Dados sobre incêndios

Inventário Florestal Nacional 6 - Revisão

O Inventário Florestal Nacional 6 (INF 6) é a versão mais actualizada do INF em Portugal de acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). De acordo com o ICNF, os resultados preliminares foram apresentados em 2013. Segue-se um resumo dos termos mais importantes disponíveis no website do ICNF sob o nome "Uso do solo e áreas de espécies florestais de Portugal Continental". Resultados preliminares".

O nosso objectivo é analisar a evolução das áreas de uso do solo e das espécies florestais para os anos de 1995, 2005 e 2010.

‣ Evolução do uso do solo em Portugal Continental

A análise da evolução para o período 1995-2010 destaca o aumento da utilização de terrenos urbanos, arbustos e pastagens, bem como de águas interiores. Pelo contrário, a utilização de terrenos florestais, para a agricultura e improdutivos, tem diminuído.

Deve salientar-se que, como indicado neste relatório, a diminuição da área florestal deve-se principalmente à redução das áreas desmatadas (áreas queimadas, cortadas e regeneradas), especialmente o aumento da área florestal devido à acção da própria natureza (regeneração natural) e à acção dos proprietários florestais, que continuaram a investir na floresta através de acções de florestação e reflorestação.

O relatório também destaca como as áreas do norte e centro de Portugal são as que sofreram a maior queda nas áreas florestais.

‣ Evolução das áreas totais por espécie

Relativamente às mudanças sofridas pelas principais espécies, é de notar:

- Quanto ao pinheiro bravo, entre 1995 e 2010 diminuiu em cerca de 263.000 ha. A maior parte foi transformada em arbustos e pastagens (165.000 ha), 70.000 ha em eucalipto, 13.000 ha em espaços urbanos e 13.700 ha em áreas florestais com outras espécies arbóreas.

- O eucalipto aumentou no período 1995-2010 em 13%, de pinheiros (70.000ha), arbustos e pastagens (13.500ha) e áreas agrícolas (12.000ha). Deve também ser mencionado que cerca de 8.000 ha de eucalipto foram transformados em terrenos urbanos.

Relativamente ao sobreiro, apesar de ter sofrido uma pequena alteração significativa no período de 1995 a 2010, foi submetido a processos de arborização e desflorestação. ganho pela florestação de terras agrícolas da ordem dos 18.000 ha.

Panorama geral dos incêndios florestais (Portugal)

‣ Área geográfica

Em 2017, de acordo com os dados disponíveis, foram queimados mais de 509.848 ha (de 7 de Janeiro a 15 de Dezembro de 2017). Os dados provisórios do ICNF sobre hectares queimados indicam que de Janeiro a Outubro (dia 16) arderam cerca de 442.418 ha.

É importante salientar que para aproximadamente 77,65% Ha queimados não é possível identificar a área geográfica a que pertencem, uma vez que os dados consultados não fornecem tal informação.Com base na informação disponível, pode verificar-se que a área mais afectada foi a zona de Pinhal Interior Sul (com 7. 10% do total de Ha queimados), seguida pela zona do Tâmega (representando 3,82% do total de Ha queimados), Beira Interior Norte (2,67%), Alto Trás-os-Montes (2,24%) e, na quinta posição, a zona Minho-Lima com 1,64%.


‣ Distribuição temporal

No que respeita à distribuição temporal dos incêndios, é também importante indicar que aproximadamente 1592 Ha não têm data; ou seja, não é possível identificar o dia em que tiveram lugar. A tabela à direita fornece a lista de hectares queimados de acordo com o mês do ano em que os incêndios ocorreram. Este quadro mostra as diferenças entre os dados obtidos e os publicados pelo ICNF no relatório intercalar de 2017.

Dado que estes dados são provisórios, neste estudo iremos utilizar os dados fornecidos directamente pelo CIM Alto Minho. Os dados em estudo foram construídos a partir de análises próprias que actualizam e completam as estatísticas apresentadas pelo Instituto da Natureza e Conservação Florestal (ICNF) para todo o ano 2017.

Área de Estudo dos Incêndios Florestais (Alto Minho)

A área de estudo de interesse é a de Alto-Minho que consiste em 10 municípios:

  1. Arcos de Valdevez

  2. Ponte da Barca

  3. Caminha

  4. Ponte de Lima

  5. Melgaço

  6. Valença

  7. Monção

  8. Viana do Castelo

  9. Paredes de Coura

  10. Vila Nova de Cerveira.

‣ Dados sobre a população (2011)

A tabela superior dá uma descrição dos dados populacionais para os municípios de Alto-Minho. Especificamente, mostra a taxa de envelhecimento, bem como a população residente em 2011 para cada município.

‣ Dados sobre a actividade económica (2011)

A tabela superior mostra o número de empregados segundo o sector económico para o total dos municípios de Alto-Minho.

‣ Dados sobre o rebanho bovino

Resumo por município (1989-1999-2009-2016)

Finalmente, a tabela da esquerda mostra os dados de bens animais para os períodos de 1989, 1999, 2009 e 2016.

Dados fornecidos directamente pelo CIM Alto Minho.