Orações do Povo de Deus

1. MOISÉS, homem de Deus

“O Senhor falava com Moisés face a face, como quem fala com seu amigo.” (Êxodo 33.11a NVI)

Moisés foi escolhido por Deus para libertar os israelitas do cativeiro em que viviam no Egito e conduzi-los para Canaã, a terra prometida para Abraão e sua descendência.

Relatos bíblicos, no livro de Êxodos, contam com riqueza de detalhes toda a trajetória, sinais e maravilhas realizadas por Deus através de Moisés para cumprir o Seu propósito.

Mas aquele povo tão amado pelo Senhor logo esqueceu os benefícios e livramentos. Murmurou, protestou, duvidou e adorou a outros deuses.

Não confiou nas promessas do Senhor, sendo por isso sentenciado a peregrinar pelo deserto por 40 anos.

A oração de Moisés reflete quão dependente o ser humano é de Deus, quão pequeno é diante Dele, como a providência divina é presente em sua vida e quanto é carente de Sua misericórdia e de Sua graça, pois o Senhor é o nosso abrigo seguro.

E Moisés intercede em favor daquele povo e clama ao Senhor pela restauração da comunhão rompida em consequência da rebeldia dos israelitas.

Oração completa em Salmos 90.

2. ANA, mãe de Samuel

"Da mesma maneira, também o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza. Porque não sabemos orar como convém, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis." (Romanos 8.26 NAA)

Ana era uma mulher simples, casada com Alcana, que a amava muito. Mas ela vivia triste porque não conseguia ter filhos.

Certo dia, na ocasião em que tinham ido adorar ao Senhor em Siló, ela fez uma oração no templo de Deus onde o sacerdote Eli exercia o seu ministério. E, na sua silenciosa oração, derramou as angústias que afligiam a sua alma.

"E Ana, com amargura de alma, orou ao Senhor e chorou muito. Ela fez um voto, dizendo: — Senhor dos Exércitos, se de fato olhares para a aflição da tua serva, e te lembrares de mim, e não te esqueceres da tua serva, e lhe deres um filho homem, eu o dedicarei ao Senhor por todos os dias da sua vida, e sobre a cabeça dele não passará navalha.

Ana ficou grávida e, passado o devido tempo, teve um filho, a quem deu o nome de Samuel, pois dizia: — Do Senhor o pedi." (1Samuel 1.10, 11 e 20 NAA)

Leia texto completo.

3. Davi, rei de Israel

"Depois de rejeitar Saul, levantou-lhes Davi como rei, sobre quem testemunhou: ‘Encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração; ele fará tudo o que for da minha vontade’ ." (Atos 13.22 NVI)

Davi tinha algo especial que agradava a Deus. Apesar de cometer pecados, tinha humildade para reconhecer seus erros. E, ainda que doesse, aceitava a correção do Senhor.

Havia no seu coração sinceridade, quebrantamento, arrependimento, e, acima de tudo, amor, respeito, confiança e reverência ao Deus Altíssimo.

Mas o ‘homem segundo o coração de Deus’ desagradou muito ao Criador com uma conduta reprovável ao armar uma cilada para que Urias, marido de Bate-Seba fosse morto na guerra e assim a viúva ficasse como sua esposa.

O Senhor encarregou o Seu profeta Natã de levar ao rei Davi a repreensão merecida e também o castigo.

"Então Davi disse a Natã: 'Pequei contra o Senhor !' E Natã respondeu: 'O Senhor perdoou o seu pecado. Você não morrerá. Entretanto, uma vez que você insultou o Senhor, o menino morrerá.' " (2 Samuel 12.13, 14 NVI)

E o primeiro filho de Davi com Bate-Seba adoeceu e morreu conforme Deus o dissera através do profeta. O jejum e as orações do rei Davi não alcançaram a misericórdia do Senhor, a sentença foi cumprida. E Davi reage com submissão e reconhecimento de sua culpa, consciente de que serve a um Deus de amor e de justiça.

Leia a oração de Davi após a visita do profeta Natã.

4. Jonas, profeta de Deus

"Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês! Pecadores, limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o coração." (Tiago 4.8 NVI)

O Senhor Deus passou uma ordem a Jonas com respeito à cidade de Nínive. O profeta deveria avisar aos seus habitantes que seriam castigados por conta de suas maldades. "Vá depressa à grande cidade de Nínive e pregue contra ela, porque a sua maldade subiu até a minha presença". (Jonas 1.2 NVI)

Jonas, no entanto, desobedeceu e tomou outro destino – Társis e não Nínive. O que motivou a sua decisão está no último capítulo de seu livro.

Ele conhecia a Deus e previa que o Senhor iria perdoar os ninivitas caso eles se arrependessem de seus pecados e abandonassem os maus caminhos. Realmente isso aconteceu!

Assim diz na Palavra: "Mas Jonas ficou muito aborrecido e com raiva. Ele orou ao Senhor e disse: — Ah! Senhor ! Não foi isso que eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me adiantei, fugindo para Társis, pois sabia que tu és Deus bondoso e compassivo, tardio em irar-se e grande em misericórdia, e que mudas de ideia quanto ao mal que anunciaste." (Jonas 4.1-2 NAA)

Com a sua tentativa de fugir da missão ele colocou em risco toda a tripulação do navio, pois Deus mandou uma tempestade ao mar para impedi-lo de seguir para Társis.

Quando o desespero tomou conta de todos no navio, o profeta foi descoberto como culpado por não obedecer a ordem do Senhor, então se ofereceu como sacrifício.

Só após os marinheiros o lançarem nas grandes ondas, com sua própria autorização, as águas se aquietaram.

Mas não foi o fim da história de Jonas, Deus providenciou um grande peixe para tragá-lo e transportá-lo até Nínive. E foi na barriga do peixe que o profeta se arrependeu de sua rebeldia e orou a Deus. E o Senhor ouviu o seu clamor.

Leia a oração de Jonas.

5. Neemias, copeiro do rei persa

"E o rei me deu o que eu pedi, porque a mão bondosa do meu Deus estava sobre mim." (Neemias 2.8b NAA)

Neemias era descendente dos judeus que foram exilados para a Babilônia na época do rei Nabucodonosor.

Ele exercia um cargo de copeiro pessoal do rei Artaxerxes e desfrutava de certo prestígio e confiança.

Ainda assim, não se esquecia de suas origens nem do destino penoso que afetou o seu povo.

Um dia Neemias teve notícias do estado de miséria em que se encontrava o povo israelita e também a querida cidade de Jerusalém – terra onde estavam enterrados os seus pais – e ficou muito abatido.

Chorou, jejuou e orou a Deus confessando os seus pecados e os pecados de seu povo. Implorou a misericórdia do Senhor em favor do povo de Israel. E encerrou a sua oração pedindo que o rei fosse bondoso para com ele.

"Ah! Senhor, estejam atentos os teus ouvidos à oração do teu servo e à oração dos teus servos que se agradam de temer o teu nome. Faze com que o teu servo seja bem-sucedido hoje e encontre misericórdia diante desse homem. Nesse tempo eu era copeiro do rei." (Neemias 1.11 NAA)

Passados alguns meses, ao executar suas tarefas na corte, o rei percebe a sua tristeza e demonstra interesse em ajudá-lo. Apesar de temeroso, Neemias não deixa escapar aquela oportunidade e conta o motivo de seu desalento ao rei.

"O rei me disse: 'O que você gostaria de pedir?' Então orei ao Deus dos céus e respondi ao rei: Se for do agrado do rei e se o seu servo puder contar com a sua benevolência, que ele me deixe ir à cidade onde meus pais estão enterrados, em Judá, para que eu possa reconstruí-la." (Neemias 2.4, 5 NVI)

E o rei Artaxerxes não só o liberou pelo tempo solicitado como atendeu todos os outros pedidos de Neemias para a realização do ousado projeto.

Leia texto completo.

1. Zacarias, pai de João Batista

"E você, menino, será chamado de profeta do Deus Altíssimo e irá adiante do Senhor a fim de preparar o caminho para ele." (Lucas 1.76 NTLH)

Zacarias era um sacerdote de Deus, casado com Isabel – mulher temente ao Senhor. Eles já estavam com idade bem avançada e não tinham filhos, pois Isabel era estéril.

Certa vez, estando a serviço no templo, um anjo do Senhor lhe apareceu e anunciou que ele seria pai. De início, o sacerdote se assustou com a visão do anjo, mas este o tranquilizou. “O anjo, porém, lhe disse: — Não tenha medo, Zacarias, porque a sua oração foi ouvida. Isabel, sua esposa, dará à luz um filho, a quem você dará o nome de João.” (Lucas 1:13 NAA)

Apesar de sua comunhão com Deus, Zacarias duvidou e por isso foi punido com a mudez até que a promessa se cumprisse. “Agora você ficará mudo. Não poderá falar até o dia em que isso acontecer, porque não acreditou em minhas palavras, que se cumprirão no tempo oportuno". (Lucas 1.20 NVI)

E assim aconteceu. Para surpresa de todos, quando o menino nasceu e algumas pessoas sugeriram colocar o nome do pai, como era costume na época, Zacarias escreveu qual deveria ser o seu nome e voltou a falar logo em seguida.

“Ele pediu uma tabuinha e, para admiração de todos, escreveu: ‘O nome dele é João’. Imediatamente sua boca se abriu, sua língua se soltou e ele começou a falar, louvando a Deus.” (Lucas 1.63, 64 NVI)

Leia a oração de Zacarias em forma de cântico.

2. Maria, mãe de Jesus

"[...] 'A minha alma engrandece ao Senhor, porque ele atentou para a humildade da sua serva. Pois, desde agora, todas as gerações me considerarão bem-aventurada' " (Lucas 1. 46-48 NAA)

Maria era uma jovem da cidade de Nazaré da Galileia e estava prometida em casamento a José, um descendente do rei Davi.

Mas antes de ser concretizado o compromisso ela recebeu a visita do anjo Gabriel com uma mensagem de Deus.

"O anjo, aproximando-se dela, disse: 'Alegre-se, agraciada! O Senhor está com você!'

Você ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo. O Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi" (Lucas 1.28, 31-33 NVI)

Apesar de surpresa diante da notícia, Maria agiu como uma verdadeira serva do Senhor. "Respondeu Maria: 'Sou serva do Senhor; que aconteça comigo conforme a tua palavra'. Então o anjo a deixou." (Lucas 1.38 NVI)

Meses depois, em visita à sua prima Isabel, mulher de Zacarias, Maria ouviu dela a confirmação do propósito de Deus quando Isabel falou cheia do Espírito Santo:

“[...]— Bendita é você entre as mulheres, e bendito o fruto do seu ventre! Bem-aventurada a que creu, porque serão cumpridas as palavras que lhe foram ditas da parte do Senhor.” (Lucas 1:42, 45 NAA)

E, diante da exclamação de Isabel, Maria responde com uma oração em forma de cântico.

Leia o Cântico de Maria.

3. Pedro e João, apóstolos de Jesus

"Então Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: 'Autoridades e líderes do povo! saibam os senhores e todo o povo de Israel que por meio do nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem os senhores crucificaram, mas a quem Deus ressuscitou dos mortos, este homem está aí curado diante dos senhores.' " (Atos 4. 8, 10 NVI)

Pedro e João tinham passado uma noite na prisão, punidos pelos sacerdotes por terem curado um aleijado de nascença no templo.

O homem lhes pediu uma esmola, e os apóstolos o premiaram com aquilo que receberam de Jesus – o poder para curar a sua enfermidade .

"Disse Pedro: 'Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isto lhe dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, ande'. E de um salto pôs-se em pé e começou a andar. Depois entrou com eles no pátio do templo, andando, saltando e louvando a Deus." (Atos 3.6, 8 NVI)

Naquele dia, muitos creram no Senhor – quase cinco mil pessoas, contando apenas os homens – pelo milagre notório ali realizado e pela pregação de Pedro.

As autoridades religiosas, sentindo-se ameaçadas com a repercussão do fato e com os ensinamentos dos apóstolos, buscavam uma forma de puni-los severamente, mas receavam a reação da população que estava maravilhada. Assim, decidiram proibir que eles falassem ou ensinassem a respeito de Jesus. “Mas Pedro e João responderam: ‘Julguem os senhores mesmos se é justo aos olhos de Deus obedecer aos senhores e não a Deus. Pois não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos’ ” (Atos 4.19, 20 NVI).

Pedro, cheio do Espírito Santo, discursou com sabedoria e conhecimento espantosos, deixando perplexos os seus acusadores.

A contragosto, liberaram os apóstolos mas mantiveram as ameaças. "Depois de mais ameaças, eles os deixaram ir. Não tinham como castigá-los, porque todo o povo estava louvando a Deus pelo que acontecera" (Atos 4:21 NVI)

Quando os apóstolos foram colocados em liberdade se reuniram aos companheiros cristãos e lhes participaram o que havia ocorrido. Então, todos juntos, oraram ao Senhor.

Leia a oração dos primeiros cristãos.

4. Paulo, também chamado Saulo, apóstolo de Cristo Jesus

"Embora eu seja o menor dos menores dentre todos os santos, foi-me concedida esta graça de anunciar aos gentios as insondáveis riquezas de Cristo". (Efésios 3.8 NVI)

A conversão de Paulo foi depois da ressurreição de Jesus. De forma sobrenatural o Senhor o convocou. E a partir daquele momento Paulo deixou de perseguir os cristãos.

"Em sua viagem, quando se aproximava de Damasco, de repente brilhou ao seu redor uma luz vinda do céu. Ele caiu por terra e ouviu uma voz que lhe dizia: 'Saulo, Saulo, por que você me persegue?' Saulo perguntou: 'Quem és tu, Senhor?' Ele respondeu: 'Eu sou Jesus, a quem você persegue.' " (Atos 9.3-5 NVI)

O livro de Atos, capítulo 9, nos versículos 1 a 30, faz um relato em detalhes sobre a conversão de Paulo; a desconfiança dos discípulos e do povo judeu com relação às suas intenções; as perseguições sofridas e os livramentos; o testemunho e a solidariedade de Barnabé; e a maravilhosa transformação que Deus operou na vida dele – de perseguidor de cristãos para um destemido propagador do nome de Jesus.

O conhecimento das Escrituras que o faziam agir pela lei, mas sem discernimento, agora se torna para ele um diferencial favorável para cumprir o seu chamado em Cristo Jesus. Todo o aprendizado como judeu, romano de origem, na escola de Gamaliel – um renomado doutor da lei – é utilizado com outra visão, em benefício da formação das primeiras igrejas.

Não mais a justiça dos homens dirigia as suas decisões, mas a justiça de Deus; não mais o zelo pelas tradições inflamava a sua alma, mas a sede e fome pela Palavra revelada no seu espírito; não mais vivia pelas obras da lei, mas pela fé no Filho de Deus. E, como está escrito, quando agradou a Deus “revelar o seu Filho em mim para que eu o anunciasse entre os gentios, não consultei pessoa alguma.” (Gálatas 1.14 NVI)

Nas muitas cartas de Paulo está nítida a sua vida de oração, a dedicação ao Evangelho de Cristo, o amor pelos irmãos cristãos e o empenho para ganhar novos convertidos para o Senhor. Na carta aos Efésios temos uma amostra de sua preocupação em encorajá-los a se manterem firmes na fé salvadora.

Leia a oração de Paulo pelos santos e fiéis em Cristo.

5. Igreja primitiva, reunião de pessoas simples

"Pedro estava na prisão; mas a igreja orava a Deus com insistência em seu favor." (Atos 12:5 A21)

Divulgar o Evangelho de Jesus pelos primeiros cristãos acontecia sob grande perseguição.

Ameaças, prisões, espancamentos e até mortes eram motivos para aplausos por vários segmentos contrários – doutores das leis, fariseus, detentores do poder político e a maioria do povo judeu.

Muitas foram as vítimas de mentes insanas que viviam a maquinar o mal.

Entre os executores de tais planos estava o rei Herodes.

Por ordem dele, Tiago¹ – irmão de João – tinha sido morto. Isso foi do agrado dos judeus e o estimulou a prosseguir com as atrocidades.

Sem nenhuma razão mandou prender a Pedro durante a Páscoa – Festa dos Pães sem Fermento – com a intenção de entregá-lo aos judeus após o evento. Certamente o destino não seria diferente do que teve o companheiro.

Diz a Palavra que o apóstolo dormia acorrentado entre soldados e a prisão era guarnecida por sentinelas. Aos olhos humanos, sem nenhuma chance de escapar.

Mas enquanto Herodes aguardava o momento para executar a sua crueldade a igreja primitiva orava em favor do apóstolo.

E o clamor daquela gente simples e cheia de fé chegou ao trono de Deus, que enviou um anjo para fazer cumprir a Sua vontade.

Leia o texto completo sobre a libertação milagrosa do apóstolo Pedro.

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