PEDRO CANÁRIO


DADOS GERAIS

Gentílico: Canariense 

População estimada [IBGE 2021]: 26.575 pessoas 

População no último censo [IBGE 2010]: 23.794 pessoas 

Densidade demográfica [IBGE 2010]: 54,84 hab/km² 

Área territorial [IBGE 2020]: 433,453 km² 

Bioma: Mata Atlântica 

Mesorregião [IBGE 2020]: Litoral Norte Espírito-santense 

Microrregião [IBGE 2020]: São Mateus 

Distância de Vitória: 226,78 km (em linha reta) / 266 km (por estradas) 

FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA - BASE LEGAL

Distrito criado com a denominação de Taquaras, pela lei estadual nº 265, de 22-10- 1949, subordinado ao município de Conceição da Barra. Em divisão territorial datada de 1-07-1960, o distrito permanece no município de Conceição da Barra Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-01-1979. Pela lei estadual nº 3383, de 27-11-1980, o distrito de Taquaras passou a denominar-se Pedro Canário. 

Elevado à categoria de município com a denominação de Pedro Canário, pela lei estadual nº 3623, de 23-12-1983, desmembrado de Conceição da Barra. Sede no atual distrito de Pedro Canário, constituído de 2 distritos: Pedro Canário e Cristal do Norte. 

Instado em 12-01-1985. Em divisão territorial datada de 18-07-1988, o município é constituído 2 distritos: Pedro Canário e Cristal do Norte. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005. Alteração toponímica distrital Taquaras para Pedro Canário alterado, pela lei estadual nº 3383, de 27-11-1980. 

HISTÓRIA

A princípio, a pequena localidade de Morro Dantas, posteriormente conhecida como Morro da Escola, ficava praticamente isolada, sendo ligada apenas por uma trilha ao Rio Itaúnas. Daí, por via fluvial se estabelecia a conexão ao Povoado de Pai João, no município de Conceição da Barra. 

No ano de 1942, chega à região a senhora Júlia Bonelar Dutra e instala uma pequena pensão e um comércio de cereais. Ainda neste ano, vindo de São Mateus, chega o senhor Pedro Canário Ribeiro, baiano, para administrar as terras herdadas pela família. 

Em 1943, com a vinda da Cia. Industrial de Madeira teve início a fase de extração. Abriu-se uma estrada ligando a localidade de Império (onde hoje é o município de Pedro Canário) ao Rio Itaúnas. A madeira seguia pelo rio até o povoado de Pai João e daí, por via férrea, até a serraria da companhia em Conceição da Barra. 

Em 1944 foi construída a estrada unindo Morro Dantas a Nanuque, passando pela Vila de Taquaras, então sede do distrito. Esta via trouxe maior movimento ao lugarejo na época e ainda hoje, conserva o traçado original. 

Em 1948, outra estrada é aberta. Desta feita ligando Braço do Rio Preto a Morro Dantas. Na ocasião também foi construída uma ponte de madeira sobre o Rio Itaúnas. No ano seguinte, 1949, o senhor Pedro Canário Ribeiro abre sua pensão e um pequeno comércio de secos e molhados. O local transformou-se em referencial dos caminhoneiros que se dirigiam a Nanuque ficando conhecido como parada Pedro Canário, de onde originou-se o nome do município. 

O início dos anos 50 é marcado por violentos processos de expulsão de posseiros da área rural. Como não havia documentação que regularizasse a posse da propriedade, todos que se sentiam agredidos por invasão utilizavam-se de métodos pouco ortodoxos para fazer valer seus direitos. 

Em 1951, uma ponte de concreto substitui a antiga ponte de madeira sobre o Rio Itaúnas, a qual era constantemente avariada pelas chuvas e enchentes. No ano de 1953 instala-se em Pedro Canário a Fazenda Paulista (posteriormente fazenda Klabim) para desenvolvimento de lavoura cafeeira. A nova atividade agrícola atrai farta mão de obra à região, coloca o café como item de destaque na economia local e responsável direto pela ascensão dos povoados em seu entorno. 

No mês de julho de 1957, chega ao povoado a empreiteira responsável pela construção do trecho São Mateus-ES/ Mucuri-BA, da atual BR 101, concluído em 1962. Este advento foi o grande propulsor do povoado de Pedro Canário. A terra rural é super valorizada e surgem os primeiros loteamentos urbanos que formaram a sede do município. Nesta época teve início o programa de Erradicação do café, o que provocou o declínio dos povoadores de Nova Canaã e Água Preta. 

Já na década de 70, com o advento da BR 101 e o desvio do tráfego rodoviário para esta via, efetivou-se o esvaziamento da antiga sede do distrito - a Vila de Taquaras. Em contrapartida no povoado de Pedro Canário instalam-se diversos estabelecimentos comerciais, serrarias, agência bancária, hospital. Cresce o conglomerado urbano atraído pela nova função de entreposto comercial do povoado. 

Provocando grande influência na economia regional desenvolvem-se as indústrias de farinha e as usinas produtoras de álcool e açúcar. Também por esta ocasião tem início as atividades de silvicultura com plantio de eucalipto para produção de carvão (Acesita) e posteriormente para produção de papel e celulose (Aracruz). Estas atividades provocaram um processo de concentração fundiária em razão das vastas áreas exigidas pela cultura e consequentemente iniciou o êxodo rural dos pequenos proprietários que negociavam suas terras e instalavam-se na sede na expectativa de melhoria de vida. 

Como reflexo destes fatores, o distrito de Taquaras passa a ser denominado Pedro Canário pela lei nº 3.383, de 27-11-80, publicada no Diário Oficial em 29-11-80. Em 23 de dezembro de 1983, Pedro Canário foi emancipado pela Lei nº 3.623 e tornou-se o 58º município do Estado do Espírito Santo. Teve seu primeiro processo eletivo em 16-12-84 e foi definitivamente instalado em 12-01-85. Economicamente, o município destaca-se na produção agrícola em cultura como mamão, abóbora, mandioca, pimenta-do-reino, laranja, maracujá entre outras. A pecuária de corte e leite também exercem grande influência. 

Fonte: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/es/pedro-canario/historico