Gastronomia de Setúbal

O peixe assado é um dos maiores ex-líbris da região de Setúbal. Diretamente das lotas de Setúbal e Sesimbra caracteriza-se pela sua frescura única. Sardinhas, carapaus, salmonetes, charroco, alcorrazes, pata-roxa, chaputa, safio, raia ou tremelga são exemplos de peixes típicos da costa sadina. Tradicionalmente, o peixe é acompanhado com batata cozida, salada e, em alguns casos, migas. 

A feijoada de choco é outro dos pratos mais conhecidos de Setúbal. Tradicionalmente, esta iguaria é servida com feijão branco, cenoura, chouriço, camarões e pimentos (opcional). No final, pode aproveitar para molhar o pão no caldo da feijoada e acompanhar com um bom vinho da Península de Setúbal. 

A caldeirada é outra receita típica setubalense. Normalmente leva sempre safio, raia, tremelga, charroco, tamboril e pata-roxa e é servida num tacho, com batatas às rodelas. Depois há quem reaproveite o caldo do peixe para fazer a tradicional massinha de caldeirada com cotovelinhos e hortelã.

A origem da caldeirada, que significa uma “mistura” de algo está nos navios antigos. Para não deitarem fora os peixes com pouco valor comercial e que já não serviam para venda, os pescadores começaram a confecionar o prato para se alimentarem durante as viagens.



As ostras do Sado ao natural são outro dos pratos indispensáveis na carta de qualquer restaurante da cidade. O molusco é produzido por excelência no Estuário do Sado é muito apreciado ao natural, apenas regado sumo de limão.

No século XX, os estuários do Tejo e do Sado eram dos maiores bancos naturais de produção de ostra da Europa. Na zona de Setúbal, a produção de ostra chegou a empregar mais de 4000 pessoas. O molusco era essencialmente exportado para França. No entanto, a chegada da indústria pesada às margens do Sado e a consequente poluição das águas ditou o fim da produção do molusco.