ROCKET LEAGUE

Nitro! Nitro!

Pensando em um jogo de futebol existe a bola, os jogadores e as traves, tudo isso dentro de um campo fechado. Os dois times se enfrentam dentro de um tempo para ver quem faz mais pontos no adversário. Rocket League integra a base do jogo de futebol, mas acrescenta carros voadores em vez de atletas para o jogador controlar.

Com isso as mecânicas mudam completamente. Os carros andam para frente e para trás, pulam para qualquer direção (estilo Speed Racer) e usam nitro para andarem mais rápido. Não é possível chutar (óbvio), então tem que bater o carro na bola para fazê-la rolar. E por falar na bola, ela é gigante! Para ficar mais fácil de acertar, a bola é uma grande esfera visível de qualquer ponto, e bem leve de se jogar. Mas caso não queira só sair empurrando a bola, o jogo permite que os carros voem (loucura!), e para isso é necessário ter nitro, muito nitro.

Todo o jogo ocorre dentro de uma campo fechado, algo como uma cúpula, fechado de todos os lados, o que permite os jogadores andarem pelas paredes e até pelo teto! Além disso existem outro modos de jogo além de futebol, como rockey de gelo e basquete, que usam os mesmos princípios de jogabilidade e física.

E falando na física do jogo, é aí que está o brilho do Rocket League. Tudo o que o jogador faz dentro do jogo está sujeito a física integrada, seja correndo, pulando ou chutando a bola, tudo obedece a uma programação muito bem feita de peso e força, permitindo passes fracos ou fortes dependendo da velocidade em que se atinge a bola. É possível modificar isso nas opções da partida, como peso e tamanho da bola, ou nitro ilimitado, mas é incrível o jeito que a Psyonix conseguiu deixar o jogo equilibrado e divertido, louco mas preciso.

Monstercat nas alturas

A Psyonix conseguiu um contrato com a gravadora Monstercat, que fornece as musicas para o jogo e criando até álbuns próprios. A cada temporada ou evento novas músicas chegam ao jogo, uma mais impressionante que a outra, mas todas combinando perfeitamente com a temática agitada e vibrante do jogo. Uma escolha muito boa de parceria, já que a Psyonix não precisa se preocupar em produzir músicas próprias.

Uma coisa que me surpreende muito é a música da tela de início, sempre escolhida a dedo e sempre combinando com a abertura do jogo. A primeira vez que abri fui apresentado ao game com Badlands, da Rogue, muito bem colocada e dando um ar do show grandioso que estava por vir. O jogo já me conquistou por isso.

GOL!

Indo mais afundo, Rocket League oferece diversos modelos de carros, como carros esportivos e caminhonetes, diferindo um pouco o tamanho da hit box do veículo, mas nada significativo a ponto de um modelo se sobressair. Além disso a customização deles é total, podendo ser modificado suas cores, rodas, antenas e até chapéus para o teto do carro, itens conseguidos a partir de compra ou evolução do nível do jogador. Por vezes é possível ganhar aleatoriamente itens por partidas, mas é raro.

Em termos de jogo, existem os modos offline e online, ambos podendo ser disputados em modos solo, multiplayer de até 4 jogadores com tela dividida, ou campeonatos. É possível modificar as especificações das partidas também, mas somente nos modos offline, onde o padrão do online é o 3x3 básico. O jogo oferece um sistema de conversa rápida in-game, mandando mensagens pré-prontas para a equipe ou para ambas durante a partida, uma forma de comunicação entre pessoas de línguas diferentes ou que simplesmente não querem falar no microfone.

Mas é possível mandar mensagens escritas diretamente na caixa de texto, e é isso o único ponto ruim do jogo. A Psyonix não conseguiu fazer um sistema de banimento muito bom, dependendo apenas da comunidade do jogo se respeitar mutuamente (algo que incrivelmente acontece). Tive somente alguns casos raros de pessoas me xingando por ter feito passes errados ou trombado nos carros deles, mas nada condenável.