Customizar roupas com remendos - Personalizar ropa con remiendos
Processo de criação de camisas customizadas, com representação da mulher negra.
Maria Luísa Nunes (61 anos) é técnica cultural por formação, mas que sempre teve o artesanato como um hobby. Como é de costume entre as pessoas que vivem nas zonas rurais do Pará, Maria, que cresceu em uma comunidade quilombola, ganhou os primeiros recortes de remendos de tecidos da avó e assim foi aprendendo a modificar as roupas. “Éramos cinco irmãs. Uma ia passando a roupa pra outra e a gente modificava pra usar também. Usávamos retalhos de tecidos, linha e agulha somente”.
A participação da artesã em duas edições da Feira da Biodiversidade, promovidas pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio), no Parque Estadual do Utinga (PEUt), favoreceu a visibilidade conferida a seu trabalho. "Estar na feira é levar alimento pra nossa casa. É uma atuação coletiva. Fui representar a todos”, pondera Maria.
Amor Tecido, grupo de mulheres que ganhou uma identidade.
Elas se reúnem em Belém, elaboram e fazem a produção do material, de camisas masculinas e femininas, individualmente, sempre com o foco na mulher negra. Ninguém era costureira, mas foram surgindo várias ideias, que trabalhava a imagem positiva da mulher negra. É um produto com história e memória afetiva, porque na zona rural é comum as famílias fazerem os remendos.
"A gente consegue vislumbrar o que está acontecendo hoje e o que será germinado lá na frente".
Colaborador: Solange Conceição
Procedencia: Brasil