Na verdade, a criação não é um facto acabado, Deus continua a criar. Mas nesta ação criadora, as próprias criaturas cooperam com o Criador.
Todos nós temos uma capacidade, um dom especial… é preciso fazer crescer esse dom, de dentro de nós, e pô-lo ao serviço dos outros, da humanidade! Se formos capazes de pôr esses dons a render, já estaremos a ser verdadeiros colaboradores da criação!
Criação e Ecologia
Atualmente, falar de criação e ecologia é uma atitude necessária e urgente. Necessária porque as evidências de um mundo ameaçado estão aí, são vistas, ouvidas e sentidas. Urgente porque habitamos todos a mesma casa em ruínas, que ameaça cair sobre a humanidade.
Pensar na relação entre criação e ecologia é como cada pessoa ser convidada a olhar para si, refletir e analisar aquilo que tem feito, em função da beleza e equilíbrio da casa que é o mundo onde vive.
Face ao progresso descontrolado, podemos dizer que vivemos num tempo em que a criação está fortemente ameaçada e essa crise manifesta-se em diferentes aspetos.
Perante estas crises, o desafio não é refugiar-se no medo ou entregar-se à indiferença. O desafio que nos deve encorajar é “dominar”, de forma inteligente e responsável, todas as realidades naturais, o que implica tomar consciência de que a pessoa humana é a criatura por excelência, mas não é a única e, como tal, deve aprender a respeitar a “casa” onde vive. Na relação entre as pessoas e a natureza, vale a prioridade do ser sobre o ter: as criaturas valem não só pela utilidade mas também pela variedade, pela beleza, pela riqueza e pela gratuidade.
Entender o significado da criação significa compreender, não apenas o seu aspeto utilitário, mas também, e sobretudo, reconhecer que é dom de Deus e ambiente natural da humanidade.
Quando a última árvore tiver caído,
Quando o último rio tiver secado,
Quando o último peixe for pescado,
As pessoas vão entender que o dinheiro não se come.
Greenpeace