A Mulher na Imigração Italiana

A mulher na imigração italiana

Sempre a primeira a acordar e a última a dormir, a mulher gerava e cuidava dos (muitos) filhos, dos afazeres domésticos, tecia, costurava, trabalhava na roça, na lavoura contribuindo para garantir a sobrevivência na pequena propriedade rural.

Visita Virtual ao Museu

Visita virtual ao Museu Municipal Maria Clary Frigeri Horn

Foto geral do acervo. Fotógrafo: Guilherme Sorgetz

os Estabelecimentos

Nas zonas urbanas, esteve presente nos primeiros estabelecimentos industriais, comerciais e educacionais. No universo familiar, as decisões cabiam aos homens. À mulher cabia calar e servir.

Múltiplas tarefas

A cenografia da sala revela as múltiplas tarefas que as mulheres realizavam. Na cena do quarto esta presente cadeira de balanço, representando o cuidado com seus filhos, o guarda roupa, as cômodas e baús que eram usados para acondicionar roupas, cobertores e enxoval.

Berço e outros móveis presentes no ambiente domiciliar. Fotógrafa: Paola Morgan Riva
Máquina de costura. Fotógrafa: Paola Morgan Riva

A máquina de costura

Uma peça de grande importância é a máquina de costura, um símbolo muito ligado a mulher na época, muitas vezes levado como peça de enxoval no casamento. Com ela, as mulheres podiam costurar, lavar, passar e remendar asroupas de toda a família.

A cozinha

A cena da cozinha demonstra toda a importância desse espaço social para as mulheres, como a presença dos panos de parede.

Eles eram confeccionados igualmente pelas mulheres, e carregam consigo muito mais do que beleza e a técnica exercida por elas. Os conjuntos de tecido estampavam frases de cunho moralista e patriarcal. As mensagens eram uma maneira, inclusive, de dar voz as mulheres, conferindo a elas maior expressividade. Além de todo o caráter decorativo, os panos eram utilizados para proteger a parede atrás do fogão ou atrás da pia, onde, invariavelmente, era colocado.

Foto geral do acervo com foco na cozinha. Fotógrafo: Guilherme Sorgetz
Dressa e instrumentos para artesanato. Fotógrafo: Guilherme Sorgetz

O Artesanato

A produção artesanal também ganha destaque na sala que representa o ambiente doméstico, isso porque nos dias chuvosos e de frio intenso, a confecção de objetos e utensílios, dentro das residências, passava a ocupar o tempo.

A dressa

Dessa forma, a dressa, uma simples e, ao mesmo tempo, requintada trança de 5 pontas, feita a partir da palha do trigo, dava vida a objetos como espórtulas, sacolas e até mesmo chapéus.

A dressa. Fotógrafo: Guilherme Sorgetz
Bolsa construída através do método da dressa. Fotógrafo: Guilherme Sorgetz

Demais artesanatos

Nos domingos, nos filós, ou à noite, a mãe, a tia, enfim, as mulheres mais velhas da família, ensinavam as meninas a bordar, a crochetear, a tecer; no tempo livre, elas se dedicavam, também, a outras funções envolvendo a produção artesanal.

Ferramentas da confecção DO LINHO

É o que podemos perceber por meio de algumas ferramentas, as quais fazem menção ao processo da produção do fio do linho, utilizado na confecção de peças de tecido que variavam de roupas a toalhas de mesa, utilizadas no cotidiano.

Ferramentas da confecção do linho. Fotógrafa: Paola Morgan Riva
Foto geral do acervo com foco nas louças de porcelana. Fotógrafa: Paola Morgan Riva

RELEVANTE PARTICIPAÇÃO

Além do trabalho doméstico, a mulher participava diretamente da atividade produtiva, portanto, seja como progenitora e cuidadora do lar; seja como figura ativa e de relevante participação no âmbito produtivo ou do campo.

a mulher

A verdade é que a mulher não era apenas a mãe e a esposa da sociedade, ela contribuiu diretamente com o processo de desenvolvimento da região e, por isso, deve ser reconhecida como tal.

Foto geral do acervo. Fotógrafo: Guilherme Sorgetz