NEOPLASIA COLO UTERINO
Observa-se lesão expansiva, sólida, no colo e região istmo cervical uterinas, heterogênea que apresenta realce pelo meio de contraste endovenoso (gadolínio), medindo 4,8 cm (anteroposterior) x 4,2 cm (craniocaudal) x 3,7 cm (laterolateral), que se estende para o terço proximal da vagina e oblitera parcialmente o paramétrio e gordura adjacente, bilateralmente.
Linfonodo aumentado de tamanho e com alto sinal na sequência de difusão, localizado adjacente a veia ilíaca externa, medindo 1,2 cm x 1,0 cm.
Paredes da bexiga e reto apresenta, intensidade de sinal habitual.
Útero mede 9,9 cm x 5,9 cm x4,4 cm (volume = 133,0 cm³)
Linha endometrial com 0,7 cm de espessura.
Ovários de configuração anatômica, medindo o direito 4,0 cm x 2,7 cm x 2,1 cm (volume = 11,7 cm³) e o esquerdo 2,6 cm x 2,2 cm x 2,2 cm (volume = 6,5 cm³). Presença de dois folículos no ovário esquerdo com 2,4 cm x 1,4 cm.
Mínima quantidade de líquido livre em fundo de saco posterior.
Septo retovaginal de aspecto normal.
Estrutura óssea com intensidade de sinal habitual.
Fígado com dimensões normais, identificando-se duas áreas hipointensas em T2 e apresentando alto sinal na difusão, ambas com foco hiperintenso em T2 em seu interior, com realce pelo meio de contraste endovenoso na fase tardia, localizadas no segmento VII, medindo 2,5 cm x 2,4 cm e no segmento VIII que mede 2,5 cm x 2,1 cm, inespecíficas, não podendo ser descartado a possibilidade de implantes secundários.
Baço de configuração anatômica.
Vesícula biliar sem alterações significativas pelo método.
Não há dilatação da via biliar intra ou extra-hepática.
Pâncreas de dimensões e intensidade de sinal habituais.
Glândulas adrenais preservadas.
Rins de dimensões normais, parênquimas preservados e ausência de pieloectasia.
Observa-se duplicação ureteral à direita, com leve ectasia dos ureteres duplicados, sem hidronefrose.
Aorta abdominal de calibre normal e pérvia.
Ausência de linfonodomegalias retroperitoneais ou ascite.
Bexiga urinária normalmente distendida, com paredes preservadas.
Impressão diagnóstica:
Neoplasia do colo uterino com extensão para região istmocervical e com acometimento do terço proximal da vagina, paramétrio e gordura adjacentes.
Nódulos hepáticos inespecíficos (implantes secundários?).
Duplicação ureteral à direita.
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NEOPLASIA COLO UTERINO PÓS RT QMT BRAQUIO
Informações clínicas:
Neoplasia de colo de útero.
Radioterapia e quimioterapia prévias.
Exame correlacionado com RM prévia datada de 24/02/2017.
Interpretação:
Fígado de dimensões e intensidade de sinal normais.
Colecistectomia prévia.
Não há dilatação da via biliar intra ou extra-hepática.
Pâncreas de dimensões e intensidade de sinal habituais.
Vesícula biliar sem alterações significativas pelo método.
Ducto coledoco medindo 0,9cm.
Glândulas adrenais preservadas.
Rins de dimensões normais, parênquimas preservados e ausência de pieloectasia.
Aorta abdominal de calibre normal e pérvia.
Ausência de linfonodomegalias retroperitoneais ou ascite.
Bexiga urinária pouco repleta, com paredes preservadas.
Útero em AVF, medindo 6,1 cm x 3,6 cm x 2,6 cm (volume = 29,6 cm³).
Observa-se importante redução volumétrica da lesão expansiva sólida no colo uterino, identificando-se pequena lesão neoplásica remanescente na parede lateral direita do colo, fórnice vaginal deste lado, de contornos irregulares com realce heterogêneo pelo meio de contraste endovenoso e restrição na sequência em difusão, medindo 1,8 x 1,2 cm e com leve infiltração dos planos adiposos adjacentes.
Houve também, redução da extensão lesional para o interior do canal vaginal, sem comprometimento de suas paredes.
Há plano de clivagem entre a lesão e a parede do reto.
Espaço vesicouterino preservado.
Linha endometrial com 0,3 cm de espessura.
Ovários atróficos, sem evidência de lesão expansiva anexial.
Não foram identificadas linfonodomegalias pélvicas ou inguinais.
Mínima quantidade de líquido livre em fundo de saco posterior.
Impressão diagnóstica:
Redução volumétrica da lesão expansiva sólida no colo uterino, identificando-se pequena lesão neoplásica remanescente na parede lateral direita do colo, fórnice vaginal deste lado, com leve infiltração dos planos adiposos adjacentes, que apresenta realce heterogêneo pelo meio de contraste endovenoso.
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RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DO ABDÔMEN TOTAL
Informações Clínicas: Paciente refere sangramento vaginal há 2 semanas.
Técnica:
Exame realizado em equipamento de ressonância magnética de alto campo (1.5 Tesla), com cortes multiplanares obtidos nas sequências T2 TSE, T2 TSE FS, T2 HASTE, Difusão, T1 GRE "em fase" e "fora de fase" e T1 VIBE antes e após a infusão do meio de contraste endovenoso (gadolínio), incluindo estudo dinâmico e utilização de bomba injetora. Foi administrado gel vaginal.
Interpretação:
Útero anteversofletido medindo 9,0 cm x 4,9 cm x 4,8 cm em seus maiores diâmetros (volume estimado de 110 cm³), apresentando intensidade de sinal miometrial heterogênea e difusamente reduzida na ponderação T2.
Presença de formação expansiva com sinal intermediário na ponderação T2 e restrição à difusão da água envolvendo toda a circunferência do colo uterino, medindo cerca de 4,5 cm x 6,8 cm x 5,3 cm (CC x LL x AP). A lesão infiltra toda a extensão do canal cervical até o nível do óstio cervical interno, determinando expansão do colo uterino e obliteração do fórnice vaginal, embora não exista sinal definido de descontinuidade do plano muscular parietal da vaginal, que apresenta-se hipointenso em T2. Nota-se ainda obliteração do espaço vesico-cervical com irregularidade da interface tumor / parede posterior da bexiga, particularmente em seu aspecto lateral direito, assim como abaulamento focal do contorno lateral direito do colo uterino resultando em irregularidade / espiculação da interface tumor - paramétrio direito, inferindo acometimento neoplásico por extensão direta.
Endométrio espessados com 1,3 cm, apresentando intensidade de sinal heterogênea.
Identifica-se formação cística complexa no compartimento lateral esquerdo da pelve, em continuidade / contiguidade com o corno uterino esquerdo, cranialmente ao ligamento largo, medindo 3,7 cm x 3,6 cm x 3,1 cm, apresentando conteúdo hiperintenso em T1 sugestivo de alto teor proteico e/ou hemático, além de componente sólido vegetante em seu aspecto inferior realçando pelo gadolínio medindo 2,3 cm x 1,9 cm x 1,8 cm.
Destaca-se espessamento tecidual irregular junto da superfície posterolateral direita do corpo uterino demonstrando intensidade de sinal intermediária na ponderação T2, realce pelo gadolínio e leve restrição à difusão da água, estendendo-se a partir do paramétrio direito em direção ao fundo uterino, cruzando a linha média e exibindo íntimo contato com alças de delgado na pequena pelve e com a lesão cística supracitada no compartimento lateral esquerdo da pelve (extensão neoplásica peritoneal?)
Região anexial direita sem particularidades.
Fígado com dimensões normais, contornos regulares e intensidade de sinal habitual.
Vesícula biliar não caracterizada.
Vias biliares sem evidência de alteração significativa.
Pâncreas com dimensões e morfologia usuais, apresentando lipossubstituição parcial difusa. Presença de raros diminutos cistos no parênquima, de forma mais evidente na cauda do órgão onde medem até 0,5cm.
Ducto pancreático principal com calibre usual.
Baço e glândulas adrenais de aspecto anatômico.
Rins com posição, dimensões e espessura parenquimatosa dentro da normalidade, com impregnação parenquimatosa homogênea e simétrica pelo gadolínio, observando-se diminutos cistos corticais bilaterais, simples e minimamente complexo, destacando-se um deles com fina septação interna sem componente sólido definido localizado no terço inferior do rim direito medindo 0,7 cm (Bosniak I e II).
Não há evidência de dilatação pielocalicinal.
Bexiga urinária vazia.
Aorta abdominal sinuosa apresentando leve espessamento e irregularidades parietais presumivelmente secundários à aterosclerose.
Imagem de adição do meio de contraste no segmento distal da artéria esplênica medindo 1,0 cm, sugestiva de aneurisma sacular.
Diverticulose colônica sem sinais de complicação aguda.
Pequena quantidade de líquido livre intraperitoneal na escavação pélvica.
Pequenos linfonodos pélvicos situados na cadeia ilíaca externa direita onde mede 0,8 cm e na bifurcação dos vasos ilíacos esquerdos com 0,6cm no menor eixo do plano axial, inespecíficos, sem critério definido para linfonodomegalia na cavidade abdominal.
Diástase dos retos abdominais associada à pequena hérnia umbilical contendo curto segmento do cólon transverso, sem evidência de distensão significativa de alças intestinais a montante.
Nota-se ainda pequena hérnia infraumbilical em situação parassagital direita com conteúdo adiposo.
Impressão diagnóstica:
1. Formação expansiva no colo uterino sugestiva de lesão de etiologia neoplásica primária.
2. Obliteração do espaço vesico-cervical com irregularidade da interface tumor / parede posterior da bexiga, particularmente em seu aspecto lateral direito, de avaliação limitada devido a não repleção vesical.
3. Abaulamento focal do contorno lateral direito do colo uterino resultando em irregularidade / espiculação da interface tumor - paramétrio direito, inferindo acometimento neoplásico por extensão direta.
4. Endométrio espessados com 1,3 cm, apresentando intensidade de sinal heterogênea.
5. Formação cística complexa no compartimento lateral esquerdo da pelve, em continuidade / contiguidade com o corno uterino esquerdo, cranialmente ao ligamento largo, apresentando componente sólido vegetante em seu aspecto inferior realçando pelo gadolínio, de natureza indeterminada, não se excluindo a possibilidade de lesão neoplásica ovariana.
6. Espessamento tecidual irregular junto da superfície posterolateral direita do corpo uterino estendendo-se a partir do paramétrio direito em direção ao fundo uterino, cruzando a linha média e exibindo íntimo contato com alças de delgado na pequena pelve e com a lesão cística supracitada no compartimento lateral esquerdo da pelve (extensão neoplásica peritoneal?).
7. Pequena quantidade de líquido livre intraperitoneal na pelve.
8. Ausência de linfonodomegalia na cavidade abdominal.
9. Aneurisma sacular no segmento distal da artéria esplênica.
10. Demais aspectos conforme referido acima.
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RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DO ABDÔMEN TOTAL
Informações Clínicas: Adeno CA de colo do útero / Estadiamento
Técnica:
Exame realizado em equipamento de ressonância magnética de ultra-alto campo (3.0 Tesla), com cortes multiplanares obtidos nas sequências T2 TSE, T2 TSE FS, T2 HASTE, Difusão, T1 GRE "em fase" e "fora de fase" e T1 VIBE antes e após a infusão do meio de contraste endovenoso (gadolínio), incluindo estudo dinâmico e utilização de bomba injetora. Foi administrado gel vaginal.
Interpretação:
Útero retroversofletido e lateroflexionado para a direita, medindo 8,8 x 5,3 x 3,7 cm em seus maiores diâmetros (volume estimado de 90 cm³), apresentando intensidade de sinal miometrial usual, com zona juncional de espessura normal.
Endométrio medindo 0,8 cm e com intensidade de sinal homogênea.
Observa-se lesão expansiva com sinal intermediário em T2 envolvendo a parede posterior do colo uterino numa extensão circunferencial aproximada de 180 graus, predominantemente exofítica, insinuando-se inferiormente para a luz vaginal, bem como infiltrando o fórnice posterior da vagina. A referida lesão mede cerca de 3,5 cm x 2,7 cm x 1,6 cm (LL x AP x CC) - volume estimado de 7,9 cm³, com extensão longitudinal ao longo do colo uterino de 1,6 cm, situando-se a extremidade cranial do tumor a 1,3 cm do canal cervical interno.
Espaços vesicouterino e retouterino preservados.
Paramétrios e paracolpos anatômicos, sem evidência de infiltração tumoral ao método.
Ovários normotópicos, medindo o direito 3,3 x 3,2 x 2,5 cm (volume estimado de 13,8 cm³) e o esquerdo 3,3 x 2,6 x 2,5 cm (volume estimado de 11,2 cm³), ambos contendo vários pequenos folículos estromais, os maiores medindo 1,7 cm à direita e 1,0 cm à esquerda.
Fígado com dimensões normais, contornos regulares e intensidade de sinal habitual.
Vesícula e vias biliares sem evidência de alteração significativa.
Pâncreas, baço e glândulas adrenais de aspecto anatômico.
Rins com posição, dimensões e espessura parenquimatosa dentro da normalidade, com impregnação parenquimatosa homogênea e simétrica pelo gadolínio. Diminuto nódulo cortical na transição entre os terços médio e superior do rim direito, apresentando hipersinal nas ponderações T1 e T2 com queda de sinal nas imagens com saturação da gordura, medindo 0,5 cm, compatível com angiomiolipoma.
Não há evidência de dilatação pielocalicinal.
Bexiga urinária moderadamente repleta, sem evidência de conteúdo patológico.
Grandes vasos abdominais com trajeto e calibre dentro da normalidade.
Moderada quantidade de resíduos fecais na ampola retal.
Mínima lâmina líquida intraperitoneal na cavidade pélvica.
Ausência de linfonodomegalia na cavidade abdominal.
Sinais de manipulação cirúrgica na cavidade abdominal superior.
Impressão diagnóstica:
1. Lesão expansiva na parede posterior do colo uterino, predominantemente exofítica, insinuando-se inferiormente para a luz vaginal, bem como acometendo o fórnice posterior da vagina, compatível com neoplasia primária, conforme informação clínica fornecida.
2. Paramétrios e paracolpos anatômicos, sem evidência de infiltração tumoral ao método.
3. Ausência de linfonodomegalia na cavidade abdominal.
4. Diminuto angiomiolipoma no rim direito.
5. Demais aspectos conforme referido acima.