Gastronomia de Braga

Cabrito assado à moda de Braga

O cabrito é celebrado, atingindo o seu apogeu na mesa do almoço do domingo de Páscoa.

Numa Quaresma de com (ou sem) jejum, o cabrito adota um consenso de ser o prato preferido das famílias portuguesas Minhotas, para o almoço do domingo de Páscoa.

Por alguma razão, estes cabritos são cuidadosamente selecionados quando têm apenas um mês e meio de vida, concentrando um peso entre os três e os cinco quilos no máximo – sendo a carne mais tenra e rosada.

Variando de região em região é possível assá-lo de diferentes maneiras, perto de Coimbra chega a ser assado à moda do leitão. Contudo, na região Minhota manda a tradição uma versão assada no forno, acompanhada por batatas assadas e arroz com miúdos.

Apesar de ser algo trivial para muitas pessoas, é um facto que até aos dias de hoje existe uma confusão relativamente à diferenciação do cabrito – cabrito, borrego e anho não são a mesma coisa. O cabrito é da raça caprina e os seus progenitores a cabra e o bode. O borrego é um cordeiro com menos de um ano, da raça ovina e sua carne é mais clara e macia. Finalmente o anho, é por sua vez, mais nada do que um cordeiro.

Pica no chão

O frango confecionado neste prato nunca deverá ser preparado antes da idade adulta, ou seja, entre os 3 e os 4 meses. A sua carne torna-se assim, mais rígida e musculada, assim como seu porte mais consistente do que os frangos de aviário. Em 2010, Vila Verde foi considerado, Capital do Pica no Chão, registada pelo Município.

São sugeridos assim, de acompanhamento, os vinhos verdes típicos da região, que se distinguem pela leveza e frescura que adicionam a cada momento, criando assim uma harmonia perfeita.

Os minhotos são conhecidos por “pica-milhos”, outrora apelidados pelos “galegos”, das terras mais a sul, devido a este delicioso prato.

“Pica no Chão” foi a designação escolhida para um prato que no Minho pode ser também conhecido, genericamente por Arroz de Cabidela, realçando a criação caseira do animal. A origem do arroz de cabidela não é só portuguesa, mas somos nós os responsáveis pela influência deste na Europa, Cabo Verde, Moçambique e Brasil, onde renasceu numa série de novas variantes. A essência que se mantém cabe no ensopado de aves que se envolve na quantidade certa de vinagre e sangue.

Sobremesas

Viúva de Braga

As freiras do Convento dos Remédios não deixaram receitas escritas dos doces que faziam. No entanto, esta doçaria conventual chegou a algumas famílias e doçarias de Braga, que lhes deu continuidade, deixando na memória dos bracarenses uma deliciosa tradição.

O presente estudo de Anabela Ramos, com a inestimável colaboração de Margarida Vieira de Araújo, vem pela primeira vez reconstituir a atividade doceira das religiosas dos Remédios, pela qual ficaram conhecidas. Com luminosos detalhes e notável rigor histórico, a investigação da autora transporta-nos para um outro tempo, através de manuscritos como os cadernos de despesa do Convento dos Remédios, do Mosteiro de Tibães e de outras instituições religiosas relevantes.

Um estudo imprescindível para a história da doçaria conventual e para a compreensão da abundante herança doceira dos Remédios. 

Fatias Doces de Braga

As Fatias Doces de Braga como o próprio nome indica têm origem naquela cidade minhota e são feitas à base de gemas, açúcar e amêndoa. Para quem não tiver dificuldade com os pontos de açúcar é de confecção extremamente fácil.

14 gemas;

4 ovos;

300 ml de água;

500 gr de açúcar;

500 gr de amêndoa ralada sem pele;

papel vegetal.