A escritora e jornalista Clarice Lispector, conhecida por sua habilidade de escrita e sábia expressão de palavras, principalmente por meio de contos e poemas. Nasceu em Chechelnyk, Ucrânia, e  em 1922, a autora veio para o Brasil com sua família, que fugia da Guerra Civil Russa e da perseguição crescente aos judeus na Europa.

Carmen Miranda, cantora, dançarina e atriz, nasceu em Marco de Canaveses, Portugal, e veio para o Brasil com menos de um ano de idade, pois seus pais tinham como intenção melhorar suas condições de vida. Foi a primeira mulher a assinar contrato com uma rádio no Brasil. Com seu estilo único e talento para a música e atuação, conquistou diversos outros países.

Adoniran Barbosa (nome artístico de João Rubinato), foi um cantor e compositor brasileiro. Nasceu em Valinhos, São Paulo, no dia 6 de agosto de 1910. Filho de imigrantes italianos, Ferdinando e Emma Rubinato, em 1924 vão morar em Santo André, na grande São Paulo, onde começa a trabalhar para ajudar a família. Adoniran Barbosa criou um tipo de samba paulistano que enaltece a memória e o cotidiano de imigrantes pobres e seus descendentes. Gente de sotaque misturado e italianado, com as dificuldades dos operários que ajudaram a construir a maior cidade do Brasil, São Paulo. Canções como ‘Trem das Onze’ e ‘Tiro ao Álvaro’, traziam temáticas sociais, como a falta de habitação, a saudade e as dores do povo.

O médico Esper Georges Kallás possui o cargo de diretor do Instituto Butantan, sendo descendente de imigrantes árabes. Isso se dá ao fato de seu pai George Mikhael Kallás ter migrado do leste do Líbano para Itajubá por influência de seu irmão que havia residido na cidade, de modo que se estabeleceu no local a partir da abertura de diversos comércios e empresas, como a Casa Joka. 

Ítalo Mandolesi, nascido em 1900 era um pioneiro na venda de automóveis e peças para veículos a gasolina. Ele fundou uma oficina especializada em consertos de carros e serviu a comunidade de Itajubá e cidades vizinhas. Ítalo Mandolesi era filho de imigrantes italianos, Ulderico Mandolesi e D. Palmyra Baldoni Mandolesi,  casado com D. Felícia Lamoglia Mandolesi. Seus filhos incluíam o Dr. Ítalo Mandolesi Filho, médico ortopedista e ex-Vice-Prefeito de Itajubá, e Ulderico Mandolesi, engenheiro e ex-Diretor da Escola Federal de Engenharia de Itajubá, falecido em 1998.

Jean Mohallem, um imigrante libanês que chegou ao Brasil em 1951, estabeleceu-se em Itajubá e fez significativas contribuições para a cidade. Fundou seu comércio lojista, Casa América Tecidos Ltda, reativou a Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Itajubá, fundou o Clube de Diretores Lojistas (atual CDL Itajubá), foi membro do Rotary e do Conselho Administrativo da Santa Casa de Misericórdia, além de ser um dos fundadores e presidente do Clube Libanês de Itajubá. Suas realizações em prol do desenvolvimento local são reconhecidas e respeitadas por toda a comunidade. Jean Mohallem faleceu em 8 de janeiro de 2021.

A família Werdine, de origem libanesa, imigrou para o Brasil no final do século XIX. Alberto Werdine, o patriarca, chegou ao país aos 16 anos e trabalhou como mascate em Barra Mansa, RJ. Casou-se com Hilária e alguns anos após o nascimento de seu primeiro filho, veio com sua família para a promissora Itajubá. Fundou uma pequena loja, Casa Esperança. A família prosperou no comércio, e por volta de 1930, fundou a nova loja, Casa Reny, contribuindo para a comunidade local. Além disso, membros da família tinham interesses variados, como artesanato e futebol. A Casa Reny fechou em 1996 após a morte de Wilson Werdine, mas a família deixou uma marca duradoura em Itajubá.

Padre Agostinho, nascido na Holanda, chegou ao Brasil e serviu como sacerdote na Igreja Nossa Senhora da Soledade, em Itajubá, onde também se destacou como um visionário da educação. Ele fundou o Instituto Padre Nicolau em 1951 e revitalizou o Colégio de Itajubá, transformando-o em uma das melhores escolas da região. Em 1965, após obter permissão do Papa Paulo VI, deixou o sacerdócio para se casar com Maria de Lourdes Sanches Coelho, conhecida como Dona Lourdinha. O casal adquiriu um sítio na Rodovia Itajubá-Lorena, onde residiu por um tempo. Padre Agostinho deixou um legado significativo na educação e na comunidade de Itajubá, falecendo em 1966.

Fritz Hoffmann foi um catedrático na Escola Federal de Engenharia de Itajubá (EFEI) de 1914 a 1924. Nascido em 16-09-1883, na Suíça, ele foi um dos seis professores pioneiros contratados na Europa por Dr. Theodomiro Carneiro Santiago para o IEMI. Fritz Hoffmann foi notável por ser o único desses pioneiros a falecer em Itajubá, e seu túmulo na cidade é cuidado pela EFEI. Além de suas atividades acadêmicas, contribuiu significativamente como engenheiro do Estado, incluindo o desmonte do morro de São Benedito e melhorias no abastecimento de água e saneamento da cidade. Falecendo em 08-01-1925.

Vicente Gesualdi era italiano, nascido em Latronico. Com 12 anos veio para o Brasil com a família. Dedicou-se muito cedo à arte de Fígaro. Em 1914 veio para Itajubá com 3 filhos. Os dois primeiros faleceram ainda crianças em Itajubá. 

Vicente Gesualdi deixou Itajubá em 1954 para ir morar no Rio de Janeiro, onde faleceu no ano seguinte. E quando ainda vivo, enquanto ele cuidava de seu bem montado salão de cabeleireiro, a família militou no comércio, estabelecendo-se com uma butique denominada "Casa São Jorge", na Rua Cel. Francisco Braz.

Notável missionário jesuíta de nacionalidade italiana, um dos maiores evangelizadores do final do século XIX e início deste século XX. Residia em Itu, SP. Passando, pela primeira vez, por Itajubá, em 1885, quando em missões por esta região, notou que o cemitério do Rosário era muito pequeno e em local inconveniente. Conseguiu doações e algum dinheiro, que confiou a uma comissão que deixou encarregada da construção de uma necrópole ao alto.  Uma comissão, em 5 de março de 1889, considerou o novo cemitério em condições de receber os mortos.

Médico, nascido em San Severino Lucano, Itália. Seu verdadeiro nome era Biagio, que no Brasil ficou sendo Braz, assim como Ciancio se tomou Sanches, e Rennow passou a ser Rennó Braz Reale doutorou-se pela Faculdade de Medicina de Nápoles. Veio ainda jovem para o Brasil e aqui se casou. Vindo para Itajubá, o Dr. Braz Reale construiu sua residência no prédio no qual seria, em 1925, instalada a Faculdade de Farmácia e de Odontologia de Itajubá, a qual, extinta em 1930, se tornou o Hotel Avenida. Acidentado gravemente na estação ferroviária, o Dr. Braz Reale foi socorrido por colegas e compatriotas seus de São Paulo, e se retirou de Itajubá.

Imigrante francês, filho de Claude Rebourgeon e de Claudine Rebourgeon. François Xavier Rebourgeon foi proprietário da grande chácara entre os bairros Vila Poddis e Piedade, área inteiramente urbanizada, que se transformou no bairro que tomou o nome de seu antigo dono: REBOURGEON. Foi esse filho da França o maior promissor que Itajubá já conheceu, e competente viticultor. Produzia frutas saborosas e de melhor qualidade, peras, laranjas, mangas, caquis, pêssegos e uvas de diversas espécies e castas. Trouxe para nosso município sua grande experiência agrícola adquirida nos extensos pomares do vale do Loire e dos vinhedos de Borgonha.

Histórico da tradicional firma: MASSAS FERRINI LTDA: 

Em 1915 desembarca em Itajubá, o Sr. POMPÍLIO FERRINI, vindo de São Paulo, com esposa e cinco filhos para ativar a indústria de macarrão pertencente ao Sr. José Teotônio, em Itajubá. Alguns anos depois, o Sr. Pompílio Ferrini adquiriu do Sr. Genarino Del-Ducca máquinas desativadas e assim se iniciou a firma POMPÍLIO FERRINI E FILHOS. Em 1940 no decorrer da 2ª Guerra Mundial, o governo brasileiro determinou o confisco de bens de estrangeiros, nascendo assim a firma IRMÃOS FERRINI LTDA, tendo como sócios os irmãos Marcilio e Orlando Ferrini. A firma Irmãos Ferrini Ltda. iniciou a fabricação de macarrão a partir de 20 de dezembro de 1943. Sua produção se resumia em 500 kg por dia. 

Francisco Rotella foi um dos proprietários da CASA DEL PRETE. O nome desta Agência Lotérica e revendedora de periódicos das capitais (Jornais e revistas), foi dado em 1928, ano em que, em 15 de agosto, chegou ao Rio de Janeiro o aviador italiano Carlo Del Prete. Desejando então conhecer a capital do Brasil (então Rio de Janeiro), o famoso recordista de voos quis sobrevoar a "cidade maravilhosa". Foi infeliz. Seu avião caiu, matando-o, ele que havia sobrevoado todo o Atlântico, de Roma ao Rio, sem nada de grave acontecer! Em homenagem à memória de Carlo Del Prete, um empresário da família Rotella (provavelmente Ernesto Rotella), deu ao estabelecimento o nome de CASA DEL PRETE. Também fundou em Itajubá a AGÊNCIA LOTÉRICA GUARANI.