Bertussi:

os irmãos gaiteiros

Síntese: Síntese da trajetória dos músicos que, da localidade de origem Criúva/Caxias

do Sul, projetaram a música tradicionalista gaúcha no cenário nacional.


Dados Técnicos: reprodução de fotos em molduras de época e proteção de vidro.


Ano: 2003


Composição: 29 quadros. 01 de abertura, 27 fotos e 01 quadro com cartaz de

divulgação do grupo.


Dimensões: 37 cm x 28 cm (1, 29), 66 cm x 53 cm (2), 55,5 cm x 45 cm (3), 43 cm x

55 cm (4), 50,5 cm x 39,5 cm (5), 29 cm x 38 cm (7), 62 cm x 51,5 cm (8), 59,5 cm x 49

cm (9, 11, 12), 58 cm x 42 cm (10), 53 cm x 41,5 cm (13), 51,5 cm x 35,5 cm (14), 58 cm x

50 cm (15), 62 cm x 47 cm (16), 58 cm x 40 cm (17), 53 cm x 43 cm (18), 53 cm x 46,5 cm

(19), 52 cm x 49,5 cm (20),40,5 cm x 52,5 cm (21), 59,5 cm x 44 cm (22), 44,5 cm x 55,5

cm (23), 69 cm x 57,5 cm (24), 50 cm x 35 cm (25), 57,5 cm x 49,5 cm (26), 58 cm x 43

cm (27), 29 cm x 34 cm (28).



Obs: Proibido o uso e reprodução das imagens aqui expostas.


Quadro de abertura

O patriarca da família Bertussi, João com os filhos na sua festa de Bodas de Ouro. João era pai de Fioravante e avô de Adelar e Honeyde.

Vacaria – Agosto de 1951

Fioravante Bertussi com a orquestra formada a partir da banda da Criúva que ele regia. Na noite de 10 de Novembro de 1920 o maestro fez uma serenata para sua amada tocando a recém composta valsa “Jovelina”.

Caxias do Sul, Criúva – 1920

Jovelina Medeiros de Siqueira – seu casamento com Fioravante Bertussi gerou polêmica: era união de uma “brasileira” com um “italiano”.

Caxias do Sul - 1920

Fotógrafo: Giácomo Geremia

A casa da família Bertussi, iniciada por Fioravante em 1930.

“Meu pai fez tudo isso, desde os alicerces até os lambrequins. Esta casa é o encontro das estâncias com a casa do colono italiano. Aqui era o lugar da cantoria, da festa, dos músicos. Ah! Os térnos reis! Era lindo ser acordado de madrugada com toda aquela cantoria”.

(Adelar Bertussi)

Caxias do Sul, Criúva – década de 1960

O jovem Honeyde, já reconhecido gaiteiro, consegue seu parceiro quando, afastado dos bailes por uma pneumonia, é substituído por seu irmão e futuro companheiro Adelar.

Caxias do Sul, Mulada – 1943

Um dos sonhos dos jovens dos anos de 1940, era largar a lida do campo e colocar “uma gaita na garupa”.

Fazenda França Ramos, Criúva – 1944

Os Bertussi serviram à pátria. “Tiro de guerra” - Encerramento ao serviço militar

“Adeus querência que fui chamado,

estou me despedindo porque fui chamado,

eu fui chamado pro meu regimento

e no meu fardamento vou ser um soldado.”

Caxias do Sul, Criúva – 1944 ou 1941

O povo de Criúva era reconhecido pelas suas grandes churrasqueadas. O festejo por ocasião do casamento de Antenor Ramos, permaneceu por décadas na memória de todos.

Caxias do Sul, Criúva – 1944

O nome Bertussi foi consolidando-se, associada à música e a festa. Diversas gerações da família encantaram plateias que não se cansavam de apreciar a música dos pampas.

“[...] Gaúcho que estás me ouvindo sinta no sangue doer, relembrar teus velhos pagos onde o sol te viu nascer se és gaúcho da serra ou se for do campo-fora, não te esqueças que és um gaúcho donde o Minuano mora […]

Festa em Nova Prata – 1947

O cavalo e o cachorro são os companheiros do gaúcho. Os Bertussi não esqueceram desses ícones, nas imagens que os divulgou.

Honeyde Bertussi – 1949

Os distritos de Caxias do Sul sempre participaram ativamente das Festas da Uva. Os irmãos Bertussi no carro alegórico que representava sua terra, Criúva.

Caxias do Sul – Festa da Uva de 1950

Tradicionalistas gaúchos e descendentes de italianos estreitavam seus laços. Carro alegórico de Vila Seca.

Caxias do Sul – Festa da Uva, 1954

Fotógrafo: Júlio Calegari

Nas festas de igreja, nas churrasqueadas de estância, nos bailes dos clubes, a presença dos irmãos Bertussi era a garantia de sucesso.

Caxias do Sul – década de 1950

Os filhos de Fioravante e Jovelina Bertussi tiveram condições de estudar onde desejaram. Formatura de Adelar Bertussi no Colégio do Carmo.

Caxias do Sul – 1951

Fotógrafo: Stúdio Tomazzoni

O tradicionalismo gaúcho, nas primeiras décadas do século XX, se expandiu pelo Estado, assentando raízes profundas na serra. Festa na propriedade de Mário Fogaça.

São Francisco de Paula – 1958

Grupo de moradores da Criúva em frente a Igreja de São Jorge da Mulada. A Capela foi construída, em madeira, por Fioravante Bertussi.

Caxias do Sul, Criúva – década de 1950

Cavalgada na Vacaria. Grupos de cavaleiros nas ruas da cidade por ocasião do Rodeio.

Vacaria – 1960

Honeyde Bertussi, com sua música, dá o tom da inauguração da ponte da Mulada.

“Quando eu pego uma gaita me vem logo na lembrança a tempo fui chamado pra tocar numa festança [...]”

Caxias do Sul – 11 de Novembro de 1962.

A gaita, denominação dada ao acordeão no Rio Grande do Sul, foi instrumento que consagrou a dupla. Ao longo de suas carreiras, as Todeschini foram as preferidas. Honeyde Bertussi com seu acordeão personalizado.

Caxias do Sul – década de 1950

Nos anos de 1950, a voz do rádio era ouvida em todos os lares. O sucesso dos Irmãos Bertussi deu-se também, pelo amplo espaço que as pequenas estações de rádio lhes dedicava.

Festa dos Rotary Clube em Flores da Cunha – 1954

Fotógrafo: Stúdio Tomazzoni

No auge do sucesso, dupla de gaiteiros desdobrava-se para honrar todos os convites. Apresentação no Cine Teatro Real.

Caxias do Sul – 1956

Fotógrafo: Stúdio Tomazzoni

Os Irmãos Bertussi levaram o Rio Grande do Sul para todo Brasil. A apresentação com Júlio J. Rainha.

Manaus – 1960

Da Mulada para o mundo. Os Irmãos Bertussi posam diante da propriedade da família para a capa do seu disco de maior sucesso.

Caxias do Sul – década de 1950

Em 1966 a dupla Irmãos Bertussi se desfez. Tanto Honeyde tanto Adelar seguiram suas carreiras sem deixar de serem reconhecidos pela mais pura tradição.

“Hoje é incontrolável o número de gaiteiros, cantores, acordeonistas e duplas que ganham a vida executando temas e canções dos Irmãos Bertussi”. Revista Gaúcha, setembro de 1974. Nos braços e na vez, a dupla despertou uma música memorável às almas gaúchas.

Desde o início da carreira, Os Bertussi tornaram-se alvo de curiosidade e o centro da conversa nas rodas de amigos. Ser gaiteiro deixou de representar o desocupado, e passou a ter status de profissão.

“Quando eu saio a cavalo, montado no meu baio, eu não acho atrapalho.

A gaita na garupa pois sempre tenho. Vou dizendo que saio, só não é quando venho”.

Quadro de encerramento