origamis entre os adolescentes em conflito com a lei. Este artigo apresenta parte de uma pesquisa que vem sendo desenvolvida com adolescentes em conflito com a lei, do sexo masculino, que estão cumprindo medida socioeducativa de meio fechado numa fundação pública do estado do Rio Grande do Sul. Trata-se de uma investigação que identifica as práticas do origami como forma de trabalhar o tempo ocioso e as concepções pedagógicas como meio de auxílio para as aulas de Matemática que acontecem na escola pública dentro dos muros da fundação. O objetivo é oferecer subsídios que colaborem no debate em torno da privação de liberdade sobre as questões subjacentes aos métodos de ensino para esse público diferenciado e evidenciar saberes etnomatemáticos envolvidos nas práticas de origamis tridimensionais. Aponta que a intervenção dos origamis aliada à Etnomatemática mostra sua eficácia no comportamento dos adolescentes devido à redução de tensões no ambiente, oportunizando a reciprocidade entre pares, motivando a tranquilidade e a concentração dos praticantes, principalmente nas resoluções matemáticas. Por outro lado, ao utilizar lentes foucaultianas, observa regimes de verdade e relações de poder que circulam entre os próprios adolescentes e entre a Instituição e os adolescentes na busca do bom comportamento. 

Disponível para download gratuito em: https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/833/o/Caderno_de_resumos_CBEM2016.pdf 

ETNOMATEMÁTICA: O ENSINO DE MEDIDA DE COMPRIMENTO NO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NA ESCOLA INDÍGENA KANAMARI MARAÃ-AM, BRASIL

Benedito de Oliveira Júnior

Edilanê Mendes dos Santos

edilanemendes@ufam.edu.br

dila16@gmail.com

Resumo

O sistema de medida foi fundamental para o desenvolvimento dos povos, tanto que as mais diversas culturas orientais e ocidentais desenvolveram paralelamente ferramentas próprias, o que levou o homem a estabelecer os padrões e regras de medida universal. No Brasil, os livros de matemática do 6° ano do ensino fundamental trazem para os alunos o contato formal com o sistema métrico e seus múltiplos e submúltiplos, porém o aluno não é induzido a raciocinar outras formas de medição presente no seu cotidiano. Este trabalho mostra através de  relatos  do  povo  indígena  Kanamari  de  Maraã-AM,  como  seus  antepassados  mediam o  comprimento  das distancias, dos terrenos e  até da  altura  das  casas.  Esses  relatos  foram  introduzidos dentro  da  sala  de  aula e apresentado aos alunos com o objetivo de ensinar as unidades de  medida com  enfoque etnomatemático para uma  turma  do6°  ano  do  ensino  fundamental da  Escola  Municipal  Indígena  Kanamari. Além  do  resgate  de uma  pequena  parte  dessa cultura,  essa  atividade favoreceu  uma  reflexão  da  parte  dos docentes quanto  suas práticas pedagógicas,  uma  vez  que, líderes comunitários,  professores  indígenas  e  não  indígenas  puderam constatar  que o  ensino  institucionalizado  aliado  ao conhecimento tradicional,  favoreceu  a  aprendizagem  dos alunos quanto ao conteúdo abordado, propiciando a perpetuação da cultura kanamari.

Disponível para download gratuito em: Etnomatemática: O ensino de medida de comprimento no 6º ano do ensino fundamental na Escola Indígena Kanamari MaraãAM, Brasil | Revista Latinoamericana de Etnomatemática Perspectivas Socioculturales de la Educación Matemática (etnomatematica.org) 

O CONTEXTO CULTURAL E O CONTEXTO ESCOLAR EM ANGOLA: CONHECENDO NZONGO – UNIDADE DE MEDIDA DO POVO CHOKWE NA COMUNA DE CAMAXILO

Carlos Mucuta Santos 

homemdedeuscarlosmucuta@gmail.com

Cristiane Coppe de Oliveira

coppedeoliveira@gmail.com

Resumo

Esse artigo é um recorte de um projeto de pesquisa de mestrado, junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Lueji N´Khonde (ULAN), que tem como objetivo minimizar o distanciamento entre o “mundo da escola” e o “mundo da vida” dos alunos Chokwe da região de Camaxilo em Angola. Tomando como fundamentação teórica as propostas do Programa Etnomatemática e o desenvolvimento de unidades de medida desenvolvidas por esse povo, pretende-se apresentar uma unidade de medida Chokwe, o Nzongo com suas subunidades e uma experiência didática do primeiro autor sobre como o conhecimento de medida Chokwe facilita aprendizagem do Sistema Internacional de Unidades (SI). A pesquisa, de cunho qualitativo, buscou, inicialmente, conhecer essa medida em Camaxilo e pensar de que modo a unidade de medida Nzongo, com seu repertório histórico na cultura Chokwe dos alunos, pode aproximar-se do contexto escolar, ao estudarem o sistema de medida universal, que é estranho ao seu dia a dia. Considerando as teorizações do Programa do Ministério da Educação de inserção da língua Chokwe no ensino regular, será proposto por meio da investigação, que seja também inserida, já a partir do ensino primário, a linguagem matemática do Chokwe do Camaxilo com vista ao resgate de valores matemáticos Chokwe.

Disponível para download gratuito em: O CONTEXTO CULTURAL E O CONTEXTO ESCOLAR EM ANGOLA: conhecendo Nzongo – unidade de medida do povo Chokwe na comuna de Camaxilo | Santos | Revista de História da Educação Matemática (histemat.com.br) 

EXPLORANDO PRÁTICAS ETNOMATEMÁTICAS EM UM AMBIENTE ESCOLAR DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO: O CASO DOS CISTERNEIROS

Fernando de Oliveira Freire

fernando.ofreire@hotmail.com

Maria do Socorro da Silva Batista

msbatista-@hotmail.com

Francisco de Assis Bandeira

fabandeira56@gmail.com

Resumo

O presente artigo é resultante de parte de uma pesquisa realizada no Curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ensino da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte/Campus Pau dos Ferros, envolvendo o saber/fazer de um grupo de cisterneiros atuantes na região do Semiárido brasileiro. Tal pesquisa teve como objetivo analisar o saber-fazer do referido grupo na perspectiva da Etnomatemática e como esses podem contribuir para ações facilitadoras, consistentes e efetivas para o ensino da Matemática escolar. Nessa esteira, o presente trabalho propõe-se retratar a ação pedagógica – desenvolvida à luz da Etnomatemática – vivenciada com alunos de uma escola do ensino fundamental do Semiárido brasileiro, a partir dos saberes-fazeres do referido grupo sociocultural. Para atingir tal fim, valemos da pesquisa qualitativa, de cunho etnográfico, para investigar as práticas etnomatemáticas dos cisterneiros e da pesquisa-ação, para o desenvolvimento da ação pedagógica no referido ambiente escolar. Esse retrato torna-se relevante à medida que a Etnomatemática reúne um potencial educativo-metodológico capaz de promover formas alternativas que possibilitam um melhor ensino de Matemática e, consequentemente, vislumbrar melhores níveis de aprendizagem.

Disponível para download gratuito em: EXPLORANDO PRÁTICAS ETNOMATEMÁTICAS EM UM AMBIENTE ESCOLAR DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO: o caso dos cisterneiros | Freire | Revista de História da Educação Matemática (histemat.com.br) 

ETNOMETODOLOGIA, ETNOMATEMÁTICA,TRANSDISCIPLINARIDADE: EMBASAMENTOS CRÍTICO-FILOSÓFICOS COMUNS ETENDÊNCIAS ATUAIS

Ubiratan D'Ambrosio

ubi@usp.br

Resumo

Este trabalho está organizado abordando três vertentes do pensamento crítico atual: a Etnometodologia, a Etnomatemática e a Transdisciplinaridade. Essas três áreas são vistas como vertentes de um mesmo pensamento que, essencialmente,  faz  uma  nova  leitura,  transcultural  e  holística,  das  ideias reconhecidas  como  basilares  às  disciplinas  centrais  do  estabelecimento acadêmico, mas também reconhece conhecimentos que se mantêm à base das tradições.  Têm  em  comum  o  reconhecimento  dos  conhecimentos  e comportamentos produzidos e socializados pelos indivíduos de um grupo cultural.

Disponível para download gratuito em: ETNOMETODOLOGIA, ETNOMATEMÁTICA, TRANSDISCIPLINARIDADE: EMBASAMENTOS CRÍTICO-FILOSÓFICOS COMUNS E TENDÊNCIAS ATUAIS. (sepq.org.br) 

A TRANSDISCIPLINARIDADE COMO UMA RESPOSTA À SUSTENTABILIDADE

Ubiratan D'Ambrosio

ubi@usp.br

Resumo

Neste trabalho examino o conceito de análises e práticas reducionistas positivo cartesianas, e proponho a transdisciplinaridade como resposta necessária à sustentabilidade. O conhecimento dominante, socializado pelos poderosos meios de informação e comunicação não pode ignorar as várias dimensões do conhecimento: sensorial, intuitiva, emocional, mística, racional. As ciências e, consequentemente, a tecnologia atingiram seu estágio de desenvolvimento graças a análises e práticas reducionistas, fragmentadas em disciplinas, que favorecem uma percepção seletiva de problemas e, portanto, a especialização. O que se nota é que as soluções propostas não atingem a meta essencial de um enfoque integrado. Faz-se necessária uma reorientação das ciências e da tecnologia, fundada numa integração dos vários modos de conhecimento, transcendendo as culturas e as disciplinas, a partir de uma perspectiva transdisciplinar.

Disponível para download gratuito em: A TRANSDISCIPLINARIDADE COMO UMA RESPOSTA À SUSTENTABILIDADE - DOI 10.5216/teri.v1i1.14393 (ufg.br) 

SOCIEDADE, CULTURA, MATEMÁTICA E SEU ENSINO

Ubiratan D'Ambrosio

ubi@usp.br

Resumo

Uma dos efeitos da sociedade globalizada é uma forte tendência para eliminar diferenças, promovendo uma cultura planetária. Particularmente afetados são os sistemas educacionais, que passam por forte pressão dos estudos e avaliações internacionais, inevitavelmente comparativas e, lamentavelmente, competitivas. Como resultado, nota-se a paulatina eliminação de componentes culturais na definição dos sistemas educacionais. Fica evidente a formação de novos imaginários sociais, desprovidos de referentes históricos, geográficos e temporais, caracterizados por uma forte presença da cultura da imagem. Os critérios classificatórios estabelecem um referencial inidôneo, que tem como conseqüência definir práticas e mesmo sistemas educacionais. Por outro lado, ativam-se mecanismos, muitas vezes inconscientes, de resistência, que buscam preservar e recuperar os traços identificadores de uma cultura, tais como as tradições, a culinária, os idiomas, manifestações artísticas em geral, e, desse modo, contribuir para a diversidade cultural, fator essencial para  estimular a criatividade. Neste artigo examinam-se as bases socioculturais da matemática e de seu ensino e também as conseqüências da globalização e seus reflexos na educação multicultural. Discutem-se o conceito de cultura e as questões ligadas à dinâmica cultural, propondo-se uma teoria de conhecimento transdisciplinar e transcultural. Sobre essa base, o Programa Etnomatemática é apresentado. É também feita uma crítica ao currículo atualmente praticado, que é, em sua concepção e detalhamento, obsoleto, desinteressante e pouco útil. Um outro conceito de currículo, baseado nos instrumentos comunicativos (literacia), analíticos (materacia) e materiais (tecnoracia), é proposto.

Disponível para download gratuito em: SOCIEDADE, CULTURA, MATEMÁTICA E SEU ENSINO

A METÁFORA DAS GAIOLAS EPISTEMOLÓGICAS E UMA PROPOSTA EDUCACIONAL

Ubiratan D'Ambrosio

ubi@usp.br

Resumo

Há algum tempo introduzi e venho utilizando uma metáfora para discutir o conhecimento tradicional: as gaiolas epistemológicas. O  propósito  maior  é  substituir  o  pensamento  que  isola  pelo  pensamento  que  une  toda  a humanidade,  o  que  se  torna  possível  mediante  um  elenco  de  saberes  que  são  essenciais  para  a  cidadania planetária. Organizados, esses saberes permitem propor uma “grade curricular” que não “engradeia” e que é aplicável em todos os níveis de escolaridade e de discussões e reflexões, tanto populares quanto acadêmicas.

Disponível para download gratuito em: A Metáfora das Gaiolas Epistemológicas e uma Proposta Educacional (ufms.br) 

CONCRETO COM CONCHAS DE MARISCOS: UMA PROPOSTA ETNOMATEMATICAMENTE SUSTENTÁVEL E VIÁVEL AO DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO

Olenêva Sanches Sousa

oleneva.sanches@gmail.com

Lis Barral Sousa

lis_barral@hotmail.com

Resumo

Com um litoral de quase 8000 km de extensão, o Brasil obriga-se a gerir a Maricultura e práticas de mariscagem, e os impactos socioambientais decorrentes dos resíduos do consumo de seus recursos. A Engenharia Civil destaca-se nesse processo de gestão, buscando meios para minimizar esses impactos. Nesse contexto, a Etnomatemática pode apresentar-se como uma perspectiva ao diálogo entre as culturas acadêmica e marisqueira, juntamente com a Etnomodelagem, possibilitando a construção mútua de conhecimentos. Sob o olhar de duas pesquisadoras, da Engenheira Civil e do Programa Etnomatemática, este artigo toma por base uma investigação sobre a influência do uso das conchas de mariscos como agregado graúdo no concreto não estrutural e sua proposta matemática de substituição pelo agregado tradicional; discorrendo sobre esta possibilidade, em vias da sustentabilidade e do desenvolvimento socioeconômico, inclui reflexões acerca de viabilidades práticas do modelo matemático proposto. A expectativa é contribuir para o debate teórico e aproveitamento adequado dos resíduos do cultivo de mariscos, tendo em vista, especialmente, a relevância que o assunto pode ter para a Engenharia Civil Etnomatemática, Ecologia, Economia, e o interesse comunitário que pode despertar na Educação, Ambiental, Comunitária, Matemática e em geral, e nas políticas públicas, no sentido de valorização e fortalecimento dos saberes e fazeres e projetos das comunidades marisqueiras.

Disponível para download gratuito em: Olenêva e Lis_RETTA_2019.pdf

SOBRE OS CAMPOS TEÓRICOS DA ETNOMATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES E TECNOLOGIAS DE APRENDIZAGENS

Patrícia Silvério da Silva Celedonio

patss.c@gmail.com

Ricardo Sousa Santos

ricardouft@hotmail.com

Getúlio Pereira da Silva Júnior

getuliopereira20@yahoo.com.br

Raimundo Ribeiro dos Santos

raimundors867@gmail.com

Elisângela Aparecida Pereira de Melo

elisapmelo@gmail.com 

Resumo

Este artigo consiste em uma revisão de literatura acerca das produções acadêmicas e científicas que relacionam a Etnomatemática às Tecnologias Digitais na e para a formação de professores que ensinam Matemática, de modo a questionar: Quais são as contribuições teóricas e práticas da Etnomatemática e das Tecnologias Digitais de Aprendizagens na e para a Formação de Professores de matemática? Partindo da abordagem qualitativa, a investigação inicia-se com a busca por produções em repositórios de Programas de Pós-graduação, por meio da Plataforma Sucupira e em periódicos qualificados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), com as seguintes palavras-chave: “Etnomatemática”, “Tecnologias Digitais” e “Formação de Professores”. Objetivou-se identificar as perspectivas de trabalho da Etnomatemática no mundo digital, uma vez que esta subárea da Educação Matemática propõe que o ensino da Matemática seja abordado segundo a realidade sociocultural dos estudantes. Observamos que este é um campo pouco explorado por pesquisadores da Educação Matemática, sendo empregado com maior frequência nas pesquisas com a formação de professores indígenas. Os artigos analisados apontam para a necessidade da interação Etnomatemática e Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) na/para a formação docente.

Disponível para download gratuito em: Sobre os campos teóricos da etnomatemática na formação de professores e tecnologias de aprendizagens / Theoretical fields of ethnomathematics focused on teacher training e learning technologies | Celedonio | Brazilian Journal of Development (brazilianjournals.com) 

SCIENCE AND TECHNOLOFY IN LATIN AMÉRICA DURING ITS DISCOVERY

Ubiratan D'Ambrosio

ubi@usp.br

Resumo

A  poorly  researched field thus far,   pre-Columbian     science  and  technology  thrive  mainly  through  the  memories   that  have  been  handed    down.    These  suggest a vivid contrast  with  the technical heritage brought  by  the  European    invaders,  but  much   research is still needed on  the subject. 

Disponível para download gratuito em: Science and technology in Latin America during its discovery - UNESCO Digital Library 

FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES DE MATEMÁTICA QUE ATUAM EM ESCOLAS QUILOMBOLAS DE MATO GROSSO

Maria do Socorro Lucinio da Cruz Silva

gutchu76@yahoo.com.br

Suely Dulce de Castilho

castilho.suely@gmail.com

Resumo

As autoras apresentam um recorte de uma pesquisa inserida na linha de pesquisa Movimentos Sociais, Política e Educação Popular do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT, no Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Quilombola – GEPEQ/UFMT. As autoras problematizam os impactos de uma formação continuada sobre os pressupostos da Etnomatemática nas práticas pedagógicas de docentes atuantes em duas escolas da rede estadual de ensino, localizadas nas comunidades quilombolas de Mata Cavalo e Abolição. As autoras demonstram que a formação continuada ofertada aos/às docentes nas comunidades quilombolas deve ser pensada e organizada considerando as especificidades dessas localidades, bem como as implicações sobre o deslocamento para outros ambientes e o tempo disponível para formação.

Disponível para download gratuito em: E-book - História e Historigrafia da Educação.pdf (unemat.br) 

A ETNOMATEMÁTICA E A INSTALAÇÃO DA HORTA EM UMA ESCOLA QUILOMBOLA DE MATO GROSSO

Maria do Socorro Lucinio da Cruz Silva

gutchu76@yahoo.com.br

Claudiceia Celeste da Silva

celeste.2012mt@gmail.com

Suely Dulce de Castilho

castilho.suely@gmail.com

Resumo

Este relato  de  experiência  apresenta  as  atividades  realizadas  nas  aulas  de  matemática  durante  a instalação da horta em uma escola quilombola. A horta foi instalada na Escola Estadual Quilombola Professora  Tereza  Conceição  Arruda,  localizada  na  comunidade  Mata Cavalo,  no  município  de Nossa  Senhora  do  Livramento-MT. Os  estudantes  de  algumas turmas  da  escola  participaram  das atividades  da  horta,  este trabalho  discorre  sobre  as  atividades  desenvolvidas  sob  a  orientação  da professora de matemática, cujo objetivo da aula foi conhecer os saberes da comunidade na construção dos canteiros da horta e as suas aproximações aos conceitos geométricos presentes no currículo da matemática. Metodologicamente é um estudo qualitativo, do tipo etnográfico amparado em Geertz (2008). No campo teórico nos ancoramos em Castilho (2011),Freire (2011) e D’Ambrósio (1998). Os resultados apresentados durante as aulas que fizeram parte do processo da instalação da horta nos revelam  que  são  possíveis  as  aproximações  dos  saberes  locais  da  comunidade  com  os  saberes científicos estabelecidos  no currículo da  Matemática, a  fim de  que  o conhecimento transcenda  do local para o universal, estratégia defendida pelos pressupostos da Etnomatemática (D’AMBRÓSIO, 1998). A experiência relatada neste trabalho aponta para as possibilidades da inserção dos saberes locais da comunidade quilombola na construção de um currículo específico para este espaço escolar, em que a proposta seja a valorização dos saberes quilombolas em convergência com o conhecimento científico universal.

Disponível para download gratuito em: A ETNOMATEMÁTICA E A INSTALAÇÃO DA HORTA EM UMA ESCOLA QUILOMBOLA DE MATO GROSSO (sbemmatogrosso.com.br) 

A ETNOMATEMÁTICA NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE UMA ESCOLA INDÍGENA

Ubiratan D'Ambrosio

ubi@usp.br

Resumo

"[...] de todas as manifestações culturais que se tentou impor em caráter universal, a única que predominou foi a Matemática. Para alguns, isso significa ser a Matemática a essência da racionalidade humana. Para outros, dentre os quais me incluo, trata-se de um exemplo de sutilidade da dominação cultural e econômica desse sistema. O fato é que os sistemas escolares impõem Matemática para todos em todas as séries e graus, em todos os países. E praticamente a mesma em todo o mundo. Ao atribuir à Matemática um caráter de universalidade identificamos sérias dificuldades conceituais." (retirado da introdução do artigo)

Disponível para download gratuito em: A etnomatemática no processo de construção de uma escola indígena (inep.gov.br) 

ETNOMATEMÁTICA: A ARANHA TECE PUXANDO O FIO DA TEIA, A CIÊNCIA DA “ABEIA”, DA ARANHA E A MINHA MUITA GENTE DESCONHECE

Raimundo Santos de Castro

raicastro@ifma.edu.br

Ademir Donizeti Caldeira

mirocaldeira@gmail.com

Resumo

"As  discussões  acerca  da  constituição  de  diferentes  formas  de  “saberes”e  “fazeres”, especialmente para   compreensão   daqueles   produzidos   socioculturamente   e   comumente conhecido como “matemático”, é o objeto deste texto. A relação entre a cultura, as influências que ela exerce no conhecimento matemático e a reflexão acerca de um corpo de conhecimento construído pelos sujeitos em sociedade e que tem por finalidade a compreensão dos processos que lhes permitirão viver nesta sociedade sem serem excluídos dela, é a base da argumentação que  vislumbra,  na  Etnomatemática,  a condição  de  possibilidade  de  compreensão  de  que nenhum  conhecimento  é  absoluto,  pronto  e acabado,  mas,  sim,  parte  dessa  construção sociocultural que é estabelecida em sociedade." (resumo do artigo)

Disponível para download gratuito em: Etnomatemática: a aranha tece puxando o fio da teia, a ciência da “abeia”, da aranha e a minha muita gente desconhece (ufopa.edu.br) 

PREOCUPAÇÕES E TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS DA PESQUISA EM ETNOMATEMÁTICA PRESENTES NA LISTA ELETRÔNICA DE DISCUSSÕES DO INTERNATIONAL STUDY GROUP ON ETHNOMATHEMATICS

Roger Miarka

romiarka@gmail.com

Resumo

"Em 2014 a Etnomatemática comemorou trinta anos desde o marco de criação de seu espaço político na Educação Matemática: o pronunciamento de Ubiratan D'Ambrosio, em 1984, no 5o Congresso Internacional de Educação Matemática, em Adelaide, Austrália (D'AMBROSIO, 1984). No rastro desse aniversário, investigamos as tendências e preocupações contemporâneas da pesquisa em Etnomatemática após esse período de trinta anos de amadurecimento. Para isso, analisamos as mensagens trocadas entre 25 de novembro de 2008 e 18 de dezembro de 2014 na lista eletrônica de discussões do International Study Group on Ethnomathematics, entendendo-a como um lócus de encontro virtual entre pesquisadores da área. Metodologicamente, assumimos uma abordagem fenomenológica (BICUDO, 1999, 1999a, MARTINS; BICUDO, 1989), selecionando Unidades de Significado junto à interrogação "Para onde apontam as tendências e preocupações de pesquisa da Etnomatemática anunciadas na lista eletrônica de discussões do International Study Group on Ethnomathematics?", analisando suas possíveis convergências por meio de reduções fenomenológicas. Nesse processo, articulamos quatro categorias abrangentes, nomeadas de "Lista de divulgação: de eventos, de artigos, de pessoas", "A Lista como Espaço Político", "A Lista e seus Grupos de Interesse" e "A Lista e seus Movimentos de Teorização". Neste artigo, apresentamos a abertura dessas categorias por meio de um discurso inteligível e uma síntese de transição sobre o significado dessas categorias no cenário da Etnomatemática." (resumo do artigo)

Disponível para download gratuito em: Preocupações e Tendências Contemporâneas da Pesquisa em Etnomatemática presentes na Lista Eletrônica de Discussões do International Study Group on Ethnomathematics

[E]ETNOMATEMÁTICAS: UMA DISCUSSÃO ACERCA DO NOMADISMO

Eric Machado Paulucci

ericmpaulucci@hotmail.com

Carolina Tamayo

carolinatamayo@ufmg.br

Resumo

Das  inquietações  a  respeito  dos  essencialismos  pressupostos  pela  pergunta “o que é Etnomatemática?” surge uma pesquisa que propõe discutir os limites de uma área e sua relação  com  dois  conceitos  da  filosofia  de  Gilles  Deleuze  e  Félix  Guattari: ciência nômade e ciência régia. Para isso, deslocamos a pergunta “o que é” para “o que pode”, atravessando  seis  investigações  dos  anos de  2017  a  2020,  a  fim  de  descrever  traços  de possibilidades   para   etnomatemáticaS múltiplas, decoloniais   e   não   disciplinares, produzidas  pelos  afetos,  desejos,  acontecimentos,  temporalidades  e  territórios  de  cada pesquisa-experiência.  Dispondo  a  desterritorialização  de  um  espaço  constantemente fronteiriço,  busca-se  destacar  algumas  investigações  que  escapam  para  uma  região nômade,  para  pensar  as  etnomatemáticaS não  como  algo  fixo  e  pré-estabelecido,  mas como um movimento de invenção e produção de sentidos.

Disponível para download gratuito em: [E]etnomatemáticaS: uma discussão acerca do nomadismo (hospedagemdesites.ws) 

FROM ETHNOMATHEMATICS TO ETHNOCOMPUTING: INDIGENOUS ALGORITHMS IN TRADITIONAL CONTEXT AND CONTEMPORARY SIMULATION

Bill Babbitt

Dan Lyles

Ron Eglash

eglash@umich.edu 

Resumo

"Ethnomathematics faces two challenges: first, it must investigate the mathematical ideas in cultural practices that are often assumed to be unrelated to math. Second, even if we are successful in finding this previously unrecognized mathematics, applying this to children’s education may be difficult. In this essay, we will describe the use of computational media to help address both of these challenges. We refer to this approach as “ethnocomputing.” (extraído da introdução)

Disponível para download gratuito em: ethnocomputing.pdf (csdt.org) 

WHEN MATH WORLDS COLLIDE: INTENTION AND INVENTION IN ETHNOMATHEMATIC

Ron Eglash 

eglash@umich.edu 

Resumo

"Ethnomathematics is a relatively new discipline that investigates mathematical knowledge in small-scale, indigenous cultures. This essay locates ethnomathematics as one of five distinct subfields within a general anthropology of mathematics and describes interactions between cultural and epistemological features that have created these divisions. It reviews the political and pedagogical issues in which ethnomathematics research and practice is immersed and exami nes the possibilities for both conflict and collaboration with the goals, theories, and methods of social constructivism".

Disponível para download gratuito em: When Math Worlds Collide: Intention and Invention in Ethnomathematics (roneglash.org) 

ETHNOMATHEMATICS: AN AFRICAN AMERICAN PERSPECTIVE ON DEVELOPING WOMEN IN MATHEMATICS

Gloria F. Gilmer (autora falecida)

Resumo

"This paper was written for the NCTM publication - Changing the Faces of Mathematics: Perspective on Gender. Hence, the paper is at the intersection of research and practice. The paper also speaks directly to issues of equality, inclusivity and accountability. The author borrows from gender, ethnomathematics and social context research to guide practice in mathematics teaching and learning. Specifically, the paper focuses on three principles of feminist pedagogy useful for developing mathematical power in all students but especially women students. In addition, the paper presents strategies found to be effective for discerning mathematical ideas in ones own surroundings. Many strategies presented stem from research methodologies of ethnomathematicians. These methods expand and extend ones vision of what mathematics is , who creates it and in what kind of environment mathematical thinking flourishes for women in general and African American women in particular.". (cópia do resumo)

Disponível para download gratuito em: Ethnomathematics: An African American Perspective On Developing Women In Mathematics (nottingham.ac.uk) 

ETHNOMATHEMATICS AND PHILOSOPHY

Bill Barton

barton@math.auckland.ac.nz

Resumo

"Any concept of ethnomathematics must eventually meet philosophical debates about the nature of mathematics. In particular neo-realist positions are anathema to the idea that mathematics is culturally based, but even modern quasiempiricist philosophies are challenged by the fundamental relativity implied in ethnomathematical writing. A new way of interpreting mathematical history which may allow for a truly relativist mathematics is described, and some evidence is presented to support this view. The kind of studies which would arise from this perspective on mathematics are outlined.". (abstract)

Disponível para download gratuito em: Ethnomathematics and Philosophy

MATHEMATICS CONCEPTIONS BY TEACHERS FROM AN ETHNOMATHEMATICAL PERSPECTIVE

Veronica Albanese

vealbanese@ugr.es

Francisco Javier Perales

fperales@ugr.es

Resumo

"The ethnomathematical perspective implies substantial epistemological changes in mathematics conception with respect to the positivist tradition. This research focuses on a workshop for pre-service teachers, designed and developed under the ethnomathematical perspective, and which promotes reflection on the nature of mathematical knowledge. To that end, we analyzed the teachers' answers about the nature of the mathematics described after the participation in this workshop. First, we identified some characteristic approaches of mathematics from the ethnomathematical perspective - the practical, social, and cultural approaches - and then used them to analyze the participants’ observations, which are considered as evidence of their conceptions about the nature of mathematical knowledge. Later, we grouped participants in profiles defined in relation to the incorporation of mathematics approaches according to Ethnomathematics. In conclusion, the workshop is shown as an environment conducive to reflection.". (abstract)

Disponível para download gratuito em: Mathematics Conceptions by Teachers from an Ethnomathematical Perspective

ETNOMATEMÁTICA E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: UMA PANORÂMICA GERAL

Paulus Gerdes

Autor falecido

Resumo

Este artigo analisa o aparecimento da Etnomatemática como domínio de investigação apresentando depois uma revisão da literatura relacionada com a Etnomatemática que é feita continente a continente. Porfim, são fornecidas algumas ilustrações de experimentação educacional dentro de urna perspectiva etnomatemática.

Disponível para download gratuito em: Etnomatemática e Educação Matemática: Uma panorâmica geral (apm.pt) 

VINHO E QUEIJO: ETNOMATEMÁTICA E MODELAGEM!

Milton Rosa

milrosa@hotmail.com

Daniel C. Orey

Resumo

Neste trabalho, os autores procuram demonstrar a possibilidade da utilização harmoniosa do programa Etnomatemática e da metodologia modelagem na Educação Matemática, para o ensino-aprendizagem em Matemática.

Disponível para download gratuito em: Vinho e Queijo: Etnomatemática e Modelagem!

CENÁRIOS PARA INVESTIGAÇÃO

Ole Skovsmose

osk@dcn.auc.ilk

Resumo

Conforme observações efetivadas em diversos lugares, a educação matemática tradicional se enquadra no paradigma do exercício. Esse paradigma se diferencia do cenário para investigação, no qual os alunos são convidados a se envolverem em processos de exploração e argumentação justificada. A distinção entre o paradigma do exercício e o cenário para investigação é combinada com a diferença entre três tipos diferentes de referência: referência à matemática, referência à semi-realidade e referencia à situação da vida real. Os seis possíveis ambientes de aprendizagem resultantes dessa combinação serão ilustrados através de exemplos. Mover-se do paradigma do exercício em direção ao cenário para investigação pode contribuir para o enfraquecimento da autoridade da sala de aula tradicional de matemática e engajar os alunos ativamente em seus processos de aprendizagem. Mover-se da referência à matemática pura para a referência a vida real pode resultar em reflexões sobre a matemática e suas aplicações. Minha expectativa é que caminhar entre os diferentes ambientes de aprendizagem pode ser uma forma de engajar os alunos em ação e reflexão e, dessa maneira, dar à educação matemática uma dimensão crítica.

Disponível para download gratuito em: Cenários para Investigação | Bolema - Boletim de Educação Matemática (unesp.br) 

THE INTELLECTUAL CONTRIBUTIONS OF UBIRATAN D’AMBROSIO TO ETHNOMATHEMATICS

Patrick Scott

pscott@nmsu.edu

Resumo

"Ubiratan “Ubi” D’Ambrosio is considered by many to be “the intellectual father of ethnomathematics”. He defined and popularized the term as “the art or technique of explaining, knowing, and understanding diverse cultural contexts” (D’Ambrosio, 1990). He formed the International Study Group on Ethnomathematics (ISGEm) and has been instrumental in helping to make sure that the socio-cultural context of mathematics and its teaching and learning are considered in conferences, publications and the day to day work of thousands of mathematics education around the world." (resumo do artigo)

Disponível para download gratuito em: The Intellectual Contributions of Ubiratan D’Ambrosio to Ethnomathematics

ETHNOMATHEMATICS AND THE PURSUIT OF PEACE AND SOCIAL JUSTICE

Ubiratan D'Ambrosio

ubi@usp.br

Resumo

"Currently,   issues affecting   society   such   as   national security,   personal   security,   economics,   social   and environmental disruption, relations among nations, relations among social classes, people’s welfare, the preservation  of  natural  and  cultural  resources,  and  many  others  can  be  synthesized  as  Peace  in  its  several dimensions:  Inner  Peace,  Social  Peace,  Environmental  Peace,and  Military  Peace.  These  four  dimensions  are intimately  related.  Social  Justice  naturally  leads  to  Social  Peace.  Although,  as  I  said,  the  four  dimensions  of Peace   are   intimately   related,   in   this   essay   I   will   focus   my   reflection   on   Social   Justice   and   how   can Ethnomathematics as a program contribute to it." (cópia do resumo do artigo)

Disponível para download gratuito em: Etnomatemática e a busca pela paz e justiça social (unicamp.br) 

L’ETHNOMATHÉMATIQUE AU CARREFOURDELARECOLONISATION ET DE LA DÉCOLONISATION DES SAVOIRS

Luis Radford

lradford@laurentian.ca

Resumo

"Le but de ce chapitre est d’offrir une discussion autour de quelques conceptions sur l’ethnomathématique et des voies qu’emprunte la recherche ethnomathématique contemporaine. C’est dans ce contexte que, dans la première section du texte, deux concep- tions de l’ethnomathématique sont abordées : l’une considère l’ethnomathématique comme une production de savoirs à l’intérieur de la propre rationalité autochtone ; l’autre prend comme référence les mathématiques occidentales: l’ethnomathématique y apparaît comme une modalité folklorique de ces mathématiques considérées comme universelles. Dans la deuxième section du texte, deux voies de recherche contemporaine en ethnomathématique sont explorées, soit une voie de nature plus anthropologique, qui vise à étudier les « mathématiques » des groupes culturels, et une autre de nature plus pédagogique, qui tente de prendre en compte les savoirs autoch- tones dans les apprentissages scolaires. Le chapitre se termine par une discussion de la dimension politique dans laquelle s’insère inévi- tablement l’ethnomathématique et qui la positionne au carrefour de la recolonisation et de la décolonisation des savoirs." (cópia do resumo)

Disponível para download gratuito em: Ethnomathématiques décolonisation et recolonisation des savoirs.pdf (luisradford.ca) 

DES ETHNOMATHÉMATIQUES À L’ÉCOLE ? ENTRE ENJEUX POLITIQUES ET PROPOSITIONS PÉDAGOGIQUES

Anahy Gajardo

anahy.gajardo@pse.unige.ch

Pierre Dasen

pierre.dasen@pse.unige.ch

Resumo

"Les mathématiques représentent l’un des axes disciplinaires fondamentaux et constitutifs de la culture scolaire aujourd’hui. A ce titre, elles sont considérées comme un bagage incontournable que tout élève se doit d’acquérir et dont il doit au moins maîtriser les bases à la fin du cursus scolaire obligatoire. Mais quel doit être le contenu de cette « culture mathématique » dans le contexte de multiculturalité qui caractérise nos écoles aujourd’hui ? Intègre-t-elle des savoirs mathématiques informels et/ou issus d’autres cultures ? Interrogeant la croyance en l’universalité des mathématiques dites formelles et/ou académiques, le domaine d’études qui s’intéresse à ces questions - communément appelé « ethnomathématiques » – comprend une importante réflexion sur les implications à la fois pédagogiques et politiques de la prise en compte de ces « autres » mathématiques dans l’enseignement formel. Après une brève présentation de ce champ d’étude peu connu, cet article examine plus particulièrement la question des liens entre mathématiques scolaires et informelles (acquiert-on des savoirs mathématiques en dehors de l’école ? Si oui, l’école devrait-elle les prendre les compte ?) et celle de l’introduction d’approches ethnomathématiques dans les écoles marquées par l’hétérogénéité culturelle. Finalement, nous examinons la situation des ethnomathématiques en Suisse Romande et nous nous questionnons notamment sur les implications de l’introduction des ethnomathématiques au niveau de la formation des enseignants." (cópia do resumo)

Disponível para download gratuito em: Des ethnomathématiques à l’école ? Entre enjeux politiques et propositions pédagogiques

L’ETHNOMATHÉMATIQUE, UN OUTIL DE LUTTE CONTRE LES ÉPISTÉMICIDES

Yann Renoult

yann.renoult(a)ac-creteil.fr

Resumo

"À la croisée des mathématiques et de l’anthropologie, l’ethnomathématique est une discipline récente introduite dans les années 70 par le professeur brésilien Ubiratàn D’Ambrosio, et développée notamment par la mathématicienne Marcia Ascher. Elle permet notamment de lutter contre les épistémicides, en redonnant la voix aux peuples dont les apports aux sciences ont été délibérément étouffés." (cópia do resumo)

Disponível para download gratuito em: L’ethnomathématique, un outil de lutte contre les épistémicides – Les cahiers de pédagogies radicales (hypotheses.org) 

CULTURAL GAMES AS A PEDAGOGICAL TOOL: A NEPALESE EXPERIENCE OF TEACHING AND LEARNING OF SCHOOL MATHEMATICS

Jaya Bishnu Pradhan

jebipradhan@gmail.com 

Resumo

"Game, generally, is found in every culture that allures almost all children. Many similarities in structure, rule and process are found in playing game and doing mathematics. The main objective of this paper is to observe how we can consolidate Chungi game into our day-to-day teaching and learning in order to enhance students’ mathematical understanding. A total of 5 mathematics teachers and 12 students from a public school of Kathmandu districtwere selected in the research process. The whole process of the game was observed and post-game interview was taken with the participants by the help of interview guidelines and observation checklist. The possibilities of incorporation of cultural game and its pedagogical use was observed in mathematics classroom. The mathematical knowledge hidden in the various sectors of gameplay was analyzed through examining documents, observing behaviours and interviewing teachers and students. The mathematical ideas of counting, grouping, comparing, and four fundamental operations of arithmetic were found during the analysis of field data. The game also included implicit ideas and practices of algebraic and statistical concepts." (cópia do resumo)

Disponível para download gratuito em: Cultural Games as a Pedagogical Tool: A Nepalese Experience of Teaching and Learning of School Mathematics (ijmttjournal.org) 

A ETNOMATEMÁTICA DIALOGANDO COM A ECOLOGIA DE SABERES

Alcione Marques Fernandes

alcione@uft.edu.br

Leila Chalub Martins

leilachalub3@gmail.com

Resumo

A Ecologia de Saberes é um conjunto de epistemologias que permitem adotar posturas completamente distintas do saber especializado existente na universidade, assentando-se no diálogo entre o saber institucionalizado como científico e os saberes populares e tradicionais. A Etnomatemática estabelece o diálogo entre distintas concepções matemáticas, possibilitando uma dinâmica entre o saber e o fazer de diferentes culturas. Esta pesquisa, ainda em fase inicial, registra etnograficamente o artesanato de barro branco confeccionado por algumas mulheres no município de Arraias (Tocantins) onde suas características singulares: produção totalmente manual, transmissão do conhecimento oral, simetria estética e geométrica revela conceitos etnomatemáticos presentes em sua origem e confecção e pretende responder a seguinte questão: existe como estabelecer o diálogo entre o conhecimento etnomatemático das mulheres artesãs e o conhecimento matemático do curso de Matemática da Universidade Federal do Tocantins/Campus de Arraias, utilizando-se a perspectiva da Ecologia de Saberes?

Disponível para download gratuito em: A Etnomatemática dialogando com a Ecologia de Saberes

LA CLASE DE MATEMÁTICAS DESDE UN ENFOQUE ETNOMATEMÁTICO

Armando Aroca Araújo

armandoaroca@mail.uniatlantico.edu.co

Resumo

"Este taller tiene como objetivo presentar un enfoque de investigación que se ha venido desarrollando al interior del semillero de investigación Diversidad Matemática con estudiantes de la Licenciatura en Matemáticas de la Universidad del Atlántico, el cual se ha denominado La clase de matemática desde un enfoque etnomatemático. Posteriormente se presentarán los resultados de las impresiones que han tenido otros dos grupos, de contextos culturales diferentes, en este mismo taller, uno en Guatemala (en su mayoría estudiantes o profesores indígenas) y otro en Colombia (estudiantes de una maestría en educación matemática). La idea es que los participantes presenten en la Sesión 1 sus impresiones por escrito para luego generar en la Sesión 2 una discusión académica sobre lo escrito, teniendo como referente la pregunta que hace 29 años...." (retirado do resumo)

Disponível para download gratuito em: La clase de matemáticas desde un enfoque Etnomatemático

NARRATIVAS ETNOMATEMÁTICAS PARA MATEMATIZAR EN EL AULA DE PRIMARIA

Miriam Moramay Micalco Méndez

mmicalco@gmail.com

Resumo

"La narrativa Etnomatemática estuvo en el centro del proyecto de formación docente “Matematizar en el aula de primaria”, el cual se focalizó en un municipio, Santa María del Río, San Luis Potosí, México. La necesidad de ir más allá del lenguaje matemático para detonar un proceso de aprendizaje de matemáticas en edades tempranas nos llevó a plantear el método Aprender matemáticas sin matemáticas, que tiene como centro el partir de las prácticas sociales y culturales de los niños y niñas para suscitar un aprendizaje con sentido. Presentaremos un análisis sobre la implementación de la narrativa etnomatemática que tuvo como propósito vincular las prácticas sociales de la comunidad y el conocimiento matemático planteado en el currículo escolar. Plantearemos las cuestiones que se abordaron durante la realización del proyecto y las cuestiones que quedan abiertas para la continuidad del mismo" (cópia do resumo)

Disponível para download gratuito em: NARRATIVAS ETNOMATEMAìTICAS PARA MATEMATIZAR (wordpress.com) 

UN ESTUDIO DE LA EDUCACIÓN MATEMÁTICA, INTERCULTURAL Y BILINGÜE EN SUDAMÉRICA: UNA PERSPECTIVA ETNOMATEMÁTICA

María del Carmen Bonilla Tumialán

mc_bonilla@hotmail.com

Milton Rosa

milton.rosa@ufop.edu.br

Roxana Auccahuallpa Fernández

roxaaf@gmail.com

María Eugenia Reyes Escobar

mreyeses@gmail.com

Oswaldo Jesús Martínez Padrón

ojmartinez@utn.edu.ec

Resumo

"La diversidad es inherente a la condición humana. En América del Sur se manifiesta en la existencia de más de 600 pueblos indígenas y otros grupos culturales minoritarios, marginados históricamente por los sistemas educativos y la política social, que, como consecuencia de ese abandono, obtienen los peores resultados en logros de aprendizaje en matemáticas. Sobre esta realidad se edificó esta investigación con el objetivo de conocer, primero, la situación de la dimensión matemática en Educación Intercultural Bilingüe (EIB) y la Educación Matemática de algunos grupos culturales en países latinoamericanos como Brasil, Chile, Ecuador, Perú, y Venezuela y, posteriormente, proponer alternativas que contribuyan a solucionar la problemática relacionada con el proceso de enseñanza y aprendizaje en matemáticas en estudiantes bilingües." (cópia do resumo)

Disponível para download gratuito em: Un estudio de la educación matemática, intercultural y bilingüe en sudamérica: una perspectiva etnomatemática

FORMACIÓN DE PROFESORES DE MATEMÁTICAS DESDE LA ETNOMATEMÁTICA: ESTADO DE DESARROLLO

Hilbert Blanco-Álvarez

director@etnomatematica.org

Alicia Fernández-Oliveras

María Luisa Oliveras

oliveras@ugr.es

Resumo

"Este estudio tiene como objetivo contribuir al conocimiento del estado de desarrollo de la investigación sobre la formación de profesores de matemáticas desde una perspectiva etnomatemática. El material empírico se seleccionó a partir de artículos publicados entre 1995 y 2015. El análisis fue orientado por cuatro preguntas: ¿Qué características debe tener el currículo escolar basado en una perspectiva etnomatemática?, ¿Cuál debe ser el conocimiento didáctico-matemático del profesor para atender dicho currículo?; ¿Qué características tienen los cursos de formación inicial y continua desde una perspectiva etnomatemática?; y ¿Qué marcos teóricos y metodologías utilizaron las investigaciones? Concluimos que el profesor debe tener un perfil creativo, reflexivo, investigador, capaz de desarrollar un currículo abierto a otras racionalidades; los cursos de formación versan sobre la naturaleza de las matemáticas y el diseño de actividades conectadas con la cultura, y las metodologías son un gran aporte a la investigación cualitativa-interpretativa. Proponemos un modelo sobre el desarrollo profesional del profesor y sus relaciones con otros elementos del sistema educativo, y una estructura para un curso de formación de profesores desde la Etnomatemática." (cópia do resumo)

Disponível para download gratuito em: Formación de Profesores de Matemáticas desde la Etnomatemática: estado de desarrollo (scielo.br) 

PENSANDO SOBRE EDUCACIÓN MATEMÁTICA PARA LA JUSTICIA SOCIAL: PROPUESTA DESDE LA TRANSDISCIPLINARIEDAD

Natalia Ruiz-López

natalia.ruiz@uam.es

Santiago Atrio Cerezo

santiago.atrio@uam.es

M. Araceli Calvo Pascual

araceli.calvo@uam.es

Resumo

"Se presenta una propuesta innovadora de integración de las matemáticas con las áreas de ciencias, arquitectura y arte, desde una perspectiva de educación para la justicia social. Se desarrolla una asignatura dentro de un Máster de Educación para la Justicia Social (UAM), donde el objetivo principal ha sido reflexionar con las estudiantes sobre cómo debería ser un centro orientado hacia el cambio socio-educativo. A lo largo de un curso académico, se han analizado y vivenciado métodos de integración de las distintas áreas de conocimiento y recursos educativos que permiten poner en práctica las propuestas teóricas de otras asignaturas del máster, de forma que cada grupo de trabajo ha diseñado un modelo de centro educativo. Aquí se presentan algunos resultados de este curso, centrados en las actividades que muestran cómo las estudiantes han soñado que podría ser una enseñanza de las matemáticas integrada con otras áreas y con un enfoque de justicia social." (cópia do resumo)

Disponível para download gratuito em: Pensando sobre educación matemática para la justicia social

ETHNOMATHEMATICAL CONFLUENCE INTERSECTION OF NATIVE AND ACADEMIC WORLD VIEWS

Tod Shockey

Todshockey@gmail.com

Mitchell Bear John

Resumo

"We  adopt  the  concept  of  confluence  as  a  metaphor  to  consider  our  ethnomathematical  engagement  for  the past  fourteen  years.  In  this  time,  we  have  worked  with  students  and  teachers  and  have  realized  that  the diversity  of  meanings  brought  to  our  collective  mathematical  commitment  has  had  many  influences.  The principle  of two-eyed  seeing(MARSHALL,  2004),  allows  the  authors  a  different  framework  through  which  to consider the importance of the Native worldview and a Western academicview. The confluence of the Native worldview and Western academic view is what guides our story. From the Native view we bring the richness of story and oral traditions. The Western  side of our story brings forwarded a variety of academic backgrounds, e.g. mathematics education, linguistics, and anthropology.An overarching theme that we will bring forward is the affect. Affect for our students as well as us as researchers." (cópia do resumo)

Disponível para download gratuito em: Ethnomathematical confluence intersection of native and academic world views

ETNOMATEMÁTICA DE UMA CLASSE PROFISSIONAL: CIRURGIÕES CARDIOVASCULARES

Tod L. Shockey (Tradução: Chateaubriand Nunes Amâncio)

Todshockey@gmail.com

Resumo

"Quando D'Ambrosio (1985) apresentou a Etnomatemática, ele incluiu em sua definição as classes profissionais. Claramente ausentes das pesquisas etnomatemáticas, são estudos que investigam ocupações com graus avançados de Educação Formal. A classe profissional examinada no presente estudo foi um grupo de cirurgiões cardiovasculares.  Pesquisas etnomatemáticas podem ser consideradas a partir de duas perspectivas, uma cultural e outra profissional. Este artigo considera um novo grupo, o de cirurgiões cardiovasculares, e une o trabalho de Carraher, Carraher e Schliemann (1985), com o de Saxe (1988), e com o de Milroy (1992) e Masingila (1993). Essa linha de pesquisa demonstrou como os participantes se utilizam de ferramentas; a linguagem utilizada estava impregnada de significado matemático, resolução mental de problemas e, de acordo com Milroy (1992), “o uso de experiência e intuição estavam além do cálculo empregado”. Todas estas questões são comprovadas e corroboradas por esta pesquisa com cirurgiões cardiovasculares." (cópia da introdução)

Disponível para download gratuito em: Etnomatemática de uma Classe Profissional: cirurgiões cardiovasculares | Bolema - Boletim de Educação Matemática (unesp.br) 

ÁLGEBRA MODERNA E A ESCOLA SECUNDÁRIA  (Ubiratan D'Ambrosio, primeiros escritos)

Ubiratan D'Ambrosio (primeiros escritos)

ubi@usp.br

Resumo

"En el presente trabajo el autor argumenta a favor de la necesidad de laintroducción del álgebra moderna en los programas de estudio de ma-temática para la enseñanza secundaria, destacando su importancia pe-dagógica y el aspecto social implícito en dicha iniciativa.  Las nuevasconquistas de esta importante área del conocimiento humano son fun-damentales para que el país logre superar la barrera de su subdesarrollocultural y económico." (cópia do resumo)

Disponível para download gratuito em: Álgebra moderna e a escola secundária (ucr.ac.cr) 

CONSIDERAÇÕES SÔBRE O ENSINO ATUAL DA MATEMÁTICA (Ubiratan D'Ambrosio, primeiros escritos)

Ubiratan D'Ambrosio

ubi@usp.br

Resumo

"Se plantea la necesidad de hacer cambios en los programas de Matemá-tica que tomen en cuenta el estado actual de la ciencia y las investiga-ciones acerca del que, cuando, a quién y por qué enseñar matemática.Esto demanda la incorporación de matemáticos, docentes, investigado-res, técnicos y psicólogos. Sugiere que los programas de estudio fomenten gradualmente la abstrac-ción, incluyan valores formativos e informativos, enfatizando los prime-ros, y proporciona ideas prácticas acerca del desarrollo de los contenidosen los distintos años de la educación secundaria." (cópia do resumo)

Disponível para download gratuito em: Considerações sôbre o ensino atual da matemática (ucr.ac.cr) 

SÔBRE O PROGRAMA DE MATEMÁTICA NO CURSO GINASIAL E SEU DESENVOLVIMENTO (Ubiratan D'Ambrosio, primeiros escritos)

Ubiratan D'Ambrosio

ubi@usp.br

Resumo

"En este artículo el autor hace un análisis crítico del programa de ma-temática para la enseñanza media, vigente en el Brasil en la década de1950 y sugiere orientar la enseñanza de la matemática en función de tresvalores: formativo, informativo y utilitario. Algunas de las ideas sugeridas para la elaboración del programa men-cionado son: conexión entre las distintas áreas de la matemática; resolu-ción de problemas y el uso de la historia de la matemática como recursodidáctico. Finalmente el autor menciona algunas referencias de trabajos con unaorientación cercana a las dadas en el artículo" (cópia do resumo)

Disponível para download gratuito em: Sôbre o programa de Matemática no curso ginasial e seu desenvolvimento (ucr.ac.cr) 

DES PRÉMICES D’UNE ANTHROPOLOGIE DES PRATIQUES MATHÉMATIQUES À LA CONSTITUTION D’UN NOUVEAU CHAMP DISCIPLINAIRE : L’ETHNOMATHÉMATIQUE

Eric Vandendriessche

eric.vandendriessche@univ-paris-diderot.fr

Céline Petit

Resumo

"Cet article questionne l’historiographie de l’ethnomathématique telle qu’elle est généralement menée dans les travaux de ce champ, qui désigne aujourd’hui l’étude des variations culturelles des concepts et savoirs mathématiques, et tout particulièrement de ceux élaborés en dehors des domaines savants et institutionnels. Si les textes considérés comme fondateurs de l’ethnomathématique ont été publiés dans les années 1970 et 1980, les prémices d’une anthropologie des mathématiques sont perceptibles dans plusieurs études ethnologiques, mathématiques, ou philosophiques, réalisées à partir du xixe siècle. Néanmoins, la prégnance des théories évolutionnistes et de celle relative à la « pensée prélogique » semble avoir durablement fait obstacle à la reconnaissance d’une rationalité mathématique associée à la réalisation de diverses activités dans des sociétés non-occidentales (de tradition orale en particulier). L’entrée dans la seconde moitié du xxe siècle a marqué à cet égard un tournant épistémologique, favorisant par la suite le développement d’études reconnues comme à l’origine de l’institution de l’ethnomathématique." (cópia do resumo)

Disponível para download gratuito em: Des prémices d’une anthropologie des pratiques mathématiques à la constitution d’un nouveau champ disciplinaire : l’ethnomathématique (openedition.org) 

UBIRATAN D’AMBROSIO E ETNOMATEMÁTICA: UM PANORAMA TEÓRICO-EPISTEMOLÓGICO-METODOLÓGICO

Olenêva Sanches Sousa

oleneva.sanches@gmail.com

Resumo

Esse artigo expõe um panorama teórico-epistemológico das possíveis contribuições do Programa Etnomatemática para as políticas educacionais, fundamentado na produção teórica de Ubiratan D’Ambrosio e em estudos que lhe fazem referência. Inserindo-se em um Doutorado em Educação Matemática, investiga e busca a difusão dos aspectos-chave que caracterizam esse programa como uma teoria geral do conhecimento, crítica e transdisciplinar, a partir de reflexões acerca dos diálogos que podem ser estabelecidos entre Etnomatemática e Educação, em especial o currículo.

Disponível para download gratuito em: Anais da II Jornadas Latinoamericanas de Estudios Epistemológicos en Política Educativa (relepe.org) 

HISTÓRIA DA MATEMÁTICA NO BRASIL: UMA VISÃO PANORÂMICA ATÉ 1950

Ubiratan D'Ambrosio

Resumo

Neste trabalho descrevo, sucintamente, a matemática européia como recebida e praticada no Brasil a partir do período colonial até a entrada na década de 50. Sigo uma periodização que responde às grandes mudanças na evolução política do Brasil. Destaco os principais atores nesse processo, com breve referência às suas obras. Dou menos prioridade aos detalhes matemáticos nessa visão panorâmica, procurando destacar o quadro sociopolítico e cultural no qual as opções de pesquisa e de educação se deram. Essa visão panorâmica para no início da década de 50, quando começa uma nova fase de institucionalização da ciência brasileira.

Disponível para download gratuito em: HISTORIA DA MAT IN BRASIL_ATE 1950_Ubiratan.doc (ifba.edu.br) 

CARACTERÍSTICAS DISTINTAS DA HISTÓRIA DA MATEMÁTICA E DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA EM PAÍSES DA AMÉRICA LATINA

Ubiratan D'Ambrosio

Resumo

A  História  da  Matemática  na  América  Latina  desenvolveu-se  com  características  distintas.  O modelo de colonização espanhola diferiu muito do modelo português. Nota-se muito essa diferença nas guerras de independência das colônias espanholas. A existência de universidades e de pesquisa nas   colônias   espanholas   teve   como   resultado,   após   a   independência,   medidas   visando   o desenvolvimento  das  ciências  e  da  matemática  sobre  bases  de  um  processo  já  em  andamento.  O ideário  republicano  dominou  a  independência  das  colônias  espanholas.  Serão  estudados  casos específicos.  Particularmente  importante  foi  a  situação  da  Argentina.  Após  a  independência,  a República Argentina passou por um momento de grande vitalidade cultural. Desde o século XIX a Argentina vinha recebendo uma sadia influência européia e as suas instituições de ensino superior contavam  com  docentes  de  primeira  grandeza.  Evidência  disto  é  que  em  1872  foi  fundada  a Sociedad Científica Argentina, instituição exemplar e de vanguarda na ciência daAmérica Latina, uma  das  mais  importantes  instituições  científicas  fora  da  Europa.  O  grande  desenvolvimento científico  na  Argentina,  sobretudo  nas  ciências  matemáticas,  físicas  e  astronômicas,  despertava interesse  na  Europa  e  missões  européias  buscaram  o  país.  Particularmente  importante  foi  o interesse   da   Alemanha   em   estabelecer   um   observatório   astronômico   em   La   Plata,   o   que efetivamente se concretizou, e que foi seguido de missões norte-americanas com o mesmo objetivo. Houve  também  um  bom  desenvolvimento  no  Chile,  onde  a  cooperação  com  a  Alemanha  foi significativa.  No  final  do  século  XIX,  cerca  de  uma  dezena  de  matemáticos  alemães  foram contratados para lecionar naquele país. O ambiente científico argentino, beneficiado com a grande atenção  da  Alemanha  e,  posteriormente,  com  a  chegada  de  Júlio  Rey  Pastor,  tornou-se  dos  mais estimulantes  da  América  Latina.  Isto  foi  particularmente  importante  para  o  Uruguai  e  para  outros países da América Latina.

Disponível para download gratuito em: CARACTERÍSTICAS DISTINTAS DA HISTÓRIA DA MATEMÁTICA E DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA EM PAÍSES DA AMÉRICA LATINA (histemat.com.br) 

ALBERT EINSTEIN E SUA ATUAÇÃO PARA A PAZ

Ubiratan D'Ambrosio

Resumo

2005  foi  proclamado  o  Ano  Internacional  da  Física  e  marca  as  comemorações  de  três eventos que estão intimamente relacionados: (i) o Centenário do Annus Mirabilis de Albert Einstein; (ii) os  sessenta  anos  do  lançamento  das  bombas  atômicas  sobre  Hiroshima  e Nagasaki  e (iii) os  cinqüenta  anos  da  fundação  do  Movimento  Pugwash  (Pugwash Conference on Science and World Affairs). Neste trabalho vou comentar brevemente sobre esses três eventos e seus reflexos no mundo atual, tendo como elemento de ligação a figura de  Albert  Einstein,  o  grande  cientista,  politicamente  comprometido  e  essencialmente humanista.

Disponível para download gratuito em: ALBERT EINSTEIN E SUA ATUAÇÃO PARA A PAZ (rbhm.org.br) 

PUGWASH: EUPHORIA MARKS MEETING AS PERESTRIKA LOWERS TENSIONS

Irwin Goodwin

Resumo

In Physics Today 42, 9, 81 (1989), about the 39th Pugwash Conference, euphoria marks meeting as Perestroika lowers tensions.

Disponível para download gratuito em: Pugwash: Euphoria Marks Meeting as Perestroika Lowers Tensions: Physics Today: Vol 42, No 9 (scitation.org) 

ETNOMATEMÁTICA: INVESTIGAÇÕES EM ETNOMODELAGEM

Milton Rosa

milton.rosa@ufop.edu.br

Daniel Clark Orey

oreydc@gmail.com

Resumo

A  etnomodelagem  propõe  uma  visão  holística  do conhecimento  matemático  ao  conectar  os aspectos  culturais  (êmicos)  e  acadêmicos  (éticos)  da  matemática.  Assim,  autilização  das abordagens êmica e ética possibilita a tradução desituações-problema e fenômenos presentes no cotidiano, que foram desenvolvidos pelos membros de grupos culturais distintos. A abordagem êmica é essencial para a compreensão intuitiva das ideias, procedimentos e práticas matemáticas utilizadas  pelos  membros  desses  grupos  enquanto  a  abordagem  ética  é  importante  para  a comparação  entre  essas  práticas.  Assim,  esse  artigo  teórico  visa  apresentar  a  abordagem dialógica  da  etnomodelagem  que  combina ambas as abordagens  êmica e  ética,  pois  busca  uma compreensão  ampla  e  abrangente  do  conhecimento  matemático  desenvolvido  em  diferentes culturas no decorrer da história.

Disponível para download gratuito em: Etnomatemática | Revista de Investigação e Divulgação em Educação Matemática (ufjf.br) 

A MATEMÁTICA NA APICULTURA: UM OLHAR ETNOMATEMÁTICO

Alisson de Souza Jesuino

alissomsouza96@gmail.com

Leticia Lopes Hespanhol

hespanholleticia@gmail.com

Carla Margarete Ferreira dos Santos

carla.santos@sombrio.ifc.edu.br

Margarete Farias Medeiros

margarete.medeiros@sombrio.ifc.edu.br

Resumo

O  presente  estudo  objetiva  ressaltar  a  tendência  Etnomatemática  na  perspectiva  da Educação  Matemática  Contemporânea,  propondo  um  ensino  a  partir  dos  contextos  históricos, econômicos, políticos e socioculturais em que os sujeitos estão inseridos. Neste sentido, pretende-se explorar  os  conteúdos  matemáticos  presentes  na  cultura de  criação de  abelhas  e  produção  de  mel, apicultura,  sob  um  olhar  Etnomatemático.  Acredita-se  na  diversificação  das  aulas  de  Matemática, muitas vezes tradicionais e descontextualizadas, por meio da Etnomatemática, que enfoca o respeito na   pluralidade   cultural   e   nos   significados   da   aprendizagem   para   a   resolução   de   problemas vivenciados  pelo  educando  no  seu  cotidiano.  Para  a  elaboração  deste  estudo  apoiou-se  nesta metodologia,  respaldando-se  em  teóricos  como:  D’Ambrósio,  Fiorentini  e  Silva.  Optou-se  pela investigação  da  atividade  apícola  e  seu  enquadramento  no  ensino  e  aprendizagem  dos  conteúdos curriculares  da  disciplina  de  Matemática.  Realizou-se  uma  entrevista  com  apicultores  da  empresa Prodapys,  localizada  na  cidade  de  Araranguá  (SC).  Com  ênfase  nos  dados  obtidos  na  entrevista, verificaram-se diversos conteúdos que podem ser contemplados no âmbito educacional, tais como a geometria, aritmética, porcentagem e regra de três.

Disponível para download gratuito em: A MATEMÁTICA NA APICULTURA: UM OLHAR ETNOMATEMÁTICO - PDF Free Download (docplayer.com.br) 

O CICLO DE DEBATES EM ETNOMATEMÁTICA E ETNOMODELAGEM IFPI-CAANG

Olenêva Sanches Sousa

oleneva.sanches@gmail.com

Antonio Francisco Ramos

francisco.ramos@ifpi.edu.br

Luciano de Santana Rodrigues

lucianoluciano.santana1998@gmail.com

Resumo

Este trabalho é uma releitura do I Ciclo de Estudos e Debates em Etnomatemática e Etnomodelagem, promovido pelo Instituto Federal do Piauí, campus Angical do Piauí, em parceria com a comunidade EtnoMatemaTicas  Brasis  e  a Red  Internacional  de  Etnomatemática.  Consiste  numa  análise  de documentos escritos e audiovisuais referentes à experiência pioneira em Etnomatemática no Piauí. Traz considerações sobre os reflexos do projeto nas atividades acadêmicas em Etnomatemática e Educação Científica  à  criação  de  uma  agenda  de  pesquisa,  com  perspectiva  de  expansão  e  fortalecimento  de parcerias,  ampliação  de  capital  social  e  cultural  do  grupo  do  instituto,  de  seus  estudos  e  pesquisas resultantes da interação com pesquisadores de todas as regiões do Brasil e alguns países das Américas e Europa.

Disponível para download gratuito em: O CICLO DE DEBATES EM ETNOMATEMÁTICA E ETNOMODELAGEM IFPI-CAANG (uft.edu.br) 

ETNOMATEMÁTICA E COGNIÇÃO CORPORIFICADA: DIÁLOGO TEÓRICO

Olenêva Sanches Sousa

oleneva.sanches@gmail.com

Resumo

Esse artigo contempla alguns aspectos da relação entre o Programa Etnomatemática e a Teoria da Cognição Corporificada, inserindo-se em estudos de Doutorado em Educação Matemática, que objetivam também o reconhecimento desse Programa como uma teoria geral transdisciplinar do conhecimento. Tomando como parâmetro o contexto educacional, e, em especial da Matemática escolar, estabelece um dialogo teórico entre os ciclos etnomatemáticos do conhecimento e vital e algumas defesas da consideração da experiencia vivida como essencial a compreensão de um sistema cognitivo que priorize a reunificação do eu. Busca reafirmar o conhecimento como sentido da própria vida.

Disponível para download gratuito em: Etnomatemática e cognição corporificada: diálogo teórico

EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE

Ubiratan D’Ambrosio

Resumo

Uma reflexão sobre educação, em particular sobre educação matemática, depende, necessariamente, de analisar a evolução das tecnologias de informação e de comunicação ao longo da evolução da espécie humana.

Disponível para download gratuito em: TECNOLOGIAS DE INFORMÁTICA E COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO (sbemparana.com.br) 

A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E O ESTADO DO MUNDO: DESAFIOS

Ubiratan D'Ambrosio

Resumo

Há  um  perigo  evidente  de  extermínio  da  civilização  devido  a  problemas  meteorológicos  e  geoestruturais,  mas  também  por  conflitos  gerados  por  seres  humanos. Tal impasse nos desafia a construir novas direções para entender, explicar e  agir  no  mundo  real,  para  além  de  paradigmas  e  metodologias  rígidas  que  nos  impedem ver a realidade ampla. A artificialidade da separação entre a matemática e  as  ciências  se  acentua  no  início  do  século  20,  e  há  um  apelo  de  importantes  matemáticos  para  uma  maior  aproximação  entre  elas,  numa  perspectiva  transdisciplinar. Este artigo examina algumas possíveis causas do estranhamento acadêmico entre a matemática e as ciências ocorrido desde a modernidade e aponta a  transdisciplinaridade  como  perspectiva  de  busca  de  sobrevivência  e  de  transcendência do ambiente natural e sociocultural. Considera-se que o conhecimento disciplinar e, consequentemente, o multidisciplinar e o interdisciplinar são úteis e importantes  e  continuarão  a  ser  ampliados  e  cultivados,  mas  somente  poderão  conduzir a uma visão plena da realidade se forem subordinados ao conhecimento transdisciplinar.

Disponível para download gratuito em: A educação matemática e o estado do mundo: desafios (inep.gov.br) 

PRIMEIRAS CONEXÕES ENTRE ETNOMATEMÁTICA E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA CRÍTICA

Caroline Mendes dos Passos

caroline.passos@ufv.br

Resumo

A presente comunicação tem como principal objetivo identificar conexões entre Etnomatemática e Educação Matemática Crítica. No título deste trabalho, destaco que esta consiste em uma primeira tentativa de atingir tal objetivo. Esta se concretizará a partir de um estudo aprofundado das idéias dos principais teóricos relacionados a cada uma das perspectivas mencionadas. Dentre estes, destaco os pesquisadores Ubiratan D’Ambrosio, responsável pela introdução do termo Etnomatemática no âmbito acadêmico, e Ole Skovsmose, idealizador e principal autor dos trabalhos relacionados à Educação Matemática Crítica no Brasil e no mundo. Além destes, outros pesquisadores serão estudados, destacando suas principais idéias e tentando, a partir delas, identificar pontos convergentes que aproximem essas duas perspectivas da Educação Matemática.

Disponível para download gratuito em: PRIMEIRAS CONEXÕES ENTRE ETNOMATEMÁTICA E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA CRÍTICA (alb.org.br) 

ARMADILHA DA MESMICE EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

Ubiratan D'Ambrosio

Resumo

Falo em mesmice no sentido de ver as mesmas propostas, discutidas na transição do século XIX para o século XX, discutidas na transição do século XX para o século XXI. As metas da Educação Matemática, geralmente defendidas, continuam sendo aquisição de competências que são, em grande parte, irrelevantes, obsoletas e desinteressantes na nossa sociedade. Mas eu vejo como a grande meta da educação preparar as gerações futuras para enfrentar o novo modelo de civilização que será proposto pelas novas  gerações e que a nossa geração não conhece, nem mesmo pode vislumbrar. A criatividade das novas gerações deve ser estimulada. Mas estamos tentando manter, hoje, um sistema de valores que, provavelmente, não permanecerá no futuro. Nossa responsabilidade é preparar as gerações para viverem um novo sistema de valores, no qual não estarão presentes intolerância, iniquidades e arrogância. A Matemática, e consequentemente a Educação Matemática, tem tudo a ver com isso.

Disponível para download gratuito em: Armadilha da Mesmice em Educação Matemática | Bolema - Boletim de Educação Matemática (unesp.br) 

RELAET-Brasil: MOVIMENTOS DE EXPANSÃO DA ETNOMATEMÁTICA

Olenêva Sanches Sousa

oleneva.sanches@gmail.com

Resumo

Quinze    anos    após    a    constituição    da Red    Latinoamericana    de Etnomatemática (RELAET),  podemos  dizer  que  sua  existência  tem  sido muito feliz para os caminhos da Etnomatemática, como área da Educação Matemática,  mas,  especialmente,  como  Programa  de  Pesquisa  e  como epistemologia   para   diversos   interesses   investigativos,   pedagógicos, sociais, culturais, políticos. Diante da extensão da América Latina, foram criadas  coordenações  de  países  e  o  Brasil  encontra-se  em  sua  segunda gestão.  Algumas  ações  foram  iniciadas  em  vias  de  aproximar  e  atrair membros  brasileiros,  bem  como  reconhecer  e  informar  suas  produções  e manifestações. Esse texto reúne dados coletados da plataforma RELAET e  da  comunidade  Facebook, EtnoMatemaTicas  Brasis,  que  lhe  é  uma estratégia  de  complementaridade,  no  Brasil,  e  apresenta  uma  breve análise  dessas  ações  dentro  de  um  possível  movimento  de  expansão  da Etnomatemática.

Disponível para download gratuito em: RELAET-Brasil: movimentos de expansão da Etnomatemática (ufu.br) 

A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: BREVE HISTÓRICO, AÇÕES IMPLEMENTADAS E QUESTÕES SOBRE SUA DISCIPLINARIZAÇÃO

Antonio Miguel

miguel@unicamp.br

Antonio Vicente Marafioti Garnica

vgarnica@travelnet.com.br

Sonia Barbosa Camargo Igliori

sigliori@pucsp.br

Ubiratan D'Ambrosio

Resumo

Este trabalho foi elaborado em tópicos autônomos para discutir a configuração da educação matemática como área de pesquisa e, num panorama histórico, expõe e analisa como têm sido implementados, efetivamente, esforços para sua consolidação no Brasil. A partir da apresentação de alguns elementos relativos à emergência e à organização da pesquisa em educação matemática no panorama internacional (D'Ambrósio), ele passa a esboçar as motivações e estrangulamentos que levaram à criação de um grupo de trabalho específico sobre educação matemática na ANPEd (Igliori). Miguel e Garnica, por fim, discutem, sob referenciais distintos, a disciplinarização da educação matemática. São, em resumo, quatro olhares e vozes que, ora em fina sintonia, ora em contraponto, surgem fincados no espaço que os autores desejam, com seus discursos, ver consolidado: a educação matemática.

Disponível para download gratuito em: A educação matemática: breve histórico, ações implementadas e questões sobre sua disciplinarização

REFLEXÃO SOBRE ETNOMATEMÁTICA COMO POSSIBILIDADE PEDAGÓGICA

Vilson Schwantes

Et al.

Resumo

Este artigo reflete sobre a etnomatemática como uma tendência do ensino que considera a natureza cultural da aprendizagem matemática, o contexto social onde este saber se desenvolve, o papel do professor no contexto mais amplo das relações humanas ao assumir-se investigador e mediador consciente da prática pedagógica. A pesquisa considera a importância da história do saber matemático, suas múltiplas relações com outras áreas do conhecimento e sua inter-relação com as atividades cotidianas. O texto reflete também sobre possibilidades e desafios da escola para promover ações pedagógicas que considerem as relações interpessoais no processo de (re)construção do conhecimento. Acena para um trabalho pedagógico crítico investigativo, que de maneira articulada, busque estabelecer vínculos entre práticas cotidianas e a matemática escolar.

Disponível para download gratuito em: Reflexão sobre etnomatemática como possibilidade pedagógica

ETNOMATEMATICA E AGRICULTURA: UMA ANÁLISE DO CONTEXTO CULTURAL DE AGRICULTORES DE TERRA NOVA – PE

Francisco Lucas Santos Oliveira

Renata Aline Ribeiro

Resumo

Desde o início da humanidade, a Matemática tem sido essencial para a vida humana. A humanidade sempre precisou da Matemática mesmo quando não existiam escolas e universidades. Um exemplo disso é que muitas pessoas que não passaram pelas instituições formais de ensino são capazes de utilizar a matemática no seu dia a dia. A luz do programa Etnomatematica, tentaremos analisar neste trabalho, o caso de alguns agricultores do Sertão Pernambucano, de maneira particular, do município de Terra Nova – PE. Pois muitos deles não possuem a educação básica, e diante disso analisamos como eles utilizam conceitos e ideias matemáticas em seu ambiente de trabalho. Verificamos isto através de pesquisa qualitativa, por meio de entrevistas e de observações dos agricultores no seu ambiente de trabalho. Ao final pudemos concluir que a matemática não só pode ser aprendida na agricultura, mas pudemos perceber que a sua aprendizagem feita dentro de um contexto cultural, em diversas vezes, carrega mais significado para o indivíduo do que aquela aprendida em sala de aula, devido ao saber aplicar os conceitos no dia-a-dia.

Disponível para download gratuito em: ETNOMATEMATICA E AGRICULTURA: UMA ANÁLISE DO CONTEXTO CULTURAL DE AGRICULTORES DE TERRA NOVA – PE

AGENTES RURAIS E SUAS PRÁTICAS PROFISSIONAIS: ELO ENTRE MATEMÁTICA E ETNOMATEMÁTICA

José Roberto Linhares de Mattos

jrlinhares@gmail.com

Maria Leopoldina Bezerra Brito

podina@gmail.com 

Resumo

O trabalho trata da análise dos elementos da matemática e da etnomatemática em práticas agrícolas desenvolvidas em comunidades rurais, assistidas por técnicos agrícolas, denominados agentes rurais, que prestam assistência a essas comunidades. Através da observação das atividades praticadas por esses agentes em comunidades rurais do município de Crato, situado no estado do Ceará, procuramos identificar, nessa interação que ocorre entre o agente rural e o homem do campo, elementos da matemática e da etnomatemática. Discutimos as dificuldades no desempenho das tarefas dos agentes rurais, a necessidade do conhecimento de matemática nas suas atividades, e sua aprendizagem junto ao produtor rural, apontando caminhos essenciais para melhorar o ensino da matemática em sala de aula.

Disponível para download gratuito em: Agentes rurais e suas práticas profissionais: elo entre matemática e etnomatemática

ETNOMATEMÁTICA DO CONTEXTO AGRÍCOLA: ELABORAÇÃO E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE MATEMÁTICA

Amanda Pranke

amandaprankematematica@gmail.com

Lourdes Maria Bragagnolo Frison

frisonlourdes@gmail

Márcia Souza da Fonseca

mszfonseca@gmail.com

Resumo

Este  artigo  é  um  recorte  de  uma  pesquisa  mais  ampla,  na  qual  se  fez  um  estudo  sobre  as  estratégias  utilizadas  por estudantes  de  uma  escola  agrícola  para  resolverem problemas  de  matemática  contextualizados.  O  presente  trabalho aborda  o  processo  de  elaboração  e  resolução  desses  problemas,  na  perspectiva  etnomatemática.  O  instrumento utilizado  para  a  coleta  de  dados  foi  uma  entrevista  semiestruturada  realizada  com  dois agricultores  residentes  na comunidade  escolar,  um  produtor  de  leite  e  o  outro  de  tabaco,  além  de  entrevistas  com  tarefa  realizadas  com  seis estudantes. Os problemas foram elaborados a partir das formas de matematizar expressas por esses agricultores, com dados  reais  sobre  o  contexto  analisado.  O  processo  de  resolução  dos  problemas  envolveu  cálculos  com  margem  de lucro, cálculos aproximados e/ou realizados por estimativas, relações entre diferentes unidades de medida e conversões e  ainda,  a  relação  estabelecida  entre  o  valor  que  o  agricultor  recebe  pela  produção  e  o  preço  cobrado  no  mercado, potencializando a reflexão dos estudantes sobre esse cenário que o produtor enfrenta diariamente. Conclui-se que este trabalho  valorizou  os  saberes  do  contexto  agrícola, aproximando  a  Matemática  produzida  por  esse  grupo  social  à Matemática escolar.

Disponível para download gratuito em: Etnomatemática do contexto agrícola: elaboração e resolução de problemas de matemática

LEARNING GEOMETRY AND VALUESFROM PATTERNS:ETHNOMATHEMATICSON THE BATIK PATTERNS OF YOGYAKARTA, INDONESIA

Rully Charitas Indra Prahmana

rully.indra@mpmat.uad.ac.id

Ubiratan D'Ambrosio

Resumo

In general, many people still view mathematics as a subject that is far from reality and culture in everyday life. Historically, in fact, mathematicsis very close to daily life and was developed by humans in response to the surrounding phenomena. Indonesia has diverse cultures, including in Yogyakarta. This culture can be used to explore  mathematical  concepts  as  a  transformational  effort  to  bring  mathematics  closer  to  the  reality  and perception of its people. Besides, we can use culture as the basis of learning mathematics in schools. Therefore, this study seeks to explore a mathematical concept of geometry transformation in the Yogyakarta batik pattern. This  is  an  ethnography  study.  The  research  data  were  collected  through  observations,  literature  studies,  and interviews with the batik culture practitioner and artist to understand the batik techniques and moral, historical, and philosophical values in each batik motif. This study's results indicate that in Yogyakarta batik, it uses the concept of geometry transformation in the making of Yogyakarta's unique Batik motif. Besides that, each motif or  pattern  also  contains  local  values.  These,  namely  moral,  historical,  and  philosophical  values,  can  be  felt, reflected, and applied in daily life, such as values that teach leadership, good deeds, and so on.

Disponível para download gratuito em: LEARNING GEOMETRY AND VALUESFROM PATTERNS:ETHNOMATHEMATICSON THE BATIK PATTERNS OF YOGYAKARTA, INDONESIA 

O PROGRAMA ETNOMATEMÁTICA NA LINGUAGEM DA HISTÓRIA EM QUADRINHOS EM PROL DA ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA

Sandra Regina do Amaral

sandra.amaral@ifmg.edu.br

Fabiana da Silva Kauark

Janice Queiroz Pinho Gonçalves

Resumo

O estudo tomou como problemática o fato de o antigo modelo tradicional não ser mais suficiente para atender as demandas  da atual sociedade do conhecimento, tornando-se premente a necessidade de reconfigurar a forma de pensar e fazer educação, em lugar da memorização  e  domesticação,  o  desenvolvimento  de  um  pensamento  crítico  e  criativo, possibilitando a construção de um conhecimento útil, que contribua para a melhoria da qualidade  de  vida,  vindo  assim  ao  encontro  dos  princípios  da  etnomatemática  e  da alfabetização  científica.  Neste  cenário,  firmou-se  como  objetivo:  Analisar  o  uso  da linguagem   da   HQ   no   processo   de   ensino,   em   consonância   com   o   programa etnomatemática,  em  prol  da  alfabetização  científica.  Estabeleceu-se  uma  abordagem qualitativa dos dados e, como sujeitos participantes, alunos do curso de licenciatura em matemática,  do  IFMG,  campus  São  João  Evangelista.  Institui-se  assim,  com  vista  a consolidar  uma  prática  educativa  que  transcendesse  a  fragmentação,  uma  proposta  de conciliação entre ciência, arte e tecnologia, que nos permitiu, se apropriar da linguagem das  histórias  em  quadrinhos  em  prol  da  reeducação  da  imaginação,  produção  do conhecimento científico e fomento à capacidade de inovação. Os resultados indicam que este é um dos caminhos para se estabelecer um diálogo com o programa etnomatemática em prol da alfabetização científica.

Disponível para download gratuito em: O PROGRAMA ETNOMATEMÁTICA NA LINGUAGEM DA HISTÓRIA EM QUADRINHOS EM PROL DA ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA 

UBIRATAN D’AMBROSIO (1932–2021) – IN MEMORIAM

Sergio Nobre

sergio.nobre@unesp.br

Resumo

"No dia 12 de maio de 2021, Ubiratan D’Ambrosio faleceu na cidade de São Paulo – Brasil. Seus pais, Nicola e Albertina D’Ambrosio, ele Professor de Matemática e Advogado e ela Técnica em Ciências Contábeis, tiveram três filhos e, embora de descendência italiana, batizaram os filhos com nomes indígenas. Ubiratan, o primeiro filho do casal, Iara, a segunda filha e Ubirajara, o terceiro. Ubiratan, (Ubi, como era conhecido no meio acadêmico internacional) nasceu no dia 08 de dezembro de 1932 na cidade de São Paulo e viveu sua infância em bairros tradicionais da região central da cidade (Brás, Belenzinho e Bom Retiro)." (copiado do início do artigo).

Disponível para download gratuito em: UBIRATAN D’AMBROSIO (1932–2021) – IN MEMORIAM 

ETNOMATEMÁTICA: CULTURA E COGNIÇÃO MATEMÁTICA

Lucélida de Fátima Maia da Costa

ldfmaiadc@gmail.com 

Isabel Cristina Rodrigues de Lucena

Resumo

A aprendizagem é um processo complexo, individual e coletivo, influenciado pelo contexto onde se efetiva. Nessa direção, discorremos sobre ações cognitivas mobilizadas em situações de aprendizagens aceitavelmente entendidas como manifestações etnomatemáticas para apresentar a etnomatemática como um processo educativo, cultural e de cognição matemática. Para tanto, revisitamos pesquisas realizadas em contextos culturais distintos, desenvolvidas no período de 2009 a 2018. Os resultados obtidos evidenciam que a aprendizagem de construção e confecção de objetos decorre de um movimento não linear e integrador entre diversos processos cognitivos como a percepção, a atenção, a memória e linguagem, todos, dispostos a responder a estímulos subjacentes a campos e domínios sociais, religiosos, afetivos, enfim, resolver problemas no contexto no qual os indivíduos estão inseridos.

Disponível para dowload gratuito em: Etnomatemática: cultura e cognição matemática 

ETNOMATEMÁTICA: SABERES E FAZERES DE QUEBRADEIRAS DE COCO BABAÇU EM TIMBIRAS - MA

Ana Cláudia Batista da Silva

ana.cbs@discente.ufma.br

Kelly Almeida de Oliveira

ka.oliveira@ufma.br

Gleiciane Brandão Carvalho

Resumo

Este artigo é um recorte de uma monografia, que traz uma abordagem acerca de mulheres Quebradeiras de coco babaçu que lutaram por terra, preservação das palmeiras, livre acesso aos babaçuais, construção identitária e voz na sociedade. Isso contribuiu para que obtivessem diversas aprendizagens, a partir da reivindicação dos seus direitos e do desenvolvimento de habilidades por meio do extrativismo do coco babaçu. São pessoas que desenvolveram a aprendizagem indireta da matemática em seus trabalhos diários. Partindo desse pressuposto, este trabalho baseia-se no seguinte questionamento: como as mulheres Quebradeiras de coco babaçu da Associação Extrativista de Timbiras/MA, utilizam a matemática em seu cotidiano?  Desse modo, objetivamos compreender como as mulheres Quebradeira de coco babaçu da Associação Extrativista de Timbiras utilizam a matemática em seu cotidiano, considerando a experiência dessas mulheres e o contexto sócio-ambiental. Para tanto, realizamos uma pesquisa bibliográfica com autoras/es que abordam sobre a Etnomatemática, como D’ Ambrósio (1998) e Knijnik (1996) e ainda, Oliveira (2019) que discute sobre a utilização da Matemática por Quebradeiras de coco babaçu. Além disso, realizamos uma pesquisa de campo, com observações, entrevistas e diálogos informais, os quais foram registrados em gravação e em diário de campo. Percebemos a utilização da Matemática no cotidiano das mulheres Quebradeiras de coco babaçu nesta Associação e apresentamos como ocorre a utilização da matemática na produção e venda dos produtos do coco babaçu. Desse modo, foi possível apreender que as mulheres Quebradeiras de coco babaçu da ASSEXTIM fazem utilização Etnomatemática

Disponível para download gratuito em: Etnomatemática: saberes e fazeres de Quebradeiras de coco babaçu em Timbiras - MA 

A ILUSTRAÇÃO TÁTIL NA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA: O PROGRAMA ETNOMATEMÁTICA E O IMAGINÁRIO DA CRIANÇA CEGA

Rosane Souza Vilaronga

rrvilaronga@gmail.com

Olenêva Sanches Sousa

oleneva.sanches@gmail.com

Resumo

A contação de história constitui-se instrumento eficaz no desenvolvimento do imaginário das crianças, que é tanto mais aguçado quanto maior for a descrição de personagens e ambientes. No entanto, nem sempre a criança conhece tais informações e outros elementos vêm possibilitar a construção de conceitos. A criança cega necessita ainda mais de um variado e acessível repertório ilustrativo durante a audição e de um contador que conheça sua realidade, seus processos e meios de aprendizagem. Esse trabalho foca o desenvolvimento do imaginário da criança cega e do seu processo de compreensão da realidade, reflete acerca de suas possibilidades e impedimentos e utiliza a contação de histórias como instrumento contributivo. Tendo como um de seus embasadores teóricos o Programa Etnomatemática, busca elucidar também a amplitude de influência e contribuição deste na Educação Inclusiva.

Disponível para download gratuito em: A ilustração tátil na contação de história: o programa etnomatemática e o imaginário da criança cega 

COMPREENDER E EXPLICAR: BREVE DIÁLOGO TEÓRICO ENTRE A HERMENÊUTICA E A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

Olenêva Sanches Sousa

oleneva.sanches@gmail.com

Resumo

Este ensaio aponta reflexões para o reconhecimento de problemas relativos à aprendizagem da Matemática escolar em via de contribuição para sua minimização, a partir da busca do estabelecimento de relações entre a hermenêutica, a dificuldade de aprendizagem da Matemática escolar e algumas tendências contemporâneas da Educação Matemática, no que se refere especificamente às ações de compreender e explicar. Pretende discutir pontos-chave relevantes ao processo crítico e reflexivo de educadores e formadores de professores, que possam responder ao seguinte questionamento: como o estudo das ações de compreender e explicar pode ser relevante à Educação Matemática?

Disponível para download gratuito em: COMPREENDER E EXPLICAR: BREVE DIÁLOGO TEÓRICO ENTRE A  HERMENÊUTICA E A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

A ETNOMATEMÁTICA E O CURRÍCULO: A APRENDIZAGEM NO CONTEXTO DE UM JOGO MATEMÁTICO

Filomena Maria Cordeiro Moita

Leandro Mario Lucas

leandrosl.pb@gmail.com

Resumo

Este artigo tem como objetivo refletir sobre as potencialidades dos jogos para a efetivação de práticas educativas pautadas na Etnomatemática. Para tanto, partimos de nossas experiências acumuladas em sala de aula e dos pressupostos educativos defendidos por esse campo de pesquisa, discorremos sobre a importância curricular dos jogos, à luz dessa perspectiva, e identificamos potencialidades nesses recursos compatíveis com a proposta pedagógica d’ambrosiana. Por fim, mostramos que o jogo favorece o aflorar de distintas formas do saber/fazer matemático, possibilita a manifestação de signos representativos de sociedades e contextos específicos e a construção do conhecimento escolar a partir do cotidiano dos alunos e a utilização de saberes distintos dos historicamente hegemônicos nas escolas. Portanto, são recursos potencialmente capazes de favorecer a implementação de práticas educativas etnomatemáticas.

Disponível para download gratuito em: A ETNOMATEMÁTICA E O CURRÍCULO a aprendizagem no contexto de um jogo matemático 

A PRÁTICA DOCENTE ORIENTADA PELA ETNOMATEMÁTICA

Leandro Mario Lucas

Filomena Maria Gonçalves Da Silva Cordeiro Moita

leandrosl.pb@gmail.com

Resumo

Este artigo é um recorte de uma pesquisa maior, na qual a Etnomatemática referenciou a intervenção pedagógica que fizemos. Neste momento, afloram reflexões sobre a teoria e a prática exploradas que nos permitiu, a partir dos conceitos de matemática, educação e aprendizagem defendidos por este campo de pesquisa, compreender algumas características que a prática docente tende a tomar, quando realizada á luz de tal perspectiva. Assim sendo, objetivamos analisar as implicações que os supracitados conceitos etnomatemáticos acarretam para a prática docente. Para tanto, nos embasamos teoricamente em D'Ambrósio (1986; 1998; 2009; 2015), descrevemos a intervenção feita e concluímos que, de uma maneira geral, quando orientado pela Etnomatemática, o ensino tende a distanciar-se de práticas predominantemente tradicionais, assim contribuindo para a superação de alguns desafios que o ensino de matemática tem enfrentado ou imposto aos alunos, aos educadores e ao próprio conhecimento matemático.

Disponível para download gratuito em: A PRÁTICA DOCENTE ORIENTADA PELA ETNOMATEMÁTICA

UNA RETROSPECTIVA MUY PERSONAL SOBRE UBIRATAN D’AMBROSIO

Ángel Ruiz

ruizz.angel@gmail.com

Resumo

Realizamos una retrospectiva de las intersecciones en la actividad académica de UbiratanD’Ambrosio y Angel Ruiz. Se incluyen tres planos: lasConferencias Pugwash sobre Cienciasy Asuntos Mundiales, la Historia de las Matemáticas y la Ciencia, la Educación Matemá-tica con énfasis en elComité Interamericano de Educación Matemática. El documento secentra en diferentes momentos históricos individuales de convergencia con D’Ambrosio. Lanarración consigna y presenta la mayoría de los documentos que se han integrado dentrode este número especial deCuadernosde homenaje al legado académico y humano de estegigante intelectual de las Américas. La narrativa literaria que utiliza el autor tiene un tonoeminentemente personal, a veces intimista.

Disponível para download gratuito em: Una retrospectiva muy personal sobre Ubiratan D’Ambrosio 

ETHNOMATHEMATICS AND ITS PLACE IN THE HISTORY AND PEDAGOGY OF MATHEMATICS

Ubiratan D'Ambrosio

Resumo

Obra-prima publicada em 1985.

Disponível para download gratuito em: Ethnomathematics and its Place in the History and Pedagogy of Mathematics

A ETNOMATEMÁTICA E A TEORIA DAS SITUAÇÕES DIDÁTICAS

Guy Brousseau

guy.brousseau@wanadoo.fr

Resumo

O artigo lembra como o estudo das condições de uso, de aprendizagem e de ensino da matemática levou a elaborar, sucessivamente, a teoria das situações didáticas, depois, a das situações didáticas em matemática (TSDM) para as necessidades de pesquisas sobre o ensino da matemática na escolaridade obrigatória. O campo ampliou-se para uma microdidática. A etnomatemática estuda conceitos e práticas que são produtos de uma invenção matemática própria a grupos étnicos e interessa-se pelas relações entre suas culturas. Mas esses conhecimentos são de fato produtos didáticos. O artigo lembra que o paradoxo fundamental da didática, introduzido para descrever as relações entre os diferentes parceiros escolares, aplica-se exatamente aos objetos dos estudos etnomatemáticos. A TSDM poderia ampliar-se à etnomatemática, que, poderia encontrar em si mesma uma ferramenta teórica e experimental adequada.

Disponível para download gratuito em: A etnomatemática e a teoria das situações didáticas

COMPREENDER E EXPLICAR: BREVE DIÁLOGO TEÓRICO ENTRE A HERMENÊUTICA E A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

Olenêva Sanches Sousa

oleneva.sanches@gmail.com

Resumo

Este ensaio aponta reflexões para o reconhecimento de problemas relativos à aprendizagem da Matemática escolar em via de contribuição para sua minimização, a partir da busca do estabelecimento de relações entre a hermenêutica, a dificuldade de aprendizagem da Matemática escolar e algumas tendências contemporâneas da Educação Matemática, no que se refere especificamente às ações de compreender e explicar. Pretende discutir pontos-chave relevantes ao processo crítico e reflexivo de educadores e formadores de professores, que possam responder ao seguinte questionamento: como o estudo das ações de compreender e explicar pode ser relevante à Educação Matemática?

Disponível para download gratuito em: COMPREENDER E EXPLICAR: BREVE DIÁLOGO TEÓRICO ENTRE A HERMENÊUTICA E A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

OS MARCADORES DE TEMPOS INDÍGENAS E A ETNOMATEMÁTICA: A PLURALIDADE EPISTEMOLÓGICA DA CIÊNCIA

João Severino Filho

joaofilho@unemat.br

Elias R. da Silva Januário

eliasrsj@terra.com.br

Resumo

Este trabalho tratou o fenômeno dos marcadores de tempos indígenas enquanto uma manifestação sociocultural, a partir do olhar dos professores de diferentes etnias indígenas do estado do Mato Grosso, acadêmicos da Faculdade Indígena Intercultural da Unemat. Esse fenômeno revela-se como um exemplo de extraordinário conhecimento que as sociedades indígenas têm de si e dos territórios que habitam, numa relação recíproca entre as pessoas e destas com o ambiente, o que traz a possibilidade de uma produção científica impregnada e legitimada por eles, que tenha como fim e como condição para validá-la o bem-estar ambiental e social. O tempo, caracterizado como resultante da construção e da expressão dos modos de vida de uma sociedade, é concebido a partir do “saber matemático” e das respostas às necessidades de transcendência espiritual e teórica dos seres humanos. O saber matemático, na perspectiva do Programa Etnomatemática, de D’Ambrosio, perpassa toda essa dinâmica de relações e acomoda em seus fundamentos a compreensão de que ambiente e sociedade fazem parte de um único e indissociável corpo de pesquisa sobre os saberes produzidos por grupos culturalmente distintos, bem como sobre o processo dinâmico de produção, organização intelectual e social e disseminação desse conhecimento, além dos processos de adaptação e reelaboração que a acompanham.

Disponível para download gratuito em: OS MARCADORES DE TEMPOS INDÍGENAS E A ETNOMATEMÁTICA: A PLURALIDADE EPISTEMOLÓGICA DA CIÊNCIA

REFLEXÕES SOBRE CORPOREIDADE E TEATRALIDADE

Ubiratan D'Ambrosio

Resumo

"Na sua brilhante tese de doutorado intitulada A Arte de Ator: da Técnica à Representação. Elaboração, Codificação e Sistematização de Técnicas Corpóreas e Vocais de Representação para o Ator (PUC - São Paulo, 1994), Luís Otávio Burnier focaliza a incorporação, pelo ator, do objeto de sua representação, e a maneira como essa incorporação se assemelha à criação de uma outra vida. Isto resulta da importância dada por Burnier à ação como a essência do fazer/saber que caracteriza o ser (verbo) humano." (1º parágrafo do artigo)

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ETNOMATEMÁTICA EM FRONTEIRAS

Marília Prado

mariliap@alumni.usp.br 

Resumo

Este trabalho tem como tema o Programa Etnomatemática entendido de maneira ampla. Refletimos sobre uma concepção de educação intercultural, trazendo as ideias de Ubiratan D’Ambrosio e Paulo Freire. Num contexto de ensino de português para haitianos no CIEJA-Perus, buscamos responder: quais são as fronteiras que atravessam a trajetória de imigrantes haitianos em São Paulo? Com uma metodologia, denominada em fronteiras, conduzimos um estudo de duas etapas, em que analisamos as conexões entre educação e política, conhecemos as relações estabelecidas entre os sujeitos daquela comunidade e identificamos temas considerados fronteiras para imigrantes haitianos: racismo, formação e mercado de trabalho e língua. 

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A EXPLORAÇÃO DE PROBLEMAS COMO PROPOSTA DE ENSINO E APRENDIZAGEM NA PERSPECTIVA DA ETNOMATEMÁTICA

Ana Priscila Sampaio Rebouças

re.anapriscila@gmail.com

Silvanio de Andrade

silvanio@usp.br

Resumo

Neste artigo tecemos diálogos entre a Exploração de Problemas e a Etnomatemática a partir de vivências do estágio docente na Educação Superior. Nosso objetivo é discutir a Exploração de Problemas como proposta metodológica para o ensino e aprendizagem de matemática na perspectiva da Etnomatemática. Metodologicamente trata-se de uma pesquisa pedagógica com foco na exploração de um problema sobre o cultivo da banana.  Depreendemos que a Exploração de Problemas como proposta metodológica favorece o ensino e a aprendizagem de matemática por suscitar o engajamento criativo e a reflexão crítica dos/as estudantes no meio em que estão inseridos. 

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“AQUI NÃO DÁ MAIS PEIXE GRANDE NÃO…” ETNOMATEMÁTICAS DE CRIANÇAS RIBEIRINHAS INFLUENCIADAS PELA HIDRELÉTRICA BELO MONTE

Marcos Marques Formigosa

mformigosa@ufpa.br

Ieda Maria Giongo

igiongo@univates.br

Resumo

A pesquisa em questão discute um dos impactos da hidrelétrica de Belo Monte na atividade pesqueira, mais precisamente na comercialização do pescado pelos ribeirinhos de uma comunidade do interior da Amazônia paraense e, consequentemente, nos seus jogos de linguagem. Para tanto, os  ancoramos  dos  estudos  teóricos  e  metodológicos  de  Ludwig  Wittgenstein,  em  sua  obra maturidade, e  de  Michel  Foucault,  que  tomam  a  linguagem  como  elemento  de  problematização. Desenvolvido com inspirações da pesquisa etnográfica junto a um grupo de alunos dos anos iniciais do  ensino  fundamental  de  uma  escola  multisseriada  ribeirinha,  por  meio  de  cartografia  social, incluindo  as  narrativas  vividas  com  os  alunos.  Os  dados  produzidos  a  partir  de  um  recorte  da cartografia social mostram que as crianças têm um amplo domínio de seu lugar de pertencimento, bem como das atividades ali realizadas, como a pesca, fortemente impactadas após a implantação da hidrelétrica, a partir de suas experiências. Além disso, aponta para a escola, ainda instalada e operando  em  condições  adversas,  como  um  local  de  aprendizagem  de  outras  linguagens  que contribuem  para  a  manutençãodas  formas  de  vida  mesmo  diante  desse  processo  de  rupturas  e mudanças.

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ETNOMATEMÁTICA E RENDA DE BILROS DAS RENDEIRAS DE ANGICAL DO PIAUÍ

Lúcia Maria da Silva

lucia.maria.lm09@gmail.com

Antonio Francisco Ramos

francisco.ramos@ifpi.edu.br

Resumo

Este trabalho é resultado da pesquisa Saberes e fazeres etnomatemáticos das mulheres rendeiras aplicadas na produção de renda de bilros em Angical do Piauí, que busca saber: Que conhecimentos etnomatemáticos estão presentes na produção de renda de bilros das rendeiras? Desse modo, propõe-se como objetivo geral investigar os conhecimentos etnomatemáticos envolvidos na produção de renda de bilros pelas mulheres rendeiras de Angical do Piauí. O alcance deste objetivo contribuirá para reconhecimentos de saberes e fazeres etnomatemáticos presentes numa das manifestações culturais locais, que guardam relação direta com a identidade e cotidiano das mulheres angicalenses.

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GEOMETRIA TALHADA: CONSIDERAÇÕES ETNOMATEMÁTICAS SOBRE A XILOGRAVURA NORDESTINA

Anthonny Ewerton Marinho de Vasconcelos

anthonnyemarinho@gmail.com

Edson Carlos Sobral de Sousa

edsonsobral2000@gmail.com

José Ivanildo Felisberto de Carvalho

ivanildo.carvalho@ufpe.br

Tarcis Teles Xavier da Silva

tarcist3@gmail.com

Resumo

A presente investigação objetivou discutir os saberes etnomatemáticos presentes na xilogravura nordestina, com foco nas transformações geométricas. Para tal, foi realizada uma entrevista semiestruturada com um xilógrafo do agreste pernambucano, utilizando uma abordagem dialógica que conjuga os conhecimentos locais e globais sobre as temáticas em foco. A análise interpretativa dos dados foi feita por meio de uma pesquisa microetnográfica. Os resultados da pesquisa indicaram que os saberes etnomatemáticos presentes na xilogravura pernambucana envolvem técnicas e conhecimentos geométricos que são transmitidos de forma oral e prática dentro da tradição cultural da arte, atualizados e inovados por meio do uso de tecnologias digitais. 

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TIRAR AZEITE DE COCO BABAÇU: EDUCAÇÃO MATEMÁTICA EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS

Kelly Almeida de Oliveira

ka.oliveira@ufma.br

Ana Priscila Sampaio Rebouças

re.anapriscila@gmail.com

Ritianne de Fátima Silva de Oliveira

ritianne.oliveira@mail.uft.edu.br

Idemar Vizolli

idemar@uft.edu.br

Resumo

Este artigo resulta de aprendizagens construídas a partir de uma pesquisa de doutorado sobre os saberes e práticas socioculturais de Quebradeiras de coco babaçu, com o objetivo de compreender os saberes mobilizados por aquelas mulheres. Propomo-nos a estabelecer conexões entre essa prática sociocultural e a Educação Matemática em escolas quilombolas. Como aporte teórico, optamos pelos estudos de Bakare-Yusuf, Costa e D’Ambrosio. O estudo foi desenvolvido com seis Quebradeiras de coco residentes na comunidade quilombola Laranjeira, município de Aldeias Altas/MA. A orientação teórico-metodológica está assentada na Fenomenologia de Merleau-Ponty, cujo método de pesquisa é a Etnografia em Geertz. Os dados obtidos foram interpretados com o auxílio da Hermenêutica ricoeuriana. Entre os resultados, identificamos as ticas de matema das Quebradeiras de coco como saberes pluriepistêmicos e multiétnicos. Concluímos que o saber Tirar azeite pode ser compreendido pela Etnomatemática em comunidades quilombolas.

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CONEXIONES ETNOMATEMÁTICAS EN EL AULA CON EL TROMPO DE TAPITAS

Kamilo Andres Manchego Palacio

Kamilo.palacio@aluno.ufop.edu.br

Yeidrys Yojana Utria Hernández 

yyutria@mail.uniatlantico.edu.co

Armando Alex Aroca Araujo

armandoaroca@mail.uniatlantico.edu.co

Resumo

El trompo de tapitas (TT) es un juguete elaborado por niños que viven en algunos pueblos del caribe colombiano. El objetivo de esta investigación es explorar las conexiones etnomatemáticas construidas por unos estudiantes de grado sexto en una Institución Educativa Pública de Barranquilla cuando interactúan con el TT en el aula. La metodología de esta investigación es cualitativa y de carácter exploratorio y se desarrolló en tres etapas: 1) Estudio etnográfico de la elaboración y el juego del TT, 2) Diseño de un plan de clases para incorporar el TT en el aula bajo un marco de diálogo y respeto, y 3) Exploración de conexiones etnomatemáticas construidas por los estudiantes al implementar diversas actividades en el aula. Dentro de los resultados y conclusiones se destaca que, al aplicar las actividades, los estudiantes construyen conexiones etnomatemáticas entre los saberes de la práctica cultural y la matemática escolar.

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RELAÇÕES ENTRE PROSOPOGRAFIA E ETNOMATEMÁTICA: O ESTUDO DE TRAJETÓRIAS NO MAPEAMENTO DE PRÁTICAS DE ENSINO E PESQUISA

Carolina Mendes dos Passos

caroline.passos@ufv.br

Denise Silva Vilela

denisevilela@ufscar.br

Resumo

Como fazer um mapeamento da pesquisa em Etnomatemática no Brasil? Esta questão orienta a escrita do presente texto, que busca uma resposta propondo uma abordagem metodológica designa prosopografia. Este estudo visa, após estabelecer uma relação entre a etnomatemática e a sociologia da ciência, no que diz respeito ao estudo de trajetórias, mostram como possíveis interlocuções entre prosopografia e etnomatemática. Tais interlocuções fazem-se É necessário prever a opção dessa abordagem – a prosopografia – sem encaminhamento e encaminhamento análise dos dados obtidos em uma investigação de doutorado que visa analisar os desdobramentos da formação em etnomatemática no Brasil. Com isso, após uma breve exposição teórica sobre a etnomatemática, apresentaremos os conceitos básicos, e também as características, de um estudo prosopográfico. Em seguida, tomando como base a característica não-metafísica e não-referencial da linguagem da filosofia do segundo Wittgenstein, estabelecemos relações entre a prosopografia e a etnomatemática. Como será visto, ambos destaca a necessidade de considerar as práticas e os interesses sociais e possuir, ao negar a linguagem referencial, características que permitem a utilização da prosopografia no estudo de trajetórias que visam analisar as práticas etnomatemáticas na educação a partir de seus desdobramentos. 

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