Olá, estudante! Desejo que seja muito bem-vindo a nossa disciplina de Computação Gráfica e que este material, seja uma grande porta para que você amplie seus conhecimentos! Nesta primeira lição, tenho o objetivo de oferecer para você uma visão geral sobre a Computação Gráfica para que possa compreender os conceitos fundamentais deste assunto, como a resolução de imagens e o gerenciamento de arquivos.
Além disso, ao passo que nossos estudos avançarem, você poderá utilizar esses conhecimentos para produzir projetos visuais, manipular imagens como bitmap e desenvolver ilustrações vetoriais. Você também poderá absorver conteúdos como planejamento de projetos de vídeo digital e a modelagem tridimensional. Legal, não é mesmo?
Essa base de conhecimento permitirá que você se capacite para se tornar um profissional capaz de criar, desenvolver e acompanhar projetos visuais de qualidade, atendendo às necessidades do mercado de trabalho. As competências que irá adquirir aqui, ampliarão as possibilidades para diversas áreas, desde o design de interfaces de usuário até a parte da criação de animações e modelagens 3D.
A Computação Gráfica é um mercado relevante e bastante abrangente, ela envolve desafios e questões relevantes para o desenvolvimento de sistemas e confecção de materiais visuais. Diante disso, você consegue imaginar quais seriam os principais desafios que essa área enfrenta? Talvez, se esse seja seu primeiro contato com o tema, pode ser um pouco complicado responder, mas se você conhece, ao menos, superficialmente o assunto, provavelmente tem algumas sugestões. Porém, de qualquer forma, vou explicar melhor sobre isso.
Ao atuar com projetos visuais, você provavelmente enfrentará desafios relacionados à comunicação efetiva, em especial através de elementos visuais, à otimização de recursos e à garantia dos direitos autorais e propriedade intelectual, sendo estes dois últimos temas que merecem ainda mais cuidado.
Uma das maiores dificuldades é encontrar o equilíbrio entre a estética e a funcionalidade, ou seja, que fique visualmente atraente e prático, fluido e utilizável, garantindo que o trabalho atenda às necessidades do seu público-alvo. Além disso, uma boa gestão dos arquivos, incluindo a nomeação, salvamento, versionamento e o backup, são fundamentais para que se minimize as chances de perda de dados e assim garantir uma rotina mais tranquila e facilitar o trabalho.
Já no âmbito legal, ou seja, no que diz respeito à legislação, é essencial que você compreenda os direitos da propriedade intelectual, a proteção da propriedade industrial e os aspectos relacionados aos contratos. Essa compreensão é muito importante para evitar que ocorram problemas legais, garantir a autoria e a utilização ética do material a qual foi produzido.
Vamos imaginar como era o cenário há algumas décadas, onde os jogos de vídeo eram exibidos com gráficos pixelizados e relativamente simples. Os jogadores ficavam satisfeitos com formas geométricas mais rudimentares e cores limitadas, mas já demonstravam interesse em explorar mundos virtuais. No entanto, atualmente, somos testemunhas de uma transformação significativa, essa que se deve muito à computação gráfica. Os jogos passam a ser experiências cinematográficas, com cenários completos e cheios de detalhes, personagens realistas e efeitos visuais que nos envolvem. Mas, como chegamos nesse nível de qualidade? Quais foram e ainda são os desafios que enfrentamos?
A computação gráfica é uma das grandes contribuidoras com esses feitos. Ela permitiu o desenvolvimento de algoritmos complexos para renderização de gráficos, a criação de motores de jogos elaborados e a integração de técnicas robustas de animação e modelagem em 3D. No entanto, à medida que os gráficos foram evoluindo, surgiram desafios complexos. O dilema da busca por realismo em cada quadro exibido por segundo, por exemplo, norteia questões sobre a capacidade dos dispositivos e principalmente de hardware em acompanhar essa demanda por gráficos cada vez mais aprimorados e realistas.
Neste sentido, a evolução das interfaces de jogos não se limitou apenas às características estéticas. Ela também teve, e tem implicações nos aspectos econômicos e sociais. Os jogos, atualmente, são uma indústria milionária, influenciando a cultura e a educação. E diante disso, as interfaces de jogos também moldam nossa experiência social, à medida que os jogadores interagem nos ambientes virtuais e participam de comunidades voltadas a esse universo.
Caminhando juntos a esses apontamentos, convido você a pensar um pouco sobre alguns questionamentos: De quais formas a computação gráfica continuará a nortear a evolução das interfaces de jogos no futuro? Em sua opinião, quais são os desafios éticos e técnicos que surgem à medida que os jogos se tornam mais realistas? Pense um pouco sobre qual é o papel das interfaces de jogos na educação, aprendizagem, ensino de modo geral, de modo a ser uma ferramenta que contribui com a formação de habilidades digitais?
É emocionante contemplar o potencial futuro que nos aguarda à medida que avançamos no campo da computação gráfica e das interfaces de jogos, não é mesmo? A evolução das interfaces de jogos é, sem dúvida, uma jornada empolgante e multifacetada que moldará o futuro do entretenimento, da tecnologia e da sociedade como um todo, portanto, você enquanto uma profissional da área, precisa dominar esse assunto!
Chegou o momento de ver na prática parte dessa rotina, vamos lá? Imagine que em uma empresa de tecnologia esteja sendo desenvolvido um aplicativo específico para uma campanha publicitária que prevê realizar um grande alcance. Nesse projeto, os designers que compõem a equipe precisam trabalhar e inovar para criar uma interface atraente e que seja intuitiva para cativar o público-alvo da campanha e, ao mesmo tempo, passar a mensagem que a campanha se propôs, para que de fato seja eficiente.
A equipe de design enfrenta o desafio de encontrar a linguagem visual adequada para o aplicativo, ou seja, eles precisam acertar até mesmo nos detalhes com relação aos aspectos visuais, e deste modo passam a olhar atentamente para conceitos como os de alinhamento, repetição, proximidade e variedade. Outra ação importante, é que eles devem se atentar a definir uma hierarquia dos elementos na interface, para que haja um equilíbrio das informações e guiando o usuário de forma mais natural possível.
Além desses detalhes, a equipe deve realizar com cuidado a escolha da resolução das imagens, de modo a garantir que elas sejam nítidas e adequadas para diferentes dispositivos, contribuindo para que elas trabalhem mais fluidas em ambientes responsivos. A densidade por pixel (LPI, DPI e PPI) torna-se relevante para garantir a qualidade do material.
A empresa também deve assegurar que todo o material produzido esteja em conformidade com as leis de direitos autorais e propriedade intelectual, evitando problemas legais e protegendo a imagem da marca.
Bastante coisa, não é mesmo? Mas calma que aos poucos iremos avançando e a compressão sobre esses detalhes ficarão mais claras.
Agora, iremos aprofundar um pouco mais os nossos conteúdos desta lição!
Essa é uma etapa muito importante em projetos de Computação Gráfica, por servir como ponto de partida compreender o que o cliente está buscando alcançar com o projeto visual. Ele é considerado uma etapa importante para qualquer projeto, incluindo os de design, pois, como mencionado por Airey (2014), ele é uma oportunidade para criar uma relação de confiança com o seu cliente e compreender as suas reais necessidades. É ainda, um bom momento para esclarecer as possíveis dúvidas ou preocupações que possam surgir antes mesmo que o projeto inicie, contribuindo para as expectativas estarem alinhadas desde o início.
Segundo Wheeler (2017), Briefing pode ser definido como sendo um processo criterioso que auxilia para que as expectativas dos clientes sejam atendidas e que o projeto seja concluído dentro dos prazos estipulados e do orçamento provisionado. Desta forma, pode-se compreender que este é o momento para definir os objetivos e traçar as metas e prazos do trabalho, e incluiremos o orçamento disponível para a realização do projeto. Sem esquecer de compreender o público-alvo e a mídia a qual o projeto será veiculado, como, por exemplo, se será por panfletos, redes sociais, outdoors, já que cada contexto demanda abordagens específicas para garantir a eficácia da comunicação visual. Visando uma melhor organização, é possível dividir o Briefing em alguns pontos.
1º Objetivos e Metas:
Nesse momento, é essencial conversar com o cliente sobre o que ele espera alcançar com o projeto. Compreender, por exemplo, se o projeto é um site institucional, em que os objetivos podem ser apresentar a empresa de forma atraente, transmitir profissionalismo e destacar seus principais serviços e produtos.
2º Orçamento e Prazos:
Quando os profissionais têm conhecimento claro sobre o orçamento, esses podem dimensionar o escopo do projeto e alinhar quais os recursos e as tecnologias poderão ser utilizados para sua execução. Já o fato de cumprir com os prazos combinados com o cliente, é essencial para haver credibilidade e eficácia na entrega no cronograma acordado.
3º Público-Alvo e Mídias:
Entender qual o público será alcançado é essencial para saber direcionar as escolhas de design de forma a agradar e se comunicar com efetividade com o grupo-alvo. A exemplo temos detalhes como saber as características demográficas, culturais e comportamentais do público.
4º Escopo do Projeto Visual:
Já o escopo do projeto visual define qual o conjunto de elementos que serão desenvolvidos e trabalhados, como as ilustrações, layout de páginas, logotipos, animações e similares. O escopo também compreende a escolha da tipografia, das cores e a criação de uma identidade visual que seja consistente e ressonância com a mensagem que a empresa quer passar, de modo que transmita a personalidade e os valores da marca e/ou projeto.
Portanto, é relevante haver uma boa compreensão do briefing e que considere esses aspectos, pois desta forma os profissionais da área estarão melhor preparados para construir projetos atraentes e, ao mesmo tempo, alinhados aos objetivos do contratante e às necessidades do público que irá alcançar.
O design gráfico é uma maneira de se comunicar visualmente e que combina vários elementos e formas para divulgar uma determinada mensagem de forma clara e eficaz (SCHER, 2002). Através de alguns pontos como a tipografias, escolha adequada de cores e de imagens, torna-se possível a confecção de trabalhos gráficos que sejam harmoniosos e envolventes, e, que ao mesmo tempo, passem a mensagem desejada ao público.
O design gráfico não se limita a ser apenas à arte, pois compreende também a prática de comunicar através do campo visual as informações, as emoções e as ideias. É uma junção de elementos e formas como os pontos, linhas, formas, direções, dimensão, movimento, escala e textura para dar vida a composições esteticamente agradáveis e que sejam perfeitamente funcionais.
Ao abordarmos o tema Designer Gráfico, é importante reforçar alguns pontos como o da proximidade, contraste, alinhamento, variedade e repetição, que são importantes para organizar os elementos visuais e gerar uma harmonia na composição. Há ainda outros pontos no Design gráfico que merecem atenção, como o nivelamento, equilíbrio, tensão, atração e aguçamento e agrupamento, negativo e positivo, hierarquia e o enquadramento, e a composição, que são essenciais para direcionar a visão do observador e entregar a mensagem desejada.
Como veremos a seguir, o gerenciamento de arquivos é uma habilidade relevante para qualquer profissional do meio criativo, pois, como coloca o autor Krause (2004), manter tudo de uma maneira organizada e de fácil localização contribui para que se dediquem ao trabalho em si. E por este motivo, é importante dedicar parte do tempo e esforço para criar um sistema ou um método de organização que seja funcional para os arquivos de um projeto em andamento.
Um gerenciamento correto de arquivos é fundamental para promover a organização dos projetos visuais. Uma simples prática como a nomeação correta dos arquivos facilita a localização e assim, o trabalho em conjunto. Além disso, salvar frequentemente e realizar o download dos arquivos são práticas que diminuem o risco da perda de dados e torna possível que diferentes versões do projeto sejam acessadas, caso necessário.
Já o backup é algo ainda mais relevante e se torna essencial para proteger os trabalhos realizados, pois ele garante que em caso de erros ou falhas, haja uma versão dos arquivos em um local seguro e que podem ser acessados.
Proteger os direitos da propriedade intelectual é essencial para preservar as criações intelectuais dos designers, assegurando-lhes o reconhecimento e o controle sobre o uso de suas obras. A propriedade industrial, por sua vez, resguarda marcas, patentes e desenhos industriais, conferindo exclusividade e prevenindo a reprodução não autorizada. Os direitos autorais desempenham um papel crucial ao garantir a autoria e a exploração comercial de criações, regulamentando o uso de obras artísticas, literárias e científicas. Além disso, os contratos representam ferramentas legais de grande importância para formalizar acordos entre designers e clientes, estabelecendo claramente os direitos e as responsabilidades de ambas as partes envolvidas.
Conhecer a legislação sobre direitos autorais é uma habilidade valiosa para proteger seus próprios trabalhos, respeitar a propriedade intelectual de outros, evitar conflitos legais e promover a criatividade e a inovação de forma ética e legal.
A resolução de imagens é a quantidade de detalhes apresentados em uma imagem. A densidade por pixel é expressa em DPI (pontos por polegada), LPI (linhas por polegada), ou ainda PPI (pixels por polegada), por exemplo. Conforme pontua Rose (2003), uma das principais considerações ao trabalhar com mídia digital é a resolução de imagem, em que é interessante compreender os diferentes modos de resolução e como eles influenciam na qualidade da imagem.
Ao trabalharmos com impressões de alta qualidade, por exemplo, é necessário utilizar imagens com alta resolução (300 DPI ou mais). Já para visualização em telas, como smartphones e computadores, imagens com resoluções menores (72 PPI a 150 PPI) são adequadas. Perceba na imagem abaixo um exemplo de uma imagem com alta resolução:
Neste sentido, os tópicos abordados fornecem uma introdução abrangente aos fundamentos da Computação Gráfica. Trazendo aspectos da importância do Briefing na compreensão das necessidades do cliente até o papel importante da legislação e proteção dos direitos autorais, formam uma base significativa para os profissionais da área. Além disso, o design gráfico, o gerenciamento de arquivos e a resolução de imagens são conceitos essenciais que devem ser dominados no intuito de criar trabalhos visuais eficazes. Portanto, ao passo que compreendem e aplicam esses princípios, os profissionais estarão preparados para construir projetos atraentes e que estejam alinhados com os objetivos dos clientes e as necessidades do público-alvo do projeto.
Neste último momento desta unidade, convido você a praticar e compreender a aplicação dos conhecimentos adquiridos ao decorrer desta lição. Para que você compreenda de uma melhor forma como as coisas funcionam na prática, proponho algumas atividades que vão te ajudar a aplicar os conhecimentos construídos e explorar os resultados e aplicações reais da Computação Gráfica.
Que tal analisar um vídeo? Navegue na internet e busque por vídeos ou mesmo documentários que trazem situações e exemplos práticos de projetos de Computação Gráfica em diferentes segmentos, como por exemplo a área da arquitetura, design de jogos, animação ou ainda do cinema. Observe com atenção e perceba os elementos de design que foram utilizados na construção do conteúdo, como o contraste, alinhamento e a composição. É um bom momento para identificar também como a resolução de imagens pode afetar a qualidade final de um projeto.
O que me diz de uma discussão em grupo? Converse com colegas de classe, bata um papo com os amigos ou com seus familiares sobre a importância do briefing em projetos de Computação Gráfica e exponha sua visão sobre. Você pode propor questionamentos ou debates sobre, por exemplo: “Por que motivo é importante compreender os objetivos e metas do cliente antes mesmo de iniciar um projeto?” ou ainda “Por que o escopo do projeto visual pode influenciar no resultado?”.
E lembre-se, compartilhe suas ideias e visão, mas é fundamental que também ouça as opiniões e ideias dos demais, combinado? Assim, além de você ampliar a compreensão sobre o assunto, tirará nota dez no quesito demonstrar respeito pelos colegas.
Agora, se você quiser conhecer um pouco sobre os Impactos da Computação Gráfica, pesquise sobre quais os impactos da Computação Gráfica nos diversos segmentos, como o setor de marketing, entretenimento, educação e/ou o da arquitetura. Permita-se descobrir o “como” e de “que forma” a utilização dos recursos gráficos mais avançados podem influenciar a experiência do usuário, ou então a divulgação de produtos, serviços, bens em geral e procure saber um pouco mais sobre a influência desta na tomada de decisões em projetos de marketing, por exemplo.
Lembre-se! Aprender praticando ou vivenciando é uma das formas mais eficientes de fixar o conhecimento aprendido e formar suas habilidades em Computação Gráfica. Quando você se desafia ao realizar atividades diferentes, você está se preparado para compreender de uma forma mais sólida os conteúdos abordados e ainda está se capacitando para que mais adiante possa enfrentar os desafios reais das rotinas de trabalho e ficar mais preparado para criar projetos visuais que sejam impactantes.
AIREY, D. O briefing como oportunidade para criar uma relação de confiança com o cliente e compreender suas reais necessidades. In: Revista de Marketing, 2014.
KRAUSE, Jim. Design Basics Index. Beverly: Rockport Publishers, 2004.
MADAN, Ankur. Planta verde em um vaso branco. Disponível em: https://unsplash.com/pt-br/fotografias/vYDDuhoV1NQ. Acesso em: 19 set. 2023.
ROSE, C. A. Produção Gráfica para Designers. São Paulo: Bookman, 2003.
SCHER, Paula. Make It Bigger. New York: Princeton Architectural Press, 2002.
WHEELER, M. Design de identidade de marca. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.