COLATINA


DADOS GERAIS

Gentílico: Colatinense 

População estimada [IBGE 2021]: 124.283 pessoas 

População no último censo [IBGE 2010]: 111.788 pessoas 

Densidade demográfica [IBGE 2010]: 78,90 hab/km² 

Área territorial [IBGE 2020]: 1.398,219 km² 

Bioma: Mata Atlântica 

Mesorregião [IBGE 2020]: Noroeste Espírito-santense 

Microrregião [IBGE 2020]: Colatina 

Distância de Vitória: 93,07 km (em linha reta) / 132 km (por estradas) 

FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA - BASE LEGAL

Freguesia criada com a denominação de Linhares, por Decreto de 26-08-1818. 

Elevada à categoria de vila com a denominação de Linhares pela Resolução do Conselho do Governo de 02-04-1833, com sede na povoação de Linhares e constituído de distrito sede da povoação de Linhares. Instalado em 21-08-1833. 

Pela Lei Estadual n.º 488, de 22-11-1907, a sede da povoação de Linhares é transferida para a povoação de Colatina. 

Pela Lei Estadual n.º 1.307, de 30-12-1921, a vila de Linhares passou a denominar-se Colatina. 

Elevada à condição de cidade com a denominação de Linhares pela Lei Estadual n.º 1.317, de 30-12-1921. 

Em divisão territorial datada de 2005, o município é constituído de 6 distritos: Colatina, Angelo Frechiami, Baunilha, Boapaba, Graça Aranha e Itapina. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2014. 

HISTÓRIA

Durante longo tempo o rio Doce, constituindo o limite natural entre a zona povoada e a região desconhecida ao norte do Espírito Santo, apresentou-se como a única via de acesso às terras que hoje formam o município de Colatina. Das tentativas de colonização através de seu curso e que se prolongaram até a última década do século XIX, Linhares foi o único núcleo populacional que se formou.

 Em 1857, Nicolau Rodrigues dos Santos França Leite, com 48 colonos, iniciou na margem esquerda do rio Doce, entre os rios Pancas e São João, a colônia de Fransilvânia. A morte de Avelino dos Santos França Leite, vítima de uma das incursões dos botocudos, levou-a, todavia, à decadência e, posteriormente, a completo aniquilamento. 

As notícias que circularam, então, acerca da ferocidade daquela tribo indígena, redundaram ao desvio para outras colônias de sucessivas levas de imigrantes europeus, o que retardou o devassamento da região. A colônia do Limão, por esse fato, só em 1888 conseguiu receber os primeiros imigrantes italianos. Desta vez, entretanto, o local foi assolado pela malária e os poucos sobreviventes emigraram para o sul, malogrando-se, então, mais essa tentativa. 

O povoamento do território colatinense só se efetivou realmente a partir do último decênio do século XIX. Com a expansão da colônia de Santa Leopoldina, o movimento colonizador tomou a direção do norte. O núcleo Antônio Prado, iniciado na região serrana do Canaã, constituído, em sua maior parte, de imigrantes italianos que se dedicavam à cafeicultura, estendeu-se pelo vale de Santa Maria do Rio Doce. A inspetoria Especial de Terras e Colonização da Província, dirigida na época pelo engenheiro Joaquim Adolfo Pinto Pacca, cuidava da demarcação e distribuição dos lotes devolutos, com área padrão de 30 hectares. 

A primeira povoação formada dentro dos atuais limites municipais foi Mutum (Boapaba) e, mais tarde, Barracão de Baunilha, às margens do rio Baunilha. A barra do Santa Maria no Rio Doce constituía o ponto terminal da zona pioneira, pois a barreira florestal que se lhe deparava à margem esquerda do Doce e a ameaça constante do gentio impediam a expansão para o norte, advindo, daí, a construção de alguns casebres onde se ergue, hoje, o bairro de Colatina Velha, primeiramente denominado Arraial da Barra de Santa Maria. 

Em 1899, o local foi elevado à sede de distrito, e, então, o engenheiro Gabriel Emílio da Costa deu-lhe o nome de Colatina, em homenagem à Dona Colatina, esposa do governador Muniz Freire. 

Fonte: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/es/colatina/historico