MUSEU VIRTUAL DA EVOLUÇÃO

Bem vindo ao Museu da Evolução!

Este museu virtual partiu de uma ideia antiga quando, na qualidade de docente da disciplina de Psicologia, senti necessidade de explorar um assunto que, devido à minha formação de base em Filosofia, me era praticamente estranho. Depois, devido às comemorações do bicentenário do nascimento de Darwin e dos 150 anos da publicação da obra "Origem das Espécies", tive de preparar - por minha conta e risco - uma visita guiada à Exposição patente na Fundação Calouste Gulbenkian em 2009 (pois as visitas proporcionadas pelo museu estavam esgotadas). A partir de então, não mais deixei de aprofundar este interessante domínio científico, estendendo a minha curiosidade à querela entre o Criacionismo e o Evolucionismo. Actualmente (em 2010), encontro-me a dar formação em "Cultura, Língua e Comunicação" nos cursos de Educação e Formação de Adultos na Escola Secundária Leal da Câmara e, no âmbito da unidade de competência "Saberes Fundamentais", optei por explorar diversas vertentes da teoria da Evolução nas sessões de formação.

A concretização do projecto actual integra-se num trabalho para a disciplina "Museus, Colecções e História das Ciências" sob a coordenação da Professora Doutora Ana Luísa Janeira, no âmbito de uma acção de formação em que achei por bem inscrever-me na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (disciplina de mestrado do segundo semestre de 2010).

Com este projecto, julgo ter dado o meu modesto contributo para uma melhor compreensão dos aspectos que, enquanto autora não especializada, considero essenciais para uma abordagem introdutória à problemática. Procurei definir os conceitos fundamentais, delimitar os temas e evidenciar alguns problemas inerentes às diferentes temáticas, de um modo simplificado - sem ser simplista - e didáctico, acessível ao público em geral. Estou ciente de que as teorias científicas são, derivado do seu estatuto epistemológico, difíceis: por um lado, devido ao rigor, à objectividade e à terminologia específica utilizada; por outro, pelas características intrínsecas de falsificabilidade, revisibilidade e testabilidade.

Mas, como diria Platão, «as coisas belas são difíceis» e o filósofo é, por natureza, um pedagogo.

Quanto ao fio condutor das diversas salas, comecei - à laia de introdução - por abordar a ideia e o mecanismo(s) da evolução; depois, a antiguidade do planeta Terra é o pano de fundo para se compreender a questão dos fósseis e da sua antiguidade; seguidamente, introduzo o fenómeno do aparecimento de novas espécies e só então o parentesco das diferentes espécies na árvore da vida (filogenética). Pela sua importância, optei por tratar à parte a evolução humana (ponto central da discórdia e dos ataques contra a teoria da evolução). Finalmente, introduzi uma questão no âmbito da história das ciências: a evolução desta teoria científica, procurando encerrar o círculo iniciado na sala número um. Note-se ainda que introduzi um outro fio condutor nas salas através de uma pequena referência, no início, ao pensamento de Darwin.

Assim, neste museu virtual, poderá encontrar-se diversos aspectos que suportam a evolução como um facto, incluindo ilustrações, explicações das mesmas e um enquadramento histórico sobre os objectos expostos e a sua recepção. Poderão ainda ser exploradas ideias fundamentais como a "árvore da vida", convidando-se cada indivíduo a repensar o lugar ocupado pelo Homo Sapiens no mundo e na vida.

Gata "Mini" (1996-2009)

Desde muito cedo que o Homem se terá dedicado à domesticação de animais, uma prática que alterou a nossa percepção do mundo e da vida.

Se, primeiramente, os animais foram mantidos pelo Homem pela sua utilidade (por ex., o gato é um exímio caçador de ratos), a relação de interdependência mútua deverá ter permanecido como a base dessa aliança (alimento e abrigo são trocados pelo controlo de pragas). A ideia de possuir um animal de estimação deverá ser mais recente, construída a partir da descoberta de que os animais poderão ser uma fonte de calor, uma companhia contra a solidão e um companheiro de brincadeira para as crianças. Actualmente, sobretudo para os citadinos, um animal de estimação é geralmente um membro da "família" e um "animal como nós".

Apesar disso, um animal domesticado é, na verdade, um símbolo do poder do Homem sobre a natureza. É igualmente uma prova de que o homem consegue criar artificialmente novas espécies e que, portanto, estas não são imutáveis.