O GRUPO CORAL DA JUSTIÇA DO PORTO COMPLETOU EM 2009 25 ANOS DE EXISTÊNCIA
  • Tal como sucede na vida das pessoas, também na vida das instituições há marcas que são verdadeiros marcos e que, por isso mesmo, importa comemorar condignamente.
  • Celebrar o vigésimo quinto aniversário é seguramente uma grande marca. Com 25 anos, na verdade, já se tem passado para recordar, vive-se o presente com a maturidade de quem já atingiu a idade adulta e projeta-se responsavelmente o futuro.
  • E recordar o passado é, desde logo, lembrar os primórdios do nascimento do Grupo, o sonho de uns quantos para vencer a desconfiança de muitos na criação de um espaço que se pretendia de encontro, de solidariedade, onde as gentes da Justiça pudessem estar juntos, convivendo, manifestando e desenvolvendo os seus gostos e apetências culturais que, permitindo descomprimir das absorventes tarefas profissionais de cada um, ajudasse ao mesmo tempo ao enriquecimento da pessoa e sentido da sua missão enquanto agentes de uma causa tão nobre como é a da Justiça. Um sonho que, iniciado na forma de um simples Núcleo Cultural do Palácio da Justiça, cedo se transformaria em Grupo Coral da Justiça ditado pela necessidade de crescimento que o volume de adesões viria a justificar.
  • É recordar também todos quantos, ao longo destes anos por aqui passaram e que por razões diversas acabaram por nos deixar, mas que, com o seu empenho e dedicação, ajudaram a perpetuar o Grupo até aos nossos dias. A alguns, que a morte levou de vez do nosso convívio, aqui recordamos com a saudade de quem não esquece os bons momentos que passámos juntos.
  • A muitos outros que, em determinado momento das suas vidas, por razões de ordem pessoal, familiar ou profissional, simplesmente se afastaram, dizemos que o Grupo Coral da Justiça permanece aberto para os receber pois de todos precisa para continuar a crescer.
  • 25 anos depois, aqui estamos … Falando já da realidade que é hoje o Grupo Coral da Justiça e dos desafios que se lhe colocam no futuro.
  • O Grupo Coral da Justiça constituiu-se como espaço cultural destinado às gentes da Justiça, disponível nessa medida para acolher as mais diversas atividades culturais para, através delas e do convívio que as mesmas proporcionam, prosseguir os ideais da paz social, da harmonia e da solidariedade entre os Homens que são também os ideais da Justiça que se administra.
  • De tudo o que se pensou criar, e das várias iniciativas pensadas e concretizadas, ficou a música na sua expressão coral, instrumental e de raiz popular. Um primeiro passo sem dúvida, difícil de dar num meio que há 25 anos atrás se apresentava bem mais fechado, de certa rigidez mesmo, pouco motivado e vocacionado para a exposição pública de outras artes que não as da aplicação do Direito. Mas vencidos os obstáculos iniciais, importará não perder de vista o objetivo da criação de um verdadeiro e mais amplo espaço cultural onde, pela diversidade de atividades promovidas, todos se possam reconhecer e encontrar e, assim, a ele aderir.
  • Acreditar na seriedade deste propósito e que o esforço vale a pena, pressupõe o dever de todos prestarem o inestimável contributo para o alcançar, elencando ideias e propostas, divulgando a existência do Grupo e cativando as pessoas para o integrarem. Só assim se ganhará o futuro. Pela nossa parte, 25 anos depois aqui estamos … E vamos continuar…
  • A Direção
3ª Actuação do CoroLisboa CEJ - 5.7.1985
11ª Actuação - Figueira deCastelo Rodrigo - 5.7.1986
A génese do Gr InstrumentalVila de Rezende - 26.7.1986
Grupo de Danças e CantaresVila de Rezende - 26.7.1986
Gr. de Danças e CantaresVila de Rezende 26.7.1986
Sede do GCJ21.3.1991
Inauguração da Sede do GCJ 1.3.1991
Inauguração da Sededo GCJ - 21.3.1991
Inauguração da Sede do GCJ 21.3.1991
Igreja da Vitória - 400 anos da Relação - 18.10.1991
Grupo InstrumentalAteneu Comercial do Porto 20.10.1991
Grupo de Danças e CantaresAteneu Comercial do Porto 20.10.1991
Pavilhão JosephineEstrasburgo 14.5.1992
Paris - 16.5.1992
Tribunal Luxemburgo
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Paris - 16.5.1992
Paris - 16.5.1992
Paris - 16.5.1992
Coro e Orquestra - Casino de Espinho
Café MAJESTIC - 2000
Alijó - 16.5.2009
Tribunal da Relação do Porto 2009
Alijó - 16.5.2009
MEMORIAL
Maria Ema Matos de Almeida
[Elemento do Coro]

Foi há bons anos atrás,
Vinte e cinco agora faz,
Que figuras destacadas,
Mentes abertas, brilhantes,
Da cultura muito amantes,
Se mostraram empenhadas
Em lançar um movimento
Cultural, recreativo,
Que se tornou fundamento
De todo muito importante
Para que tal objectivo
Levado fosse adiante.
Seu sonho se transformou
Em pura realidade.
Partindo dessa premissa,
Assim, então, se fundou
Esta colectividade,
Grupo Coral da Justiça.
Sua musical paixão
Depressa fez geração
Ao dar à luz o Coral,
O Grupo Instrumental,
O de Danças e Cantares
Com raízes populares.
Quando vão em digressão,
Em todas estas vertentes
Actuam seus componentes
Com garra, animação;
Dando asas à poesia
E com golpes de mestria
De competentes maestros,
Mui afamados e destros,
Pela batuta regidos,
Sobejamente aplaudidos,
Granjeiam, por toda a parte,
Os louros próprios da arte.


No ano que vai em curso,
Assinalando o percurso
Deste Grupo, até agora,
Em tão memorável data
De suas Bodas de Prata,
Cabe aqui, pois, nesta hora,
P’ra que justiça se faça,
A quem audaz obra traça,
Render preito aos pioneiros,
Os Juízes Conselheiros,
Doutor Pereira da Graça
E seus demais companheiros,
Colegas de profissão,
Que geraram o Coral
E Grupo Instrumental:
Doutor Pereira Girão,
Nosso maestro primeiro,
Doutor Sampaio da Nóvoa,
Oriundo lá da Póvoa,
Doutor Mário Ribeiro,
Doutor Brochado Brandão
E outros seus seguidores,
Ilustres Senhores Doutores,
Que, juntos, deram a mão
Para cantar e dançar,
À modinha popular,
E, nesta disposição,
Criando mais diversão,
Grupo vieram formar,
Pr’á folia do baril,
Assim, nomeadamente,
Nosso actual Presidente,
Procurador Doutor Gil,
Com distintos Advogados,
Farristas arrebatados,
Doutor António Natário


Mais o famoso artista
Doutor Normando Machado,
Uma espécie de canário
Dotado para fadista,
Declamador consagrado, 
Músico polivalente,
Destes Cantares regente.
Como rezam os anais,
Em memória desses tais,
Tão notáveis pioneiros
E tão geniais obreiros,
Entrelaçando caminhos, 
Nas lides da fundação,
Todos foram os padrinhos
De tão nobre associação.
Honrando tamanha raça,
Ergamos a nossa taça,
Brindando com o “maduro”
Por um risonho futuro
E gozemos o presente!
Jubiloso hino à vida
Que merece ser vivida,
Mão na mão com toda a gente,
Todos, a uma só voz,
Unidos, cantemos nós!
No meu preciso lugar
De coralista que sou,
Ora aqui a versejar,
Da forma como me dou,
Através deste poema,
Com o dom que Deus me deu,
Também assim canto eu,
Contralto, Maria Ema.
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Porto, Abril de 2009
Maria Ema Matos de Almeida
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