Projectos de Telecomunicações - ITED
O desenvolvimento das actividades económicas e sociais, os enormes progressos tecnológicos verificados e as novas exigências decorrentes do ambiente concorrencial estabelecido em Portugal, impuseram a necessidade de formular novas regras para o projecto, instalação e gestão das Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios (ITED).
A defesa dos interesses dos consumidores de telecomunicações passa por infra-estruturas modernas, fiáveis e adaptadas aos serviços fornecidos pelos operadores públicos de comunicações electrónicas.
A melhor forma de maximizar a qualidade da sua infra-estrutura ITED passa por um acompanhamento adequando da evolução da instalação e consequentemente um bom seguimento das regras técnicas e escolha acertada dos equipamentos e materiais. A conclusão do processo de execução das infra-estruturas de telecomunicações é determinada pela certificação das instalações ITED.
De forma a prestar todo o apoio na resolução das responsabilidades dos nossos clientes perante as instituições públicas em termos infra-estruturas de telecomunicações, designadamente ANACOM, Câmaras Municipais, Operadoras de Telecomunicações, etc., e uma vez concluídos os trabalhos de execução em obra, tratamos de todo o processo de certificação da sua instalação. Desta forma oferecemos cómodas vantagens no tratamento deste processo, entregando-nos a responsabilidade de todo o tipo de verificações e cumprimento das normas em vigor.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES NAS REGRAS TÉCNICAS
> Instalações individuais
Utilização de Fibra Óptica monomodo;
Não utilização de Fibra Óptica multimodo;
Valor de sinal recomendado nas tomadas de cabo coaxial 61-66;
Frequências Piloto: 60, 90, 750 MHz;
Altura mínima para instalação do ATI, Hu=1,5m;
Tomadas, mínimo obrigatório na Cozinha, Salas e Quarto: 2PC + 1CC;
Na instalação individual apenas é permitida a utilização de cabo Cat.6, Classe E;
Para cálculo da secção da tubagem a fórmula difere da anterior (constante multiplicativa passa a ser sempre 1,8);
São permitidas canalizações com comprimentos de 12m com até 2 curvas. Este comprimento pode aumentar desde que se aumente a secção da tubagem e se mantenha o mesmo número de cabos que a atravessa;
Não são permitidas Fichas de Cravar;
Não são permitidas Fichas de Enroscar;
Apenas são permitidas Fichas de Compressão;
O núcleo do condutor do cabo coaxial tem de ser cobre e não estanhado a cobre (observação através da cor após o corte);
Utilização de cabo com isolamento de cor preta para utilização no exterior;
A Secção mínima do condutor de terra é de 6mm2;
Num bastidor aconselha-se a instalação dos equipamentos activos na parte inferior, devido à produção de calor que é reaproveitado, na sua fase ascendente, para secagem dos diferentes materiais;
Tubagens com diâmetro exterior comercial mínimo de 20mm2;
Separação física entre a instalação Eléctrica e de Telecomunicações;
Não são admitidos tubos pré-cablados;
O novo manual ITED não prevê a utilização de caixas do tipo I2;
Não é necessário projectar a tomada F;
É necessário projectar uma caixa CATI próxima do ATI e interligada a este por um tubo. Esta caixa poderá servir para albergar o equipamento activo de telecomunicações (Não utilizar para guardar as chaves, os casacos, etc, etc Laughing );
A ZAP é obrigatória e deve ser constituida por 2PC + 2CC + 2FO;
No caso das moradias a PAT deverá ser constituída por 1 tubo de 40mm de secção;
Ligação CEMU - ATI: 2 Tubos de secção 40mm;
O mastro de antenas deverá ser ligado directamente à terra através de um condutor de secção igual ou superior a 16mm2;
Pode fazer-se a passagem da Fibra Óptica directamente à tomada, sem passar pelo ATI, evitando as perdas nos conectores;
Nas moradias é facultativa a passagem da Fibra Óptica pela CEMU, esta pode passar directamente à tomada;
Fusão de Fibra Óptica: níveis 0,1 - 0,3;
Atenuação nos conectores de Fibra Óptica: máx 0,5;
Atenuação por fusão: máx 0,3;
Efectuar estimativa de custos;
O projecto ITED deve prever, caso não exista, uma Câmara de Visita Multioperador (CVM), situada em zona pública;
Deve ser efectuada a classificação ambiental (Mecânicas - M, Ingressão - I, Climáticas e Químicas - C, Electromagnéticas - E);
> Instalações Colectivas:
Utilização de cabo UTP na coluna montante, em vez do TVHV. A Categoria do cabo está directamente relacionada com a unidade modular utilizada, a Krone tem uma unidade modular com Cat.5 e possivelmente uma outra de Cat. 6 (informação por confirmar); Uma caixa C2 por piso, esta caixa servirá para passagem de cabos Coaxial, Fibra Óptica e Pares de Cobre;
A distribuição de CATV deve seguir, obrigatoriamente, uma topologia em estrela. A caixa de coluna serve apenas para passagem de cabos;
A distribuição da rede MATV pode ser efectuado recorrendo ao uso de TAP's ao longo da coluna montante;
A ligação de terra do ATI deve ser proveniente do ligador de terra da caixa coluna do CC (Não utilizar a terra da rede PC no CC);
Todas as caixas devem ser fechadas com chaves do tipo Rita ou Outra;
Se não existir Quadro de Serviços comuns não é necessário alimentação do ATE Exterior (CEMU);
A rede de MATV é obrigatória para 2 ou mais fogos;
No ATE os tubos e o fundo da caixa devem ser Identificados com cores: Azul: Fibra Óptica, Laranja: Coaxial; Verde: Pares de Cobre;
Os tubos da rede colectiva devem ser sinalizados com cores (ex. na coluna montante pintar os tubos com as cores anteriormente mencionadas);
A PAT deverá der constituída por 2 tubos de 40mm de secção;
Com a Publicação do Dec. Lei 123/2009 de 21 de Maio surge ainda o regime juridico aplicavel as ITUR
Infra-estruturas de Telecomunicacoes em Loteamentos, Urbanizacoes e Conjunto de edificios
EVOLUÇÃO
1986 – Entrada de Portugal na Comunidade Europeia
1987 – Entrada em vigor do Dec. Reg. RITA
1997 – Aparecimento da primeiro norma europeia de calha EN 50085-1
2000 – Publicação do Dec. Lei 59/200
Aparecimento de um novo regime: ITED
Revogação do RITA e Despachos Anexos
2000 – Adopção da norma europeia de calhas em Portugal NP EN 50085-1
2001 – Publicação do 1º projecto de regulamento ITED e consulta pública.
2004 – Publicação do Manual ITED 1ª Ed. Julho
2009 - Publicação do Dec. Lei 123/2009 de 21 de Maio
2009 - Publicação do Manual ITED 2ª Ed. Novembro
2009 - Publicação do Manual ITUR 1.º Ed. Novembro
MANUAL ITED 2.ª EDIÇÃO
A necessidade da 2.ª edição do Manual ITED tem por base vários pressupostos, de onde se destacam os seguintes:
Novas Normas Europeias e actualização das existentes;
Preparação dos edifícios para a introdução das Redes de Nova Geração - RNG;
Ampla disponibilização de redes de fibra óptica, com introdução de novos serviços;
Revisão de conceitos e procedimentos, baseada na aplicação prática da 1.ª edição do Manual ITED, em vigor desde 1 de Julho de 2004;RNG;
Ampla disponibilização de redes de fibra óptica, com introdução de novos serviços;
Revisão de conceitos e procedimentos, baseada na aplicação prática da 1.ª edição do Manual