Maria Gabriela Cardoso

Maria Gabriela Cardoso nasceu na manhã do dia 2 de abril de 1998, na cidade de Montenegro, localizada na região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Antes de completar oito anos já tinha feito um tour pela cidade natal, morando nos bairros João Pessoa, Centro e Timbaúva. A casa bege de portões rosa foi a sua última residência no lugar, pois em março de 2007 sua família mudou-se para Tramandaí, no litoral norte gaúcho. Lá morou nos bairros Zona Nova e Nova Tramandaí — onde ficaram até 2014 antes de se mudarem para Santa Catarina. Hoje mora numa pequena praia do Vale do Itajaí.

Sempre teve muita paixão pela leitura, assim como seu avô, que foi seu grande companheiro de trocas de livros, cartas e conversas. Aos doze anos, devorava todos os títulos de Sidney Sheldon, desde A Outra Face, A Herdeira e, principalmente, A Ira dos Anjos, com a personagem Jennifer Parker — sua preferida. Com grande fascínio pelo terror e suspense, logo iniciou nos livros de Rosa Amanda Strausz e posteriormente passou a amar biografias. Na época, não saía da biblioteca da escola (até mesmo convenceu a bibliotecária a lhe permitir pegar dois livros em simultâneo — concessão que ela não fez a outros alunos) e transitou por praticamente todos os gêneros das prateleiras.

Em agosto de 2013, aos 15 anos, incentivada por uma professora de português, a qual admirava muito, passou a escrever poesias e foi a ela a quem entregou seu primeiro conto “Ela Era Eu”, onde contava a sua percepção sobre o falecimento do seu avô, que aconteceu em fevereiro do mesmo ano. Durante o Ensino Médio, planejava cursar outras áreas, porém, a escrita nunca desapareceu da sua vida nem por dois dias, dando as caras, vez ou outra, em uma frase ou trecho que abandonava nos cadernos durante as aulas. A vontade de tornar-se escritora, emergiu aos 19 anos, após a leitura da biografia da escritora Clarice Lispector, escrita por Benjamin Moser. Quando se olhou no espelho e cogitou a possibilidade de seguir a carreira, seu coração bateu mais forte, dando-lhe toda a confirmação. A partir daí, criou seu heterônimo Lua Pinkhasovna e passou a escrever para as redes sociais.

“A personagem é uma parte da minha personalidade e não outro ser. Ela sou eu e eu a sou. Porém, quanto mais me distanciava de mim e adotava esse papel (Lua), mais me tornava eu em minha essência mais profunda. A Lua é revoltada, inconstante, por vezes má, sensível, insensível, imprevisível, contesta-se, contraria-se, discorda-se. Ela assume diversos papéis, e em nem todos, eu, Gabriela, estou, porém, em todos há a minha vontade de experimentar o mundo com outras faces. Tenho como grande inspiração, obviamente, Clarice Lispector (por isso o pseudônimo Pinkhasovna — seu sobrenome ucraniano — porém, sem qualquer pretensão na escolha). Ao lê-la, tenho em vista levar um pouco da sua profundidade e intensidade para a minha escrita. E não menos importante, Carolina de Jesus, que com sua simplicidade e autenticidade sempre me lembra de não ser tão crítica, pois a beleza não está necessariamente nas letras ou posição delas, mas no que elas transmitem. Sou uma grande apaixonada pela literatura brasileira.”

Fora a literatura, é apaixonada por cinema, com foco em filmes antigos, como os do diretor Ingmar Bergman, Charles Chaplin, Hitchcock, Godard, Tarkovsky, Ida Lupino e tantos outros. Também ama plantas, desenhos animados e dança. Apesar de não saber desenhar, aprecia fortemente a pintura de Frida Kahlo, Dalí, Munch, Bacon, Junji Ito e mais uma infindável lista. Atualmente publica seus textos com o seu nome de batismo, Maria Gabriela Cardoso.

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