Olá, estudante do Ensino Médio!
Já está pensando na conclusão do seu curso? Parece que foi ontem que começamos nossa jornada e, agora, o final está mais próximo do que nunca, não é mesmo? O tempo voa!
Na última lição, exploramos a preparação de relatórios gerenciais, discutindo seus diferentes tipos e a importância desses relatórios na tomada de decisões e na gestão eficaz das empresas. Abordamos aspectos fundamentais para a estruturação dos relatórios, elementos essenciais, e a relevância da precisão e atualidade das informações apresentadas. Analisamos os principais relatórios gerenciais, como o Relatório de Fluxo de Caixa e a Demonstração das Origens. Além disso, vimos sobre a aplicação dos relatórios financeiros e entendemos o quanto esses documentos ajudam na compreensão dos movimentos de recursos dentro da organização.
Hoje, nosso foco será no uso e na importância das calculadoras financeiras e das planilhas eletrônicas no contexto empresarial. Você aprenderá sobre os diferentes modos de operação das calculadoras financeiras e suas aplicações práticas em cálculos financeiros e controle de estoque. Além disso, entenderemos a importância do domínio dessas ferramentas tecnológicas para o sucesso na área de administração, preparando você para enfrentar os desafios do mundo profissional com habilidade e confiança.
Vamos descobrir mais sobre esse tema que promete ser bastante interessante. Está pronto?
Considerando os desafios da administração moderna, o uso de aplicativos de calculadoras financeiras torna-se extremamente necessário. Em um ambiente empresarial dinâmico e complexo, é preciso entender como as empresas e os profissionais de administração gerenciam suas finanças e enfrentam os desafios relacionados a cálculos financeiros e controle de estoque.
Será que as ferramentas tecnológicas disponíveis realmente atendem às crescentes demandas por precisão e agilidade na tomada de decisões financeiras? Devemos, também, refletir sobre a evolução dessas ferramentas de gestão. Como as calculadoras financeiras e as planilhas eletrônicas transformaram a administração financeira e o controle de estoques ao longo do tempo? Quais foram os principais avanços tecnológicos que possibilitaram o desenvolvimento dessas ferramentas e como elas se tornaram indispensáveis para o sucesso das operações empresariais? Empresas que não acompanham essas inovações estão em desvantagem competitiva?
Além disso, com o avanço da tecnologia e a digitalização crescente dos processos empresariais, quais serão as tendências futuras no uso de ferramentas de gestão financeira e controle de estoque? Novas tecnologias, como inteligência artificial e análise de big data, podem revolucionar ainda mais a administração financeira e de estoques? Como os profissionais de administração podem se preparar para essas mudanças e garantir que permaneçam relevantes no mercado de trabalho?
Pois é, são muitas perguntas importantes e, na lição de hoje, começaremos a explorar algumas delas. No entanto muitas respostas você só descobrirá ao longo de sua carreira ou com o tempo!
Venha comigo entender mais sobre essas questões na nossa lição de hoje!
Para ilustrar a importância prática deste conteúdo, compartilharei um relato hipotético envolvendo Ana, uma estudante dedicada do Curso Técnico em Administração. Ana sempre teve um grande interesse pela área financeira e, ao concluir seus estudos, conseguiu um estágio em uma empresa de médio porte, onde sua principal função era auxiliar no controle de estoque e na gestão financeira.
No primeiro dia de trabalho, Ana ficou impressionada com a quantidade de planilhas e documentos que precisavam ser analisados e atualizados diariamente. Ela, rapidamente, percebeu que, sem as ferramentas adequadas, seria quase impossível realizar todas as tarefas de forma eficiente. Durante seu estágio, Ana teve a oportunidade de aplicar na prática o que aprendeu em sala de aula, utilizando uma calculadora financeira e uma planilha eletrônica. Com essas ferramentas, ela conseguiu agilizar o cálculo de juros, a análise de investimentos e o controle de estoque, tornando seu trabalho muito mais eficiente.
Ana, no entanto, também, enfrentou desafios ao lidar com os diferentes modos de operação da calculadora financeira, especialmente ao calcular os juros compostos. Com isso, percebeu que a compreensão desses modos de operação era fundamental para evitar erros e garantir a precisão dos cálculos. Com determinação e dedicação, Ana superou esses desafios e se tornou uma profissional experiente em gestão financeira e controle de estoque. Ela reconheceu, assim como você pode perceber por meio da história, que o conhecimento adquirido durante seu curso técnico foi essencial para o seu sucesso profissional. Ana estava grata por ter aprendido sobre o uso de ferramentas, como calculadoras financeiras e planilhas eletrônicas, que se tornaram aliadas indispensáveis em sua jornada profissional.
Sendo assim, essa experiência demonstra como o conhecimento teórico pode ser aplicado diretamente em situações profissionais, ressaltando a relevância das ferramentas de gestão na melhoria da produtividade e precisão no trabalho. A trajetória de Ana serve como exemplo concreto de como a formação técnica prepara os estudantes para enfrentar desafios reais e se destacar no mercado de trabalho. Portanto, está preparado para aprender mais sobre esse assunto?
Os autores Dal Zot e Castro (2015) mencionam que, além das operações básicas, como soma e subtração, muitos cálculos requerem o suporte de calculadoras. No passado, métodos mais simples, como tabelas de logaritmos e réguas de cálculo, eram usados, porém, com o avanço da eletrônica digital, calculadoras modernas foram desenvolvidas, substituindo esses métodos menos precisos. Atualmente, as calculadoras são, geralmente, divididas em três tipos principais: as simples, que suportam apenas operações aritméticas simples e frequentemente, também, raízes quadradas; as científicas, úteis para resolver uma variedade de equações matemáticas; e as financeiras, que não apenas resolvem equações matemáticas, mas também possuem fórmulas pré-programadas específicas para Matemática Financeira.
Dessas, as calculadoras financeiras são amplamente utilizadas por profissionais da área financeira, como economistas, contadores e administradores, para calcular juros compostos, taxas de retorno de investimento e parcelas de empréstimos. As calculadoras científicas são utilizadas em disciplinas, como física, química e matemática, para resolver equações complexas e realizar análises estatísticas. As calculadoras simples, talvez, sejam as mais conhecidas, visto que são aquelas que, geralmente, utilizamos no dia a dia.
Como mencionado, as calculadoras financeiras são as mais utilizadas na área financeira, portanto, focaremos um pouco mais nela. Basicamente, o que inicialmente você precisa saber é que existem diferentes modos de introduzir dados nas calculadoras financeiras. No modo Algébrico (ALG), os operadores são colocados entre os números ou variáveis, seguindo a sequência em que aparecem, e os parênteses são usados para definir a ordem das operações. Por outro lado, segundo Dal Zot e Castro (2015), no modo RPN (Notação Polonesa Reversa), os operadores são colocados depois dos operandos. Esse modo foi popularizado pela empresa Hewlett-Packard (HP) e está presente em muitos de seus modelos, como a calculadora financeira HP 12c Gold, amplamente reconhecida e utilizada. Versões mais recentes, como a HP 12c Platinum (Figura 1) e a HP 17bii, permitem alternar entre os modos ALG e RPN. No entanto, a HP 10bii, uma calculadora financeira de entrada da empresa, opera exclusivamente no modo ALG.
Atenção! Ao calcular o resultado de uma fórmula financeira, como o cálculo de juros compostos para investimentos, os diferentes modos de entrada de dados podem influenciar na forma como você digita a expressão na calculadora e como a resposta é exibida, por isso, esse conhecimento é muito importante!
De acordo com Tosi (2009), o uso de calculadoras financeiras proporciona rapidez e eficiência na resolução de cálculos financeiros, o que é vantajoso para empresas que precisam lidar com questões financeiras dentro de um tempo limitado. A calculadora financeira HP 12c, por exemplo, oferece duas maneiras de realizar cálculos, conhecidas como modos RPN (Notação Polonesa Reversa) e ALG (Algébrico), porém o modo mais comum de uso é o RPN, que permite realizar operações aritméticas de forma ágil.
Por exemplo, para somar 5 com 2, no modo RPN, basta pressionar as teclas “5”, “ENTER”, “2” e “+”, assim, o método agiliza os cálculos. Porém a calculadora, também, funciona no modo algébrico, que segue o método tradicional de realizar cálculos. Nesse modo, a soma é feita pressionando as teclas “5”, “+”, “2” e “=”, ou seja, nesse exemplo de calculadora, o usuário pode escolher entre o método RPN e o método algébrico, dependendo da preferência e da conveniência para a situação específica.
De acordo com Dal Zot e Castro (2015), as calculadoras financeiras são amplamente utilizadas para resolver problemas de Matemática Financeira devido à sua capacidade de realizar cálculos complexos de forma simplificada, pois possuem diversas equações pré-programadas, o que facilita os cálculos. Geralmente, essas calculadoras possuem dois grupos de funções específicas: um para cálculos de juros compostos e anuidades e outro para análise de investimentos, como fluxos de caixa descontados em estudos de viabilidade econômica.
Em relação aos cálculos pré-programados, onde as variáveis são inseridas para realizar os cálculos, a calculadora considera o princípio do fluxo de caixa. Isso significa que, se alguém recebe um valor (recebimento = sinal positivo) como principal, então, deve pagar (pagamento = sinal negativo) um montante ou uma série de prestações. Por essa razão, se digitarmos um valor positivo para o valor presente e desejarmos que a calculadora calcule a prestação, a resposta apresentada será negativa. Assim, ao calcular a taxa ou o prazo, é importante observar que os sinais das variáveis que representam valores (como valor presente, prestação ou valor futuro) devem ser opostos.
Segundo Tosi (2009), a calculadora HP 12c possui funções básicas, incluindo cálculos de variações percentuais e funções financeiras tanto básicas quanto avançadas. Essa calculadora permite realizar cálculos que envolvem datas, como determinar a diferença entre duas datas ou adicionar e subtrair dias de uma data específica. Geralmente, os cálculos feitos na calculadora, que envolvem matemática financeira, são apresentados com precisão de quatro casas decimais após a vírgula.
A calculadora financeira pode ser utilizada em diferentes situações, por exemplo, quando se adquire um produto financiado, em que temos quatro variáveis principais: o valor financiado, o período ou o número de parcelas, a taxa de juros e o valor das parcelas. Essas mesmas variáveis são relevantes em outras situações, como quando um investidor faz aplicações mensais visando resgatá-las no futuro. Neste caso, as variáveis incluem o valor dos pagamentos mensais, a taxa de juros acordada, o período estimado e o valor futuro ou montante resultante da aplicação (GIMENES, 2009).
Como visto anteriormente, uma calculadora financeira possui muitas teclas, e isso, de certa forma, é resultado das diversas funções que ela possui. Apesar de haver diferentes modelos, algumas teclas estão presentes na maioria dessas calculadoras. No primeiro grupo de teclas de uma calculadora financeira, como descrito por Gimenes (2009), temos as seguintes funções:
(PV): essa tecla representa o valor presente no período inicial. Também é conhecido como capital, valor principal, valor investido ou valor original.
(PMT): correspondente ao valor das parcelas ou dos pagamentos/recebimentos, sendo um valor fixo.
(FV): representa o valor futuro da operação, também chamado de montante, valor total ou de resgate.
Em um segundo grupo de teclas, elas possuem as seguintes funções:
(i): utilizada para calcular a taxa, podendo ser relativa aos juros, ao retorno, ao rendimento, entre outros.
(n): serve para calcular as operações que envolvem o período ou o tempo, em dias, meses, bimestres, trimestres, anos, entre outros.
Sendo assim, apenas com essas teclas, é possível perceber que a calculadora financeira HP 12c oferece uma ampla gama de funcionalidades para diversos cálculos financeiros. No entanto é importante destacar que a utilização dessas calculadoras não deve ser subestimada, pois a complexidade e a precisão dos cálculos exigem um entendimento profundo das suas funções. Cada tecla e combinação de teclas são projetadas para realizar operações específicas com alta precisão, e um conhecimento detalhado é essencial para utilizar a calculadora de forma eficaz, por isso, caso queira ser um expert na utilização dessas calculadoras, recomendo fortemente que você faça um curso específico para isso!
Assim como as calculadoras financeiras facilitam e agilizam o trabalho de quem atua na área financeira, Bruni e Fama (2012) destacam que as planilhas eletrônicas, também, são fundamentais para cálculos complexos e desempenham papel crucial no controle de estoque das empresas. Como discutido em lições anteriores, o controle de estoque é essencial para o funcionamento adequado de qualquer empresa, independentemente do seu tamanho.
Nesse contexto, as planilhas eletrônicas oferecem ótima opção para gerenciar e monitorar o estoque de maneira eficiente, pois essa ferramenta permite criar colunas específicas para registrar diversos aspectos relacionados aos produtos. É possível registrar os tipos de produtos, as quantidades que entram e saem da empresa, os valores unitários de cada produto e os valores totais dos estoques. Dessa forma, o controle de estoque pode ser integrado ao planejamento empresarial, contribuindo para a melhoria dos processos da empresa. Portanto, as planilhas eletrônicas são essenciais para o controle eficaz de estoque, permitindo às empresas acompanhar, de perto, suas operações e garantir que os produtos estejam disponíveis quando necessários, ao mesmo tempo que ajudam a otimizar os processos internos.
Resumindo, aprender sobre o uso de aplicativos de calculadora financeira e as planilhas eletrônicas é fundamental na administração, pois essas ferramentas são amplamente utilizadas no mundo corporativo e empresarial. Ao compreender os diferentes modos de operação das calculadoras financeiras, é possível se preparar melhor para lidar com cálculos financeiros de forma eficiente e precisa. Além disso, essas ferramentas, aplicadas em situações reais, como no cálculo de juros compostos, análise de investimentos e controle de estoques, demonstram que elas são essenciais para proporcionar uma base sólida para a resolução de problemas financeiros e a tomada de decisões empresariais fundamentadas.
Assim, ao dominar o uso das calculadoras financeiras e a utilização das planilhas eletrônicas, você estará mais bem preparado para enfrentar os desafios do mundo profissional, visto que o conhecimento em matemática financeira e o domínio de ferramentas tecnológicas são cada vez mais valorizados. A capacidade de realizar cálculos complexos de forma eficiente e precisa é uma habilidade essencial para o sucesso na área de administração e finanças, e o domínio das calculadoras financeiras é um passo importante nessa jornada.
Agora, chegou a hora da nossa lição em que colocaremos em prática uma parte do conhecimento que aprendemos hoje por aqui. No entanto, infelizmente, possivelmente, não conseguiremos atuar com uma calculadora financeira, visto que seu custo pode ser bastante elevado. Assim, no desafio de hoje, seu professor poderá fazer alguns ajustes necessários de acordo com sua turma e as condições que se encontrarem quando forem realizá-lo.
No desafio, quero que você faça uma simulação de Análise de Investimento, tendo como principal objetivo a aplicação dos conceitos aprendidos sobre o uso de calculadoras financeiras e planilhas eletrônicas na realização de análises de investimento. Funcionará assim: novamente, como de costume, reúna-se com seus colegas em grupos de três ou quatro pessoas. Consultem quais os meios, os aplicativos e as calculadoras físicas que vocês possuem para a realização de cálculos. Para realizar tais cálculos, os valores que vocês precisam anotar são os seguintes, em relação a um investimento potencial:
O valor inicial do investimento.
O período de tempo em anos.
A taxa de juros esperada.
As projeções de retorno financeiro ao longo do tempo.
Hoje, quero que você tente definir esses valores por meio de algumas pesquisas. Por exemplo, quanto à taxa utilizada, pesquise quanto está a taxa básica de juros da economia, conhecida como taxa SELIC. Da mesma forma, estabeleça um período de duração para esse investimento retornar ao seu bolso de acordo com as médias vigentes em seu setor, região ou ano. Além disso, você pode buscar por planilhas eletrônicas prontas e, se quiser testar com tais valores antes de defini-los, seria uma ótima opção!
Por meio das planilhas será possível definir itens, como o valor futuro de tal investimento a cada momento no tempo e seus ganhos esperados líquidos. Assim, caso os grupos utilizem planilhas ou valores diferentes em seus cálculos, seria interessante comparar tais resultados e verificar os motivos pelos quais os diferenciam, discutindo as vantagens e desvantagens de cada abordagem.
Se você se sentir à vontade, prepare um relatório resumindo suas análises de investimento, incluindo os cálculos realizados, as conclusões alcançadas e as recomendações para a tomada de decisão sobre o investimento. Essa atividade permitirá que você e seus colegas apliquem os conceitos aprendidos na lição de forma prática, além de promover a colaboração em grupo, o pensamento crítico e a capacidade de tomar decisões fundamentadas com base em análises financeiras.
Espero você na próxima lição, que, a propósito, é a última de nossa disciplina! Já estou com tudo preparado pra nossa “despedida”. Venha ver!
BRUNI, A. L.; FAMA, R. Gestão de custos e formação de preços. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
DAL ZOT, W.; CASTRO, M. L. de. Matemática financeira: fundamentos e aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2015.
GIMENES, C. M. Matemática financeira. 2. ed. São Paulo: Pearson, 2009.
TOSI, A. J. Matemática financeira com utilização da HP-12C. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.