Gastronomia Covilhã

Pastel de Molho

Na década de 1920 os empregados fabris não tinham tempo para fazer sopa e então substituíram-na por estes pastéis, uma vez que despendiam muito tempo a confecioná-los e podiam ser consumidos, depois de feitos, durante várias semanas, o que não acontece com a sopa.

Este Pastel seco é feito com massa folhada cortada em tirinhas, que se enrolam em forma de espiral, dobrando uma das pontas do pastel para rechear com carne de vaca refogada. O Pastel de Molho era e continua a ser servido com molho de açafrão.

Prepara-se da seguinte forma: põe-se água a ferver com sal, vinagre, açafrão e um ramo de salsa; coloca-se o Pastel num prato, deitando o caldo por cima, tapa-se com outro prato e aguarda-se um pouco (para "abrir"); o Pastel de Molho "abre", fortalecendo a refeição.

Cherovias Fritas

A Cherovia ou Pastinaca é uma raiz que se cultiva nesta zona do país, e tem a forma de uma cenoura e cor do nabo. O seu sabor é uma mistura de ambos os legumes, mas mais acentuado e até adocicado. É um sabor único e extremamente agradável, podendo ser servido como entrada ou como acompanhamento de um prato de peixe.

Dadas as suas características, devem ser cozidas em água e sal e cortadas em fatias finas, no sentido longitudinal, temperando-se com sal e sumo de limão.

Em seguida, passam-se por um polme, feito com ovo e farinha, fritas em azeite ou óleo.

Gargantas de Freira

Este doce conventual foi trazido por um espanhol, de nome Francisco Muñoz Gomes, cuja receita divulgou numa pastelaria que abriu, quando, no início do séc. XX, foi viver para a Covilhã, uma cidade localizada na região centro de Portugal, junto à Serra da Estrela. Sempre fez questão de referir que a receita deste doce fora trazida dum convento e daí o nome “Gargantas de Freira”

Esquecidos

Os esquecidos, também conhecidos na região como broinhas, são biscoitos típicos da Covilhã. A receita é extremamente simples e económica, sendo feita somente com farinha, açúcar e ovos. O nome deriva do facto de a massa exigir originalmente muito tempo a ser batida, tanto tempo que a pessoa até se «esquecia» do que a estava a fazer.