A pós-graduação no Brasil foi regulamentada em 1965, pelo Parecer do Conselho Federal de Educação nº 977/65, conhecido como Parecer Sucupira, entretanto, a institucionalização e implantação dos programas de mestrado e doutorado acadêmicos ocorreu a partir do Parecer nº 77/69.

Foi este parecer de 1965, do então conselheiro Newton Lins Buarque Sucupira, que conceituou a pós-graduação, criando as expressões sensu stricto e sensu lato para diferenciar os programas de mestrado e doutorado (sensu stricto) dos cursos de especialização (sensu lato) – expressões latinas usuais na atualidade como: stricto sensu e lato sensu.

Assim, os programas de pós-graduação stricto sensu foram criados a partir deste parecer, sendo ofertados nas modalidades de mestrado e doutorado acadêmicos.

Posteriormente, em 1995, foram instituídos os mestrados profissionais, por meio da Portaria nº 47, de 17 de outubro de 1995, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e os doutorados profissionais em 2017, pela Portaria nº 389, de 23 de março de 2017, do mesmo órgão.

A instituição destas modalidades ocorreu sob um olhar crítico de autores que reagiam ao processo de metamorfose da natureza da universidade (de direito privado ou pública) como “instituições sociais” que se transformavam em verdadeiras “organizações sociais” à moda de um intenso empresariamento das Instituições de Ensino Superior, já numa era neoliberalizante global.

Neste cenário marcado pela expansão dos programas de pós-graduação, no marco de constantes mudanças tecnológicas e transformações econômico-sociais, a instituição e regulamentação da modalidade profissional atenderam a uma demanda emergente de profissionais com perfis distintos dos tradicionalmente formados, tendo em consideração a relevância social, científica e tecnológica dos processos de formação profissional avançada, assim como o necessário estreitamento das relações entre instituições acadêmicas e a sociedade, neste novo perfil (supracitado) da metamorfose das IES.