De acordo com a Resolução CNE/CP2 de 19/02/2002, Art. 1º, inciso I, os cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior devem ter no mínimo 400 horas de Prática como componente Curricular a partir da segunda metade do Curso.
Segundo Souza (s/d) o PCC, em cada uma das disciplinas que abrigará, deverá permitir uma reflexão do conteúdo biológico aprendido durante a formação do graduando e posterior transposição didática na sua atuação profissional como professor. A PCC deve, pois, articular o conhecimento biológico ensinado na universidade com condicionantes, particularidades e objetivos deste conhecimento na educação básica formal e em outros espaços não escolar de educação.
Faz-se necessário, entender que a Prática Como Componente Curricular visando a formação do professor não se restringe apenas na discussão entre a teoria e a pratica, mas em um processo mais amplo onde o professor além de saber e de saber fazer deve compreender o que faz, como institui o CNE/CP 9/2001:
Art. 12. Os cursos de formação de professores em nível superior terão a sua duração definida pelo Conselho Pleno, em parecer e resolução específica sobre sua carga horária.
§ 1º A prática, na matriz curricular, não poderá ficar reduzida a um espaço isolado, que a restrinja ao estágio, desarticulado do restante do curso.
§ 2º A prática deverá estar presente desde o início do curso e permear toda a formação do professor.
§ 3º No interior das áreas ou das disciplinas que constituírem os componentes curriculares de formação, e não apenas nas disciplinas pedagógicas, todas terão a sua dimensão prática.
E, ainda o Parecer reforça a idéia de prática como componente curricular e define como:
Uma concepção de prática mais como componente curricular implica vê-la como uma dimensão do conhecimento que tanto está presente nos cursos de formação, nos momentos em que se trabalha na reflexão sobre a atividade profissional, como durante o estágio, nos momentos em que se exercita a atividade profissional.
Dessa forma no novo currículo de Ciências Biológicas foram incluídas a partir do primeiro período Práticas Curriculares em diversas áreas convencionais da biologia. Tais práticas, ao mesmo tempo em que contribuirão para formação relativa ao conhecimento das diferentes áreas que contemplam o Ensino de Biologia, terão como foco os temas estruturadores sugeridos pelos Parâmetros curriculares Nacionais, entre eles: interação entre os seres vivos, qualidade de vida das populações humanas, identidades dos seres vivos, diversidade da vida, transmissão da vida, ética e manipulação gênica e origens e evolução. Tais temas serão norteadores para a proposição de métodos, técnicas r recursos didáticos que permitirão a viabilização em sala de aula no ensino de biologia.
Dessa maneira, as Práticas Como Componente Curriculares no Curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Amazonas, estão distribuídas em diferentes disciplinas ao longo dos períodos em que são oferecida e coordenada juntamente com um professor da área de ensino.