Adeneri Nogueira de Borba

Adeneri Nogueira de Borba, tem 41 anos e é natural de Morretes — Paraná. A quarta filha — de seis — de um casal de lavradores, que de estudos tiveram apenas as séries iniciais, nem por isso deixaram de lavrar no coração de seus sucessores, o desejo, o sonho de estudar, em ter uma vida mais leve que a lide pesada do campo.

A caneta é mais leve que a enxada” cresceu ouvindo.


O encontro com a literatura deu-se na adolescência, ao ir para a cidade estudar magistério. A biblioteca e seus corredores eram a fuga perfeita na procura de uma nova aventura para se entregar nos finais de semana. A coleção vaga-lume fora toda desvendada dessas estórias, Atíria, o caso da borboleta, ficou entre seus queridinhos.

O romantismo canceriano a fez passear pelas escassas obras do acervo e se apaixonar pelo Pequeno Príncipe, Peter Pan e a Bela e a Fera. Três clássicos que tratam o amor em dimensões distintas.

Presenteada com nome de professora ao nascer, sonho do pai em ver as cinco mulheres nessa profissão, não teve dúvidas ao seguir carreira. Assim que se mudou para Santa Catarina, aos 18 anos, após seu coração ser fisgado por esse litoral, e um par de olhos verdes há 23 anos.

Pedagoga lecionou por 10 anos em sua área. Fez-se Mestra em Educação em 2016, onde direcionou suas pesquisas para as bibliotecas, quer lugar mais propício? “Mediação Cultural em bibliotecas”, tema de sua tese, foi defendida com o coração e expandiu ainda mais seus horizontes. Desta pesquisa surgiram várias publicações no ramo acadêmico e científico e o desejo de se encorajar como escritora.

Aliar a maternidade (3 filhos) e a profissão foi algo fácil em sua vida. Em 2016, ouviu o bradar alto de seu coração, optou por pausar a carreira. Atualmente se dedica a vida em família e aos anseios que desistiu no passado, como a música, a lide do lar e da família, nesses momentos deixa a pedagogia transcorrer em seus dias.

A literatura faz-se companheira diária, no seu remanso de poetas mudos, sua biblioteca particular. A escrita literária desabrochou intensamente na quarentena, onde se permitiu transbordar em devaneios, em palavras que se unem e permeiam ressoar poesias, contos e crônicas.

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