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Após o casamento entre Luna e Gibson o mundo de Arkania, onde na época atendia por outro nome, viveu dias de paz.
Guerras cessaram, intrigas cessaram, foi um verdadeiro momento de paz.
As noites naquele mundo eram a mais bela paisagem que o mundo poderia oferecer: um céu tão estrelado e limpo com uma briza refrescante em meio a aquele doce calor que havia no ar. As flores se moviam com o vento quase em sincronia a uma respiração calma e apaixonante de recém-casados que, mesmo com a melhor das vistas, só buscavam admirar apenas os olhos de seu amor.
Durante o dia, as crianças brincavam nas ruas sem se preocupar em serem sequestradas ou que algum tipo de briga pudesse ocorrer do nada, enquanto seus pais sorriam enquanto trabalhavam, com empregos justos e ganhando bem o bastante para manter uma boa vida a seus entes queridos.
Até mesmo a morte era algo bom. Mortes não eram um sinal de tragédia mas sim de dever cumprido, afinal, a maioria maçante das raras mortes naquele reino tinham como único culpado o tempo, levando os anciões para o pós mundo após morrerem de velhice.
Comemorando esse clima verdadeiramente feliz, todas as sextas feiras do Reino eram ainda mais felizes, com festas extravagantes e para todos os públicos, feitas diretamente pelo mais belo casal desse mundo.
A atração principal, como sempre, era Gibson e Luna, com seus olhares apaixonados um ao outro e sorrisos contagiantes e que fariam qualquer um os admirar, o bardo começava sua melhor canção. Sendo o centro das atenções, o casal caminhava sempre de mãos dadas ao centro da cidade, ficando um em frente ao outro após o iniciar da canção.
Gibson, vestindo seu terno cinza-escuro com detalhes em rubro e dourado e uma pelagem leve e confortável vestindo seus ombros e nuca, se agachava um pouco ao mesmo tempo que estendia sua mão para Luna.
Luna, com seu penteado simples e ao mesmo tempo extravagante, aceitou o convite de seu amante ali mesmo, levando sua mão vestida com a mais bela das luvas de tecidos que iam até seu cotovelo até ele.
O homem se levantou. De mãos dadas com sua amada, ele a puxa de modo educado para perto, colocando seu outro braço ao redor dela e a segurando pela cintura. Ambos fecham os olhos enquanto a música chega finalmente a seu ato principal, iniciando sua dança.
Seus passos eram calmos e sincronizados, quase como se ambos estivessem pisando no céu. Gibson guiava a dança a algo calmo e majestoso, lindo de se admirar por quaisquer olhar que estivesse ao redor. Sua dança era tão refinada que fazia ainda mais Luna brilhar como uma estrela naquela noite, mesmo que apenas a lua ao fundo já fosse o bastante para iluminar os passos deles.
O vestido de Luna era longo e cheio de detalhes, com pedras preciosas que brilhavam somente a noite, fazendo seu corpo e sua aparência se tornarem um segundo espetáculo junto ao show que davam naquela dança.
Ao fim do som, em aplausos, sempre saudavam o público, seu povo, com um sorriso no rosto. Os beijos apaixonados que ambos queriam dar eram guardados para mais tarde, afinal, seria um desrespeito fazer algo do tipo com crianças observando.
Indo para a casa, mesmo cansados pela dança, a noite ainda era longa, afinal, cada passo dado junto ao seu amor relembrava o quão apaixonados eram um pelo outro.
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As danças, as festas, a vida pacífica duravam por semanas. Até que, o fim chegou. Tudo que um dia nasce, deve morrer. E assim foi a era de Gibson.
Nenhuma mentira dura para sempre. Nenhuma mentira gera um “Felizes para sempre”.