Cronologia do meio circulante brasileiro, desde o açúcar até o advento do real.
1580 a 1640 - Ao chegar ao Brasil, os portugueses encontram cerca de 3 milhões de índios vivendo em economia de subsistência.
Já os colonizadores usam moedas de cobre e ouro, que têm diversos nomes de acordo com a origem: tostão, português, cruzado, vintém, são-vicente, "reales" hispano-americanos. A equivalência com os réis portugueses foi estabelecida em 1582.
1614 - O açúcar tornou-se moeda legalmente reconhecida.
Século XVII - A pequena concha, pequenos caramujos e os búzios eram usados como moeda no Congo e em Angola. Chegando ao Brasil, os escravos as encontram no litoral da Bahia e mantêm a tradição.
Desde o descobrimento, porém, a moeda mais usada é o real português, mais conhecido em seu plural “réis”, que valeu até 1942.
1645 - Surgiram em Pernambuco as primeiras moedas no Brasil, cunhadas pelos invasores holandeses.
1653 - O pano de algodão, segundo o Pe. Vieira, valia como moeda no Maranhão.
1654 - O real português voltou a circular na Colônia.
1663 - O valor das moedas aumentou em 25%
1668 - Portugal aumentou em 10% o valor das moedas de ouro. A medida não foi adotada no Brasil.
1699 - Por ordem da Coroa, circularam no Brasil moedas de prata, com carimbo, no valor de 80, 160, 320, 640 réis.
1694 - Criou-se a primeira Casa da Moeda, na Bahia.
1695 - A Casa da Moeda da Bahia cunhou suas primeiras moedas: em ouro, nos valores de 1.000, 2.000 e 4.000 réis, e de prata, nos valores de 20, 40, 80, 160, 320 e 640 réis.
1698 - A Casa da Moeda foi transferida para o Rio de Janeiro.
1699 a 1700 - No Rio de Janeiro, a Casa da Moeda fez moedas de ouro, de 1.000, 2.000, e 4.000 réis, e de prata, de 20, 40, 80, 160, 320 e 640 réis.
1700 - A Casa da Moeda mudou-se para Pernambuco.
1695 a 1702 - Por determinação real, passaram a circular no Brasil as moedas de cobre cunhadas no Porto, em Portugal, com valores de 10 e 20 réis.
1700 a 1702 - A Casa da Moeda, em Pernambuco, cunhou moedas de ouro no valor de 4.000 réis, e de prata nos mesmos valores anteriores.
1702 - A Casa da Moeda foi transferida novamente para o Rio de Janeiro, iniciando-se a cunhagem de moedas com matéria-prima inteiramente nacional.
1714 - As descobertas de ouro deram ensejo ao funcionamento simultâneo de duas Casas da Moeda: sendo uma no Rio e outra na Bahia.
1722 - Em 4 de abril regulamentou-se definitivamente o padrão legal para a moeda brasileira: a oitava de ouro valia 1.600 réis e, a de prata, 100 réis.
1724 a 1727 - Entraram em circulação os dobrões, com o valor de 12.000 réis.
1724 - Uma terceira Casa da Moeda entrou em funcionamento. Ficava em Vila Rica, atual Ouro Preto, Minas Gerais.
1735 - A Casa da Moeda de Vila Rica encerrou suas atividades.
1749 - O Maranhão passou a ter moeda própria, cunhada em Portugal. As de ouro valiam 1.000, 2 000 e 4. 000 réis; as de prata 80, 160, 320 e 640 réis; as de cobre 5, 10 e 20 réis.
1752 - Nas Minas Gerais cunharam-se moedas de prata de 75, 150, 300 e 600 réis. Serviam de troco para ouro em pó.
1788 - Suspendeu-se a derrama, cobrança de impostos reais sobre o ouro das Minas Gerais.
1810 - Os "reales" espanhóis, ainda em circulação, foram recunhados passando a valer 960 réis. Moedas de cobre de 37,5 e 75 réis foram cunhadas no Rio e em Vila Rica.
1821 - D. João VI retornou a Portugal, esvaziando o tesouro. Todos os pagamentos foram suspensos iniciando-se a emissão de dinheiro sem lastro metálico.
1822 - D. Pedro I é coroado imperador do Brasil.
1832 - O valor de uma oitava de ouro foi fixado em 2500 réis. Surgiram moedas de ouro de 10.000 réis, com peso de quatro oitavas.
1834 a 1848 - Começaram a circular as moedas de prata da série dos cruzados, nos valores de 1.200, 800, 400, 200 e 100 réis.
1846 - A oitava de ouro passou a valer 4.000 réis. Cunharam-se moedas de ouro de 20.000, 10.000 e 5.000 réis. E moedas de prata de 2.000, 1.000, 500 e 200 réis.
1868 - Apareceram moedas de bronze, valendo 20 e 30 réis.
1871 - Surgiram às moedas de níquel, de 200, 100 e 50 réis.
1873 - Cunharam-se moedas de bronze, de 40 réis.
1901 - Passaram a circular as moedas de níquel, de 400 réis.
1911 - O real brasileiro registrou sua primeira alta no mercado internacional.
1922 - Fizeram-se às últimas moedas de ouro, de 20.000 e 10.000 réis. Continuavam a circular as de prata, de 4.000, 2.000, 1.000 e 500 réis. No mesmo ano surgiram moedas de bronze e alumínio, valendo 1.000 e 500 réis.
1936 - Apareceram moedas de níquel no valor de 300 réis.
1942 - 01.11 CRUZEIRO (Cr$1 = 1000 réis)
O Decreto-lei nº 4.791, de 05.10.1942 (D.O.U. de 06.10.42), instituiu o CRUZEIRO como unidade monetária brasileira, com equivalência a um mil réis. Foi criado o centavo, correspondente à centésima parte do cruzeiro.
Exemplo: 4:750$400 (quatro contos, setecentos e cinqüenta mil e quatrocentos réis)passou a expressar-se Cr$ 4.750,40 (quatro mil, setecentos e cinqüenta cruzeiros e quarenta centavos)
(sem centavos) – 02.12.1964
A Lei nº 4.511, de 01.12.1964 (D.O.U. de 02.12.64), extinguiu a fração do cruzeiro denominada centavo. Por esse motivo, o valor utilizado no exemplo acima passou a ser escrito sem centavos: Cr$ 4.750 (quatro mil, setecentos e cinqüenta cruzeiros).
1967 - 13.02 CRUZEIRO NOVO (NCr$1 = Cr$1000)
O Decreto-lei nº 1, de 13.11.1965 (D.O.U. de 17.11.65), regulamentado pelo Decreto nº 60.190, de 08.02.1967 (D.O.U. de 09.02.67), instituiu o Cruzeiro Novo como unidade monetária transitória, equivalente a um mil cruzeiros antigos, restabelecendo o centavo. O Conselho Monetário Nacional, pela Resolução nº 47, de 08.02.1967, estabeleceu a data de 13.02.67 para início de vigência do novo padrão.
Exemplo: Cr$ 4.750 (quatro mil, setecentos e cinqüenta cruzeiros) passou a expressar-se NCr$ 4,75(quatro cruzeiros novos e setenta e cinco centavos).
1970 - 15.05 CRUZEIRO (Cr$1 = NCr$1)
A Resolução nº 144, de 31.03.1970 (D.O.U. de 06.04.70), do Conselho Monetário Nacional, restabeleceu a denominação CRUZEIRO, a partir de 15.05.1970, mantendo o centavo.
Exemplo: NCr$ 4,75 (quatro cruzeiros novos e setenta e cinco centavos) passou a expressar-se Cr$ 4,75(quatro cruzeiros e setenta e cinco centavos).
(sem centavos) 16.08.1984
A Lei nº 7.214, de 15.08.1984 (D.O.U. de 16.08.84), extinguiu a fração do Cruzeiro denominada centavo. Assim, a importância do exemplo, Cr$ 4,75 (quatro cruzeiros e setenta e cinco centavos), passou a escrever-se Cr$ 4, eliminando-se a vírgula e os algarismos que a sucediam.
1986 - 28.02 CRUZADO (Cz$1 = Cr$ 1000)
O Decreto-lei nº 2.283, de 27.02.1986 (D.O.U. de 28.02.86), posteriormente substituído pelo Decreto-lei nº 2.284, de 10.03.1986 (D.O.U. de 11.03.86), instituiu o CRUZADO como nova unidade monetária, equivalente a um mil cruzeiros, restabelecendo o centavo. A mudança de padrão foi disciplinada pela Resolução nº 1.100, de 28.02.1986, do Conselho Monetário Nacional.
Exemplo: Cr$ 1.300.500 (um milhão, trezentos mil e quinhentos cruzeiros) passou a expressar-se Cz$ 1.300,50 (um mil e trezentos cruzados e cinqüenta centavos).
1989 - 16.01 CRUZADO NOVO (NCz$1 = Cz$ 1000)
A Medida Provisória nº 32, de 15.01.1989 (D.O.U. de 16.01.89), convertida na Lei nº 7.730, de 31.01.1989 (D.O.U. de 01.02.89), instituiu o CRUZADO NOVO como unidade do sistema monetário, correspondente a um mil cruzados, mantendo o centavo. A Resolução nº 1.565, de 16.01.1989, do Conselho Monetário Nacional, disciplinou a implantação do novo padrão.
Exemplo: Cz$ 1.300,50 (um mil e trezentos cruzados e cinqüenta centavos) passou a expressar-se NCz$ 1,30 (um cruzado novo e trinta centavos).
1990 - 16.03 CRUZEIRO (Cr$1 = NCz$1)
A Medida Provisória nº 168, de 15.03.1990 (D.O.U. de 16.03.90), convertida na Lei nº 8.024, de 12.04.1990 (D.O.U. de 13.04.90), restabeleceu a denominação CRUZEIRO para a moeda, correspondendo um cruzeiro a um cruzado novo. Ficou mantido o centavo. A mudança de padrão foi regulamentada pela Resolução nº 1.689, de 18.03.1990, do Conselho Monetário Nacional.
Exemplo: NCz$ 1.500,00 (um mil e quinhentos cruzados novos) passou a expressar-se Cr$ 1.500,00 (um mil e quinhentos cruzeiros).
1993 – 01.08 CRUZEIRO REAL (CR$ 1 = Cr$ 1000)
A Medida Provisória nº 336, de 28.07.1993 (D.O.U. de 29.07.93), convertida na Lei nº 8.697, de 27.08.1993 (D.O.U. de 28.08.93), instituiu o CRUZEIRO REAL, a partir de 01.08.1993, em substituição ao Cruzeiro, equivalendo um cruzeiro real a um mil cruzeiros, com a manutenção do centavo. A Resolução nº 2.010, de 28.07.1993, do Conselho Monetário Nacional, disciplinou a mudança na unidade do sistema monetário.
Exemplo: Cr$ 1.700.500,00 (um milhão, setecentos mil e quinhentos cruzeiros) passou a expressar-se CR$ 1.700,50 (um mil e setecentos cruzeiros reais e cinqüenta centavos).
1994 – 01.07 REAL (R$ 1 = CR$ 2.750)
A Medida Provisória nº 542, de 30.06.1994 (D.O.U. de 30.06.94), instituiu o REAL como unidade do sistema monetário, a partir de 01.07.1994, com a equivalência de CR$ 2.750,00 (dois mil, setecentos e cinqüenta cruzeiros reais), igual à paridade entre a URV e o Cruzeiro Real fixada para o dia 30.06.94. Foi mantido o centavo.
Como medida preparatória à implantação do Real, foi criada a URV – Unidade Real de Valor – prevista na Medida Provisória nº 434, publicada no D.O.U. de 28.02.94, reeditada com os números 457 (D.O.U. de 30.03.94) e 482 (D.O.U. de 29.04.94) e convertida na Lei nº 8.880, de 27.05.1994 (D.O.U. de 28.05.94).
Exemplo: CR$ 11.000.000,00 (onze milhões de cruzeiros reais) passou a expressar-se R$ 4.000,00 (quatro mil reais).
1998 - Lançada em junho a 2ª família de moedas do "real".
Fontes:
www.sociedadedigital.com.br
http://financeone.com.br
Lançada no dia 28/08/2019 moeda comemorativa dos 25 anos do plano Real.
A emissão comemorativa é uma moeda de circulação comum de 1 Real. A peça apresenta, no anverso, o beija-flor alimentando seus filhotes no ninho, em alusão à gravura da cédula de 1 Real lançada em 1994. O reverso é o de uma moeda padrão de 1 Real da segunda família.
Serão cunhadas 25 milhões de moedas, que entrarão em circulação por intermédio da rede bancária. A produção da moeda comemorativa está incluída no contrato de fornecimento anual de moedas de 2019 e, por isso, não haverá custo adicional.
Características da moeda:
Denominação: 1 real
Material: Aço inoxidável (núcleo) e aço carbono revestido em bronze (anel)
Diâmetro: 27mm
Peso: 7g
Bordo: Serrilha intermitente
Evento: Abertura da exposição “Estabilidade Real: 25 anos de existência do padrão monetário brasileiro, o Real” e lançamento de moeda comemorativa.
Data: 28/8
Horário: 10:00
Local: Museu de Valores do Banco Central, Ed. Sede do Banco Central, Brasília (DF).