Gastronomia Braga

Papas de sarrabulho

As papas de sarrabulho são um prato típico da culinária portuguesa. São oriundas da região do Minho, no norte de Portugal. As papas são confeccionadas com sangue de porco, carne de galinha, carne de porco, salpicão, presunto, chouriço, cominhos, limão e pão ou farinha de milho, entre outros ingredientes. São servidas como sopa ou como acompanhamento dos rojões à moda do Minho, por exemplo. Devem ser consumidas com vinho verde tinto. As papas de sarrabulho são apenas confeccionadas no inverno, uma vez que é nessa altura que se realiza a matança do porco. Para além disso, constituem um prato bastante forte, mais apetecível no tempo frio do Inverno. Por outro lado, o sangue de porco é um ingrediente bastante sensível, com tendência para se deteriorar rapidamente no verão. Durante o inverno, é comum encontrá-las nas ementas dos restaurantes do noroeste de Portugal, sendo raro encontrá-las no centro e no sul do país.

Bacalhau à moda do Minho

Das incontáveis receitas e formas de o confeccionar, o "Bacalhau à moda de Braga" reúne as preferências de muitos, particularmente na região minhota. Uma receita simples e fácil de preparar e tão apetecível quanto a imagem deixa adivinhar. A base de toda a receita estará na qualidade do bacalhau. É que se é verdade que há pratos de bacalhau em que uma espécie de menor qualidade (e até mais barato) faz muito bem o efeito e permite um prato mais económico, já o bacalhau "à Braga" exige uma posta de bacalhau de excelente qualidade e que seja alto. As postas a utilizar neste prato deverão ser as do lombo, sendo sempre preferível um bacalhau mais grosso.


Rabanadas

Rabanada é um doce de pão de trigo, em fatias que, depois de molhadas em leite, vinho (no Minho usa-se vinho verde tinto ou branco) ou calda de açúcar, são passadas por ovos e fritas.

As rabanadas fazem parte de muitas mesas da consoada em Portugal, e em várias ceias do Brasil. São servidas polvilhadas com açúcar de canela ou regadas com calda de açúcar, xarope de bordo ou mel. Outrora, a palavra "rabanada" era apenas utilizada ao norte do rio Mondego e ao mesmo doce atribuía-se, a partir da margem sul do referido rio, o nome de fatia-dourada, ou fatia-de-parida.

Aletria

Em cada localidade, a aletria apresenta particularidades - maior o menor quantidade de massa, com ou sem gemas. Nas Beiras a aletria é de consistência compacta e pode-se cortá-la em fatias. No Minho a consistência é mais cremosa. Na receita básica, coloca-se a aletria a ferver com leite; junta-se um pedaço de casca de qualquer citrino, açúcar mascavado e manteiga ou margarina. Deixa-se ferver até reduzir bem e acrescenta-se mais leite, caso seja necessário. Tira-se do lume, misturam-se gemas bem batidas, mexe-se bem e leva-se tudo ao lume a engrossar, mas sem deixar ferver. Depois, despeja-se numa travessa, retira-se a casca do citrino e polvilha-se com canela.