Ler sobre o Amor

Newton da Costa (1929-), ex-orientador de JYB, Sujeitos Leitores

"Eu diria aos jovens que o mais importante é pensar originalmente. Sempre pensem por conta própria. Isso não significa que devam desconsiderar os livros e as autoridades das diversas áreas. Todavia, é importante que cada um seja o protagonista da sua história. Em uma passagem de David Copperfield, romance de Charles Dickens, o protagonista pergunta-se: serei eu o herói da minha vida? Atualmente, o brasileiro não tem sido o herói da própria vida. Antes, tem sido um náufrago, que é levado de um lado a outro por conta das circunstâncias. Se quiser ser realmente um país de primeiro mundo, o Brasil precisa oferecer às novas gerações uma educação que estimule esse pensamento original."

"Quando lemos, outra pessoa pensa por nós: apenas repetimos seu processo mental, do mesmo modo que um estudante, ao aprender a escrever, refaz com a pena os traços que seu professor fizera a lápis. Quando lemos, somos dispensados em grande parte do trabalho de pensar. É por isso que sentimos um alívio ao passarmos da ocupação com nossos próprios pensamentos para a leitura. No entanto, a nossa cabeça é, durante a leitura, apenas uma arena de pensamentos alheios. Quando eles se retiram, o que resta? Em consequência disso, quem lê muito e quase o dia todo, mas nos intervalos passa o tempo sem pensar nada, perde gradativamente a capacidade de pensar por si mesmo. Mas é este o caso de muitos eruditos: leram até ficarem burros."


PLATÃO

Lúcio Apuleio, Eros e Psique (Metamorfoses - Asno de Ouro)

"Se não tem amor — faça o que quiser, saia à procura de todos os deuses da terra, participe de todas as atividades sociais, tente acabar com a pobreza, entre na política, escreva livros, escreva poemas —, você é um ser humano morto. Sem amor, seus problemas aumentam, multiplicam-se interminavelmente. E com amor, faça o que quiser, não há risco, não há conflito. Portanto, o amor é a essência da virtude. "

Jiddu Krishnamurti (1895-1986)



Blaise Pascal (1623 - 1662)

Roland Barthes (1915-1980)

Alain Badiou (1937 - )

Coletânea editada por

Eric Blondel (1942-)