CA RETO MÉDIO
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DE ABDÔMEN TOTAL
Técnica:
Exame realizado em equipamento de ressonância magnética de ultra-alto campo (3.0 Tesla), com cortes multiplanares obtidos nas sequências T2 TSE, T2 TSE FS, T2 HASTE, Difusão, T1 GRE "em fase" e "fora de fase" e T1 VIBE antes e após a infusão do meio de contraste endovenoso (gadolínio), incluindo estudo dinâmico e utilização de bomba injetora.
Informações clínicas:
Lesão estenosante no reto relacionado a adenocarcinoma bem diferenciado.
Estadiamento.
Interpretação:
Fígado de volume usual e contornos regulares, observando-se queda de intensidade de sinal hepático na sequência T1 GRE "fora de fase", com fração estimada de até 11 %.
Identifica-se imagem nodular apresentando hipersinal em T2 e hipossinal em T1, com restrição a difusão, com realce periférico e precoce pelo meio de contraste, localizada no segmento VII, medindo 2,6 cm x 2,5 cm, sugerindo implante secundário.
Na periferia do segmento VIII, identifica-se nódulo com mesmas características, medindo 0,8 cm.
Adicionalmente identifica-se imagem nodular homogênea apresentando hipersinal em T2 e hipossinal em T1, com realce pelo meio de contraste endovenoso (gadolínio) em todas as fases, localizada no segmento IVA, medindo 1,8 cm x 1,5 cm, com características sugestivas de hemangioma.
Baço de configuração anatômica, com diminuto cisto no polo superior com 0,9 cm, sem realce.
Colecistectomia.
Não há dilatação da via biliar intra ou extra-hepática.
Pâncreas de dimensões e intensidade de sinal habituais.
Glândulas adrenais preservadas.
Rins de dimensões normais, parênquimas preservados e ausência de pieloectasia.
Presença de cistos corticais renais simples, medindo o maior 4,7 cm, localizado no polo inferior do rim esquerdo, sem realce (Bosniak I).
Cisto cortical no terço superior do rim esquerdo, medindo 1,4 cm, apresentando hipossinal em T2, sem realce, sugerindo cisto de conteúdo denso (Bosniak II).
Aorta abdominal de calibre normal e pérvia.
Ausência de linfonodomegalias retroperitoneais ou ascite.
Bexiga urinária normalmente distendida, com paredes espessadas e trabeculadas.
Próstata apresentando-se heterogênea, medindo 5,4 cm x 4,8 cm x 4,0 cm, com cerca de 53 gramas, com zona periférica heterogênea, apresentando realce pelo meio de contraste.
Vesículas seminais simétricas e anatômicas.
Ausência de líquido livre.
Estrutura óssea com intensidade de sinal dentro da normalidade.
Os diversos grupos musculares apresentam morfologia e intensidade de sinal habituais.
Parede abdominal preservada.
Lesão expansiva ocasionando espessamento parietal circunferencial do reto médio, estendendo-se cerca de 5,7 cm, distando 6,0 cm da borda anal, determinando estreitamento luminal, apresentando hipossinal em T1, sinal heterogêneo em T2, com restrição a difusão e realçando pelo meio de contraste endovenoso (neoplasia).
Em seu segmento médio, na parede lateral esquerda, observa-se transposição da muscular própria com extensão à gordura mesorretal, numa extensão por 2,7 cm no eixo longitudinal. A fáscia mesorretal apresentava-se livre. Observam-se também vasos proeminentes adjacentes, sugerindo invasão venosa extramural. O exame também evidenciou linfonodos mesorretais, o maior com 0,7 cm x 0,6 cm, à esquerda, distando 0,6 cm da fáscia mesorretal.
Canal anal, esfíncteres e músculo elevador do ânus íntegros.
Impressão diagnóstica:
Lesão expansiva ocasionando espessamento parietal circunferencial do reto médio, apresentando extensão à gordura mesorretal, relacionável a neoplasia.
Presença de linfonodos mesorretais aumentados.
Esteatose hepática leve.
Nódulos hepáticos nos segmentos VII e VIII, sugestivos de implantes secundários.
Nódulo hepático no segmento IVA, sugestivo de hemangioma.
Colecistectomia.
Cistos corticais renais simples (Bosniak I).
Cisto cortical renal com conteúdo denso, no rim esquerdo (Bosniak II).
Hiperplasia prostática.
Bexiga com paredes espessadas e trabeculadas.
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CA RETO SUPERIOR
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DA PELVE
Informação clínica:
Segmento de adenocarcinoma de reto.
Técnica:
RM da pelve efetuada em equipamento de alto campo (1.5 Tesla), nas sequências T2, sem e com supressão de gordura e T1 sem e com uso de gadolínio endovenoso, nos planos axial, sagital e coronal.
Interpretação:
Identifica-se lesão expansiva com isointensidade de sinal nas sequências ponderadas em T2 e T1, que compromete de forma circunferencial as paredes do reto médio e superior, medindo cerca de 8,0 cm x 5,4 cm x 4,6 cm de diâmetro, distando aproximadamente 7,8 cm da borda anal e com realce heterogêneo pelo meio de contraste, apresentando algumas áreas de restrição na sequência em difusão, relacionada a neoplasia.
A lesão determina estreitamento luminal do reto e ultrapassa a muscular própria, e invade o espaço retrorretal em cerca de 1,0 cm.
À esquerda das paredes do reto, há uma invasão da gordura mesorretal em cerca de 2,4 cm.
Na região posterior, à direita da gordura mesorretal, também identifica-se lesão com 2,1 cm no maior eixo.
Identificam-se linfonodomegalias heterogêneas, na gordura mesorretal, à direita, que transpõe a fáscia mesorretal e está em íntimo contato com os vasos ilíacos e adjacente ao músculo piriforme medindo 1,9 cm x 1,4 cm.
Anterior e à direita, a maior linfonodomegalia mede 1,8 cm x 1,4 cm e à esquerda, tocando a fáscia mesorretal, medindo 1,3 cm x 1,0 cm.
Há lesão estendendo-se para o espaço vesicorretal, ocasionando impressão sobre a parede posterior da bexiga urinária, porém observa-se um plano de clivagem, sem sinais indicativos de invasão, medindo cerca de 1,8 cm, no maior eixo.
Linfonodomegalia junto a bifurcação dos vasos ilíacos à direita, medindo 2,0 cm x 2,0 cm.
Observa-se também, sinais indicativos de invasão venosa extramural.
Próstata e vesículas seminais com intensidade de sinal habitual.
Ureteres terminais de calibres normais, sem evidência de estenose ou dilatação.
Bexiga urinária normalmente distendida, não se identificando lesão parietal.
Ausência de líquido livre.
Não se observa espessamento peritoneal evidente.
Observa-se uma hérnia inguinal à esquerda, com conteúdo adiposo.
Grupos musculares com intensidade de sinal preservado.
Conclusão:
Grande lesão expansiva neoplásica, comprometendo o reto médio e superior, com estreitamento luminal, com transposição da muscular própria, invasão da gordura e fáscia mesorretais, com múltiplas linfonodomegalias associadas.
Sinais de invasão venosa extramural.
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CA RETO SUPERIOR COM ENVOLVIMENTO DOS URETERES
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DE ABDÔMEN TOTAL
Técnica: Exame realizado em equipamento de ressonância magnética de ultra-alto campo (3.0 Tesla), com cortes multiplanares obtidos nas sequências T2 TSE, T2 TSE FS, T2 HASTE, Difusão, T1 GRE "em fase" e "fora de fase" e T1 VIBE antes e após a infusão do meio de contraste endovenoso (gadolínio), incluindo estudo dinâmico e utilização de bomba injetora.
Informação clínica:
Sigmoidectomia em 2014.
Interpretação:
Exame correlacionado com estudos anteriores, especialmente tomografia prévia datada de 29/12/2016.
Observa-se espessamento parietal circunferencial, que se estende por 4,3cm, na transição do reto superior com o segmento intestinal adjacente, com transposição da muscular própria, obliterando a gordura pericólica e em íntimo contato com a fáscia retroperitoneal, numa extensão aproximada de 2,5cm, possivelmente na região da anastomose, determinando estreitamento luminal, apresentando realce heterogêneo pelo meio de contraste endovenoso e com restrição na sequência em difusão (recidiva neoplásica?).
A lesão envolve o ureter pélvico esquerdo, determinando moderada dilatação do sistema coletor à montante.
Histerectomia.
Divertículos colônicos, sem sinais inflamatórios.
Bexiga urinária normalmente distendida, com paredes preservadas.
Ausência de líquido livre em fundo de saco posterior.
Não foram identificadas linfonodomegalias pélvicas.
Fígado de dimensões e intensidade de sinal normais.
Baço de configuração anatômica.
Vesícula biliar sem alterações significativas pelo método.
Não há dilatação da via biliar intra ou extra-hepática.
Pâncreas de dimensões e intensidade de sinal habituais.
Espessamento da glândula adrenal esquerda, medindo 1,6cm.
Glândula adrenal direita preservada.
Rins de dimensões normais com espessura parenquimatosa preservada, concentrando o meio de contraste sob boa densidade, à direita com excreção normal e à esquerda não se identifica excreção do meio de contraste, durante a realização do exame.
Aorta abdominal de calibre normal e pérvia.
Ausência de linfonodomegalias retroperitoneais ou ascite.
Ausência de ascite.
Impressão diagnóstica:
Espessamento parietal circunferencial, na transição do reto superior com o segmento intestinal adjacente, com transposição da muscular própria, obliterando a gordura pericólica e em íntimo contato com a fáscia retroperitoneal, possivelmente na região da anastomose, determinando estreitamento luminal e apresentando realce heterogêneo pelo meio de contraste endovenoso, sugestivo de lesão neoplásica, com envolvimento do ureter pélvico à esquerda, determinando moderada hidronefrose, não se observando excreção do meio de contraste neste rim, durante a realização do exame.
Histerectomia.
Divertículos colônicos, sem sinais inflamatórios.
Espessamento da glândula adrenal esquerda, inespecífico.
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RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DA PELVE
Informação clínica:
Estadiamento de lesão neoplásica ulcerada no reto.
Técnica:
RM da pelve efetuada em equipamento de ultra-alto campo (3.0 Tesla), nas sequências T2, sem e com supressão de gordura e T1 sem e com uso de gadolínio endovenoso, nos planos axial, sagital e coronal.
Interpretação:
Identifica-se lesão expansiva neoplásica, isointensa nas sequências ponderadas em T1 e iso a hiperintensa nas sequências ponderadas em T2, que compromete de forma circunferencial as paredes do reto médio e superior, distando cerca de 8,0 cm da sua margem inferior à borda externa anal, determinando estenose luminal, medindo aproximadamente 6,5 cm x 4,6 cm x 3,9 cm com realce pelo meio de contraste e com restrição na sequência em Difusão.
A lesão apresenta transposição da muscular própria na parede lateral esquerda com cerca de 2,3 cm x 1,6 cm com infiltração da gordura mesorretal, estendendo-se a fáscia mesorretal neste nível determinando espessamento da mesma.
Na parede lateral direita, também há transposição da muscular própria numa extensão aproximada de 1,1 cm x 0,8 cm, com infiltração e espessamento da gordura mesorretal, distando 0,8 cm da fáscia mesorretal.
Observam-se linfonodos arredondados (suspeitos), os maiores na região lateral esquerda do reto (5 horas) com 0,7 cm e 0,5 cm distando cerca de 0,5 cm da fáscia mesorretal.
Às 15 horas observa-se linfonodo com 0,7 cm distando 0,9 cm da fáscia mesorretal.
Na gordura mesorretal à direita, o maior linfonodo mede 0,5 cm (9 horas), distando 0,2 cm da fáscia mesorretal.
Observam-se linfonodos nas cadeias ilíacas internas, o maior à direita com 1,0 cm x 0,6 cm e à esquerda com 1,0 cm x 0,9 cm.
Também são observados sinais relacionados a invasão venosa extramural e estrias lineares na gordura mesorretal.
Infiltração dos planos adiposos a nível do espaço retouterino sem plano de clivagem, observando-se um espessamento tecidual hipointenso que se dirige a serosa uterina posterior na região ístmica, sem sinais aparentes de invasão das paredes uterinas.
Leve espessamento da reflexão retroperitoneal e fáscia retorretal.
Bexiga urinária normalmente distendida, com paredes preservadas.
Útero em AVF, medindo 8,1 cm x 5,3 cm x 4,6 cm de diâmetros (volume = 102,6 cm³), com intensidade de sinal heterogênea, importante espessamento do miométrio e da zona juncional na parede anterior com 2,5 cm, associadas a glândulas endometriais ectópicas, relacionados com adenomiose.
Linha endometrial com 0,1 cm de espessura.
Ovário direito mede 3,0 cm x 2,5 cm x 2,1 cm (volume = 8,1 cm³) e apresenta cisto no seu interior com 2,2 cm, sem realce pelo meio de contraste.
Ovário esquerdo mede 2,5 cm x 1,8 cm x 1,1 cm de diâmetros (volume = 2,5 cm³) e apresenta intensidade de sinal habitual.
Ausência de líquido livre na pelve.
Estrutura óssea com intensidade de sinal preservada.
Impressão diagnóstica:
Extensa lesão expansiva neoplásica que compromete de forma circunferencial as paredes do reto médio e superior determinando estenose luminal.
Observa-se transposição da muscular própria nas paredes laterais à direita e à esquerda, com infiltração da gordura mesorretal, espessamento da fáscia mesorretal à esquerda e vários linfonodos suspeitos na gordura mesorretal, acima descritos.
Linfonodos nas cadeias ilíacas internas.
Adenomiose uterina.
Cisto funcional no ovário direito.
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