Entre 2001 e 2013 os dados da Pesquisa Nacional Epidemiológica de Alcoolismo e Condições Associadas (NESARC, em inglês) mostrou que o transtorno da personalidade obsessivo compulsiva tinha uma prevalência de quase 8%, sendo duas vezes mais comum do que os outros transtornos de personalidade. Em contrapartida, há mais publicações sobre borderline do que sobre TPOC, quase 30 vezes mais sobre borderline. Ou seja, há um vácuo nas pesquisas sobre TPOC. Muitos clínicos não sabem diagnosticar esse transtorno, não sabem tratar ou diagnosticam erroneamente com outras condições.

O capítulo 1 lida com a história e epidemiologia do TPOC no DSM (Manual de diagnóstico e estatística de saúde mental). O capítulo 2 lida com a diferenciação entre características pessoais e o transtorno. O capítulo 3 lida com os diagnósticos incorretos e a confusão com outros transtornos. O capítulo 4 lida com a relação entre TPOC e os transtornos alimentares. O capítulo 5 com controle de impulso. O capítulo 6 com agressividade. O capítulo 7 com questões de gênero e variações culturais. O capítulo 8 lida com aspectos neurobiológicos. O capítulo 9 lida com tratamento. O capítulo 10 lida com opções de tratamento farmacológicas. O capítulo 11 lida com a relação entre pais, educação e o transtorno. O capítulo 12 lida com aspectos positivos do transtorno. 

O objetivo do livro é trazer atenção para um problema que é o TPOC, capaz de trazer enormes prejuízos, mas que é um transtorno negligenciado.