VENDA NOVA DO IMIGRANTE


DADOS GERAIS

Gentílico: Venda-novense 

População estimada [IBGE 2021]: 26.204 pessoas 

População no último censo [IBGE 2010]: 20.447 pessoas 

Densidade demográfica [IBGE 2010]: 109,98 hab/km² 

Área territorial [IBGE 2020]: 185,909 km² 

Bioma: Mata Atlântica 

Mesorregião [IBGE 2020]: Central Espírito-santense 

Microrregião [IBGE 2020]: Afonso Cláudio 

Distância de Vitória: 86,75 km (em linha reta) / 111 km (por estradas) 

FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA - BASE LEGAL

Distrito criado com a denominação de Venda Nova, pela Lei Estadual n.º 1.909, de 06-12-1963, subordinado ao município de Conceição Castelo. 

Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, do distrito de Venda Nova, permanece no município de Conceição do Castelo. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1983 (suplemento). 

Elevado à categoria de município com a denominação de Venda Nova do Imigrante, pela Lei Estadual n.º 4.069, de 06-05-1988, desmembrado do município de Conceição do Castelo. Sede no atual distrito de Venda Nova do Imigrante (ex-Venda Nova). 

Constituído do distrito sede. Instalado em 01-01-1989. Pela Lei Municipal n.º 16, de 09-08-1989, é criado o distrito de São João de Viçosa e anexado ao município de Venda Nova do Imigrante. 

Em divisão territorial datada de 1-VI-1995, o município é constituído de 2 distritos: Venda Nova do Imigrante e São João de Viçosa. Pela Lei Municipal n.º 489, de 23-07-2001, é criado o distrito de Alto Caxixe e anexado ao município de Venda Nova do Imigrante. 

HISTÓRIA

Venda Nova começou a ser colonizada por volta de 1892, basicamente por imigrantes italianos, cuja cultura permanece viva em seus descendentes e na vida da comunidade venda-novense. No entanto, bem antes a região era habitada por índios, provavelmente Puris, dos quais foram encontrados muitos objetos pela primeira leva de imigrantes que aqui chegaram. 

Antes da colonização italiana, grandes fazendas de café de propriedade dos portugueses floresceram no altiplano serrano, onde mais tarde nasceria Venda Nova. Entre as fazendas destacam-se: Providência, Lavrinhas, Tapera, Bananeiras, Bicuíba e Viçosinha. Junto com os portugueses vieram os negros escravos, que lidavam na lavoura. Contudo, com a abolição da escravatura, essas fazendas caíram no abandono até que surgissem os colonos, imigrantes italianos, originários da Região do Vêneto (Itália), atraídos pela procura de terras nas localidades de São Pedro do Araguaia, Matilde, São Martinho e Carolina, sendo inicialmente cerca de 18 a 20 famílias, entre elas: Perim, Caliman, Zandonadi, Altoé, Bragato, Venturim, Falcheto, Brioschi, Sossai, Carnielli, Cola, Minetti, Lorenzoni, Delpupo, Tonolli, Ambrozim, Scabello, Mazzoco, Fioreze e Mascarello. 

A comunidade que surgiu com a chegada dos primeiros imigrantes em 1892, conserva traços fortes da cultura dos mesmos, principalmente o espírito comunitário e progressista, manifestados em 1922 com a construção da primeira escola, a instalação da linha telefônica em 1925, a criação da Cooperativa Agrária de Lavrinhas (1927) ou mesmo a construção dos primeiros 20 km de estrada em regime de mutirão. Venda Nova se expandiu mantendo sua identidade sem maiores afluências de estranhos, até que se viu 'rasgada' pela BR 262 (Rodovia Presidente Costa e Silva), nos idos de 1957, experimentando um crescimento extraordinário, graças ao impulso dado com a ligação com grandes centros, como Vitória e Belo Horizonte. 

Fonte: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/es/venda-nova-do-imigrante/historico