Entendemos que a gestão financeira de uma Igreja tem papel fundamental para que a Instituição consiga alcançar êxito nos seus fins e objetivos. Por isso se faz necessário uma Diretoria completa e ativa que auxilie o Pastor com as decisões que precisam ser tomadas, com o objetivo de fazer com que a Instituição construa uma reputação de integridade, ao mesmo tempo em que realiza a obra local e se prepara para projetos futuros.
Uma gestão financeira, quando bem-feita, possibilita a correta destinação dos recursos e a redução de gastos desnecessários, o que impacta fortemente os resultados financeiros da Instituição. Essa gestão deve ser feita pelo Pastor da Instituição em conjunto com os Gestores Financeiros, bem como, com participação de toda a Diretoria, a fim de conferir transparência e eficiência nas decisões.
Nesse sentido, torna-se muito importante que a Instituição faça uso de um planejamento orçamentário, e que tudo o que for realizado, esteja de acordo com um plano para gastar, doar e poupar os recursos disponíveis. A existência de um plano pressupõe a ocorrência de um processo de análise dos recursos da Instituição dentro de uma perspectiva de atuação presente e futura. Sempre que praticado, o planejamento orçamentário viabiliza a obtenção de melhores resultados.
Abaixo, expomos uma proposta de Planejamento Orçamentário, construída a partir da aplicação de princípios bíblicos para uma boa gestão financeira, de estudos teóricos e de análises a partir da experiência no acompanhamento de nossas Igrejas.
A imagem acima ilustra de que forma as entradas da Instituição poderiam ser destinadas, considerando:
Repasses Institucionais (15%): o envio do dízimo ao MVV, bem como das ofertas destinadas a finalidades específicas, que representam 15%;
Reserva Técnica (10%): reserva para investimentos e oportunidades de avanço;
Todas as Prebendas e Salários (25%): aqui são acomodados todas as prebendas e salários pagos pela Instituição;
Aluguéis (25%): todos os contratos de aluguel dos imóveis que atendem à necessidade de funcionamento da Instituição; e
Despesas Operacionais (25%): demais despesas necessárias para que a Instituição se mantenha funcionando de forma adequada.
Cabe destacar que os Repasses Institucionais não são entendidos como despesas ou tributos, mas que representam o cumprimento de um princípio bíblico essencial. Eles também representam um pacto institucional, conforme prevê o Art. 11 do Estatuto das Igrejas, e assim devem gozar de um lugar de primazia e pontualidade, além de uma posição de amor e respeito.
Entendemos, ainda, que as Igrejas lidam com realidades diversas, especialmente considerando a abrangência da nossa atuação em termos geográficos. Para isso, consideramos margens sobre essas indicações de despesa para Prebendas e Salários, Aluguéis e Despesas Operacionais, com percentuais variando em até 5%, ou seja, podendo ser acomodados entre 20% e 30%.
Nessa segunda imagem, temos um cenário em que a Instituição é proprietária de seu próprio imóvel, dessa forma, estando liberada das despesas de aluguel para redirecionar seus recursos de outra forma. Nessas condições, a recomendação é que as prebendas e salários representem 40% do total das Saídas, podendo variar entre 35% e 45%. Enquanto as Despesas Operacionais representariam 30% do total das Saídas, podendo variar entre 25% e 35%.
Observando essas proporções, a gestão financeira terá todas as condições necessárias reunidas para que a Instituição se mantenha cada vez mais saudável.