Jornal de Estudos Espíritas - Volume 13 - 2025

(Aberto)

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Seção 1: Cartas ao Editor: Resenhas & Comentários

Editorial 2025

• 160 anos de O Céu e o Inferno

Alexandre Fontes da Fonseca (EDITOR)

Publicado online em 03 de Janeiro de 2025.

Artigo número 010101 - [PDF (415 Kb) - DOI: https://doi.org/10.22568/jee.v13.artn.010101].

Resenha

• Resenha do livro História do Espiritualismo, de Arthur Conan Doyle: uma breve leitura crítica

Rogério Duarte Fernandes dos Passos.

Artigo número: 010102 - [PDF (540 Kb) - DOI: https://doi.org/10.22568/jee.v13.artn.010102].

Seção 2: Artigos Regulares

Artigo 010201

• O Kardec Cientista e a Teoria Espírita

Rita Foelker

Publicado online em 03 de Janeiro de 2025.

Artigo número: 010201 - [Resumo - PDF (1685 Kb) - DOI: https://doi.org/10.22568/jee.v13.artn.010201].

Resumo (abrir/fechar)

Desde seus primeiros contatos com os grupos que realizavam reuniões dos chamados "efeitos físicos" de origem extrafísica, Allan Kardec deixou registros de sua trajetória de pesquisa, suas observações, análises e conclusões acerca dos fenômenos mediúnicos e anímicos. Extratos de suas obras e, destacadamente, da Revista Espírita, nos ajudam a compreender seu pensamento, suas escolhas e sua prática científica como tal. Eles nos revelam quem foi Kardec cientista. Hoje podemos analisar sua visão sobre os temas pesquisados, não somente pelos seus próprios escritos mas, também, sob a perspectiva de expoentes da Filosofia da Ciência contemporânea, sublinhando aspectos fundamentais para a pesquisa espírita atual.

Artigo 010202

• Reencarnação e Embriões Criopreservados: Uma Perspectiva à Luz da Doutrina Espírita

João Paulo Leite Tozzi

Publicado online em 03 de Março de 2025.

Artigo número: 010202 - [Resumo - PDF (2710 Kb) - DOI: https://doi.org/10.22568/jee.v13.artn.010202].

Resumo (abrir/fechar)

Este artigo aborda a ligação entre a reencarnação e os embriões criopreservados sob a ótica da Doutrina Espírita, tendo como base as obras de Allan Kardec. Inicialmente, são apresentadas as premissas doutrinárias sobre o processo de encarnação, destacando-se que a união entre o Espírito e o novo corpo ocorre no momento da fecundação, por meio de laços fluídicos perispirituais que se fortalecem durante o desenvolvimento embrionário. Posteriormente, são discutidas questões relacionadas à possível perturbação do Espírito reencarnante ligado a embriões criopreservados, considerando-se a variabilidade das condições espirituais e materiais envolvidas. Além disso, são abordados casos de embriões que não se desenvolvem ou que não possuem um Espírito ligado, à luz das respostas dos Espíritos nas obras de Kardec. Por fim, o artigo enfatiza a importância de contemplar a complexidade e individualidade de cada experiência espiritual e biológica, enriquecendo o diálogo entre ciência e espiritualidade.

Artigo 010203

• Espelhos mágicos: a revisão de Kardec, mas não da Doutrina

Alexandre Fontes da Fonseca

Publicado online em 06 de Setembro de 2025.

Artigo número: 010203 - [Resumo - PDF (1178 Kb) - DOI: https://doi.org/10.22568/jee.v13.artn.010203].

Resumo (abrir/fechar)

A mediunidade é uma faculdade humana que permite o intercâmbio de informações entre encarnados e desencarnados. A Doutrina Espírita descreve e explica as condições essenciais para a ocorrência do fenômeno medíunico. Ela demonstra que a mediunidade se fundamenta na capacidade perceptiva anímica dos seres e na ação dinâmica do pensamento e da vontade dos Espíritos sobre os fluidos espirituais. De raízes orgânicas, a faculdade mediúnica requer a expansão do perispírito do médium. No número de outubro da Revista Espírita (RE) de 1864, Kardec descreve a faculdade de dupla vista de um camponês da região de Berna, na Suíça. Em particular, lhe chamou a atenção o fato dessa faculdade ser induzida por certos reflexos de luz em um copo de vidro. Kardec, então, busca explicar o fenômeno com base no princípio irradiante do fluido perispiritual, mas também argumentando que o copo servia apenas como foco de concentração do camponês, para o qual os fluidos espirituais seriam dirigidos. Um ano depois, na RE de outubro de 1865, Kardec retoma o assunto, esclarecendo que cometeu um equívoco nessa explicação. O equívoco teria sido considerar que objetos como o copo, ou “espelhos mágicos” como esses objetos eram chamados, seriam totalmente prescindíveis e usados apenas por hábito. Ele acreditava que tais pessoas poderiam exercer a visão à distância perfeitamente sem os mesmos, desde que se exercitassem e esforçassem para isso. O reconhecimento deste erro é comumente citado como um exemplo de caráter e honestidade científicos de Kardec. Neste artigo, revisito, discuto e mostro que o equívoco de Kardec não implica em equívoco doutrinário. Isto é, os princípios doutrinários que fundamentam os fenômenos anímicos e mediúnicos permaneceram os mesmos utilizados nas explicações do primeiro artigo da RE. O que mudou foi o reconhecimento de que, para certas pessoas, o uso de objetos como os espelhos mágicos para indução das mesmas à expansão perispíritica, se baseia em razões naturais. Nesse particular, Kardec mostra o paralelo com a então nascente ciência do Hipnotismo.